Psicologia Social II
Para o
 América Latina --> Violência, desigualdade,
fome, preconceito, pobreza
 PS Crítica ( pensado no contexto X PSP
(desconsidera que sujeito é fruto do contexto
histórico, social e cultural)
 Instituições --> Alienação
 Alienação --> Consciência --> Mudança
Social
 O que me afeta também afeta o coletivo
 Perspectiva ABRAPSIANA no Brasil
 PSC busca compreensão do homem e do
socioconstrutivismo dentro do materialismo
histórico
 Humanização é viabilizada pela cultura (e
pelo outro)
o Capacidade de transformar
criativamente, para isso, precisamos
integrar a infraestrutura biológica à
construção histórico-cultural
o só sobrevive em relação com outros
 Contradição Fundamental: Para sobreviver
precisa da mediação ideológica (valores)
o Ideologias legitimam exclusões sociais
para responder/solucionar as
contradições fundamentais
o São transmitidas de geração a geração
pela linguagem e pelas instituições
o Naturalizadas e não questionadas
o Construção social, produto histórico
que se cristaliza
 Rede de relações define e materialismo
histórico fornece pressupostos
epistemológicos para reconstrução de
conhecimento que atenda a realidade social
 Meta: Atingir o concreto, ser situado em seu
contexto, manifestação de uma totalidade
histórico-social
 Ações humanas dependem da linguagem,
pois a língua traz significados em seu código,
sendo que palavras trazem um sentido pessoal
para o , decorrente da relação pensamento-
ação
o Atividade: Ações encadeadas
realizadas junto com outros para
satisfazer necessidade comum.
encadeamento, precisa da linguagem
o Leontiev: Ao agir, transforma o
meio e se transforma por ele, criando
características próprias
 Consciência da Reprodução Ideológica:
Inerente aos papéis socialmente definidos,
permite superação das individualidades e
conscientização das condições históricas
o Processo de identificação e de
atividades conjuntos que caracterizam
grupo como unidade
 Consciência de Classe: Grupo se percebe
inserido no processo de produção material de
sua vida e percebe as contradições geradas
historicamente, levando-o a atividades que
visam superação das contradições
LINGUAGEM, PENSAMENTO E
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
 Ao falar, transforma o outro e se
transforma pelas consequências de sua fala
 Necessário analisar comportamento verbal em
um contexto mais amplo, considerando ser
humano como manifestação de uma totalidade
histórico-social, sendo produto e produtor da
mesma
 Lggm: Consequência da necessidade de
transformar a natureza através da cooperação
entre sujeitos e por meio de atividades
produtivas que garantem sobrevivência do
grupo
o Produção de uma coletividade,
reproduz valores e conhecimento
através do significado das palavras
articuladas em frases
o Reproduz visão de mundo
o Produção histórica de uma
coletividade: Aprendizagem da língua
materna insere criança na sociedade,
fazendo com que ela reproduza o
processo de hominização pelo qual a
humanidade se produziu
 Trabalho Cooperativo: Ao exigir
planejamento e divisão do trabalho, exigiu
também desenvolvimento da lggm que
 permitiu sujeito a agir ampliando as dimensões
de espaço e tempo
 Função Primária: Comunicação e
intercâmbio social
 Vygotsky + Leontiev: Fala é a manifestação
de uma totalidade histórico-social
fundamentada para consciência de si e social
que se processam através da lggm,
pensamentos e ações realizadas na relação
com outros
 Palavra: Arma de poder, pode impor
significado único e absoluto, constituindo
forma de dominação
o É dominada pelo confronto que sujeito
pode fazer entre diferentes significados
possíveis e a realidade que o cerca
(Terwilliger)
 Lggm: Mediação ideológica inerente aos
significados das palavras produzidas pela
classe dominante que detém o poder de pensar
e conhecer a realidade
 Língua Materna: Criança reproduz ideologia
e visão de mundo de seu grupo social na fala,
sendo levada a agir de modo a não perturbar
ordem vigente
 Todo o processo de reprodução das relações
sociais está baseado em como sujeito ao falar
constrói suas representações sociais
o Construída no processo de
comunicação no qual pessoa põe à
prova vantagens e desvantagens do
posicionamento dos que se comunicam
com ele, selecionando seus
comportamentos
o Estrutura-se pelos objetivos da ação do
sujeito social e pelos dados que
concordam ou se opõem a ele
o Práticas, percepções, conhecimentos se
transformam quando são falados e a
própria representação de si mesmo só
ocorre através da lggm interiorizada
das recordações e projetos
 Atos ilocutórios: Falas que caracterizam
posições ocupadas pelos interlocutores (lugar
de fala)
o Explícitos ou implícitos
 Língua como resultado e matéria-prima do
processo discursivo
 Toda ideologia se reproduz na lggm e nos
discursos
 Compreender representações sociais implica
em conhecer não só o discurso, mas a
situação que define o sujeito que as reproduz.
Esta é apreendida, através dos atos
ilocutórios, ao definirmos o lugar que esse
sujeito ocupa em relação aos outros
 Espaço de Realização do Sujeito: Espaço da
comunicação, da intersubjetividade, das
relações sociais que identificam o sujeito e,
assim, produz e reproduz a formação social
nos
s
CONSCIÊNCIA, ALIENAÇÃO E
IDEOLOGIA
 Homem como ser ativo e inteligente se insere
historicamente em um grupo social através da
aquisição da lggm (condição básica para
desenvolver relações sociais e a própria
individualidade)
 Representações ideológicas se manifestam
através de representações que elabora sobre
o homem e a sociedade
 Captar ideologia: Analisar discurso onde são
articuladas a representações e atividades
desenvolvidas pelo sujeito
 Alienação: Atribuir naturalidade aos fatos
sociais
 Relação de dominação entre as classes
 Consciência de Classe: Grupal, sujeitos se
percebem submetidos às mesmas
manifestações históricas, pertencendo a uma
classe social
 Pensar uma ação pode ser reprodução da
ideologia e manutenção da mesma ou um
confronto
 Homem produz sua própria existência,
portanto produz a si mesma, para tanto,
relaciona-se com outros, produzindo e sendo
produzido pelo outro
 Instrumento de trabalho transforma homem de
animal em ser transcendente através da ação
 mediatizada e em direção ao seu projeto, a
história
 Subjugar/transformar a natureza para um
projeto
 Lggm permite que criatividade do trabalhador
transcenda a si mesmo e passe a pertencer a
toda a humanidade
 Trabalho alienado: Gesto expropriado da
ação, sem autonomia ou poder de criação,
adoecimento psíquico do sujeito, automático e
rotineiro, cerceia a liberdade
IDENTIDADE
 Identidade pessoal perpassa identidade do
outro
 Nós nos definimos na relação com o outro
 Autores e personagens de uma história ao
mesmo tempo, sendo que id. do personagem
constitui a do autor e vice versa
 Somos ocultação e revelação
 Id. como uma totalidade contraditória,
múltipla e mutável, embora seja apenas uma
o Busca pela unidade
o Instituições presumem estabilidade
da id.
o Definida por diferença e igualdade
entre sujeito e grupo social
o Não é um produto, é uma
substância
 Uma vez que a id. pressuposta é reposta, ela
é vista como dada e não como se dando num
contínuo processo de identificação, é como se
a produção da id. se esgotasse como produto
quando identificada uma pessoa
o Id. Pressuposta: Aquela que é
esperada antes do nascimento do
indivíduo para que ele a cumpra
posteriormente. É reposta a cada
momento
 Bebê é representado antes
de nascer e essa
representação é assimilada
por ele, que a incorpora
 Eu, como ser social, sou um ser-posto
 Sou o que estou-sendo (uma parcela de minha
humanidade) e isso me dá uma identidade que
me nega naquilo que sou sem estar-sendo (a
minha humanidade total)
 Essa identidade que surge como
representação de meu estar-sendo transforma
minha identidade concreta (entendida como
um dar-se numa sucessão temporal) em
identidade abstrata, num dado atemporal —
sempre presente (entendida como identidade
pressuposta re-posta)
 Atividades de sujeitos identificados são
normatizadas para manter estrutura social,
paralisado o processo de identificação pela
reposição de id. pressupostas
 Id. deve ser entendida como estar-sendo
 Metamorfose, transformação
FAMÍLIA
 Espaço privilegiado para fruição da vida
emocional de seus componentes
 Mantém-se inalterada em alguns aspectos e
com mudanças em outros
 Ideal da família nuclear burguesa:
Entendido como sinônimo de família
o Morte? Não, ainda muito forte na
sociedade
o Hierarquia interna rígida
 Novas formas de organização familiar
surgiram, sendo necessário desnaturalizar o
modelo construído socialmente e não tê-lo
como meta/ideal
 Conflito de gerações
 Base da sociedade e garantia de uma vida
social equilibrada, célula sagrada que deve
ser mantida a qualquer custo
 Instituição familiar deve ser combatida, pois
constitui um entrave ao desenvolvimento
social, o lugar onde as neuroses são
fabricadas, implacável dominação sobre
crianças e mulheres, sendo nocivo
o Natural e imutável? Não
 Mediadora entre sujeito e sociedade, modela
nossa forma de perceber o mundo e a nos
situar nele
 Formadora da nossa primeira identidade social
 Função: Desenvolver socialização básica
numa sociedade com conjunto de valores e
papéis
 Outras formas de organização familiar são componentes emocionais que estruturam a
vistas como algo que ainda vai se diferenciar personalidade de seus membros
em direção ao modelo  Mark Poster: Onde forma-se a estrutura
 Engels: Formulação materialista dialética psíquica e onde experiência se caracteriza por
sobre a gênese e funções da família padrões emocionais
monogâmica  Binômio: Autoridade/Amor
o Iniciou processo de divisão social do  4 Modelos Família (Poster):
trabalho, que inicialmente era sexual o Aristocrática:
o Família monogâmica surgiu com a  Monarca: Controle das terras
propriedade privada  Castelo: Muitos dormitórios (morava muita
 Esse ideal restringe a liberdade gente, não só a família) e sem corredor (assim,
 Casamento monogâmico: sem privacidade)
o Permanente  Linhagem: Parentesco
o Herança --> Filhos legítimos  Casamento: Ato político
o Homem responsável pela acumulação  Alta natalidade e mortalidade infantil
material  Tradição e hierarquia
o Sexualidade restringida à mulher, mas  Trabalho: Destinado aos servos
 Homem - Guerra
não ao homem, que normalmente
 Mulher - Lazer
possuía relações extraconjugais. Mulher
 Criação: Amas de leite (primeiro vínculo) e
ao casar deveria ser virgem
empregados do castelo
 Relativa autonomia do organismo familiar
 Aprendizagem: Obediência e normas, havia
determinada por complexa interação de fatores
castigos físicos e vergonha pelas transgressões
(desorganização interna, econ., soc., cult.)
(ao invés de culpa)
 Família Conservadora (hierarquia interna
 Crianças tratadas como mini adultos
rígida) X Liberal (posicionamento crítico)
 Sexualidade: Adultos e crianças (brincadeiras
 Impossível compreender fora da trama social e
sexuais eram estimuladas)
histórica
 Não tinha valores como relação de intimidade
 Criada pelos homens em relação e se constitui
pais-filhos, cuidados parentais, privacidade,
de formas distintas em diversos tempos e
domesticidade
situações, para responder necessidades sociais
o Camponesa:
 Constituiu-se em torno da necessidade
 Casas menores
material (reprodução)
 Crianças dependiam da aldeia (pequena
o Reprodução como condição para sua
unidade nuclear) para cuidados
existência, não precisando ocorrer de
o
maneiras convencionais
o Exerce função ideológica: Reprodução
biológica + social
 Função: Econômica – Rep. mão de obra.
Ideológica – Rep. ideologia dominante
 Ideologia: Noção veiculada pelos pais
(natural, universal, imutável) de família e,
depois, do mundo extrafamiliar e relações
sociais
 Althusser: Importante aparelho ideológico
 Marcuse: Age poderosamente no exercício da
subordinação ideológica, já que está presente
desde o início da vida e é marcada por