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FACULDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE

Turma: 5ºA Curso: Direito Noturno Profa. Claudia Felicio

Disciplina: Direito Processual Penal II

Componentes:

Breno Bocamino Arcanjo RA: 1620100889

Camila Oszter dos Santos Oliveira RA: 1620100890

Fábio Luz de Oliveira RA: 1620100718

Fiama de Alvernaz Gonzaga RA: 1620100304

Kelly Barreto de Vasconcelos RA: 1620100647

Kelly Cristina dos Santos RA: 1620100639

Pollyana Rosa da Silva RA: 1620100966

Regiane Barreto de Souza RA: 1620100066

Vitor Felipe Kulau Rodrigues RA: 1620100845

Análise do Filme – A caça

Ao analisar o caso exposto deve-se Presumir a Inocência do acusado isso se


embasando no artigo 11 da declaração universal dos direitos humanos diz “Todo ser
humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a
sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei em julgamento público no qual
lhe tenham sido assegurados todas as garantias necessárias a sua defesa”
A Constituição em seu artigo 5° inciso LVII diz “ninguém será considerado
culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;”
Analisando o que a nossa Constituição e até mesmo eu a declaração universal dos
direitos humanos diz, se vê que houve um julgamento da comunidade em que o réu vivia,
isso antes mesmo de haver comprovados a sua culpabilidade.
Em se tratando do caso pode-se observar vários erros, a começar pela escola onde
ao saber do caso, a diretora, antes mesmo de comunicar aos pais, chama um psicólogo
para questionar a menor, nota-se que em seu questionamento a criança se mostra
apreensiva e com medo de falar qualquer coisa relacionado ao seu comentário para com
a diretora do colégio, que no momento do interrogatório que o psicólogo faz a menor está
presente.
Ora, a Lei 13.431 de 04 de abril de 2017 em seu artigo 12 explica como o depoimento de
um menor deve ocorrer destacarei neste momento os incisos I, II e V

“I - os profissionais especializados esclarecerão a criança ou o


adolescente sobre a tomada do depoimento especial, informando-lhe os seus
direitos e os procedimentos a serem adotados e planejando sua participação,
sendo vedada a leitura da denúncia ou de outras peças processuais;

II - é assegurada à criança ou ao adolescente a livre narrativa sobre a


situação de violência, podendo o profissional especializado intervir quando
necessário, utilizando técnicas que permitam a elucidação dos fatos;

V - o profissional especializado poderá adaptar as perguntas à


linguagem de melhor compreensão da criança ou do adolescente;”

Podemos analisar por meio desta lei e dos incisos supramencionados que o
depoimento obtido pela menor junto ao psicólogo foi incisivo, principalmente quando em
uma de suas falas a menor pede para sair e é forçada há um interrogatório, além disso, as
perguntas feitas pelo psicólogo eram mais afirmativas do que interrogativas e não davam
a Liberdade da criança se expressar e falar sobre o ocorrido.

Diante dessa análise de como o depoimento foi obtido erroneamente não há de se


falar de culpabilidade do acusado visto que pode ser considerado o depoimento da menor
como ilícito, isso pois, não se seguiu os parâmetros necessários mencionados no artigo
12 da lei 13431 de 4 de abril de 2017.

O Artigo 157 do CPP diz: “São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do


processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais.” Também o artigo 5° inciso LVI da CF diz: “são
inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.”

Com base nesses artigos o mestre Fernando Capez leciona sobre prova ilícita:

“Prova Ilícita. Quando a prova for vedada, em virtude de ter sido


produzida com afronta a normas de direito material, será chamada de
ilícita. Desse modo, serão ilícitas todas as provas produzidas mediante a
prática de crime ou contravenção, as que violem normas de Direito Civil,
Comercial ou Administrativo, bem como aquelas que afrontem princípios
constitucionais. Tais provas não serão admitidas no processo penal.”

Conclui-se então que o depoimento obtido pelo psicólogo e a diretora não poderia
entrar no processo e sem ele não existiria processo.

BIBLIOGRAFIA:

CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 28 ed. 2021. Saraiva, São Paulo. Pg.144.

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