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Noções Gerais do Contrato (Rascunho)

Pablo Rodrigues Pinheiro1

O autor identifica o Contrato como a mais importante “fonte de obrigação” do


ordenamento brasileiro e mundo jurídico, é relacionado em consonância às leis, que
assim principalmente identificam a sua eficácia contratual.
É uma espécie de negócio jurídico, conceituado pela sua bilateralidade ou até
mesmo como um negócio plurilateral, distinguindo-se dos unilaterais (em exemplo o
testamento que a vontade seria manifestada por só uma das partes).
O contrato, como o autor propriamente conceitua é um “acordo de vontades”
entre partes que se preocupam em utilizar direitos com o fim de “adquirir,
resguardar, modificar [...]” ou extingui-los.
Todavia, “em sentido estrito”, se restringe as relações patrimoniais, com
efeito, podemos entender esses elementos como elementos essenciais subjetivos,
em síntese: a participação de uma relação entre dois polos, quais duas ou mais
pessoas; manifestação de vontade, ou mútuo consenso, ou também nomeado como
a “capacidade de fato”. Deverá esse negócio ser coordenado e apreciado em
conformidade às normas, tais elas sejam as leis (fontes materiais) como também
algumas fontes formais; e, em alguns casos, também há o mérito em relação a
legitimação do acordo ou efeito contratual, quando alguém é legítimo ou idôneo
para apreciar uma relação processual ou contratual.
Como qualquer outro negócio jurídico, nele haverá vícios que poderiam levar
o negócio a nulidade, ou impossibilidade, dos vícios temos: dolo, coação, estado de
perigo, lesão, e erro ou ignorância, quais respectivamente os arts. 138, 145, 151, 156
e 157 do Código Civil.
Por dolo, quando se verifica um convencimento por efeito de um
procedimento “malicioso” quando para a vítima produz um estado de erro ou um
não saber, quando uma condição de vontade não seria obtida se fosse de outra
maneira.
1
Discente, 5º semestre – Bacharelado em Direito; UNIPAMPA, Campus São Borja; Referência
Bibliográfica: Carlos Roberto Gonçalves. Direito Civil Esquematizado 1. Parte Geral, obrigações e
contratos. 2022.
Coação, especialmente em relação a violência moral - já que a violência física
excluiria qualquer tipo de vontade, não sendo um simples “vício” – consiste então
em uma forma de constrangimento, em razão de por exemplo uma ameaça, quando
o coato sua vontade foi perturbada na determinação de um motivo para se fazer um
contrato, existe necessidades para ser confirmado uma coação, tal que seja uma
ameaça sem dúvidas de suspeição, ou seja que o temor implicado seja fundado em
um ato verossímil e possível de ser praticado contra a vítima, que a violência seja
injusta, adotada de maneira ilegítima, que a violência seja endereçado um mal grave
ou notável. Em razão as partes do processo, não há a necessidade de que a ameaça
seja direta, poderia por exemplo uma ameaça a um patrimônio ou de sua família.
Estado de perigo, da exposição ao perigo iminente, em exemplo um gerente
de banco que promete uma soma em títulos para aquele que o está mantendo em
cárcere em razão de sua liberdade e lesão quando um indivíduo se obriga diante de
uma inexperiência ou necessidade, qual um valor ou serviço desproporcional do
ofertado em oposto, nisso podemos exemplificar com o Código de Defesa do
Consumidor no seu artigo 51, inciso quinto, quando expressa a lesão-vício, proibindo
por exemplo a prevalência em razão da idade, condição social, saúde ou
conhecimento. Um virá como uma desproporcionalidade que levaria a rescisão, por
estado de necessidade econômica, e já no estado de perigo não se julga
necessariamente o mérito da desproporcionalidade, mas sim, principalmente o risco
de um grave dano, moral ou material, qual a lesão o mérito do risco patrimonial.
Já no erro ou ignorância, entende-se verificado quando uma falsa realidade
de um estado ou situação é tida como um fato gerador, diferente do vício por dolo,
da parte não se constata vontade em faze-lo, ou não tenta induzir a tal situação, na
ignorância o erro é um objeto, assim a ignorância é efeito de uma falta de
conhecimento, no erro propriamente dito é uma mera ilusão quanto a real situação,
no erro se tem uma causa de anulabilidade ou nulidade relativa nos casos do artigo
138 do Código Civil.
Dos elementos “objetivos” nos deparamos com o conteúdo e forma do
contrato, quando pode ser analisado pela sua capacidade de aplicabilidade, em
contraponto a possibilidade de ser efetivado ou apreciado, em síntese identificado
pela licitude do objeto, pela sua possibilidade, pela sua determinação, critérios
econômicos para apreciação, natureza do vínculo e forma. Em outras palavras, é
apreciado um contrato em razão de um objeto que não seja proibido em lei; em
razão de um objeto que seja possível, em razão de um objeto determinado, e um
objeto economicamente apreciável. Entretanto, nem toda impossibilidade torna um
negócio inválido, qual expresso no artigo 106, podendo assim dividirmos em duas
esferas, a da impossibilidade absoluta, que alcança a todos e não apenas a parte
passiva do contrato; e a impossibilidade relativa, essa alcançaria apenas o devedor
e não a outra parte.
Como uma espécie de negócio jurídico, no contrato também se configuram
elementos acidentais, são eles: a condição, que subordina a eficácia do ato ou
negócio; o termo, que subordina a eficácia de um ato à um elemento certo futuro; e o
modo ou encargo, quando uma obrigação é atrelada a aquele que tiver um benefício
no negócio, assim, por exemplo, se diferenciando do ato de doação o contrato
resultará um encargo como uma obrigação a quem detiver um benefício.

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