Você está na página 1de 12

CARMINHA DE SANTANA

LUCIANA BORGES CORDEIRO

ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR

Conceição do Tocantins
Maio de 2022
CARMINHA DE SANTANA
LUCIANA BORGES CORDEIRO

ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR

Trabalho de Produção textual apresentado à Universidade


Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção de média semestral na disciplina de Urgência e
Emergência em Enfermagem.

Tutor à Distância: Gustavo Marino Ferreira Sorgi


Tutor Presencial: Zaylla Miranda da Silveira

Conceição do Tocantins
Maio de 2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3
2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................... 4
2.1 DESAFIO 1: Enfermagem na saúde da criança e do adolescente ............. 4
2.2 DESAFIO 2: Enfermagem na Saúde do Idoso ............................................. 6
2.4 DESAFIO 4: Saúde do Trabalhador .............................................................. 8
3 CONCLUSÃO ............................................................................................... 10
4 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 11
3

1 INTRODUÇÃO

Entende-se que a enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente


oferece educação efetiva e específica para enfermeiros generalistas, de saúde
comunitária da criança e do adolescente para preparar profissionais capazes
de cumprir esses diversos papéis de prática.
Neste caso, a enfermagem é modelada em uma estrutura de atenção
primária à saúde com o objetivo de promover a saúde, prevenir doenças,
implementar estratégias de intervenção precoce, gerenciar casos individuais e
trabalhar em parcerias colaborativas com os clientes.
Deste modo, são incorporados na abordagem de cuidados de saúde
primários estão os níveis primário, secundário e terciário de prevenção que são
fornecidos por enfermeiros de saúde comunitária.
4

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 DESAFIO 1: Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente

Síndrome da angústia respiratória é causada por deficiência do


surfactante pulmonar nos pulmões do neonato, mais comumente do nascido <
37 semanas de gestação. O risco aumenta com o grau de prematuridade. Os
sinais e sintomas aparecem logo após o nascimento e incluem respiração
ruidosa, uso de músculos acessórios e batimento de asas de nariz. O
diagnóstico é clínico; o risco pré-natal pode ser avaliado com testes de
maturidade pulmonar fetal. O tratamento é feito com surfactantes e cuidados de
apoio (SILVA JR, 2020).
O nascimento é acompanhado de extensas mudanças fisiológicas,
algumas vezes revelando condições que não causavam qualquer problema na
vida intrauterina. Por essa razão, o especialista em reanimação neonatal deve
estar presente no momento do parto. A idade gestacional e os parâmetros de
crescimento ajudam a identificar o risco de patologia neonatal (SILVA JR,
2020).
Síndrome do desconforto respiratório
A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) consiste em um
edema pulmonar não cardiogênico e uma síndrome da inflamação pulmonar
difusa, frequentemente complicando a doença crítica. O diagnóstico da SDRA
baseia-se na satisfação de três critérios (VIERA, 2015)::

 Início agudo (dentro de 1 semana)


 Opacidades bilaterais na radiografia torácica
 Razão PaO₂/FiO₂ (oxigênio arterial a inspirado) de ≤300 na pressão
expiratória final positiva ou pressão positiva contínua nas vias aéreas ≥5
cm H₂O.
Se não houver fatores de risco para SDRA, o edema pulmonar agudo
como resultado de insuficiência cardíaca deve ser descartado.

Pessoas com SDRA sofrem falta de ar intensa e, muitas vezes, são


incapazes de respirar por conta própria, sem o apoio de um ventilador
pulmonar. O tratamento inclui a administração de oxigênio, de fluidos e de
5

medicamentos.
Os sintomas estão relacionados às causas e associados a dispneia
rapidamente progressiva, em geral até 72 horas da agressão inicial, em média
de 12 a 24 horas.
O diagnóstico clínico da SDRA foi definido pela presença de todos os
critérios estabelecidos pela AECC (Conferência Americano-Europeia),:
instalação aguda da insuficiência respiratória, evidência de opacidades
alveolares nos quatro quadrantes dos campos pleuropulmonaresna radiografia
de tórax, relação entre a pressão parcial de oxigênio no sangue arterial e a
fração inspirada de oxigênio menor que 200 mmHg e presença de pressão de
oclusão da artéria pulmonar menor que 18 mmHg ou ausência de evidência
clínica de hipertensão de átrio esquerdo.(3) Esses dados foram obtidos sem o
conhecimento dos resultados da análise histopatológica (SARMIENTO, 2011).
Tratamento
A terapia principal é o tratamento da causa básica e o suporte
ventilatório.
Os objetivos do tratamento de pacientes com SDRA são os seguintes:
•Reverter o déficit de oxigenação tecidual;
•Minimizar os danos relacionados à terapia;
•Prevenir complicações e sequelas;
•Reduzir a mortalidade.
A administração de surfactante intratraqueal é o tratamento específico
para SDR. Esse tratamento requer entubação endotraqueal, que também
necessária para alcançar ventilação e oxigenação adequadas.
Há evidências crescentes que corroboram o uso de técnicas de
ventilação menos invasivas, como pressão positiva contínua das vias
respiratórias (CPAP), mesmo em lactentes pré-termo. Lactentes com SDR que
estão recebendo CPAP nasal e que precisam de uma fração crescente de
oxigênio inspirado (FIO2) foram beneficiados com uma breve entubação para
fornecer surfactante seguida de extubação imediata. A administração de
surfactante intratraqueal via cateter fino é uma técnica mais recente que
também mostrou ser benéfica na redução do risco de displasia broncopulmonar
(DBP). As duas técnicas mostram uma tendência a menos casos de DBP, mas
não menos dias em ventilação mecânica.
6

2.2 DESAFIO 2: Enfermagem na Saúde do Idoso

Em um sistema cardiovascular saudável, o lado direito do coração


bombeia sangue para os pulmões para receber oxigênio e se livrar do dióxido
de carbono, enquanto o lado esquerdo bombeia sangue rico em oxigênio para
o corpo.
As artérias fluem para fora do coração, ramificando-se e ficando
menores à medida que entram em seus tecidos até se tornarem minúsculos
capilares. Os capilares fornecem oxigênio e nutrientes aos tecidos e recebem
de volta o dióxido de carbono. Esse dióxido de carbono é então transportado
para veias cada vez maiores, que devolvem o sangue ao coração (SANTOS,
2018).
No entanto, o risco de problemas cardíacos começa a aumentar lentamente
à medida que envelhece devido a alterações normais relacionadas à idade no
sistema cardiovascular, como:
 Uma frequência cardíaca ligeiramente mais lenta devido ao tecido
fibroso e aos depósitos de gordura que se desenvolvem no sistema
marcapasso natural do corpo que controla os batimentos cardíacos. O
marcapasso natural (o nó SA) também perde algumas de suas células.
 O coração se enche mais lentamente devido ao espessamento da
parede do coração, o que pode fazer com que a câmara do coração
retenha menos sangue.
 Enrijecimento e espessamento das válvulas cardíacas, que controlam a
direção do fluxo sanguíneo e da parede do coração. Isso pode diminuir a
tolerância do coração para exercícios e outros estressores.
 Ligeiro espessamento das paredes capilares, o que pode causar uma
taxa ligeiramente mais lenta de troca de nutrientes e resíduos.
 Menos flexibilidade, rigidez e espessamento da aorta, o que pode
aumentar a pressão arterial e fazer o coração trabalhar mais.
 Diminuição da produção de certos glóbulos brancos chamados
neutrófilos, que são importantes para a imunidade. Isso pode reduzir sua
capacidade de resistir à infecção.
 Produção mais lenta de glóbulos vermelhos durante estresse ou doença,
o que cria uma resposta mais lenta à perda de sangue e anemia.
7

2.3 DESAFIO 3: Urgência e Emergência em Enfermagem

Conforme as descrições de Martins (2021), a abordagem inicial no


atendimento do IAMCS deve ser rápida e objetiva, iniciando pela avaliação das
características da dor torácica e dos sintomas associados, história pregressa
relevante, pelo exame físico direcionado e realização do eletrocardiograma
(ECG) (MARTINS, 2021).
Com isso, o diagnóstico do IAM é feito por meio de exames físicos, em
que o cardiologista analisa todos os sintomas descritos pelo paciente, além do
eletrocardiograma, que é um dos principais critérios de diagnóstico do infarto.
O eletrocardiograma, também conhecido como ECG, é um exame que tem
como objetivo avaliar a atividade elétrica do coração, sendo possível verificar o
ritmo e a frequência de batidas do coração. Entenda o que é e como é feito o
ECG (MARTINS, 2021).
No entanto, para diagnosticar o infarto, o médico também pode solicitar
exames laboratoriais com o objetivo de detectar a presença de marcadores
bioquímicos que têm sua concentração aumentada em situações de infarto. Os
marcadores normalmente solicitados são (MARTINS, 2021).
 CK-MB, que é uma proteína encontrada no músculo cardíaco e cuja
concentração no sangue aumenta 4 a 8 horas após o infarto e volta ao
normal após 48 a 72 horas;
 Mioglobina, que também está presente no coração, mas tem sua
concentração aumentada 1 hora após o infarto e volta aos níveis
normais após 24 horas - Saiba mais sobre o exame da mioglobina;
 Troponina, que é o marcador de infarto mais específico, aumentando 4
a 8 horas após ao infarto e voltando aos níveis normais após cerca de
10 dias - Entenda para que serve o exame da troponina.
Por meio do resultado dos exames de marcadores cardíacos, o
cardiologista consegue identificar quando ocorreu o infarto a partir da
concentração dos marcadores no sangue.
O tratamento inicial para o infarto agudo do miocárdio é
realizado desobstruindo o vaso através da angioplastia ou através de uma
cirurgia designada por ponte de safena, também conhecida
8

por bypass cardíaco ou revascularização do miocárdio.


Além disso, o paciente necessita tomar medicamentos que diminuem a
formação das placas ou tornem o sangue mais fino, a fim de facilitar a sua
passagem pelo vaso, como o Ácido Acetil Salicílico (AAS), por exemplo.
Segundo Silva et al. (2020), durante o infarto agudo na sala de
emergência os principais cuidados de enfermagem são; monitorizarão cardíaca
contínua com oximetria de pulso, repouso absoluto no leito, acesso venoso,
ofertar oxigênio por meio de cateter nasal de 2 a 4 litros por minuto, realizar o
ECG e solicitar exame de marcadores de lesão cardíaca repetindo o exame
após 6 ou 9 horas.

2.4 DESAFIO 4: Saúde do Trabalhador

Os efeitos biológicos das radiações ionizantes podem ser estocásticos


ou determinísticos. A principal diferença entre eles é que os efeitos
estocásticos causam a transformação celular enquanto que os determinísticos
causam a morte celular (MOREIRA, 2011).
Efeitos Estocásticos
Entende-se que os efeitos estocásticos causam uma alteração aleatória
no DNA de uma única célula que, no entanto, continua a reproduzir-se. Levam
à transformação celular. Os efeitos hereditários são estocásticos. Não
apresentam limiar de dose. O dano pode ser causado por uma dose mínima de
radiação. O aumento da dose somente aumenta a probabilidade e não a
severidade do dano. A severidade é determinada pelo tipo e localização do
tumor ou pela anomalia resultante. No entanto, o organismo apresenta
mecanismos de defesa muito eficientes. A maioria das transformações
neoplásicas não evolui para câncer. Quando este mecanismo falha, após um
longo período de latência, o câncer então, aparece (MOREIRA, 2011).
Efeitos Determinísticos
Neste caso, os efeitos determinísticos levam à morte celular. Existe uma
relação previsível entre a dose e a dimensão do dano esperado, sendo que
estes só aparecem a partir de uma determinada dose. A probabilidade de
ocorrência e a severidade do dano estão diretamente relacionadas com o
aumento da dose. As alterações são somáticas. Quando a destruição celular
9

não pode ser compensada, efeitos clínicos podem aparecer, se a dose estiver
acima do limiar (MOREIRA, 2011).
Grandes doses de radiação ionizante podem causar doença aguda
reduzindo a produção de células sanguíneas e danificando o trato digestivo.
Uma dose muito grande de radiação ionizante também pode danificar o
coração e os vasos sanguíneos (sistema cardiovascular), o cérebro e a pele
(MOREIRA, 2011).
Embora os raios X estejam ligados a um risco ligeiramente aumentado
de câncer, existe um risco extremamente baixo de efeitos colaterais de curto
prazo. A exposição a altos níveis de radiação pode ter vários efeitos, como
vômitos, sangramento, desmaios, perda de cabelo e perda de pele e cabelos.
No entanto, os raios X fornecem uma dose tão baixa de radiação que não se
acredita que causem problemas de saúde imediatos (MOREIRA, 2011).

.
10

3 CONCLUSÃO

Contudo, as funções de enfermagem variam regionalmente, por


educação individual, experiência e objetivos individuais de carreira. As funções
incluem a administração de procedimentos e medicamentos de acordo com os
planos de cuidados de enfermagem prescritos.
Assim sendo, esses enfermeiros observam sinais vitais e desenvolvem
habilidades de comunicação com crianças e familiares, bem como com outros
profissionais médicos. Apoiar as crianças e suas famílias é um componente do
cuidado direto de enfermagem. Conscientização das preocupações das
crianças e dos pais, presença física em momentos de estresse e ajudar as
crianças e familiares a lidar são outras funções comuns.
Portanto, os enfermeiros neonatais são especializados em trabalhar com
os pacientes mais jovens. A enfermagem neonatal concentra-se na prestação
de cuidados e apoio a recém-nascidos prematuros ou que sofrem de
problemas de saúde, como defeitos congênitos, infecções ou deformidades
cardíacas.
11

4 REFERÊNCIAS

EXPERIENCED, KEY CHALLENGES. Parada cardiorrespiratória: principais


desafios vivenciados pela enfermagem no serviço de urgência e emergência.
2016.

GALLO, Adriana Martins et al. Exposição ocupacional à radiações ionizantes


sob a ótica de profissionais de enfermagem em hemodinâmica. 2013.

MOREIRA, João Vítor de Almeida. Radiobiologia: efeito das radiações


ionizantes na célula e formas de protecção das radiações ionizantes. 2011.
Tese de Doutorado. Universidade da Beira Interior.

MARTINS, Jéssica Natália da Silva; TAVARES, Bruno; BRAGA, Gustavo


Bastos. COOPERAÇÃO NO ÂMBITO PÚBLICO COMO ESTRATÉGIA PARA A
SAÚDE. Gestão & Planejamento-G&P, v. 22, n. 1, 2021.

SARMIENTO, X. et al. Estudio sobre la correlación clínico-patológica en el


síndrome de distrés respiratorio agudo secundario. Medicina Intensiva, v. 35, n.
1, p. 22-27, 2011.

SILVA JR, PASSOS MAN. Assistência de enfermagem à pacientes vítimas


de infarto agudo do miocárdio: uma revisão integrativa. Revista JRG de
Estudos Acadêmicos -Ano III (2020), volume III, n.7 (jul./dez.)

SANTOS, Marilia Silva dos et al. Práticas integrativas e complementares:


avanços e desafios para a promoção da saúde de idosos. Revista Mineira de
Enfermagem, v. 22, p. 1-5, 2018.

VIERA, Mariana Marques et al. A atenção da enfermagem na saúde da criança:


revisão integrativa da literatura. Revista Brasileira Multidisciplinar, v. 18, n.
1, p. 97-115, 2015.

Você também pode gostar