O documento discute o que é Direito do Urbanismo. Após uma primeira impressão, define-o como o conjunto de normas jurídicas que regulam a transformação e ocupação do solo, com vista à organização, segurança, equilíbrio e salubridade. Depois de estudar o assunto, explica que a definição é controversa, mas a visão mais ampla e adequada é considerar o Direito do Urbanismo como normas referentes à correta ocupação, uso e transformação dos solos para todo tipo de propósitos, não só urbanos, a fim de prom
O documento discute o que é Direito do Urbanismo. Após uma primeira impressão, define-o como o conjunto de normas jurídicas que regulam a transformação e ocupação do solo, com vista à organização, segurança, equilíbrio e salubridade. Depois de estudar o assunto, explica que a definição é controversa, mas a visão mais ampla e adequada é considerar o Direito do Urbanismo como normas referentes à correta ocupação, uso e transformação dos solos para todo tipo de propósitos, não só urbanos, a fim de prom
O documento discute o que é Direito do Urbanismo. Após uma primeira impressão, define-o como o conjunto de normas jurídicas que regulam a transformação e ocupação do solo, com vista à organização, segurança, equilíbrio e salubridade. Depois de estudar o assunto, explica que a definição é controversa, mas a visão mais ampla e adequada é considerar o Direito do Urbanismo como normas referentes à correta ocupação, uso e transformação dos solos para todo tipo de propósitos, não só urbanos, a fim de prom
Em Direito do Urbanismo, Solicitadoria, 3º ano No Instituto Politécnico do Cávado e do Ave Ano letivo 2018/2019
1. DEFINIÇÃO DE DIREITO DO URBANISMO – 1ª IMPRESSÃO
À primeira vista, urbanismo faz pensar em cidades, estas que surgiram há várias décadas, e que, cada vez mais, se ampliam e vão enchendo-nos os olhos. As cidades remetem para edifícios e talvez o urbanismo surge a partir do momento que se ergue a primeira parede, porque há a transformação e ocupação do solo. Assim que houve esta necessidade, tudo teve de ser pensado, teve de haver um projeto em grande escala, para que o caos não se instalasse, para que não se construíssem edifícios em cima de edifícios, para que houvesse espaço suficiente para circular por entre estes, para que os caminhos por entre eles não se tornassem labirintos... Começou assim o planeamento. O urbanismo é, então e antes demais, organização. Mas o urbanismo não remete somente para a cidade, remete para o que há para lá desta. Antes da existência de cidades, existia um mundo verde e azul. Para que o verde e o azul não desaparecessem por completo, houve e, não parecendo, ainda há a preocupação de haver limites para construir, porque a construção de cidades implica a destruição da natureza, então existe uma preocupação ambiental. O urbanismo é equilíbrio. Urbanismo também é segurança. Não seria de loucos de podermos contruir em alturas exageradas ou existirem edifícios em riscos de ruir? O urbanismo também se preocupa com isto. Vai estabelecer limites e regras para que exista a máxima segurança possível. E quem fala em segurança, fala em salubridade. É inimaginável nos dias de hoje viver sem rede de esgotos, mas não é uma realidade que está assim tão distante. Vejamos, no século XIX, Portugal vivia uma das maiores pandemias de cólera, devido à falta de rede de esgotos e abastecimento de água. Destarte, o Direito do Urbanismo será o conjunto de normas jurídicas que regulam a transformação e ocupação do solo, com vista à organização, segurança, equilíbrio e salubridade.
DIREITO DO URBANISMO | POR JÉSSICA BARBOSA, Nº. 13330
2. DEFINIÇÃO DE DIREITO DO URBANISMO (após estudo) A palavra “urbanismo” provém etimologicamente da palavra latina “urbs” ou “urbis”, que significa “cidade”. Não há harmonia na tentativa de definir Direito do Urbanismo (DU). A doutrina não é unânime. Sobre amplitude do conteúdo do conceito de DU existem diversas opiniões. A perceção restrita determina que o DU é o conjunto de normas jurídicas respeitantes exclusivamente à urbe e às suas ampliações, ou seja, planeamento, operações económico-administrativas, regras destinadas à segurança, salubridade e estética das construções urbanas (segundo Diogo Freitas do Amaral). Uma segunda noção, a designar de noção intermédia, restringe o DU às normas jurídicas relativas ao correto ordenamento da ocupação, utilização e transformação dos solos para fins urbanísticos, isto é, para finalidades que ultrapassem um aproveitamento agrícola, florestal, pecuário ou cinegético dos solos (segundo Cláudio Monteiro ou António Lorena de Sèves). De acordo com uma terceira perspetiva, mais ampla, o DU estende-se ao conjunto de normas e institutos referente à correta ocupação, uso e transformação dos solos não só para fins urbanísticos, mas para todo tipo de propósitos (segundo Fernando Alves Correia). Destarte, as noções restrita e intermédia não são adequadas com a atual realidade urbanística, cada vez mais complexa, que não pode limitar-se somente à urbe, abrangendo, pois, todo o território globalmente considerado, não só o urbano, mas também o rural, de forma que o DU seja mais um instrumento com a função de atenuar as disparidades regionais contribuindo para uma maior igualdade de oportunidades e uma divisão justa de todo o território nacional considerando-se, assim, o urbanismo como um espaço de condomínio de interesses estaduais, regionais e locais. Concluindo, a conceção ampla é a adotada.
DIREITO DO URBANISMO | POR JÉSSICA BARBOSA, Nº. 13330
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