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LÍNGUA PORTUGUESA –
REDAÇÃO EMPRESARIAL
AULA 4

Profª Ariane Regina de Oliveira Hidalgo


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CONVERSA INICIAL

Esta etapa abrangerá aspectos


fundamentais de alguns dos gêneros textuais mais utilizados no

meio empresarial.
Com isso, veremos como estruturar esses textos tão elementares na rotina

corporativa e, claro, sempre com muitas dicas de língua portuguesa, para


aprimorar ainda mais a sua

escrita. Para isso, vamos abordar os seguintes


temas:

Produção
de textos: ata
Produção
de textos: carta

Produção
de textos: memorando

Produção
de textos: ofício

Produção
de textos: outros exemplos

CONTEXTUALIZANDO

Na rotina do
trabalho, é preciso saber distinguir e, principalmente,
produzir diferentes tipos de
documentos relacionados às atividades
empresariais, uma vez que as empresas utilizam vários

padrões de textos, de
acordo com o contexto exigido. Por exemplo, ao se enviar uma apresentação

para
um prospect (possível cliente), geralmente se envia uma carta de
apresentação; para formalizar

detalhes de uma reunião, lavra-se uma ata; para


informar os colaboradores sobre algum evento,

veicula-se um comunicado. Assim,


vejamos os principais gêneros, sua aplicação e estrutura.

TEMA 1 – PRODUÇÃO DE TEXTOS: ATA

Anteriormente, vimos diferentes conteúdos que


nos ajudarão a compor a nossa prática de

escrita a ser desenvolvida a partir


desta etapa. Agora, analisaremos o que caracteriza uma ata, qual a

sua
finalidade e como estruturá-la. De acordo com Silva (2007), a ata é um gênero
que trata de

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maneira pormenorizada o que foi deliberado em uma reunião,


convenção ou assembleia, seja no

setor público, seja no privado. O ponto de


atenção, nesse tipo de documento, é definir o que é

essencial, ou seja, é
preciso sintetizar tudo o que foi exposto, proposto e definido numa dada

ocasião,
com foco na ideia principal, sem abordar assuntos periféricos ou irrelevantes
para o

momento.

Comumente, utiliza-se a expressão lavrar


e não redigir a ata. Cabe salientar que o documento

possui alguns
elementos indispensáveis, mas que muitas empresas utilizam de uma forma mais

flexível, diferenciada do modelo de ata tradicional, que prevê que o texto seja
criado em um livro
próprio, com páginas enumeradas e identificação da empresa.
Hoje, além desse modelo, empregam-

se folhas soltas e até documentos digitais,


em aplicativos de comunicação, que também formalizam

os atos deliberados.

Vale destacar que, como um documento oficial,


geralmente, a ata é redigida por um(a)

secretário(a) efetivo(a). Quando a


pessoa designada não se faz presente e um outro participante fica

responsável
pela atividade, utiliza-se na ata a expressão latina ad hoc, que, no
latim, significa: para

isto, para esta reunião, para este caso.

1.1 ELEMENTOS BÁSICOS DA ATA

Para Silva (2007), há muitas maneiras de lavrar


uma ata. O principal é que alguns elementos

sejam registrados a fim de


oficializar os dados da referida ocasião e esclarecer o que foi deliberado.
Os
elementos imprescindíveis em uma ata são:

Data
completa

Local

Identificação
das pessoas presentes

Declaração
do presidente e do secretário (se o formato permitir)

Ordem
do dia/pauta

Conclusão
(se o formato permitir)

Fecho/encerramento

Assinaturas
(se o formato permitir)

Bahiense (2010) define a estrutura da ata em


três passos: introdução, desenvolvimento e

conclusão. A
introdução se refere aos dados de abertura, data e local, natureza da reunião,
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identificação dos participantes. Já o desenvolvimento deve abordar os fatos e


tomadas de decisão da

reunião, sempre em linguagem objetiva. A conclusão, por


sua vez, se refere ao encerramento do

evento, ou seja, ao momento em que se


realizam a leitura e a finalização da reunião, com menção ao

seu dia e horário


de término. Menciona-se, ainda, a data de próxima reunião, se necessário for,
além

de a ata conter as assinaturas dos participantes presentes.

1.2 PONTOS DE ATENÇÃO AO SE LAVRAR UMA ATA

Como mencionado, algumas empresas ainda


utilizam o recurso mais tradicional, formalizando as

reuniões por meio de um


livro especialmente utilizado para essa finalidade. Nesse caso, obviamente,

a
ata deve ser lavrada à mão, durante a própria reunião. Bahiense (2010) destaca
um outro ponto de

atenção, pois esse livro deve conter uma abertura


(indicando a finalidade do livro) e um

encerramento (utilizado ao
término das páginas, com marcação de data e assinatura de pessoa

autorizada). A
seguir, vejamos uma possibilidade de abertura e encerramento:

Abertura: Este
livro contém 150 páginas numeradas e destina-se, exclusivamente, ao registro de

atas da Empresa XYZ Ltda.

Encerramento: Eu,
Fulana de Tal, diretora administrativa da Empresa XYZ Ltda., declaro

encerrado
este livro de atas.

São Paulo, 10 de maio de 2021.

_____________ (assinatura)

Também no caso de utilização do livro físico, é


preciso estar atento(a) ao caso de se grafar uma

palavra errada. Nunca rabisque


ou rasure o erro, muito menos utilize algum tipo de corretivo.

Segundo Silva
(2007), caso aconteça um erro, o recomendado é:

No caso de erros
verificados no momento de redigir atas manuscritas, emprega-se a expressão

corretiva “digo”;

Quando o erro for


notado após a redação de toda a ata, recorre-se à expressão “em tempo”, que é

colocada após todo o escrito, seguindo-se então o texto emendado: Em tempo:


na linha onde se
lê “pata”, leia-se “bata” (Silva, 2007, p. 68, grifos do
original)

Valle (2013) afirma que o ideal é que as


correções sejam realizadas antes de o(a) secretário(a)

concluir a ata. Caso não


seja possível fazê-lo no mesmo momento, ainda se pode realizar as

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correções no
dia posterior, ou seja, é permitido inserir as retificações na ata do dia
seguinte. Outro

aspecto que carece atenção diz respeito à escrita de numerais:


recomenda-se que a grafia seja

sempre por extenso, sem abreviaturas. Veja estes


exemplos:

O
orçamento previsto ficou no valor de novecentos e trinta e dois reais.

A primeira parcela ficou acordada no valor de três mil


quatrocentos e nove reais.

A negociação nos foi oferecida em doze parcelas (vezes)


iguais.
Das trinta posições, nosso ranking
ficou em décimo segundo lugar.

1.3 EXEMPLO MAIS TRADICIONAL

Há empresas e situações que exigem um rigor


mais apurado no que diz respeito à formalização

da ata. Com isso, lavra-se,


então, um documento com características mais tradicionais, no que

concerne à
produção da ata. Logo, é possível lavrar um texto corrido, sem subdivisões de
seções ou

tópicos separados. A seguir, vejamos um possível exemplo desse


modelo.

Ata da reunião extraordinária para aprovação do


projeto 123, realizado pela diretoria

administrativa e conselho da Empresa X em


10 de maio de 2022, às 14 horas, na sala da presidência,

em sua sede situada em


Belo Horizonte, Minas Gerais. A reunião foi presidida pelo diretor

administrativo,
Pedro Andrade, secretariada por Lucas Souza e com a presença de todos os
integrantes

do Conselho da Presidência e membros da diretoria. Inicialmente,


foi lida a pauta da reunião. Em

seguida, o diretor administrativo apresentou as


etapas que compõem o projeto. Posteriormente, a

diretora de operações, Carmem


Franco, solicitou uma alteração no orçamento apresentado, uma vez

que o
fornecedor Y não está credenciado para atender à empresa. O conselheiro André
Richa propôs

então que o projeto seja elaborado em duas partes, de acordo com o


manual do conselho de classe

vigente. Todos os presentes concordaram com ambas


as alterações e estão dispostos a contribuir com a

demanda. A próxima reunião


fica agendada para o dia 10 de junho, às 10 horas, neste mesmo local.

Nada mais
havendo a tratar, foi lavrada por mim, Lucas Souza, a presente ata, assinada
por todos os

presentes acima nominados e referenciados.

Assinatura dos presentes

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

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_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

Assinatura do secretário

1.4 EXEMPLO CONTEMPORÂNEO: ADAPTADO

Muitas empresas optam por lavrar um modelo mais


conciso de ata, ou seja, uma forma

adaptada, mas também com as informações


necessárias para formalizar uma reunião. Nessa opção, é
possível elaborar um
texto em tópicos, bem objetivo. Para clarificar o entendimento, vejamos, a

seguir, uma possível forma de aplicar essa sequência, na prática.

ATA DE REUNIÃO DO GRUPO DE ADMINISTRAÇÃO

Data: 20 de junho de 2022

Hora: 16 horas

Local: Sede corporativa – Avenida Cândido de


Abreu, 1000, Centro, Curitiba-PR

Pauta:

1. Planejamento do evento de dezembro, em São Paulo.


2. Definição da equipe de transição.

Presentes:

Opção 1: sra.
Ana Costa, sr. João Lopes, sra. Maria Brasil, sr. Joaquim Silva

Opção 2: reuniu-se
a diretoria da Empresa Brasilis S.A., juntamente com o gerente de marketing, r.

José Souza e pela Editora-chefe Sra. Ana Clara.

Presidente e secretário

Sob a presidência do sr. Paulo Lopes, que


convidou a mim, Antônio Afonso, para secretário.

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Considerações

1. Contratar uma empresa de consultoria para a realização do


evento.
2. Priorizar a confecção dos convites até o mês de setembro.

3. A equipe de transição será composta pelo gerente do Departamento


de Gestão de Pessoas e pela
coordenadora do Departamento de Qualidade.

Assinatura dos presentes

______________________________________________   ______________________________________________

______________________________________________   ______________________________________________

Curitiba, 20 de junho de 2022.

______________________________________________

Assinatura do secretário

Dica: consulte o Capítulo 6 da


obra: Não erre mais: língua portuguesa nas empresas e veja mais
alguns
exemplos de ata que poderão ajudar você a saber como elaborar uma ata.

TEMA 2 – PRODUÇÃO DE TEXTOS: CARTA

Quando pensamos em uma carta, logo nos


lembramos daquelas que recebemos fisicamente,
pelo serviço de entrega postal,
certo? Mas o gênero carta não se resume somente a isso. Há outras

formas
de produzir cartas, como a forma digital, em que as cartas são encaminhadas por
correio
eletrônico ou outros aplicativos de conversa. Aliás, ressalte-se que a
forma digital tem sido muito

utilizada no meio corporativo.

A carta pode ser emitida de empresas para


pessoas físicas, para organizações não
governamentais, para profissionais
liberais e, inclusive, para outras empresas. Serve para apresentar,

informar,
cobrar, reclamar, persuadir, rescindir e atender a inúmeras outras funções.
Portanto,
veremos um pouco das suas especificidades para que você possa
reconhecer o gênero e,

posteriormente, elaborá-lo.

2.1 ELEMENTOS BÁSICOS DA CARTA


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De acordo com Valle (2013), alguns itens são


elementares no que diz respeito à forma de
organização do gênero carta
comercial, sendo eles:

1. Timbre
no cabeçalho (logotipo da empresa)
2. Número
de controle
3. Localização
e data

4. Destinatário
(nome da empresa ou a quem a carta se destina – não se deve colocar o endereço
do destinatário)

5. Referência:
tema a ser tratado na carta
6. Vocativo
(mediante o uso de palavras como caro e prezado)

7. Corpo
do texto (conteúdo da carta, com introdução e desenvolvimento)
8. Fecho:
saudação final

9. Assinatura
10. Cargo
do remetente

Novamente, com base na sequência apresentada


por Valle (2013), vejamos um exemplo de
estruturação de uma breve carta
comercial, na Figura 1.

Figura 1 – Exemplo de carta comercial

LOGOTIPO DA EMPRESA (1)

 
OS 1234-2021 (2)

Florianópolis, 10 de março de 2021. (3)


Instituto Flor de Acácia (4)

Ref.: Lote de produtos de abril/2022 (5)

 
Prezados, (6)

 
Informamos que, excepcionalmente nos próximos
meses, o prazo de entrega das mercadorias está

previsto em até dez dias


úteis, contados a partir do recebimento do pedido. A alteração do prazo

de
entrega está relacionada ao atraso do envio da matéria-prima utilizada nos
insumos dos nossos
produtos. De acordo com a indústria que nos atende, os
prazos voltarão ao normal assim que as

importações voltarem ao fluxo padrão, o


que é estimado para o próximo trimestre. Lamentamos o
transtorno e ficamos à
disposição para demais esclarecimentos. (7)

Atenciosamente, (8)
 

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Maria Olívia Santos (9)

Coordenadora do Departamento de Logística (10)

Fonte: Elaborado com base em Valle, 2013.

Note que a sequência de itens da carta


comercial aparece listada com um número ao lado, a fim
de facilitar a
identificação do conteúdo a que cada item se refere. Ressalte-se que o endereço
não

aparece nesse momento por dois motivos: primeiro, o endereço deve ser
grafado no envelope,
obviamente, caso a carta seja enviada em sua forma física;
o segundo motivo é a redundância, afinal,

o destinatário sabe o seu endereço


comercial, não é preciso alertá-lo, muito menos ocupar espaço da
carta com isso
e tempo de leitura, sendo redundante com tal informação.

TEMA 3 – PRODUÇÃO DE TEXTOS: MEMORANDO

Do latim memorandum, o memorando é,


também, um gênero empresarial utilizado para

comunicações administrativas, isto


é, que circula, geralmente, em caráter interno. O significado da
expressão
latina remete ao que deve ser lembrado. Há também memorandos trocados de forma
externa, com o objetivo de realizar a comunicação com instituições externas ou
com outras filiais, por

exemplo.

A linguagem utilizada num memorando prima pela


objetividade, quase sempre em mensagens

breves e muito acessíveis. Sua


estrutura padrão é bem semelhante à da carta. No entanto, como o
memorando se
trata de uma forma de comunicação breve, é imprescindível que cada memorando

trate somente de um assunto. Portanto, se houver três assuntos distintos, será


necessário redigir três
memorandos separados, um para cada tema abordado.
Contudo, como frisa Valle (2013), o

memorando vem sendo deixado de lado, uma


vez que tem sido amplamente substituído pelos e-
mails. De todo modo, é
importante que saibamos distinguir o gênero e, principalmente, produzi-lo.

Saiba mais

Muitas empresas
utilizam o vocábulo memorando conforme o inglês memorandum of

understanding (MOU).

3.1 ELEMENTOS BÁSICOS DO MEMORANDO


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Ainda de acordo com os ensinamentos de Valle


(2013), veremos como elaborar um memorando,
que deve ser composto de:

1. Timbre/logotipo
da empresa

2. Identificação:
número/referência ao departamento remetente e data por extenso e na mesma
linha

3. Identificação
do destinatário
4. Breve
síntese do tema

5. Vocativo
6. Desenvolvimento
do assunto

7. Fecho:
saudação final
8. Nome
e cargo do remetente

A seguir, na Figura 2, vejamos um exemplo


extraído da obra de Valle (2013).

Figura 2 – Exemplo de memorando

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Fonte: Valle, 2013.

TEMA 4 – PRODUÇÃO DE TEXTOS: OFÍCIO

O ofício é uma forma de comunicação adotada


exclusivamente por órgãos públicos; logo, as

instituições privadas e religiosas


não emitem esse formato de documento. Ele se diferencia das
demais produções
textuais empresariais por ser um documento de caráter oficial e por sua

formatação também diferenciada, que, portanto, diverge dos demais gêneros


vistos até agora.

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Assevera-se que o Manual de redação da


Presidência da República (Brasil, 2018) adotou, desde a
publicação da
terceira e atual edição, apenas o ofício como meio de comunicação. Assim sendo,
o

aviso e o memorando tiveram seu uso descontinuado nas


comunicações realizadas pelos órgãos

públicos – mas, nas comunicações


empresariais (privadas), eles podem ser utilizados normalmente.

4.1 ELEMENTOS BÁSICOS DO OFÍCIO

Segundo o Manual de redação da Presidência


da República (Brasil, 2018),o primeiro
requisito do
ofício é que ele seja redigido em papel que contenha o timbre, o
brasão de armas da república, o

emblema ou o carimbo do órgão público que o


emite, e não é preciso que seja utilizado no padrão

colorido.

Os itens essenciais na formulação de um ofício


são:

a. Timbre
do órgão público emissor

b. Tipo
e número do documento

c. Local
e data (por extenso)
d. Vocativo
(seguido de vírgula)

e. Desenvolvimento
do texto

f. Enumeração
dos parágrafos
g. Conclusão:
reafirmação da posição sobre o assunto discorrido

h. Fecho

i. Assinatura
do autor

j. Identificação
do signatário

Para fins de ilustrar a formatação e a


visualização do aspecto de um ofício, veja a Figura 3,

extraída diretamente do referido


manual.

Figura 3 – O ofício

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Fonte: Brasil, 2018, p. 36.

Além dos passos elencados anteriormente, a


diagramação do ofício também é diferenciada dos
padrões que vimos anteriormente
(outros gêneros textuais empresariais e padrão da Associação

Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT). Note que, no ofício, os parágrafos são configurados de

maneira diferente e essa é uma parte essencial do formato. Veja mais exemplos e
detalhes acerca da

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produção e diagramação de ofícios no Capítulo 5 (páginas 27


a 32) do próprio manual. Se você ainda

não o baixou, é só acessar o link para


fazê-lo:
<http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assunt

os/manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf>
(Brasil, 2018).

TEMA 5 – PRODUÇÃO DE TEXTOS: OUTROS EXEMPLOS

Como não apenas textos como atas, memorandos e


ofícios são utilizados no meio empresarial,
veremos também outras formas comuns
de comunicação na rotina corporativa.

5.1 DECLARAÇÃO

A primeira outra forma que apresentaremos é a


declaração. Ressalte-se que esse é um

documento que pode ser emitido por pessoa


física ou jurídica, com o objetivo de afirmar algo a
alguém.

Figura 4 – A declaração

 
CONSELHO
REGIONAL DE CONTABILIDADE

SETOR
DE RENOVAÇÃO DE CREDENCIAIS
 

DECLARAÇÃO

 
Declaramos,
para os devidos fins, que JOÃO DA COSTA, registro nº 123456-7, esteve
presente

nesta instituição durante o período da manhã.


 

Curitiba, 5 de novembro de
2021.

 
Assinatura

Cargo do declarante
Carimbo da instituição
(desejável/se for possível)

Como visto, a declaração é um documento bem simples,


mas muito utilizado. Obviamente, você
já deve ter visto alguns modelos
semelhantes, pois pode haver variações na elaboração desse tipo de

documento.
De acordo com Valle (2013) o essencial é que se mantenha, nele:

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a. o uso
da palavra DECLARAÇÃO, assim, em maiúsculas, de forma centralizada e no
topo da

folha;

b. nome
e identificação do emissor do documento;

c. texto
objetivo, com oferta apenas da informação necessária;
d. assinatura,
nome, cargo de quem emite a declaração.

5.2 ATESTADO

A estrutura do atestado é muito similar à da


declaração. Normalmente, estamos mais

familiarizados com os atestados médicos,


mas também é possível utilizá-lo para outra função. Valle
(2013, p. 362)
declara que o atestado “[...] é um documento firmado por autoridade com a
finalidade

de assegurar a existência ou a inexistência de uma situação de


direito, referente a alguém ou a

respeito de algum fato”. Ainda de acordo com


Valle (2013), observemos, então, uma aplicação

diferente da relacionada à área


da saúde, na Figura 5.

Figura 5 – O atestado

ATESTADO (1)

 
Eu,
(nome completo e identificação), na posição de diretor do Departamento X da
empresa (razão

social ou nome-fantasia, identificação e endereço) (2),


atesto, para os devidos fins, que a sra.

(nome completo) é uma pessoa


íntegra, digna de confiança e que não é de meu conhecimento
nenhuma
intercorrência que possa desabonar a sua conduta moral. (3)

 
São Paulo, 10 de abril de 2022.

Assinatura
Diretor
do Departamento X (4)

(Carimbo, se possível)

Fonte: Elaborado com


base em Valle, 2013.

Repare que os números antes identificados


correspondem aos itens obrigatórios do documento,
isto é:

a. a
palavra ATESTADO, assim, em maiúsculas, de forma centralizada e,
normalmente, no topo da
folha;

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b. identificação
da autoridade emissora do atestado;
c. um
breve texto explicativo atestando a mensagem desejada;

d. assinatura,
nome e cargo de quem atesta o conteúdo descrito no documento.

5.3 AVISO

Uma outra possibilidade de criação textual no


meio corporativo privado é o aviso. Ele é utilizado,
normalmente, para
informar, advertir, expressar uma ordem e até para convidar alguém a algo. O seu

público-alvo são os colaboradores ou outras pessoas com as quais a empresa


possua algum tipo de

relação comercial. Para Valle (2013), o aviso deve ser


empregado somente por instituições privadas,

uma vez que as instituições


públicas, por terem um público-alvo mais abrangente, se utilizam de
Diário
Oficial e de meios de comunicação em massa.

Figura 6 – O aviso

SINDICATO DA EMPRESAS DE TRANSPORTE PÚBLICO

 
AVISO DE GREVE

Informamos
que, a partir das 12 horas de amanhã, 10 de julho de 2022, as linhas de
ônibus que
circulam por todo o município de Porto Alegre não circularão por
tempo indeterminado. A greve

se faz necessária pela interrupção do pagamento


dos salários e benefícios dos motoristas há 3
meses. Esperamos retomar os
serviços à população o quanto antes.

Porto Alegre, 9 de julho de 2022.


 

Presidente

Fonte: Elaborado com base em Valle, 2013.

5.4 CIRCULAR

A circular também é uma forma de transmitir


mensagens breves. Utilizada para avisos e

instruções, como o próprio nome diz,


serve para fazer circular determinadas informações.
Geralmente, é
veiculada por e-mail ou em versão impressa e fixada em locais
estratégicos da

empresa, para que todos tenham acesso ao conteúdo exposto.

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Silva (2007) afirma que não é preciso informar


o destinatário na circular, e que o seu
endereçamento deve ser feito no
envelope (quando se tratar de envio externo). Ainda sobre a

funcionalidade
externa – fora da instituição –, Silva (2007, p. 131) menciona que é comum
utilizá-la

para “[...] comunicar mudanças de endereço, abertura de novas


filiais, alterações de preços,

lançamento de produtos etc.” Ou seja, a circular


é uma modalidade simples, com linguagem clara e
direta. Dito isso, a seguir,
veja um exemplo de circular.

Figura 7 – A circular

LOGOTIPO DA INSTITUIÇÃO
 

Circular
nº 13/20                                                     São Luis, 10 de
abril de 2020.
Assunto:
suspensão do expediente

Não
haverá expediente, na próxima sexta-feira, em virtude da instalação do novo
gerador de energia.
 

Departamento
de Gestão de Pessoas

TROCANDO IDEIAS

Na prática do trabalho, muitos documentos


poderão apresentar um layout diferente do

apresentado nesta etapa, isso


porque cada empresa costuma ter a sua própria identidade visual e

dinâmica.
Como falamos, há empresas que registram a ata em aplicativos de reunião, com
uma

formatação diferenciada, e que enviam declarações por meios digitais e


afins. Com isso, o importante
é que você saiba utilizar os conhecimentos
apreendidos aqui e adaptá-los de acordo com as

necessidades futuras que a sua


atividade profissional venha a exigir.

NA PRÁTICA

Já vimos muita teoria e exemplos, não é mesmo? Como


proposta prática, de exercício de fixação,

sugerimos que você busque recriar,


ao menos, um dos gêneros textuais apresentados nesta etapa. O

que acha? Essa


atividade o(a) ajudará a ter mais segurança no momento da elaboração do texto.

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FINALIZANDO

Nesta etapa, percorremos diferentes formas de


comunicação presentes na rotina empresarial.

Afinal, uma das formas para se


obter sucesso no desenvolver das atividades do trabalho é ter um

bom
conhecimento desses gêneros e saber produzi-los – para não sermos pegos de surpresa
em
qualquer eventualidade. Vale lembrar que nem todas as empresas utilizarão
esses formatos de

documento. Muitas se prendem a usar apenas os mais comuns ou suas


formas adaptadas; outras

estarão abertas a implementar melhorias e inovações. De


todo modo, o importante é que você

compreenda que os conhecimentos obtidos aqui


serão úteis em quaisquer situações da sua atividade
laboral, ao mesmo tempo que
poderão ser moldados de acordo com a necessidade da ocasião.

Por fim, independentemente do gênero que se


esteja produzindo: ata, ofício, e-mail, circular,

carta, declaração e
outros, há um ponto de convergência entre os gêneros, pois todos exigem

objetividade na escrita e, claro, zelo com a redação. Vale frisar, novamente,


que a revisão e a leitura

do documento, após a sua escrita, são essenciais para


se corrigir eventuais erros de digitação,
prolixidade ou emprego de ideias
inconsistentes.

REFERÊNCIAS

BAHIENSE, R. Comunicação
escrita: orientações para redação – dos critérios do Exame Nacional

do Ensino
Médio, o Enem, à comunicação administrativa. 2. ed. Rio de Janeiro: Senac
Nacional, 2010.

BRASIL.
Presidência da República. Casa Civil. Manual de redação da Presidência da
República.

3. ed. rev., atual. e ampl. Brasília, 2018.

SILVA,
L. de A. e. Redação: qualidade na comunicação escrita. Curitiba: Ibpex,
2007.

VALLE, M. L. E. Não
erre mais: língua portuguesa nas empresas. Curitiba: InterSaberes, 2013.

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