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INVESTIGAÇÃO
CRIMINAL
Ailson Silveira Filho
Persecução Penal
Fase Fase
Investigatória Processual
Polícia Judiciária X Polícia administrativa
a) nas infrações penais praticadas por Juízes de Direito ou Juízes Federais – Nessas
hipóteses, a presidência da investigação criminal (do inquérito judicial) (art. 33, pú da Lei
Complementar 35/1979-LOMAN);
b) nas infrações praticadas por qualquer suspeito que tenha foro por prerrogativa de
função. Também nesses casos, o inquérito correrá perante o Tribunal competente para a
ação penal (TJ, TRF, STJ, STF).
Inquérito Ministerial
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena
mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo
da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal);
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser
indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens
jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde
que proporcional e compatível com a infração penal imputada.
Inquérito Policial
Nos crimes de ação penal pública condicionada e nos crimes de ação penal
privada a instauração de ofício não é possível. O Delegado delegado só poderá
instaurar o inquérito quando houver, respectivamente, a representação ou
requisição do MJ e o requerimento.
Indisponibilidade
III) por requerimento do ofendido (art. 5°, I e II do CPP); (Pode ser indeferido)
IV) ou por comunicação de qualquer do povo, a chamada delatio criminis (art. 5o, §3º).
Iniciativa do IPL
I) conforme o art. 5o, §5o do CPP, a autoridade policial só poderá instaurar o inquérito se o
ofendido fizer o competente requerimento.
I) Pessoa no exercício de função pública: de acordo com o art. 269 do CP, art. 66, I da LCP e
art. 45 da Lei de Serviços Postais, toda pessoa que, no exercício de função pública, tomar
conhecimento da prática de crime de ação pública incondicionada, deverá, por dever de
ofício, comunicar a autoridade competente.
Noticia-crime (notitia criminis)
b) Cognição indireta, mediata, provocada ou qualificada: nessa hipótese, a autoridade conhece o fato
delituoso através de algum ato jurídico de comunicação formal.
c) Cognição coercitiva ou obrigatória: ocorre nos casos de prisão em flagrante, ou seja, quando o
preso é apresentado à autoridade policial depois de ter sido surpreendido em qualquer das hipóteses
do art. 302 do CPP (mas desde que se trate de crime de ação penal pública incondicionanda).
Atos Investigatórios
O Código de Processo Penal traz, em seu arts. 6º e 7º, um rol exemplificativo de diligências
investigatórias que poderão ser adotadas pela autoridade policial ao tomar conhecimento
de um fato delituoso.
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das
coisas, até a chegada dos peritos criminais
STJ: A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao conceder habeas corpus e
absolver um réu acusado de tráfico de drogas, porque a substância apreendida pela
polícia foi entregue à perícia em embalagem inadequada e sem lacre. Para o colegiado,
como a origem e outras condições da prova não foram confirmadas em juízo, ela não
poderia ser utilizada como fundamento para a condenação. (HC 653.515/RJ, Rel.
Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 23/11/2021, DJe
01/02/2022)
Atos Investigatórios
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;
Devem ser apreendidos todos os objetos que tenham qualquer relação com o crime.
Conforme o art. 91, II, “a” do CP, que a perda em favor da União dos instrumentos e objetos do
crime, é um dos efeitos de uma sentença condenatória, devendo ser ressalvado, evidentemente,
o direito do lesado e do terceiro de boa-fé.
os instrumentos utilizados na prática delituosa serão periciados para que se verifique a natureza
e eficiência (crime impossível)
Atos Investigatórios
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
Conforme o §2o do artigo 1o da Lei 12.830/2013, “durante a investigação criminal, cabe ao delegado
de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração
dos fatos.
Busca e apreensão: forma eficiente de se elucidar os crimes, devendo ser realizada sempre que
possível.
Buscas domiciliares: as buscas domiciliares só podem ser efetuadas com autorização judicial.
Atos Investigatórios
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título
Vll, deste Livro , devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham
ouvido a leitura;
Interrogatório seguirá o padrão Judicial previsto no art. 188, CPP. A diferença é que o advogado de
defesa e MP se presentes, não poderão fazer perguntas ao investigado.
O termo de interrogatório será assinado por duas testemunhas que tenham ouvido a leitura (art. 6º,
§5º). Ou seja, essas testemunhas não precisam estar presentes ao ato do interrogatório.
Reo res saccra est: é terminantemente proibido,a tortura ou qualquer outro meio ilícito ou ilegítimo
para colher a confissão (se eventualmente obtida por tais meios, perderá totalmente seu valor).
Acareação: quando existem depoimentos divergentes, pode conflitar (art. 229 do CPP).
Atos Investigatórios
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer
outras perícias;
·O exame de corpo delito se não realizado é causa de nulidade. (art. 564, II, b, CPP), ressalvada a
hipótese do art. 167, onde não sendo possível o exame de corpo delito, a prova testemunhal suprirá a
sua falta.
·Não será possível a reconstrução dos crimes que atentarem contra a moralidade pública ou a ordem
pública. (art. 7 do CPP)
Atos Investigatórios
·somente em caso de dúvida sobre a identificação civil do indiciado, a identificação criminal poderá
ser realizada, independente do crime. (art. 5º, LVIII, CF/88).
Lei 12.037/2009
Atos Investigatórios
Embora o CPP não limite o prazo do inquérito policial, permitindo inúmeras prorrogações, esse
não pode estender-se excessiva e indefinidamente, pois que ofenderia, entre outros casos, o
princípio da razoável duração do processo:
STJ: Embora o prazo de conclusão do inquérito policial, em caso de investigado solto, seja
impróprio, ou seja, podendo ser prorrogado a depender da complexidade das investigações, a
delonga por aproximadamente 14 anos se mostra excessiva e ofensiva ao princípio da razoável
duração do processo. 2. Mostra-se inadmissível que, no panorama atual, em que o ordenamento
jurídico pátrio é norteado pela razoável duração do processo (no âmbito judicial e administrativo)
– cláusula pétrea instituída expressamente na Constituição Federal pela Emenda Constitucional
no 45/2004 -, um cidadão seja indefinidamente investigado, transmutando a investigação do fato
para a investigação da pessoa. Precedente. (RHC 61.451/MG, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS
JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 14/02/2017, DJe 15/03/2017)
Prazo do IPL Natureza penal ou
processual penal
Prazo Processual Penal: não se computa o dia do começo (ou seja, começa a ser
contado no primeiro dia útil após a cientificação), incluindo-se o dia do vencimento
(art. 798 §1o do CPP)
Caso o investigado esteja solto o prazo será processual penal, estando o mesmo
preso, será prazo penal
Prazo do IPL Natureza penal ou
processual penal
Prazo Processual Penal: não se computa o dia do começo (ou seja, começa a ser
contado no primeiro dia útil após a cientificação), incluindo-se o dia do vencimento
(art. 798 §1o do CPP)
Caso o investigado esteja solto o prazo será processual penal, estando o mesmo
preso, será prazo penal
Prazo do IPL Natureza penal ou
processual penal
A Lei no 13.964/2019 incluíu, no CPP, o artigo 3o-B, §2º, que prevê a possibilidade do
juiz das garantias prorrogar por 15 dias, uma única vez, o prazo do inquértio, mesmo
estando o investigado preso.
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a
revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem
couber a sua representação judicial.
Arquivamento de ações
originárias no STF
Nos processos em que o investigado tem foro por prerrogativa no STF (ações penais
originárias), o Relator do inquérito poderá arquivá-lo de ofício, nos termos do artigo
231 do Regimento Interno do próprio STF, que tem força de lei
Arquivamento ≠ Trancamento
O Delegado não pode indiciar, tendo em vista que nesses casos ocorre o inquérito
judicial.
Lei 9.099/95
Prisão em flagrante no crime de menor potencial
ofensivo
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo
circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a
vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente
encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá
prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá
determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de
convivência com a vítima.
Uso de entorpecentes para consumo próprio
e o TCO
do TCO Chegando o TCO às mãos do titular da ação penal, as informações nele
contidas serão avaliadas e uma das seguintes alternativas deverá ser
tomada:
a)requerimento de arquivamento;
b) requisição de realização de diligências imprescindíveis;
c) requerimento de designação de audiência preliminar (onde poderá
ser realizada a composição civil dos danos e a transação penal).