Você está na página 1de 26

Complexo de Golgi

Patricia P. Parise Maltempi


Complexo de Golgi
 Descrito em 1898 por Camilo Golgi
 Recebeu inicialmente o nome de Aparato Reticular
Interno

É um sistema de endomembranas
intimamente envolvido com os
processos de síntese e secreção de
macromoléculas
Complexo de Golgi
- Normalmente localizado próximo ao núcleo
- Consiste de uma coleção de sáculos achatados empilhados
(dictiossomos).
- Cada dictiossomo apresenta em média 20 cisternas
Complexo de Golgi
 Funções:
1. Transporte e seleção de substâncias secretadas da célula

2. Processamento de proteínas e lipídios: glicosilação,


sulfatação e fosforilação

3. Síntese de polissacarídeos
- componentes da membrana plasmática, parede celular e
matriz extracelular

4. Formação do acrossomo e de lisossomos


Complexo de Golgi
Ultra-estruturalmente, o complexo de Golgi está
dividido em duas porções: a região cis e a região
trans

Na região cis chegam


as vesículas de
transição do RER e
da região trans do
Golgi saem as
vesículas de secreção
Ultra-estrutura
Complexo de Golgi
 Cisternas revestidas por membranas
 Número de pilhas varia entre as células

 Pilha de sáculos
 Curva= face côncava voltada para a membrana,
convexa para o retículo

 Cada pilha
 Polaridade quanto a estrutura e função

 Face cis ou proximal – próxima ao núcleo e RE


 Face trans ou distal – voltada para a membrana
Ultra-estrutura
Complexo de Golgi
 Vesículas que brotam do RE

fusão
Compartimento intermediário RE-Golgi

movem-se associados a microtubulos

Formam rede cis do Golgi

- Proteinas em processo de síntese e secreção – passam


pelos sáculos, sofrem modificações – saem em vesículas
pela rede trans
Estrutura
Estrutura e ultra-estrutura
Composição Química

Compartimento Conteúdo enzimático


Rede Golgi cis Fosfatase

Cisterna cis Manosidades I e II

Cisterna média Manosidase III


N-acetil-glicosamina transferase
Cisterna trans Galactosiltransferase

Rede Golgi trans Fosfatase ácida


Tiamina-pirofosfatase – TPPase
Nucleosídeo fosfatase – NDPase
Sialiltransferase
Sulfatase
Aspectos funcionais
 Nos diferentes compartimentos:
 proteínas e lipídios vindos do RE sofrem modificações estruturais:
 Glicosilação
 Sulfatação
 fosforilação

Necessários para que as moléculas desempenhem


adequadamente suas funções
Aspectos funcionais - glicosilação
 Muitas proteínas de secreção, lipídios e proteínas de membrana:
 Cadeias de carboidratos ligados a sítios específicos
 Responsável por importantes funções biológicas
 Estrutura tridimensional de proteínas
 Importante papel em processos de adesão celular
 Envolvidos em eventos de sinalização

 Dificultam a ação de proteases

 Complexo de Golgi
 Papel essencial na síntese de glicoproteínas e glicolipídios
 Responsável pela formação dos oligossacarídeos O-ligados

o Modificação de cadeias N-ligadas vindas do RE


Aspectos funcionais - sulfatação

 Algumas proteínas de secreção destinadas à membrana


plasmática
 Sofrem sulfatação na luz da rede trans

 Adição de sulfato: nas cadeias glicídicas


 Reação de sulfatação
 Realizada pelo PAPS (doador de sulfato) – que é transportado do
citoplasma para a luz da rede trans

 Acontece em proteoglicanos da matriz


 Sulfatação garante a capacidade de reter grande quantidade de água
Aspectos funcionais - fosforilação

 Ocorre na rede cis ou cisternas cis


 Formação do resíduo manose-6-fosfato em enzimas lisossomais
 Evento exclusivo da rede cis - marcador

 Resíduos de manose dessas enzimas recebem fosfato por meio de


duas reações bioquímicas (N- acetilglicosamina fosfotransferase e N-
acetilglicosaminidase)

 Quando a enzima tem o sinal manose-6-fosfato é reconhecida por


receptores específicos e encaminhada para endossomos
 Através de vesículas de transporte.
Aspectos funcionais – reconhecimento e
encaminhamento de compostos

 Proteínas solúveis de membrana

 Entram na face cis pelas vesículas de transporte


derivadas do RE

 Viajam pelas cisternas em sequências por meio de


vesículas de transporte que brotam de cada
cisterna e se fundem com a próxima.

 Saem da rede trans em vesículas de transporte


destinadas a superfície celular ou para outro
compartimento
Aspectos funcionais
Via biossintética secretora da célula
Aspectos funcionais
Aspectos funcionais – vesículas de
transporte
 Processo de brotamento
 Determinada região da membrana se curva, aproximando-se até se
fundir, liberando a vesícula

 Curvatura da membrana: imposta por proteínas específicas


 Que permanecem como revestimento externo das vesículas liberadas

Proteínas de cobertura

Também possibilitam a seleção das


substâncias a serem transportadas
Aspectos funcionais

Transporte vesicular

A COP I – transporta vesículas entre os compartimentos do Golgi


A COP II – transporta vesículas para outras organelas relacionadas
Aspectos funcionais – clatrina
 Vesícula recoberta com clatrina
 Estrutura bem conhecida e essencial para a função

 Fornece um mecanismo de seleção de produtos que serão


incorporados na vesícula, no momento de sua formação

 São formadas no Golgi (rede trans)


 Papel essencial nos eventos de endocitose
Aspectos funcionais

Transporte vesicular – as Clatrinas

O transporte feito para os grânulos de secreção e lisossomos


são efetuados por intermédio das clatrinas
Clatrinas
Aspectos funcionais – Síntese de
polissacarídeos
 Na luz do CG são sintetizados muitos polissacarídeos: hemicelulose e
pectina (vegetais) e glicosaminoglicanos (animais)
Aspectos funcionais – Formação do Acrossomo
 Acrossomo:
 Vesícula originada do Golgi, que contém enzimas hidrolíticas (proteases e
glicosidases)
 As enzimas vêm da luz do Golgi e permanecem no acrossomo até o contato do sptz com o óvulo

Facilitar a penetração do sptz


no ovócito II- digestão da zona
pelúcida

Você também pode gostar