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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, IP

DELEGAÇÃO REGIONAL DO NORTE


CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VIANA DO CASTELO
SERVIÇO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Ficha de Trabalho
FIFO, FEFO e LIFO: que lógica de gestão de stock adotar?

FIFO, FEFO e LIFO são siglas que dão nome a diferentes estratégias de gestão de stocks em
centros de distribuição ou armazéns. Nenhuma das estratégias é mais correta que outra, todas
têm as suas especificidades e respondem a diferentes necessidades, consoante o tipo de
mercadoria.
Neste artigo analisamos as características de cada uma das lógicas de gestão e as suas vantagens
para os operadores.

FIFO: First In, First Out


A estratégia First In, First Out é bastante simples: a gestão faz-se de acordo com a data de chegada
ao armazém. Assim, os lotes que chegaram em primeiro lugar também são os primeiros a sair. 

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Esta lógica permite um nível de previsibilidade elevado, com uma rotatividade padronizada e
contínua. A gestão FIFO é aplicada regularmente em stocks de mercadorias perecíveis ou com um
prazo de validade reconhecidamente curtos. Desta forma, evitam-se desperdícios e desvios nos
custos de armazenamento. Além disso, a necessidade de espaço é menor, uma vez que há uma
gestão muito concreta e visível dos stocks.

FEFO: First Expired, First Out  


Ao contrário da estratégia FIFO, a First Expired, First Out define a ordem de saída dos produtos
através da sua data de validade. Ou seja, mesmo que tenham entrado na mesma hora, o lote cuja
validade expirar mais cedo será o que sairá primeiro do armazenamento.
Esta estratégia é a mais indicada para aplicar na gestão de armazenamento de produtos perecíveis,
como é o caso dos alimentos ou cosméticos ou medicamentos.
Na cadeia do frio, especialmente para o setor da saúde, esta lógica de gestão é a mais recomendada.
Ao adotá-la, evitam-se desperdícios e garante a qualidade junto do consumidor final.
Consequentemente, evitam-se gastos diretos e indiretos relacionados com devoluções ou queixas. 

LIFO: Last In, First Out 


Esta é a estratégia menos comum das três, embora muito importante para um nicho de operadores.
A Last In, First Out dita que os últimos produtos a chegarem ao armazém são os que saem primeiro.
Naturalmente, esta lógica só é possível aplicar em mercadorias sem qualquer prazo de validade.
Além disso, o tipo de produto em casa deve ser resistente e de interesse atemporal, para garantir que
os exemplares que entraram em primeiro lugar poderão sem escoados sem problemas. Em
determinados setores, esta estratégia pode mesmo ser a mais recomendada. A Organização Mundial
de Saúde, por exemplo, menciona a LIFO no documento de Boas práticas de armazenamento e
distribuição de produtos médicos. “Veículos e contentores devem ser carregados cuidadosa e
sistematicamente na lógica de último a entrar, primeiro a sair (LIFO), para poupar tempo no
descarregamento, evitar danos físicos e reduzir riscos de segurança. Cuidados extras devem ser
tomados durante o carregamento e descarregamento das caixas, para evitar danos”,

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FIFO, FEFO e LIFO: porque é tão


importante adotar uma estratégia?
Escolher o melhor método, que atenda adequadamente às necessidades e especificidades de cada
empresa, não se resume apenas a otimizar a movimentação interna do armazém. Há um impacto
direto na redução de custos, de perdas e desperdícios, além do aumento da produtividade, do
controlo e, consequentemente, de melhores experiências para o cliente final.

Independentemente da adoção de uma das três estratégias, é crucial que haja um propósito
estratégico e não apenas operacional nessa decisão. Estas lógicas permitem não só que as
transportadoras desenvolvam um fluxo de entrada e saída de produtos mais organizado,
padronizado e cadenciado, como também fornecem inputs para que através da tecnologia correta se
possam gerar dados que apoiem ainda mais no desenvolvimento da atividade.

É crucial que todos os recursos humanos sejam informados da estratégia adotada, para que possam
agir em conformidade. Da mesma forma, é benéfico que seja implementada tecnologia que apoie e
potencialize a lógica de gestão escolhida. Assim, é possível ambicionar a melhoria de resultados. 

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