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TEXTO TÉCNICO ABNT – DISSERTAÇÕES

7ago16.

Características Principais

 Linguagem impessoal, objetiva e formal;


 Uso da terceira pessoa do singular ou plural;
 Comunicação científica como principal função;
 Linha argumentativa bem definida.

Formatação Básica

 Fontes tipo Times New Roman ou Arial;


 Tamanho 12;
 Espaço entre linhas 1,5;
 Margens: 3cm superior e esquerda, 2cm inferior e direita;
 Texto justificado;
 Uso da tecla “TAB” para iniciar os parágrafos;
 Usa-se ítalico para palavras em outros idiomas e nomes de obras;
 Citações:
Todo o conteúdo das citações deve estar entre aspas;
– Menores ou iguais a três linhas: no corpo do texto, fonte 12, itálico;
– Maiores que três linhas: fora do corpo do texto, recuo de 4cm da margem esquerda, fonte 10,
sem itálico;
Referências após conteúdo entre parênteses (exemplos abaixo);
 Referências (exemplos abaixo).
Exemplos de citações

Por muitos considerado o “pai da modernidade”, Descartes, desenvolveu a base do


pensamento filosófico da época e foi referência fundamental para grandes autores modernos, a
originalidade e força da sua filosofia estabelece um novo marco na tradição filosófica e inaugura
um período no qual ainda vivemos: a era da razão. Poder-se- ia indagar acerca da afirmação de que
na modernidade começa a era da razão, já que durante toda esta argumentação se afirma a presença
da racionalidade desde os tempos antigos. Decerto seria uma pertinente questão, mas com uma
resposta bem simples que diz respeito ao tipo de uso da razão: para entender e justificar
significações externas ou sendo utilizada para criar os próprios mecanismos de entendimento e
compreender uma nova significância que está na própria razão, calcada no eu. Neste ponto a
modernidade estabelece uma marca indelével na humanidade: a possibilidade de significar-se. A
razão é protagonista neste processo, pois nem todas as pessoas têm as mesmas interpretações acerca
dos símbolos ou dos mitos, não são todos que conseguem acreditar na unidade do cosmos ou em um
Deus absoluto que dê significado a tudo e todos, mas decerto todas as pessoas, segundo Descartes
no Discurso do Método, compartilham da faculdade da razão: “inexiste no mundo coisa mais bem
distribuída que o bom senso, visto que cada indivíduo acredita ser tão bem provido dele que mesmo
os mais difíceis de satisfazer em qualquer outro aspecto não costumam desejar possuí-lo mais do
que já possuem.” (DESCARTES, 1983, p.35). Faculdade que não só nos diferencia dos outros seres
vivos e nos define enquanto humanos, mas no seu próprio exercício confere ao eu a capacidade de
compreender o mundo a sua volta e nomeá-lo, dar significado às coisas. No pensamento de
Descartes, o eu que pensa passa a ser a principal referência para o estabelecimento de um
conhecimento seguro acerca do mundo, enquanto detentor dessa capacidade de raciocinar, de
conhecer. E assim se estabelece principalmente pela sua inegável existência, posta à prova na obra
Meditações, através da dúvida hiperbólica:
“Mas eu me convenci de que nada existia no mundo, que não havia céu algum, terra
alguma, espíritos alguns, nem corpos alguns; logo, não me convenci também de que eu não
existia? Com certeza, não; sem dúvida eu existia, se é que me convenci ou só pensei
alguma coisa. Mas existe alguém, não sei quem, enganador muito poderoso e astucioso, que
dedica todo o seu empenho em enganar-me sempre. Não há, então, dívida alguma de que
existo, se ele me engana; e, por mais que me engane, nunca poderá fazer com que eu nada
seja, enquanto eu pensar ser alguma coisa. De maneira que, depois de haver pensado
bastante nisto e analisado cuidadosamente todas as coisas, se faz necessário concluir e ter
por inalterável esta proposição, eu sou, eu existo, é obrigatoriamente verdadeira todas as
vezes que enuncio ou que a concebo em meu espírito.” (DESCARTES, 1983, p.258).
Referências

Exemplo 1 - Diversos:

AGOSTINHO, Santo. A Cidade de Deus. Tradução: J. Dias Pereira. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 2000.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Coleção Os Pensadores. Tradução: Leonel Vallandro e
Gerd Bornheim. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 116-128.

BORNHEIM, Gerd A. Os Filósofos Pré-socráticos. São Paulo, 2008.


DESCARTES, René. Discurso do Método. In: Coleção Os Pensadores. Tradução: J. Guinsburg e
Bento Prado Júnior. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 73-142.

HEGEL, Georg W. F. A Fenomenologia do Espírito. Tradução: Paulo Meneses. Petrópolis:


Vozes, 2012.
HOMERO. Ilíada. Tradução: Carlos Alberto Nunes. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

Exemplo 2 – Várias obras de um mesmo autor:

LÉVINAS, Emmanuel. Autrement qu’Être ou Au-delà de l’Essence. Paris: Kluwer Academic,


2008.

______. De Deus que Vem à Idéia. Tradução: Pergentino S. Pivatto (coordenador). Petrópolis:
Vozes, 2002.

______. De Dieu qui Vient à l’Idée. Paris: Vrin, 1998.

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