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Estudo dirigido

JAIME NERI SILVA NETO

TRANSTORNO ACIDO-BÁSICO POR SUPERDOSAGEM DE SALICILATO

Criança, com três anos de idade, é trazida ao departamento de emergência. Única história
pertinente do menino foi encontrado brincado com um vidro de comprimidos de aspirina. A
gasometria do sangue arterial revelou:

Limites confiáveis de

normalidade:

pH: 7,47

PCO2 = 20 mmHg

[HCO3] = 14 mEq/l

Durante os 30 minutos seguintes, a criança ficou menos responsiva a estímulos e a frequência


respiratória diminui.

1- Identifique o transtorno ácidó-básico inicial.

O pH acima de 7.45 indica uma alcalose respiratória, como resultado da diminuição de H +. De


acordo com o Algoritmo que permite determinar a causa do distúrbio ácido-básico, o pH da
criança está em 7.47, levemente básico, causado pela diminuição de CO2.

2 - Que ação a aspirina causa a diminuição da PCO2?

A Aspirina é um ácido fraco, por isso, a ionização é maior em pH alcalino. Com a Perda de
ácidos e o acúmulo de bases, ocorre a diminuição da [H+], consequentemente aumentado o
pH causando uma resposta. A Alcalose respiratória é a diminuição primária da pressão
parcial de dióxido de carbono (PCO2) com ou sem redução compensatória do bicarbonato
(HCO3−); o pH pode estar alto ou quase normal. A causa é o aumento da frequência
respiratória e/ou do volume (hiperventilação).

3 – O que é responsável pela queda nas [HCO3]?

A queda na concentração sérica [HCO3] podem ser causadas por acidoses metabólicas, que
podem ter origens na perda de bicarbonato por meio de líquidos corporais ou com o
acúmulo de ácidos, devido à redução na capacidade renal de excretar a produção normal
diária de ácidos ou à produção excessiva.

4– Se a criança não for tratada, qual transtorno ácido-basico ocorrerá em seguida

Uma acidose metabólica, que é a redução primária no bicarbonato (HCO 3−), tipicamente com
diminuição compensatória da pressão parcial de dióxido de carbono (Pco 2). As causas
incluem acúmulo de cetonas e ácido láctico, insuficiência renal e ingestão de fármacos ou
toxinas ou perdas renais ou gastrointestinais de HCO3− , nesse caso foi pela intoxicação por
salicilato (Aspirina). Os sinais e sintomas em casos graves incluem náuseas e vômitos,
letargia e hiperpneia.

5– Indique um possível tratamento

Pra esse caso em específico de intoxicação por aspirina existe dois tipos de possíveis
tratamentos.

Com carvão ativado: a menos que contraindicado (p. eg. estado mental alterado), carvão
ativado deve ser administrado tão rápido quanto possível e, se houver ruídos hidroaéreos
intestinais, é importante repetir a cada 4 h até que o carvão ativado apareça nas fezes.

Com Diurese alcalina com cloreto de potássio: A diurese alcalina é indicada para pacientes
com qualquer sintoma de intoxicação e não deve ser retardada até que os níveis de
salicilatos sejam determinados. Esta intervenção é segura e aumenta exponencialmente a
excreção renal dos salicilatos. Como a hipocalemia pode interferir na diurese alcalina,
administram-se aos pacientes uma solução de 1 L de SG a 5%, 3 ampolas de 50 mEq (50
mmol) de bicarbonato de sódio e 40 mEq (40 mmol) de cloreto de sódio a 1,5 a 2 vezes a taxa
de líquido IV de manutenção. O potássio sérico deve ser monitorado. Como a sobrecarga de
volume pode causar edema pulmonar, os pacientes devem ter a função respiratória
monitorada.

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