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Criança, com três anos de idade, é trazida ao departamento de emergência. Única história
pertinente do menino foi encontrado brincado com um vidro de comprimidos de aspirina. A
gasometria do sangue arterial revelou:
Limites confiáveis de
normalidade:
pH: 7,47
PCO2 = 20 mmHg
[HCO3] = 14 mEq/l
A Aspirina é um ácido fraco, por isso, a ionização é maior em pH alcalino. Com a Perda de
ácidos e o acúmulo de bases, ocorre a diminuição da [H+], consequentemente aumentado o
pH causando uma resposta. A Alcalose respiratória é a diminuição primária da pressão
parcial de dióxido de carbono (PCO2) com ou sem redução compensatória do bicarbonato
(HCO3−); o pH pode estar alto ou quase normal. A causa é o aumento da frequência
respiratória e/ou do volume (hiperventilação).
A queda na concentração sérica [HCO3] podem ser causadas por acidoses metabólicas, que
podem ter origens na perda de bicarbonato por meio de líquidos corporais ou com o
acúmulo de ácidos, devido à redução na capacidade renal de excretar a produção normal
diária de ácidos ou à produção excessiva.
Uma acidose metabólica, que é a redução primária no bicarbonato (HCO 3−), tipicamente com
diminuição compensatória da pressão parcial de dióxido de carbono (Pco 2). As causas
incluem acúmulo de cetonas e ácido láctico, insuficiência renal e ingestão de fármacos ou
toxinas ou perdas renais ou gastrointestinais de HCO3− , nesse caso foi pela intoxicação por
salicilato (Aspirina). Os sinais e sintomas em casos graves incluem náuseas e vômitos,
letargia e hiperpneia.
Pra esse caso em específico de intoxicação por aspirina existe dois tipos de possíveis
tratamentos.
Com carvão ativado: a menos que contraindicado (p. eg. estado mental alterado), carvão
ativado deve ser administrado tão rápido quanto possível e, se houver ruídos hidroaéreos
intestinais, é importante repetir a cada 4 h até que o carvão ativado apareça nas fezes.
Com Diurese alcalina com cloreto de potássio: A diurese alcalina é indicada para pacientes
com qualquer sintoma de intoxicação e não deve ser retardada até que os níveis de
salicilatos sejam determinados. Esta intervenção é segura e aumenta exponencialmente a
excreção renal dos salicilatos. Como a hipocalemia pode interferir na diurese alcalina,
administram-se aos pacientes uma solução de 1 L de SG a 5%, 3 ampolas de 50 mEq (50
mmol) de bicarbonato de sódio e 40 mEq (40 mmol) de cloreto de sódio a 1,5 a 2 vezes a taxa
de líquido IV de manutenção. O potássio sérico deve ser monitorado. Como a sobrecarga de
volume pode causar edema pulmonar, os pacientes devem ter a função respiratória
monitorada.