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Gastronomia: arte e/ou ciência do consumo dos alimentos; estudo da interação dos alimentos
com a cultura dentro de uma organização, sociedade, país ou civilização. O individuo versado na
gastronomia é denominado de gastrónomo.
“gaster” (estomago) + “nómos” (leis que governam): a lei, ou arte, que regula o estomago.
Portugal geográfico
A Península Ibérica é, no seu conjunto, uma área de terras altas, fendidas pelas bacias
dos rios mais importantes, o território Nacional tem maioritariamente clima temperado
mediterrânico, à exceção dos arquipélagos da Madeira e dos Açores. A temperatura média anual
em PC varia dos 13°C, no interior norte, aos 18 °C no sul.
A oliveira é uma das culturas que maior superfície ocupa no território nacional e é uma
arvore que se adapta a diversos tipos de solo, mas é muito sensível às condições meteorológicas,
a maior área destinada ao olival localiza-se na região do Alentejo, seguida de Trás-os-Montes,
Beira Interior e Ribatejo e Oeste. Devido à elevada pluviosidade e aos Ventos Húmidos de Oeste,
a região de Entre Douro e Minho não é muito favorável à oliveira, daí que seja a região que
menos peso tem na produção de azeite.
O alimento vegetal que produz mais emissões de gases com efeito de estufa é o cacau,
cerca de 19kg, em média, as emissões de alimentos de origem vegetal são cerca de 10.150 vezes
< do que os alimentos de origem animal.
Fisiologia do gosto
Os sabores básicos:
Umami – sabor dos amimo ácidos, associado também ao glutamato, induz salivação e
mouthfeel.
Outras sensações:
Picante – sensação sentida ao longo da cavidade bucal e nasal, causada pelos chillies, pimentas
e gengibre.
A Palatabilidade: recompensa hedónica feita pelos alimentos e fluidos que são agradáveis ao
palato humano no que toca à satisfação homeostática das necessidades nutricionais, de água e
de energia, ao contrário do sabor, a palatabilidade varia com o estado do individuo. É menor
depois do consumo e aumenta quando se dá a privação do mesmo.
1. Descrição:
A que sabe o produto?
Quais são os atributos sensoriais percebidos pelos provadores?
Como é que a sua qualidade difere de outro produto?
2. Discriminação:
Será que a alteração que introduzimos nos alimentos é percetível pelos
consumidores?
Serão estes dois produtos diferentes? Como quantificar essa diferença?
3. Preferência ou Hedónico:
Será o produto aceitável?
Será que o produto é melhor que o seu concorrente?
O mar mediterrâneo liga 3 continentes a Europa, África e Ásia, deste berço emergiram
as 3 grandes religiões monoteístas, situando-se quase nas suas margens as cidades sagradas de
Roma, Jerusalém e Meca e é um espaço multidimensional, “uma máquina de criação de
civilizações”. A dieta mediterrânica está longe de se cingir a um regime alimentar, abrange
também uma cultura e estilo de vida.
Princípios:
O elemento central da dieta mediterrânica é o seu modelo cultural, que evoluiu durante
milhares de anos e manteve o essencial, apesar de mudanças sociais, históricas e
comportamentais. A cozinha industrializou-se, no entanto, permanecem as memórias de
infância relacionadas com a “cozinha da avó”, os cheiros e sabores da horta e do quintal. Nas
culturas mediterrânicas, as gerações anteriores sempre transmitiram aos mais novos os
saberes da confeção dos alimentos, produção de vinho e a longa experiência de seleção de
alimentos adequados e das suas propriedades benéficas.
Atualmente a dieta nos países Mediterrânicos foi subvertida pelo excesso e pelo
fastfood e comidas de restauração rápida, atualmente é praticada em maior grau na Grécia,
Sul de Itália e Norte de África. Em Portugal as suas evidências são maiores no Sul (Alentejo e
Algarve).
Alimentos de:
Emblemáticos: azeite, vinho, trigo, centeio, cevada, grão-de-bico, sardinha, outro peixes
pelágicos, crustáceos, moluscos bivalves e cefalópodes - polvo e lulas, uva, romã, amêndoa, noz,
figo, brócolo, couve-flor, couve de Bruxelas, brássicas, beterraba, beringela, queijo de cabra e
ovelha, carne de frango, caprino e ovinos.
Áreas montanhosas abundantes na Península Ibérica, que permitem que o país seja
cruzado por grande e abundantes rios (Tejo, Douro, Guadiana, Mondego…), os rios
permitiram o transporte de bens do interior para o exterior, como foi o caso mais notório
do Vinho do Porto e o acesso à pesca de rio (sável, lampreia, truta, moluscos…).
Influência romana
São todas receitas de origem árabe que, normalmente com maior número de
condimentos e em mais quantidade, se encontram identificadas com nomes próprios e
registadas nos seus tratados de culinária, tais como: sopa de beldroegas, sopa de feijão com
couve, sopa de grão com espinafres, ervilhas ou favas guisadas, escabeche de peixe, couve
recheada, cabrito à serrenha, açordas, migas, ensopados, nogado, torrão de ovos e manjar
branco.
Das américas: tomate, pimento e malaguetas, abobora, batata, alguns feijões e milho, girassol e
morango, ananas, chocolate.
Portugal sendo um país onde a economia derivada do turismo representa uma grande fatia
do produto interno bruto, permitiu por isso o desenvolvimento de negócios de restauração que
de alguma forma foram perpetuando as tradições gastronómicas, cada vez mais se assiste a um
revivalismo das tradições gastronómicas portuguesas.
Do passado – presente:
O café
O termo usado para designar os grãos das plantas do género Coffea, quer os produtos
resultantes em diferentes estados de transformação e utilização dos grãos. A planta do café é
originária das regiões montanhosas do sul da Abissínia, atualmente Etiópia, é uma bebida
resultante de uma extração com água a quente das sementes do cafeeiro. A bebida moderna,
resulta da adição de água quente ao café torrado e moído, sendo por isso um processo de
infusão.
Canephora Robusta
99% da produção mundial
ocorre em todos os continentes produtores,
predominando na Ásia e em África,
correspondendo a 25-35 % do café produzido.
Liberica
foi quase completamente dizimada por doença
causada pelo fungo fusarium
corresponde a cerca de 1% da produção mundial,
não tendo comercialização fora dos países
produtores.
1. Filtração
2. Percolação (processo que consiste em fazer passar lentamente um líquido através de
materiais sólidos para o filtrar ou, para extrair substâncias desses materiais)
3. Prensagem
4. Pressão
5. Extração a frio
O café poderá ser preparado por filtração, percolação, prensagem e por pressão.
Menus
Requisitos básicos:
Conceito de negócio;
Qualidade da produção de cozinha;
Tamanho das porções servidas;
Garrafeiras;
Serviço ao cliente.
Leis de Omnés:
Preço Médio da Oferta = somatório dos preços unitários/ somatório dos artigos
𝑃𝑀𝑃
0.90 ≥ ≤1
𝑃𝑀𝑂
Leis de Pareto: 80% da receita gerada em valor no restaurante será proveniente de 20% dos
itens do menu.
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 €
Preço de Venda =
% 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎 €
mark up =
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 €
(mark up elevados de 4 a 6, são aplicados a comidas e bebidas que têm custos reduzidos, como
sopas, entradas, algumas sobremesas e vinhos e bebidas de custos mais baixos. A comidas com
custos elevados como é o caso dos mariscos, peixes de mar, carnes caras, vinhos e bebidas de
alta gama são aplicados mark up mais baixos, entre 2 e 3,5)
Food cost
É importante considerar:
Previsões de vendas
Padronização de receitas de todas as componentes dos menus
Quantificar os desperdícios nas diversas fases dos processos (receção,
armazenamento, preparação, confeção...)
𝑛º 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑖çõ𝑒𝑠 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑟𝑎𝑡𝑜
Popularidade =
𝑛º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑖çõ𝑒𝑠 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑠
Análise de consumos:
Teste do cortador – tem como finalidade analisar a diferença do preço do custo líquido
entre comprar carne já desmanchada, ou desmanchá-la no estabelecimento. Em
operações de maior escala ou em certos nichos de negócio como churrasqueiras de grande
dimensão ou restaurantes de sushi faz sentido a sua utilização.
Engenharia de menus
O vinho
O teor calórico do vinho oscila entre as 59 kcal/100g para um Vinho Verde, até às 162
kcal/100g para um Vinho do porto Doce.
Regiões Vitivinícolas
Etapas de vinificação: desengace > esmagamento > aplicação de produtos enológicos antes da
fermentação (sulfuroso/ ácido tartárico/ enzimas/ nutrientes para as leveduras) > maceração
(a frio ou carbónica) > inoculação de leveduras > fermentação > lixiviação da manta/
remontagem > encuba > prensagem > fermentação maloláctica.
Condições indispensáveis a uma correta maturação:
Atualidade em Portugal:
Produção de vinho
3% 2% 1% Minho
2% 13% Douro
24%
2% Beiras
11% Ribatejo
Estremadura
Terras do Sado
42%
Alentejo
Madeira
Restantes Regiões
Classificação do Vinho:
Vinho branco – produzido a partir de uvas brancas, ou a partir de uvas tintas onde o
mosto não permaneceu em contato com a película das uvas (ex.: Champagne).
Vinho tinto – produzido exclusivamente com uvas tintas fermentadas em contato com
a película das uvas
Clarete (Espanha, La Rioja) – produzido com uma mistura de uvas tintas e brancas ou
pela mistura de vinho branco e tinto.
Rosé – produzido com uvas tintas cujo tempo de contato com a película das uvas foi
diminuto (algumas horas).
Vinho Generoso (ou liquoroso ou fortificado) – beneficiado pela adição de aguardente
vínica, pelo que têm teores alcoólicos elevados podem ser secos ou doces:
A humidade ideal é de 60%, para evitar a formação de fungos, deve estar num local
arejado e sem a luz a uma temperatura entre os 10ºC e os 14ªC.
Copos:
Temperaturas de serviço:
Decantação:
É necessário perícia para decantar corretamente, este processo consiste em passar o vinho
da garrafa original para um recipiente, geralmente de cristal, ou vidro, designado decanter.
É frequentemente realizada nos vinhos tintos, não sendo muito comum nos brancos.
Funções
Prova de vinho:
1. Fase visual: deve examinar-se a cor do vinho, a sua limpidez, brilho e intensidade. -
No caso de um vinho espumante, deve notar-se, também, o tamanho das bolhas e
a persistência do seu cordão, após o desaparecimento da espuma inicial.
2. Fase olfativa: inicia-se quando se cheira o copo e acaba por via retro nasal, quando
o vinho já está no paladar
3. Fase gustativa: degustação do vinho na boca.
4. Fase engolida: após ser engolido (ou cuspido) o vinho deve deixar um conjunto de
sensações, devendo apreciar-se a sua persistência, os sabores, os aromas retro
nasais e o final de boca.
Aromas desagradáveis:
Adstringência:
Fim de aroma: Duração da sensação produzida pelo vinho de o termos engolido ou cuspido,
pode ser longa ou curta.
Aroma retro nasal: Perceção do aroma via retro nasal, há uma componente forte do aroma
que é sentida acima da garganta, como se subisse pelo nariz. Se for particularmente intensa,
elevará a qualidade aromática do vinho em prova, confirmam-se assim também muitos
defeitos do vinho.
Castas nacionais:
Brancas.
Tintas.
Designações oficiais:
DO - Denominação de Origem
DOP - Denominação de Origem Protegida
DOC - Denominação de Origem Controlada
IG -Indicação Geográfica
IGP - Indicação Geográfica Protegida
Vinho Regional
Vinho (ou Vinho de Mesa)
Processamento:
Tipos:
Queijos frescos
Queijos de pasta branca e mole: camembert e brie
Queijos de casca natural: geralmente de cabra + com bolor azul-acinzentado
Queijos de casca lavada
Queijos semiduros: edam
Queijos de pasta dura: casca espessa e pasta muito dura
Ex.: cheddar, manchego, são Jorge.
Queijos azuis: roquefort, danish blue e gorgonzola
DOP nacionais:
Queijo Amarelo da Beira Baixa (Queijos da Beira Baixa) DOP
Queijo de Azeitão DOP
Queijo de cabra transmontano DOP
Queijo de Castelo Branco (Queijos da Beira Baixa) DOP
Queijo de Évora DOP
Queijo de Nisa DOP
Queijo Mestiço de Tolosa IGP
Queijo Picante da Beira Baixa (Queijos da Beira Baixa) DOP
Queijo Rabaçal DOP
Queijo Serpa DOP
Queijo Serra da Estrela DOP
Queijo Terrincho DOP
Queijo da Ilha de São Jorge
Requeijão da Serra da Estrela DOP