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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS


CURSO DE QUÍMICA BACHARELADO

Gabriel Leandro da Silva R.A:165972

Felipe Goldani Kirchhoff R.A: 145676

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO POR IODOMETRIA 


 

Relatório apresentado como requisito parcial


de avaliação da disciplina: Química Analítica
Experimental II, ministrada pela Prof. Dra.
Josiane Dragunski do curso de Química
bacharelado.

TOLEDO – PR
2022
1. Introdução

Os métodos volumétricos que são provenientes de reações de


oxirredução são dependentes dos potenciais que as semi-reações
desencadeiam, além de apresentarem potencias favoráveis, os agentes
redutores e oxidantes devem se mostrar estáveis quando em solução.
Os oxidantes que são caracterizados como fortes, oxidam os íons iodeto
transformando-os em iodo. Já para redutores fortes ocorre o processo inverso.
Métodos volumétricos que são utilizados com iodo, podem ser descritos
com diretos e indiretos, uma vez que descrita como um método direto em que
se utiliza uma solução padrão de iodo para se determinar redutores fortes
A iodometria é descrita como um método volumétrico indireto, ou seja, o
excesso de íons iodeto que são adicionados na solução contendo o agente
oxidante, reagira formando uma quantidade expressiva de iodo, que por fim
será titulado através de solução padronizada. (HARRIS,2001)
Os principais fatores quem influência para erros em titulações
iodométricas (e iodimétricas) são a oxidação de uma solução de iodeto pelo ar,
além da perda de iodo por sua volatilização.O iodo gerado é titulado no retorno
com o agente redutor tiossulfato de sódio. O iodo é um agente oxidante
moderado, sendo empregado em meio aquoso como íons triiodeto ou I -3, a
forma mais solúvel do oxidante.(BACCAN,2001).

(AUTORES,2022.)
Vale ressaltar que: A reação na volumetria de oxidação e redução deve
ser quantitativa (o padrão só deve reagir com a amostra e vice-versa) e deve
ser rápida (as que forem muito lentas podem ser aceleradas por calor ou em
presença de catalisador). O ponto final (PF) da titulação de oxidação e redução
é identificado com auxílio de indicadores. Desta forma, é muito importante uma
escolha adequada do indicador. Na detecção do PF são empregados,
conforme a reação, auto-indicadores, indicadores específicos (ex, amido) e
indicadores de oxidação e redução. A curva dando a variação do potencial com
o volume do reagente adicionado durante a titulação é conhecida como curva
de titulação. Nesta o potencial da reação é monitorado ao longo da reação.
(SKOOG,2007).
Tabela 1. Alguns agentes oxidantes e redutores usados na preparação de soluções padrões.

A curva de titulação de oxidação e redução representa a variação do


potencial do sistema em função do volume do titulante. As curvas têm a mesma
forma geral das demais curvas de titulação. Isso se deve ao fato do potencial
variar com o logaritmo de um termo de concentrações na equação de Nernst. O
potencial do sistema no ponto de equivalência (PE) pode ser calculado a partir
dos potenciais padrões, E0 , dos sistemas envolvidos, aplicando a equação de
Nernst. Uma reação redox é considerada completa, quando o PE a razão entre
as concentrações da forma oxidada e da forma reduzida for >10^3. O indicador
ideal é aquele que possui o valor de E0 intermediário entre o valor de E0 da
amostra e o E0 da solução padrão. Além disso, deve possuir na forma oxidada
cor diferente da forma reduzida. Os processos de oxidação e redução devem
ser reversíveis. A primeira reação deve ocorrer entre a amostra e o reagente
titulante, após o término da reação (PE) a reação entre o titulante e o indicador
é necessária. É importante saber que para fazer uma determinação por oxi-
redução é necessário que a diferença entre os E0 dos sistemas envolvidos seja
igual ou superior a 0,35V.( CHRISTIAN,1994).
2. 2.Objetivos

A prática realizada tinha como objetivo padronizar as soluções, além da


realização da iodometria.

3. Materiais e Métodos
Materiais
1. Béquer
2. Bureta
3. Balão Volumétrico
4. Perâ
5. Pipeta de Pastuer
6. Pipeta Volumétrica
7. Vidro de relógio

Reagentes
1. Tiossulfato de sódio (Na2S2O3)
2. Dicromato de potássio (K2Cr2O7)
3. Ácido clorídrico (HCl)
4. Solução de amido
5. Molibdato de amônio

Preparação de solução de tiossulfato de sódio (Na 2S2O3) 0,1 mol L−1 

Inicialmente calculou-se e pesou a massa necessário para a preparar


uma solução de padrão primário de Na 2S2O3 em 100 ml a uma concentração de
0,1 mol L-1. Posteriormente, transferiu-se a com auxílio de um béquer a solução
para dentro de um balão volumétrico de 100 ml, aferindo seu menisco.
 
Padronização da solução 0,1 mol L−1 de Na2S2O3 
 
Pesou em um béquer uma massa aproximada de 0,080 gramas de
K2Cr2O7 que estava previamente seco. Consequentemente transferiu-se para
um Erlenmeyer a solução, e com auxílio de um pisseta contendo água
destilada, extraiu-se todo material, diminuindo a perca, em seguida completou-
se o Erlenmeyer com 50 ml de água medidos em uma proveta, dissolvendo
completamente a solução. Com isso, adicionou-se 8 ml de ácido clorídrico
concentrado, além de 2 gramas de iodeto de potássio, com isso titulou-se a
solução de padrão primário, até as soluções do Erlenmeyer atingir coloração
verde acastanhado. Com isso, adicionou-se 3 ml de uma solução de amido,
fazendo com que a solução ficasse azul, e com isso titulou-se sobre a solução
mais tiossulfato, até ocorrer a viragem da solução, atingindo cor verde clara.
 
Determinação do teor de peróxido de hidrogênio por iodometria 
 
Coletou-se uma alíquota de 10 ml da amostra, que posteriormente foi
transferida para um balão volumétrico de 250 ml, diluindo-a até a aferição do
menisco. Com isso pipetou-se 25ml da solução para um Erlenmeyer, e com
isso adicionou-se 10 ml de ácido sulfúrico (2,0 mol l-1), 1 grama de iodeto de
potássio, além de 3 gotas de molibdato de amônio a 3%. Com isso titulou-se a
solução de padrão primário sobre a solução, até a solução atingir seu ponto de
viragem. Os testes foram realizados em triplicata.

4. Resultados e discussão
4.1 Padronização
Inicialmente calculou-se a massa necessária para o preparo da solução
de tiossulfato, por meio da equação (1):

Massa
Concentração= (1)
Massamolar x volume( L)
Massa
0,1 mol l=
248,18 g mol x 0,1 l

Massa=2,4818 g Na2 S2 O3

Com a devida massa pesada, realizou-se o preparo da solução de 100


ml.

4.2 Padronização da solução de 0,1 de Na2S2O3

Com intuito de determinar a concentração da solução preparada


anteriormente, realizou uma iodometria, onde a solução irá reagir com os
reagentes armazenados no Erlenmeyer, gerando conforme os procedimentos
produção de produtos, até a determinação da concentração da solução titulada.
Como o método utilizado se mostra indireto, o iodo apresenta um
potencial de redução menor que o tiossulfato, fazendo com que ele seja
oxidado pela solução.
Com as massas de iodeto de potássio e cromato de potássio pesadas,
posteriormente o Erlenmeyer preparado, com o volume titulado de 17,71 mL de
tiossulfato, calcula-se o número de mols presentes na concentração com a
equação (2):
Massa
Número de mols= (2)
Massa Molar

0,0801 g
Número de mols=
294,18 g mol

−5
Número de mols=2,72 x 10

Com isso, realiza-se a estequiometria da solução onde através dos


equilíbrios encontra-se o número de mols do produto esperado:

1 mols Cr2O7  2 mols I2


2,72x10-5  X

X = 8,16x10-5 mols de I2

Como busca-se encontrar a concentração do íon S 2O3-, uma que com o


número de mols encontrado de gás iodo, faz com que realizando a segunda
parte da estequiometria encontre-se:

1 mols I2  2 mols S2O3-


8,16X10-4 mols  X

Consequentemente o número de mols do tiossulfato de sódio


encontrado (1,632x10-3), a padronização da solução titulada e realizada, por
fim calculando sua real concentração, sendo ela:

Número de mols
Concentração=
volume titulado( L)

−3
1,632 x 10
Concentração=
1,71 x 10−3

−1
Concentração do Tiossulfato=0,96 mol L

4.3 Determinação do teor de peroxido de hidrogênio por


iodometria

Para realização do experimento, foi realizada reações que são descritas


pelos equilíbrios abaixo:
H2O2 + 2I-  I2 + 2H2O
2S2O3- + I2  S4O62- + 2I-
Para a indicação da viragem da solução, o molibdato foi o indicador
ácido base utilizado, uma vez que quando alterou a coloração, os valores de
solução titulados foram anotados.
Com o volume titulado de 17,80 ml, consegue-se calcular a quantidade
de mols da concentração, por meio da fórmula (2):

Número de mols=Concentração x Volume(L)

−3
Número de mols=0,0570 x 17,80 x 10

−3 2−¿¿
Número de mols=1,72 x 10 mols de S 2 O3

Realizando a estequiometria, seguindo o equilíbrio da reação:

2 mol S2O32-  2 mol I2-


1,72x10-3  X

X= 1,72x10-3 mols de I2-

Com o número de mols do íon iodeto encontrado, calculou-se a


quantidade de mols de peroxido de hidrogênio na solução:

2 mol I-  H2O2
1,72X10-3  X

X = 8,63X10-4 mols de peroxido de hidrogênio

Para calcular a concentração do H2O2, Seguindo a equação (), tem se:

8,633 x 10−4
[ H 2 O2 ]=
2,5 x 10−3 L

[ H 2 O2 ]=0,03453 mols L−1

Como a solução utilizada foi diluída 25 vezes, calculou-se através de


uma regra de três a concentração da 250 mL da tal, sendo expressa:
0,0345 mols L-1  10 ml
X  250 ml

X= 0,8625 mols L-1

Posteriormente, a concentração da solução em 250 ml de peroxido de


hidrogênio se mostrou aproximadamente em 0,8625 mols L -1.
Como a titulação realizada se comportou com uma oxirredução, isso se
dá pelo fato do iodeto de potássio adquire papel de agente redutor, ou seja,
seu potencial de redução se mostra menor do que do analito utilizado, sendo
caracterizado com um método indireto.

5. Conclusão

Portanto, a realização da prática se mostrou satisfatório, onde


independente dos empecilhos, houve a visualização do objetivo inicial, onde a
padronização secundaria realizada por meio de uma iodometria se mostrou
eficaz, sendo encontrado uma concentração muito aproximada de 0,1 mol L-1.
Além dos testes com peroxido serem realizados com êxito, onde os valores
encontrados se mostram satisfatórios.

6. Referências

SKOOG & WEST & HOLLER et al. Fundamentos de Química Analítica. 1 ed.


Cengage learning, 2005.

VOGEL, A. I. Química Analítica Qualitativa. 5 ed. Mestre Jou, 1981.

BACCAN, Nivaldo; ANDRADE, João Carlos de. Química Analítica Quantitativa


Elementar. 3 ed. Edgard blucher, 2001.

CHRISTIAN, G. D. Analytical chemistry. 5 ed. EUA: Ed. John Wiley & Sons,
Inc., 1994.

HARRIS, D. Analise Química Quantitativa. 5 ed. Rio de Janeiro: Ed. LTC, 2001.

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