O documento discute como lidamos com frustrações e como "nãos" do passado podem afetar nossa capacidade de lidar com frustrações no presente. Também sugere que, ao invés de evitar ou manipular frustrações, devemos permitir que sentimentos como solidão e tristeza sejam experienciados para que possamos lidar melhor com "nãos".
O documento discute como lidamos com frustrações e como "nãos" do passado podem afetar nossa capacidade de lidar com frustrações no presente. Também sugere que, ao invés de evitar ou manipular frustrações, devemos permitir que sentimentos como solidão e tristeza sejam experienciados para que possamos lidar melhor com "nãos".
O documento discute como lidamos com frustrações e como "nãos" do passado podem afetar nossa capacidade de lidar com frustrações no presente. Também sugere que, ao invés de evitar ou manipular frustrações, devemos permitir que sentimentos como solidão e tristeza sejam experienciados para que possamos lidar melhor com "nãos".
De vez enquanto a solidão bate à porta e entra, e se instala. O desejo
era o de sair e encontrar alguns amigos, mas todos já tem um compromisso, e não tem jeito, a solidão é a única companhia possível. O que fazer com isso? Este texto não é sobre solidão, embora inicialmente pareça, mas é sobre a nossa capacidade de lidar com aquilo que foge dos planos que construímos. Então me diz, quem é você quando a frustração dá o ar da graça? A frustração traz consigo uma mensagem em negrito colada na testa: "você não é onipotente". E por mais que saibamos disso, gostamos de fingir que somos, e muitas vezes passamos a acreditar que realmente tudo aquilo que queremos precisa ser realizado. Saber que não seremos atendidos o tempo todo ou quando quisermos pode acessar algumas feridas inconscientes que carregamos devido a nossa história de vida. Aquele "não" que o pai deu quando você pediu um colo, aquele "não" que a mãe deu quando você pediu pra não ir para a escola e ficar com ela, aquele "não" que a sua professora te deu quando você que sempre entregou todos os trabalhos em dia pediu para entregar na próxima semana... As vezes o que dói não é necessariamente ouvir um "não" mas sim a forma como ele é dito. Alguns "nãos" podem vir com um olhar de desprezo, outros podem vir acompanhados de raiva, indiferença, autoritarismo... E é assim que o "não" passa ser armazenado mentalmente como algo muito dolorido, afinal, ele vem revestido da dor daquele "não" que foi dito sem afeto e que despertou sensações vinculadas a inferioridade, fracasso, humilhação, por exemplo. Sabendo disso, você sabe responder qual o significado que o "não" tem para você? Dependendo da emoção que a frustração desperta, ela irá gerar comportamentos correspondentes e que em alguns casos podem se tornar destrutivos em relacionamentos. Há quem diante da ausência daquilo que gostaria manifesta agressividade, em outros há a manifestação da vitimização, o choro, os xingamentos, a vingança, são reações emocionais e comportamentais utilizadas quando a frustração se instala. E se tais reações já produziram ganhos secundários, a tendência é que elas permaneçam existindo visando lucrar algo. Ou seja, algumas pessoas conseguem reverter os "nãos" que recebem tendo reações específicas diante deles. É uma espécie de manipulação, uma forma de evitar lidar com a frustração de fato. Com base nisto, você sabe identificar como é que você lida com os "nãos" que recebe? Bem, é impossível evitar lidar com frustrações, elas inevitavelmente aparecerão devido a nossa condição humana, somos limitados, lembra? Porém as vezes gastamos muita energia mental tentando receber o "sim" que tanto queremos: dizendo aquilo que as pessoas querem ouvir, insistindo em algo que já teve seu prazo de validade expirado, negando uma realidade que está escancarada... Voltando ao início do texto, quem sabe possamos deixar a solidão entrar e nos mostrar o que existe de interessante nela. Isto não significa que não poderemos nos sentir tristes, a frustração pode e merece ser sentida. Mas ela não precisa ser negada, manipulada, evitada. Quem sabe assim passemos a ver um "não" como somente um "não" e tiremos dele aquela dor que nos faz querer fugir dele.