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Evelyn Cardozo Murad

Pesquisa e Prática Educativa IV


Universidade Federal Fluminense 2022/2

RESUMO

Muito se fala sobre as medidas necessárias para assegurar a aprendizagem docente e o


desenvolvimento profissional dos professores, uma articulação da formação inicial, atenção
aos primeiros anos de exercício profissional e à inserção dos jovens professores nas
escolas; valorização do professor reflexivo, entre outros. Mas precisamos tornar tudo isso
prático! Colocar essas atitudes em prática. E como fazer o que dizemos ser necessário
fazer?
Professores precisam ter um lugar predominante na formação de professores! Faz-se
necessário um campo profissional autónomo e rico. Além disso, é importante reforçar os
métodos de prática e um espaço para discussão em grupos de pesquisa e inovação,
construindo redes de trabalho coletivo. Assim estimula-se o sentimento de pertencimento e
incentiva os processos de mudança. Mas para isso acontecer, é necessário também
organização das escolas e políticas públicas. Assim os professores também poderão
construir um autoconhecimento que é importante para a vida e profissão.

“EXCESSO DE DISCURSOS, POBREZA DE PRÁTICAS”

A ideia de definir o “bom professor” perpassa por alguns pontos apontados no texto:

● O conhecimento: Uma construção de conhecimentos e práticas docentes que


conduzam os alunos à aprendizagem.

● A cultura profissional: É preciso compreender os ideais da instituição escolar,


aprender com os colegas mais experientes e fazer sempre uma reflexão sobre o
trabalho, buscando sempre o aperfeiçoamento e a inovação.

● O tato pedagógico: Saber adaptar o ensino, ver a realidade do aluno diante do


coletivo, saber trabalhar em equipe, propor e participar dos projetos educativos da
escola.

● O compromisso social: Ter princípios e valores a respeito da inclusão social e da


diversidade cultural, além de sempre buscar passar os ensinamentos além da
escola, se comunicando com o espaço público.

Momentos de formação

1. A graduação
2. O mestrado
3. Um período probatório, de indução profissional.
A respeito do 2º e 3º momentos do percurso de formação do professor, o autor nos
apresenta os cinco ‘’P’s’’, que são palavras-propostas de ação.

● Práticas
O ensino de forma prática é extremamente importante. O texto defende sempre uma
atuação no trabalho escolar, com uma formação a partir da observação, do estudo e da
análise na prática. Assim o aluno é instigado a identificar aspectos de aprofundamentos
teóricos e a refletirem sempre. Além de claro, saber como funcionam as escolas, vendo de
perto, de dentro.
A ideia é trabalhar com casos concretos, mobilizando uma atenção constante à
necessidade de mudanças nas rotinas de trabalho, pessoais, coletivas e organizacionais.

● P2 – Profissão
Aqui o objetivo é “devolver a formação de professores aos professores.”. É tornar esses
anos iniciais algo com referência e acompanhamento.

● P3 – Pessoa
É impossível separar o profissional do pessoal. O professor profissional é aquela pessoa e
acaba ensinando de acordo com o que é. Então é necessário um trabalho sobre si mesmo,
um trabalho de auto-reflexão e de auto-análise.

● P4 – Partilha
A formação de professores deve valorizar sempre o trabalho em equipe, o coletivo. E a
escola é um espaço de partilha, uma experiência prática e coletiva de desenvolver-se não
só nos projetos educacionais, como sua ética.

● P5 – Público
Com o público, tem-se uma responsabilidade social de trazer essa comunicação e debate
de educação. É preciso saber se comunicar com o público, a conquistar a sociedade e os
espaços dentro e fora da escola.
Evelyn Cardozo Murad
Pesquisa e Prática Educativa IV
Universidade Federal Fluminense 2022/2

PANDEMIA

Na sua opinião, a pandemia fará com que a escola mude depois (para melhor ou pior) ou
mantenha na mesma?

Acredito que o ensino e a escola tenham piorado no sentido de conteúdo. Houve uma perda
muito grande de aprendizagem. Tanto em escolas particulares, como em públicas, percebe-se
que os alunos perderam uma gama de conteúdo - que foi ensinado nas aulas online - e hoje isso
se reflete nos conteúdos seguintes, principalmente no caso das exatas que precisam de pontos
anteriores.
Com isso, atrasa-se a ementa ou a escola continua seguindo a ementa e os alunos não
conseguem acompanhar direito. Nas escolas públicas, muitas vezes, o ensino já era precário em
relação a uma escola particular, então está ainda pior. Há casos de alunos que chegam ao
segundo ano sem saber multiplicar direito. E há o processo de aprovação automática, então
esses alunos ficam muito prejudicados e sem estímulo ou ajuda.
Dito isso, seria necessário uma melhora da escola, de fato. Aulas extras, acompanhamento,
estímulo por parte dos professores, disponibilidade de monitores durante as aulas e/ou em
horários alternativos. Algo para compensar esses dois anos de perda de conteúdo. Mas não é o
que estamos vendo ainda.

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