Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Um sistema de malha aberta (sistema direto) opera sem retroação e gera diretamente a
saída em resposta a um sinal de entrada
Entrada Saída
R(s) C(s)
G(s)
Função de
Transferência
(Transmitância)
Um sistema de malha fechada usa uma medida do sinal de saída e a comparação com
a saída desejada para gerar um sinal de erro que é aplicado ao atuador.
𝐶(𝑠) 𝐺(𝑠)
A FT do sistema acima é 𝑅(𝑠) = 1∓𝐺(𝑠)𝐻(𝑠)
𝐶(𝑠)
O erro do sistema de malha fechada é: 𝐶(𝑠) = 𝐸(𝑠)𝐺(𝑠) ⇒ 𝐸(𝑠) = 𝐺(𝑠)
𝐶(𝑠) 1
𝐸(𝑠) = = 𝑅(𝑠)
𝐺(𝑠) 1 ∓ 𝐺(𝑠)𝐻(𝑠)
A medida do erro se torna mais precisa quando 𝐻(𝑠) se torna desprezível, ou seja,
𝐻(𝑠) ≈ 1.
𝐶(𝑠) 𝐺(𝑠)
Da equação𝑅(𝑠) = 1∓𝐺(𝑠)𝐻(𝑠),
𝐶(𝑠) 𝐺(𝑠) 𝐶(𝑠) 1
Se 𝐺(𝑠)𝐻(𝑠) >> 1, temos: = 𝐺(𝑠)𝐻(𝑠) = 𝐻(𝑠), o que mostra que a saída é
𝑅(𝑠) 𝑅(𝑠)
afetada apenas por 𝐻(𝑠), e se 𝐻(𝑠) = 1, 𝑌(𝑠) = 𝑅(𝑠), a saída é igual a entrada. Isso
mostra que o aumento da magnitude de 𝐺(𝑠) diminui seu efeito na saída do sistema,
todavia, pode causar oscilações ou tornar o sistema instável.
1
3.2 – SENSIBILIDADE DE SISTEMAS DE CONTROLE
𝛥𝑇(𝑠)
𝑇(𝑠)
𝑆𝐺𝑇 =
𝛥𝐺(𝑠)
𝐺(𝑠)
𝜕 𝑙𝑛 𝑇(𝑠)
A equação acima pode ser aproximada por: 𝑆𝐺𝑇 = 𝜕 𝑙𝑛 𝐺(𝑠)
SOLUÇÃO
G ( s)
T ( s) =
1 + G (s) H ( s)
T ( s) G
S GT =
G( s) T
G( s) G(s)
S GT =
G 1 + G ( s) H ( s) G(s)
1 + G(s) H (s)
1 + G( s) H ( s) − G ( s) H ( s)
S GT = (1 + G ( s) H ( s) )
( + ) 2
1 G ( s ) H ( s )
1 + G( s) H ( s) − G( s) H ( s)
S GT =
1 + G( s) H ( s)
2
1
S GT =
1 + G ( s ) H ( s )
T ( s ) H
S HT =
H ( s ) T
G( s) H (s)
S HT =
H 1 + G ( s) H ( s) G(s)
1 + G ( s) H ( s)
− G ( s )G ( s ) H ( s )(1 + G ( s ) H ( s) )
S HT =
2
(1 + G ( s ) H ( s ) ) G ( s)
− G( s) H ( s)
S HT =
1 + G( s) H ( s)
G( s) H ( s)
S HT = −
1 + G( s) H ( s)
T (s) = G (s)
T ( s) G
S GT =
G( s) T
S GT = (G(s)) G(s)
G G( s)
S GT = 1
3
3.3 – ERRO DE ESTADO ESTACIONÁRIO
Resposta Resposta
Transitória Estacionária
Step Response
1.4
Erro Variável
1.2 Erro Constante
0.8
Amplitude
0.6
0.4
Resposta
Resposta Transitória Estacionária
0.2
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
Time (sec)
4
As constantes de erro estático são uma boa medida da precisão desses sistemas e
descrevem a habilidade de um sistema com realimentação unitária para reduzir ou
eliminar o erro estacionário. Eles representam os desvios em regime permanente das
variáveis de saída. Assim, quanto mais altas as constantes, menor o erro estacionário.
𝐾𝑝 = lim 𝐺(𝑠)
𝑠→0
𝐾𝑣 = lim 𝑠𝐺(𝑠)
𝑠→0
𝐾𝑎 = lim 𝑠 2 𝐺(𝑠)
𝑠→0
O quadro abaixo apresenta o resumo dos valores de erro estacionário para sistemas
com realimentação unitária.
ENTRADAS
PARÁBOLA (𝐾𝑎 )
SISTEMAS DEGRAU (𝐾𝑝 ) RAMPA (𝐾𝑣 )
1
𝑢(𝑡) = 1 𝑟(𝑡) = 𝑡 𝑝(𝑡) = 𝑡 2
2
1
Tipo 0 𝑒𝑠𝑠 (𝑡) = 𝑒𝑠𝑠 (𝑡) = ∞, 𝐾𝑣 = 0 𝑒𝑠𝑠 (𝑡) = ∞, 𝐾𝑎 = 0
1 + 𝐾𝑝
1
Tipo 1 𝑒𝑠𝑠 (𝑡) = 0, 𝐾𝑝 = ∞ 𝑒𝑠𝑠 (𝑡) = 𝑒𝑠𝑠 (𝑡) = ∞, 𝐾𝑎 = 0
𝐾𝑣
1
Tipo 2 𝑒𝑠𝑠 (𝑡) = 0, 𝐾𝑝 = ∞ 𝑒𝑠𝑠 (𝑡) = 0, 𝐾𝑣 = ∞ 𝑒𝑠𝑠 (𝑡) =
𝐾𝑎
5
3.3.2 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
SOLUÇÃO
𝐶(𝑠) 𝑅(𝑠)
𝐸(𝑠) = =
𝐺(𝑠) 1 + 𝐺(𝑠)𝐻(𝑠)
𝐶(𝑠) 1⁄𝑠
𝐸(𝑠) = =
𝐺(𝑠) 1 + 𝐺(𝑠)
1⁄𝑠
𝐸𝑠𝑠 (𝑠) = lim 𝑠𝐸(𝑠) = lim 𝑠
𝑠→0 𝑠→0 1 + 𝐺(𝑠)
1
𝐸𝑠𝑠 (𝑠) =
1 + 𝐺(0)
x1 (t ) y1 (t )
G
x2 (t ) y2 (t )
x1 (t ) + x2 (t )
G
y1 (t ) + y2 (t )
Passo-a-Passo:
1) Para um sistema 𝑦(𝑡) = 𝐺𝑥(𝑡) substitua 𝑥(𝑡) por 𝑥(𝑡) = 𝑥1 (𝑡) + 𝑥2 (𝑡).
2) Desenvolva e arrume o sistema.
3) Substitua as entradas independentes por suas saídas correspondentes, ou seja,
faça 𝐺𝑥1 (𝑡) = 𝑦1 (𝑡) e 𝐺𝑥2 (𝑡) = 𝑦2 (𝑡).
4) Verifique se a saída 𝑦(𝑡) é igual a 𝑦(𝑡) = 𝑦1 (𝑡) + 𝑦2 (𝑡)
5) Se for igual, então é necessário verificar o critério de homogeneidade para
saber se o sistema é linear.
6) Senão, o sistema é não-linear.
6
Princípio da Homogeneidade: Conservação da proporção da magnitude do sinal.
x1 (t ) y1 (t )
x(t ) y (t )
G G
Passo-a-Passo:
1) Para um sistema 𝑦(𝑡) = 𝐺𝑥(𝑡) substitua 𝑥(𝑡) por 𝑥(𝑡) = 𝛽𝑥1 (𝑡).
2) Desenvolva e arrume o sistema.
3) Substitua as entradas independentes por suas saídas correspondentes, ou seja,
faça 𝐺𝛽𝑥1 (𝑡) = 𝛽𝑦1 (𝑡).
4) Verifique se a saída 𝑦(𝑡) é igual a 𝑦(𝑡) = 𝛽𝑦1 (𝑡)
5) Se for igual, então é necessário verificar o critério da superposição para saber
se o sistema é linear.
6) Senão, o sistema é não-linear.
SOLUÇÃO
Para aplicar o princípio da superposição, fazemos:
assim,
7
2. Verifique se o sistema 𝑦(𝑡) = 𝑚𝑥(𝑡) + 𝑏 é linear.
SOLUÇÃO
Para aplicar o princípio da homogeneidade, fazemos:
assim,
𝑦1 (𝑡) − 𝑏
𝑦(𝑡) = 𝑚𝛽 +𝑏
𝑚
𝑦(𝑡) = 𝛽(𝑦1 (𝑡) − 𝑏) + 𝑏
𝑦(𝑡) = 𝛽𝑦1 (𝑡) + 𝑏(1 − 𝛽)
𝐶𝐷 (𝑠) 𝐺2 (𝑠)
=
𝐷(𝑠) 1 + 𝐺1 (𝑠)𝐺2 (𝑠)𝐻(𝑠)
c) Soma-se os sinais de saída correspondentes a cada sinal de entrada.
𝐺2 (𝑠)
𝐶(𝑠) = 𝐶𝐷 (𝑠) + 𝐶𝑅 (𝑠) = (𝐺 (𝑠)𝑅(𝑠) + 𝐷(𝑠))
1 + 𝐺1 (𝑠)𝐺2 (𝑠)𝐻(𝑠) 1
8
Observe que se |𝐺1 (𝑠)𝐺2 (𝑠)𝐻(𝑠)| ≫ 1 e |𝐺1 (𝑠)𝐻(𝑠)| ≫ 1 o efeito do distúrbio é
suprimido e 𝐶𝑅 (𝑠)⁄𝑅(𝑠) aproxima-se de 1⁄𝐻(𝑠), porém 𝐶(𝑠) = 0. Isso mostra que
qualquer sistema linear, nessa configuração, não permite a eliminação do ruído do
sinal de saída.
Sistemas não lineares podem ser modelados por funções de retas em torno de um
ponto de operação, o que facilita o controle desses sistemas. Esse processo,
erroneamente chamado de “Linearização de Sistemas” é na verdade uma “Afinização
de Sistemas”, ou seja, a substituição do modelo do sistema por uma função afim em
um ponto de operação do sistema.
Para isso, usa-se a Série de Taylor em torno do ponto de operação para obter um
modelo matemático de controle que é uma aproximação em linha (reta) da função real
do sistema.
y(t ) = g (x(t ))
Considerando o ponto de operação como x 0 , podemos expandir a equação acima em
Série de Taylor em torno de x 0 .
y = g ( x ) = g ( x0 ) +
dg ( x − x0 ) + d 2 g (x − x0 )2 +
dx x = x0 1! dx 2 x = x0
2!
y = g ( x0 ) +
dg (x − x0 )
dx x = x0 1!
Arrumando,
y − y0 =
dy
(x − x0 )
dx x = x0
9
3.4.4 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
m
mola não linear
f (t ) = y 2 (t ) y (t )
SOLUÇÃO
O ponto normal de operação é a posição de equilíbrio que ocorre quando a
força da mola se iguala ao peso do bloco.
f 0 = mg
f (t ) = y 2 (t )
f (t )
df
dy y = y0
f0
Equilíbrio
y0 y (t )
f (t ) − f 0 =
df (t )
( y(t ) − y0 )
dy(t ) y ( t ) = y0
d ( y 2 (t ) )
f (t ) − mg =
dy (t ) y ( t ) = y
y (t ) − mg ( )
0
f (t ) − mg = 2 y(t ) y (t )= y y(t ) − mg
0
( )
(
f (t ) − mg = 2 y0 y(t ) − mg )
10
(
f (t ) = mg + 2 mg y(t ) − mg )
f (t ) = mg + 2 mg y(t ) − 2mg
L
SOLUÇÃO
A condição de equilíbrio do sistema ocorre para 0 = 0º .
dT
T d = 0
T = mgL sin
− 0
11
T − T0 =
dT
( − 0 )
d = 0
d (mgL sin )
T −0 = ( − 0)
d =0
T = mgL cos =0 ( )
T = mgL cos 0º
T = mgL
T
ISE = e 2 (t )dt
0
onde T é um tempo finito escolhido arbitrariamente, mas normalmente é
escolhido o tempo de assentamento, t s . O critério ISE penaliza grandes erros e
promove ajustes mais agressivos.
T
IAE = e(t ) dt
0
12
3.5.3 – ITAE (Integral of Time multiplied by Absolute Error )
T
ITAE = t e(t ) dt
0
T
ITSE = te2 (t )dt
0
Semelhante ao ITAE.
𝑡
Valor do IAE para mudança provocada por distúrbio
𝑒(𝑡)
𝑡
Valor do IAE para mudança no set-point
13
3.5.5 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
− 4 k 2 + t 2 +1
r (t ) 1
4
k2 +t2 y (t )
−1
SOLUÇÃO
Do diagrama acima, temos:
y(t )
r (t )
(
= − k2 +t2 ) 1
4
+1 .
T
ITSE = te2 (t )dt
0
2
( )
T 1
ITSE = t k 2 + t 2 4 dt
0
T
ITSE = t k 2 + t 2 dt
0
(t ) 3 T
2
+ k2 2
ITSE =
3
0
ITSE =
(T 2
+ k2 ) 3
2
−
k3
3 3
dITSE d T 2 + k 2 2 k 3
= − =0
( )3
dk dk 3 3
13 2
32
( 3 −1
T + k 2 2 2k − k 2 = 0 )
(T 2
+ k2 )3 −1
2
k − k2 = 0
14
T 2 + k2k −k2 = 0
( )
k T 2 + k2 −k = 0
k = 0 ou T 2 + k 2 − k = 0
T 2 + k2 = k
T 2 + k 2 = k 2 não existe solução.
e𝐴 (𝑡) = √𝑘𝑡 2 + 2𝑘 2 𝑡
𝑒𝐵 (𝑡) = √𝑘 2 𝑡 2 + 2𝑘𝑡
com parâmetros 𝑘 ajustáveis. Considerando o índice de desempenho ISE, qual
das duas sintonias é melhor?
SOLUÇÃO
𝑇
𝑇3 𝑇2
𝐼𝑆𝐸𝐴 = ∫ 𝑒𝐴2 (𝑡)𝑑𝑡 =𝑘 + 2𝑘 2
0 3 2
𝑇
𝑇3 𝑇2
𝐼𝑆𝐸𝐵 = ∫ 𝑒𝐵2 (𝑡)𝑑𝑡 = 𝑘 2 + 2𝑘
0 3 2
Derivando em relação a 𝑘 e igualando a zero:
𝑑 𝑇3
𝐼𝑆𝐸𝐴 = + 2𝑘𝑇 2 = 0
𝑑𝑘 3
𝑇
𝑘=−
6
𝑑 𝑇3
𝐼𝑆𝐸𝐵 = 2𝑘 + 𝑇2 = 0
𝑑𝑘 3
3
𝑘=−
2𝑇
Substituindo os resultados nos respectivos erros:
𝑇 𝑇2
e𝐴 (𝑡) = √− 𝑡 2 + 2 𝑡
6 36
9 2 3
𝑒𝐵 (𝑡) = √ 𝑡 − 𝑡
4𝑇 2 𝑇
Observe que o termo em 𝑒𝐴 dentro da raiz forma uma parábola com
concavidade voltada para baixo enquanto que o termo em 𝑒𝐵 dentro da raiz tem
15
concavidade voltada para cima, portanto o ponto de mínimo de 𝑒𝐵 ocorre em
𝑡 = 2𝑇⁄3 quando 𝑒𝐵 = 0 e o valor de 𝑒𝐴 será zero quando 𝑡 = 𝑇⁄3, porém, 𝑒𝐴 ,
que é uma variável real, assume valores complexos para 𝑡 > 𝑇⁄3, o que implica
na ineficiência da ação de controle que será aplicada sobre o erro. Assim,
qualquer dos dois métodos de sintonia chegam ao erro zero, entretanto, o
método 𝐴 chega mais rápido, porém o controle não é possível.
Assim, só o método de sintonia 𝐵 é o melhor.
3.6 – MATLAB
Livro DORF 8ªed: E4.1 a E4.8, P4.1 a P4.17, PA4.1 a PA4.8 e PP4.2.
16