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Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada

Gestão e Prática de Obras de Conservação e Restauro do Patrimônio Cultural

AULA 04
HABILIDADES DO GESTOR I

Prof. Jorge E. L. Tinoco

2014

Módulo I - Gestão de Obras e Serviços – Habilidades do Gestor I


Objetivo da aula: especialização de um quadro de profissionais de arquitetura e
engenharia para gerir obras e serviços de edificações de valor cultural. Visa
construir conceitos de administração e gestão de obras e serviços de manutenção,
conservação e restauração em bens culturais edificados.
Metas: desenvolver as competências sobre o Saber (conhecimentos), o Saber
Fazer (habilidades) e o Saber Ser (atitudes), relacionadas ao funcionamento,
estrutura e gestão de sistemas de obras de restauro, de modo a contribuir para a
futura atuação profissional na gestão de obras de restauro. Relacionar as
habilidades, as variáveis e os processos básicos e específicos da gestão de obras e
serviços. Caracterizar a necessidade de ordenar e controlar as ações de um
empreendimento de restauro.
Resumo: A aula fundamenta conceitos sobre administração e gestão de obras.
Trata da necessidade do desenvolvimento das habilidades e do comportamento
do gestor. Informa que uma organização depende de uma estrutura, seja formal,
informal ou caótica. Para manter uma organização organizada, afirma ser
necessário caracterizar as relações entre racionalização (gestão) x sistematização
(administração). Informa sobre habilidades conceituais, humanas e técnicas,
detendo-se na primeira habilidade. O processo da gestão age através do ciclo:
planejamento – organização – direção – controle. Para exercer o poder de forma
harmônica o gestor necessita de três requisitos fundamentais: receptividade,
tolerância e delegação Para o êxito da gestão, são necessárias três condições
básicas: desempenho, regulação e limitação.
Palavras chaves: habilidades do gestor, administração compartilhada,
administração e gestão.

1. Introdução

Acordar cedo e tomar café da manhã com a família. Enfrentar o trânsito da


cidade para iniciar as atividades diárias da empresa, é uma rotina na vida de um José
Manoel. Ele não sabe sobre quais juros o Banco do Brasil estará atuando hoje para o

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empréstimo de reforço ao seu capital de giro. É dia da folha de pagamento da obra e o


Governo ainda não liberou os recursos da 1ª fatura emitida há 45 dias... Ainda por
cima, é final de mês e as contas do colégio, cartões de crédito e do supermercado terão
de ser pagas. Sim, tem ainda o compromisso ir ao aeroporto mais tarde apanhar uma
tia avó que chega de São Paulo!
Família, supermercado, cidade, trânsito, empresa, tia avó, cartões de credito,
Banco do Brasil, aeroporto, governo, São Paulo, colégio... Essas atividades no dia a dia
mostram como nossa vida é cercada por organizações sociais, institucionais e
familiares. De uma maneira muito abrangente é possível afirmar que tudo na vida
segue uma organização.
Neste curso interessa saber sobre a noção de ORGANIZAÇÃO i enquanto uma
entidade social, constituída por várias pessoas, agrupadas, estruturadas de maneira
própria, que trabalham em conjunto e diferenciadamente para obter certos objetivos.
Também, Organização enquanto a maneira como os conjuntos de pessoas
trabalham, ou seja, os procedimentos pelos quais elas racionalizam suas atividades na
medida em que estas, ao se concentrarem e se multiplicarem, requerem ou produzem o
desenvolvimento de sistemas de regras que definem tanto as funções como as
responsabilidades e meios para seus desempenhos (CHIAVENATO).

2. Organização

– Qual o objetivo de uma Organização ?

O objetivo da organização encontra-se na razão de sua própria constituição.


Neste sentido visa potencializar os esforços conjuntos dos indivíduos e tornar
irrelevantes suas fraquezas individuais.

– Qual a diferença entre a indústria automobilística e o narcotráfico ?

Nenhuma! Pois, ambas, a indústria e o narcotráfico têm objetivos bem

estabelecidos, metas a cumprir, funcionando através dos esforços conjuntos dos


indivíduos que compõem seu universo.

Toda organização tem uma estrutura. Basicamente, são quatro os


aspectos diferenciadores de uma organização:

TAMANHO  PRODUTO  FORMATO  RECURSOS

- O Caos tem organização ?

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Sim, por mais caótica que possa parecer uma situação, há uma organização subjacente.
Apenas, nesses casos, não se têm condições de se perceber e verificar o Como de seu
“funcionamento”.

Estrutura

Toda estrutura tem uma organização, tem uma forma e maneira de


funcionamento que a viabiliza existir, mesmo que seja quase impossível identificar sua
equação. A estrutura é a configuração pela qual fluem os meios para atingir a(s)
finalidade(s). Pode ser formal, informal ou caótica.

A estrutura formal configura-se pelos interesses e relações afins, pactuados


entre os indivíduos, compromissados e envolvidos com a missão da organização – com
seu objetivo. Na estrutura informal existe a afinidade de interesses, mas não há pacto
de relações e, portanto, os indivíduos estão comprometidos com o objetivo da
organização, mas não estão ou se sentem envolvidos por ele. Na estrutura caótica os
indivíduos estão envolvidos pela estrutura, mas não tem compromisso com ela e com
seu objetivo, de modo a causar conflitos no fluxo de sua configuração e na consecução
da sua finalidade. (MOTTA)

Entretanto, toda estrutura tende ao caos em ressonância com as forças


entrópicas da Natureza. Assim, a estrutura formal é a que mais “sofre” os influxos
dessas forças.

Verifique exemplos de estrutura formal, estrutura informal, estrutura caótica.

– Questão: O que é necessário para se manter uma organização organizada? A


resposta é racionalização ii e sistematizaçãoiii de suas atividades, tendo como elemento
norteador seus objetivos.

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Dois aspectos importantes caracterizam as relações entre racionalizar


(tecnologia) versus sistematizar (ordenação): o primeiro é o da gestão e o segundo da
administração. Embora ambos tenham surgido de uma mesma idéia, a priori, existem
diferenças conceituais.

3. Gestão & Administração

O processo de se obter harmonia e resultados de um conjunto de organizações


com esforços dos outros indivíduos é o conceito moderno de gestão. (DAFT)

É muito fácil se confundir gestão com o de gerenciamento. Gerenciar é o mesmo


que administrar.

Administrar é o conjunto de princípios, normas e funções que têm por fim


ordenar e funcionar um sistema, mantendo-o organizado. É, também, dirigir um
sistema com a autoridade necessária para mantê-lo sob controle, a fim de obter os
máximos resultados de sua capacidade. (CHIAVENATO)

Habilidades iv conceituais, técnicas e humanas são os pressupostos básicos do


Gestor para administrar um sistema.

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A primeira habilidade que do gestor consiste em compreender a complexidade


do sistema e de fazer o ajustamento de suas partes, de modo que estas respondam em
harmonia aos objetivos da organização como um todo e não apenas em função de
necessidades individuais e imediatas. Trata-se da habilidade conceitual.

O bom desempenho da habilidade conceitual pressupõe ao indivíduo a


habilidade humana, que consiste na capacidade e discernimento para trabalhar com
pessoas, compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança eficaz de
modo que o sistema opere no ritmo ideal dos seus objetivos. (ROBBINS)

É necessário por fim ao Gestor o terceiro requisito: a habilidade técnica, que


consiste em utilizar os conhecimentos, os métodos, as técnicas, os equipamentos e as
ferramentas apropriados para a realização dos procedimentos e das tarefas.

É muito importante para o êxito daquele que se propõe ser gestor o


desenvolvimento dessas três habilidades. Isto porque os sistemas complexos estão
sujeitos às incertezas das ações extrínsecas aos seus próprios movimentos, mesmo
sobre determinados controles.

A compreensão abrangente e sistêmica do gestor, nos três níveis das


habilidades, dá a visão e a antevisão das tensões, conflitos e flutuações sobre os
elementos que gestiona, possibilitando as correções na interação dos elementos.

No quadro desta aula interessa verificar a habilidade conceitual.

3.1. Gestão – Habilidade Conceitual

Inicialmente, entende-se por habilidade a condição de se ter o domínio sobre


determinada(s) atividade(s). Trata-se da aptidão de agilidade (Habile = Ágil).
Conceitual, vem de conceito que é a síntese da formulação de uma idéia, sua
classificação e conseqüente representação. Ter habilidade conceitual é ter a capacidade
de categorizar e utilizar, num menor espaço de tempo possível, as inúmeras
associações dos conteúdos dos objetos do pensamento. (ROBBINS)

Para a gestão de uma organização, no cenário da habilidade conceitual, cinco


variáveis básicas se apresentam: as tarefas ou o que se tem a fazer, a estrutura ou os

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recursos financeiros disponíveis, o ambiente ou onde serão realidades as tarefas, a


tecnologia apropriada para obter os melhores e mais modernos resultados e as pessoas
ou o material humano qualificado para a realização das tarefas. (CHIAVENATO)

3.2. As Variáveis Básicas da Gestão

A qualidade da gestão e o comportamento de cada variável da organização são


sistêmicos e complexos – cada qual influencia e é influenciado pelos outros
componentes. Alterações em um componente provocam modificações nos demais em
maior ou menor grau. Assim, o comportamento sistêmico do conjunto dessas variáveis
é diferente da soma dos comportamentos de cada variável tomada isoladamente.
(CHIAVENATO)

Na verdade, a adequação harmônica entre essas cinco variáveis constitui o


principal desafio da gestão de uma organização!

Processos da Gestão

São quatro os processos:

Planejamento v  Organização  Direção vi  Controle vii

Esse sistema não é linear, pois, modernamente não se admite mais se encerrar
as atividades no controle. O sistema tem de ser orgânico, onde os fluxos são
continuamente alimentados pelo planejamento.

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O ciclo da gestão é contínuo, o sistema se retro-alimenta ininterruptamente


através do monitoramento (controle) que, pela análise das circunstâncias dos
resultados obtidos, tende a aperfeiçoar sempre o ritmo do fluxo. (ROBBINS)

Neste curso, no quadro dos seus objetivos, os principais focos de atenção


voltam-se para a direção e o controle dos sistemas.

Dirigir um sistema é ter o poder de se impor pela vontade.

Para atendimento do requisito da direção, o gestor precisa exercitar autoridade,


influência, razão, discernimento, determinação e constância.

Autoridade no sentido de ter a competência do conhecimento, do saber o que,


como e quando fazer. Esse requisito não pode ser confundido com a autoridade
exclusiva daquele que dá e faz obedecer ordens e decisões(KRAUSZ). Influência pelo
poder da argumentação, lastreada na compreensão da dialética dos indivíduos. Pelo
exemplo atuante de observador das mudanças e alterações dos fluxos do sistema.
Razão pelas ações de avaliação, ponderação e julgamento dos movimentos que
acionam e mantêm o sistema em harmoniaviii. Discernimento para averiguação sobre o
valor ou a importância de uma ou mais ações ou funções do sistema, visando escolher
o melhor para o cumprimento das atividades, resolução de problemas ou
desenvolvimento de objetivos. Determinação, não como decisor firme, definitivo e
irrevogável, mas com a atitude de estar sempre observador dos processos executivos
para agir nos momentos em que a decisão para mudanças se imponha. Constância em
todas as ações, particularmente nas de planejamento e monitoramento.

Na concepção moderna do exercício do poder tem-se a prática de natureza


democrática das tomadas de decisões, lastreadas no coletivo dos indivíduos que

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compõem o sistema. Trata-se do “poder compartilhado” ou da ação coletiva


gerenciada”. (KRAUSZ)

O exercício do poder compartilhado exige do gestor três requisitos


fundamentais: receptividade, tolerância e delegação.

Receptividade – é preciso que o gestor esteja sempre aberto às sugestões


e soluções novas e criativas de modo a adequar a estrutura do sistema à evolução
inexorável a qual as coisas estão submetidas. Todos os indivíduos que integram o
sistema têm uma sabedoria forjada na vivência das suas atividades.

Tolerância – é o limite que se impõe à receptividade construtiva. Seu


caráter é o do respeito às individualidades que interagem com o sistema para mantê-lo
em harmonia com as diferenças. É a capacidade de negociação como forma de
resolução de conflitos e da tomada de decisões coletivas. Entretanto, aqui é necessário
muito cuidado para não se desviar para a irresponsabilidade do laissez faire, laissez
passer.

Delegação – entendido não somente como o ato de transferir para outro


a autoridade e a responsabilidade para a execução de uma tarefa, de responsabilidade
final do delegante, mas, principalmente, como incremento a criatividade e inovação às
contribuições dos indivíduos participantes do sistema.

O poder realizado fora da base do compartilhamento é ditadura. A autoridade,


sem autoritarismo é construída pelas influências que recebe no crivo da razão. O
discernimento sobre o que deve ser feito, como deve ser feito e por quem deve ser feito
é determinado verificado pelo sistema na constância do exercício do poder. (ADIZES)

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O êxito da gestão de um sistema é dependente de três condições básicas:


desempenho, regulação e limitação.

Desempenho – consiste no potencial da capacidade de mudança dos elementos


e indivíduos do sistema. O processo de mudança normalmente quebra regras de
funcionamento, desafia o status quo e gera em muitos indivíduos o desconforto e a
instabilidade. O desempenho liga-se umbilicalmente com o requisito da receptividade.

Regulação – é proporcional a tolerância estabelecida para o funcionamento do


sistema. Normas, regras e condições internas ao sistema interagem com a regulação
externa permissível ao seu funcionamento. Um sistema sempre fica exposto aos riscos
ou às precauções estabelecidas pela tolerância.

Limitação – os limites são impostos pela capacidade de o sistema executar os


procedimentos para alcançar suas metas. Concorda com a delegação quando o quadro
das responsabilidades é dividido por com todos os indivíduos.

Conclusões

O curso Gestão de Restauro procura formar um quadro de profissionais para a


gestão e o gerir obras e serviços em edificações de valor cultural. As idéias mais
avançadas sobre as habilidades de um gestor no âmbito conceitual são no sentido de
que ele deve romper com paradigmas e dogmas. Pela leitura e interpretação dos mais
recentes documentos internacionais e nacionais sobre a proteção ao patrimônio

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construído vê-se que são necessárias ações baseadas em decisões coletivas,


compartilhadas no contexto interno e externo dos eventos.

O mundo contemporâneo não aceita mais atitudes de certeza cardeais nem de


saberes emanados por pontífices do conhecimento. O processo compartilhado do
poder leva à construção coletiva do conhecimento que, ao incentivar a troca de
informações entre profissionais de nível superior, mestres de ofícios e
artesão/operários, possibilita a reflexão conjunta sobre soluções, promovendo a
elaboração de novos conhecimentos.

Também é preciso se ter em mente o conceito de sustentabilidade como


comprometimento do profissional com a gestão sistêmica material e imaterial,
construtiva e ambiental. Esta visa à harmonia otimizada entre autenticidade e
integridade, entre custos e benefícios sociais e humanos para o atendimento das
necessidades funcionais da edificação. Isto abrange desde adoções das técnicas
tradicionais nas intervenções à racionalização do uso de recursos energéticos e as
reciclagem e descarte de resíduos sólidos para se minimizar os impactos ambientais.

O papel do Gestor de Restauro pode ser por analogia semelhante ao de um


maestro responsável pela regência, pela harmonia musical de um grande contingente
instrumental e vocal. É sua tarefa (maestro) fazer com que todos sigam o tempo, a
dinâmica, o andamento e, principalmente, a interpretação musical (o sentimento) do
autor da obra. Sem ele cada músico e cantor, por mais virtuosos que sejam, perdem a
marcação do tempo e a sincronicidade em relação aos outros, não obtendo, portanto, a
força e a harmonia de conjunto.

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Bibliografia

ADMINISTRAÇÃO, tradução da 6ª edição norte-americana


Autor: DAFT, Richard L.
Editora: Thomson Pioneira, 6ª Edição - 2005 (em português)

“O mundo está mudando rapidamente e, em resposta, o campo de


administração está passando por uma revolução. O resultado é "O
Novo Local de Trabalho", tema deste livro. As demandas aos gerentes
de hoje vão além das técnicas e idéias tradicionalmente ensinadas nos
cursos de administração. O mundo tradicional de trabalho presumia
que o propósito da administração era controlar e limitar as pessoas,
cumprir as regras e os regulamentos, buscar estabilidade e eficiência,
elaborar uma hierarquia de cima para baixo para dirigir os
funcionários e alcançar resultados. O novo local de trabalho e o
paradigma da administração emergente pedem que os gerentes se
concentrem em liderar a mudança, utilizar a criatividade e o
entusiasmo das pessoas, descobrir visões e valores compartilhados, e
[1]
compartilhar informações e poder. "Administração" explora as novas
idéias administrativas, mas mantém o que há de melhor na opinião
administrativa tradicional. Para alcançar essa visão, o autor incluiu
neste livro os conceitos administrativos e as pesquisas mais recentes,
assim como as aplicações contemporâneas de idéias administrativas
nas organizações. Didática e de fácil compreensão, a obra traz muitos
exemplos e foca especialmente no futuro do ensino de administração,
identificando e descrevendo os elementos emergentes e os exemplos
do novo local de trabalho e do paradigma administrativo em mutação”.
(Sinopse da Livraria Cultura)
DESENVOLVIMENTO INTERPESSOAL – Treinamento em Grupo
Autor: MOSCOVICI, Fela
Editora: José Olympio, 15ª Edição - 2005
“A Proposta de Fela é muito objetiva: trata-se de um Manual para
treinamento em grupo. Destina-se aos participantes de grupos de
treinamento, aos educadores em geral e aos leitores interessados em
conhecer mais sobre comportamento em grupo.” (Sinopse da Livraria
Submarino)
[2]

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TRANSFORMAÇAO ORGANIZACIONAL – A Teoria e a Pratica


de Inovar
Autor: MOTTA, Paulo Roberto
Editora: Qualitymark, 1ª Edição - 1997

“Esta obra visa oferecer referências para melhorar a compreensão e


orientar escolhas de gestores e pessoas interessadas na transformação
organizacional, sejam elas consultores, pesquisadores ou estudiosos na
busca de fundamentações para suas idéias e práticas de inovação.
Dividido em capítulos independentes, mas seqüenciais, o livro aborda
temas como; crise de valores e novas referências para a inovação
[1] organizacional, dimensão paradigmática do saber administrativo ou
sobre como conhecer a mudança, foco de intervenção ou dos modelos
substantivos da mudança, dentre outros”. (Sinopse da Livraria
Cultura)

ADMINISTRAÇÃO - Mudanças e Perspectivas


Autor: ROBBINS, Stephen Paul
Editora: Saraiva
“Obra considerada um dos melhores livros de Administração do
mundo, apresenta com inúmeros exemplos e casos ocorridos no
Brasil, projeto gráfico diferenciado e inovador e os mais modernos
recursos didáticos, tanto ao longo do texto como na Internet. O mais
importante é que a obra, ao mesmo tempo em que apresenta o estado
da arte em Administração, explorando tópicos que não existem em
[1] nenhuma outra no mercado brasileiro, não negligencia as teorias mais
tradicionais e a abordagem funcional, dando ao leitor uma excelente
visão do todo e da evolução ao longo do tempo”. (Sinopse da
Livraria Saraiva)
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Autor: ROBBINS, Stephen Paul
Editora: Pearson Education, 11ª Edição
“O sucesso mundial de ‘Comportamento Organizacional’ há mais de
duas décadas demonstra que o livro é um verdadeiro manual e uma
referência absoluta sobre o tema, e esta edição vem reforçar essas
qualidades. Mantendo as características que tornaram a obra
consagrada, esta nova edição amplia, atualiza e aprimora a
abordagem de temas como globalização e diversidade, modelo de
[1]
eficácia e traços de liderança, além de traçar de diversos tópicos
novos, como personalidade proativa, organizações interconectadas,
teoria dos eventos afetivos e liderança on-line”. (Sinopse da Livraria

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Saraiva)

TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO


Autor: CHIAVENATO, Idalberto
Editora: Campus, Vols. 1 e 2, 6ª Edição - 2002
Este livro fornece uma introdução à teoria geral da administração,
administração e suas perspectivas, abordagem clássica, humanística,
decorrências da teoria das Relações Humanas, processo
administrativo, tipos de organização, departamentalização,
administração de objetivos. Há também a apresentação de tópicos
como a abordagem Estruturalista da Administração - modelo
burocrático de organização e teoria estruturalista da administração;
abordagem comportamental da administração - teoria
comportamental da administração e teoria do desenvolvimento
[1]
organizacional; abordagem sistêmica da administração - informática e
administração, teoria matemática da administração e teoria de
sistemas; abordagem contingencial da administração - teoria da
contingência; novas Abordagens em Administração - para onde vai a
TGA? (Sinopse da Livraria Cultura)

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – Uma Abordagem


Contingencial
Autor: CHIAVENATO, Idalberto
Editora: Makron, 3ª Edição – 1995
Escrito tanto para universitários quanto para o executivo que precisa
reciclar-se periodicamente para o exercício de sua responsabilidade, o
livro traz, às mãos do leitor, conceitos básicos, numa ordem muito
bem pensada e distribuída. A obra também se propõe a instigar o
leitor, indicando problemas sem soluções prontas ou acabadas,
[2] fazendo com que se problematize as questões que a administração de
empresas se defronta e assim se amplie seus horizontes. (Sinopse da
Livraria Cultura)

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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

GERENCIANDO AS MUDANÇAS – O Poder da Confiança e do


Respeito Mútuos
Autor: ADIZES, Ichak
Tradutor: Montingelli Jr., Nivaldo
Editora: Thomson Pioneira, 4ª Edição – 1998
“Este livro oferece conceitos fundamentais e esclarece questões
críticas para o nosso futuro, tanto em termos individuais como
coletivos - o que fazer a respeito de mudanças, por que o conflito é
necessário, como se comunicar com pessoas de estilos diferentes,
como tomar decisões de qualidade, como transformar o trabalho em
[1]
comitês, em trabalho de equipe e como criar confiança e respeito
mútuos”. (Sinopse da Livraria Cultura)

COMPARTILHANDO O PODER NAS ORGANIZAÇOES


Autor: KRAUSZ, Rosa R.
Editora: Nobel, 2ª Edição – 2005
“Como delegar o poder, o desenvolvimento do poder pessoal e
dentro das organizações, são temas muito estudados por cientistas
políticos, sociólogos e administradores. Em 'Compartilhando o poder
nas organizações', a autora, Rosa Krausz, analisa a dinâmica entre
líderes e liderados, e sugere a abordagem do poder e a liderança a
partir de uma nova perspectiva da administração do poder como
forma de obter o sucesso pessoal, profissional e empresarial. Mesmo
no início deste século, apesar das transformações sociais, os
[1]
indivíduos ainda não conhecem o verdadeiro sentido do poder, suas
múltiplas facetas, o uso e abuso do poder”. (Sinopse da Livraria
Cultura)

EQUIPES DÃO CERTO: a Multiplicação do Talento


Autor: MOSCOVICI, Fela
Editora: José Olympio, 7ª edição, 2002
“Há muita diferença entre pessoas trabalhando realmente juntas num
projeto (esta é uma equipe) e todas as elas apenas trabalhando ao
mesmo tempo (este é um grupo). Quando um grupo pode ser
considerado uma equipe? Como transformar um grupo em equipe? A
resposta a essas questões está aqui, neste livro, que lhe indicará como
administrar o talento humano na empresa, para alcançar a
[1] produtividade e a qualidade totais. Livro de leitura obrigatória num
momento em que a maioria dos especialistas em administração e

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gerência prevê que o futuro pertence a organizações baseadas em


equipes”. (Sinopse da Livraria Submarina)

QUINTA DISCIPLINA – A Arte e Prática da Organização que


Aprende
Autor: SENGE, Peter M.
Editora: Best Seller, 21ª Edição – 2006
“A partir de um conceito inovador, o 'da organização que aprende',
na qual as pessoas são o principal meio de alavancagem para os
processos de mudança, Peter Senge desenvolve um vigoroso corpo de
idéias e ferramentas, que estimula o trabalho em equipe e ajuda a
[2] organização a se preparar para os desafios do futuro”. (Sinopse da
Livraria Cultura)

[1] – Publicações encontradas nas principais livrarias do país.


[2] – Publicação esgotada.

i
Conjunto de procedimentos pelo qual esse se racionaliza as atividades na medida em que estas, ao se
concentrarem e se multiplicarem, requerem ou produzem o desenvolvimento de um sistema de regras que
definem tanto as funções como as responsabilidades e meios para seu desempenho. CHIAVENATO,
Idalberto, in TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO,

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Editora McGraw-Hill, Vols. 1, 3ª Edição - 1987


Atitude filosófica que sustenta a primazia da razão, da capacidade de pensar e ordenar as idéias no
ii

quadro dos sentimentos e da vontade (querer).


Atividade de ordenar a totalidade de ‘objetos’, reais e ideais, reciprocamente articulados e
iii

interdependentes uns em relação aos outros. Três idéias derivam do sistema: a totalidade, a unidade e
inter-relação das partes (elementos constitutivos).
iv Capacidade mínima para identificar dados/fatos e aspectos subjetivos, discernindo-os e analisando-os

criticamente. Capacidade básica de percepção e de estabelecimento de relações empáticas. Disponibilidade


para interação e aprendizagem em grupo. Interesse pelo autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.
vDeterminar antecipadamente o que deve ser feito e como fazê-lo é está em consonância com a máxima:
“pensar antes de agir, para agir certo!” Assim, com a racionalização dos pensamentos surgem os planos de
ação que devem definir de maneira clara o que se quer, por que se quer, como se quer, de que modo se pode
querer, quanto tempo para poder obter o que se quer e quanto custa obtê-lo.
viFazer com que os indivíduos façam o que tem de ser feito no tempo que deve ser feito, determinando,
influenciando e afetando seus comportamentos através da motivação, da liderança e da comunicação. A
direção é a força que coloca em movimento uma organização com a autoridade do conhecimento.
viiQuando tudo tem de dar certo, fique certo que algo dará errado! Este é o primeiro enunciado da Lei de
Murphy. Assim, por melhor que se tenha processado as etapas antecedentes de planejamento, organização
e direção os eventos não ocorrem exatamente como o previsto. A incerteza faz parte da equação das
atividades dos sistemas. O monitoramento é um procedimento básico do controle dos eventos.
Compreenda-se harmonia como a capacidade de um sistema manter ou reaver os movimentos
viii

necessários a atingir seus objetivos sem prejuízo das energias que lhe foram atribuídas no planejamento.
Essa noção é diferente de equilíbrio. No equilíbrio as forças antagônicas atuantes tendem a anular os
esforços, eliminando o movimento e, conseqüentemente, as mudanças!

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