Prevenção: As medidas de prevenção primária antes da exposição potencial a Y. Pestis podem incluir a prevenção de áreas com epidemia da peste conhecida. Em áreas onde a peste é endêmica, é uma boa prática evitar o contato com animais obviamente doentes ou mortos e relatar esses animais ao departamento de saúde. Em relação aos ectoparasitas potencialmente contaminados, as pessoas devem evitar a exposição a pulgas de roedores doentes, vestir-se com roupas de proteção, usar repelentes para evitar a exposição a ectoparasitas quando ao ar livre e aplicar repelente de insetos contendo dietiltoluamida nas pernas e tornozelos. Em 1946, as vacinas foram desenvolvidas e administradas preventivamente aos soldados, mas estes conferiam apenas proteção a curto prazo e não protegiam contra as formas pulmonares primárias da doença. Paralem disso foi desenvolvida uma vacina a partir de uma cepa enfraquecida de Y. pestis que demonstrou proteger contra a peste bubônica e pulmonar, mas potencialmente causou efeitos colaterais importantes, como mal-estar geral, dores de cabeça severas. Porem não há evidências sobre o potencial das vacinas para ajudar a controlar surtos de peste, ou seja, ainda não existe uma vacina eficaz para a prevenção da peste, embora uma vacina viva atenuada seja usada em alguns países, como a China e a Rússia. Além disso, atualmente não há vacina recomendada pela OMS para prevenir a peste. A prevenção secundária no caso de exposição potencial a Y. pestis baseia-se na administração de tetraciclina as pessoas que são picadas por pulgas durante um surto local, quando estes são expostas a tecidos ou fluidos de um animal infetado pela peste, ou caso vivem em domicílios com um paciente com peste bubônica (uma vez que também podem ser expostas a pulgas infetadas), ou que estão em contato próximo com uma pessoa ou animal de estimação com suspeita de pneumonia por peste. Numa situação de acidente em massa, recomenda-se a terapia oral com doxiciclina, tetraciclina ou ciprofloxacina. A prevenção da transmissão de humano para humano de pacientes com peste negra deve ser alcançada através da manutenção de casos confirmados e suspeitos sob precaução de gotículas e isolamento de pressão negativa, quando disponível pelo menos 48 dias após o início do tratamento com antibióticos. Além disso, o uso de aventais, luvas, máscaras cirúrgicas e proteção ocular é altamente recomendado para impedir a propagação da doença. O controle da peste baseia-se em parte na vigilância ativa de animais, como carnívoros selvagens, que geralmente produzem anticorpos contra Y. pestis. Os carnívoros são infetados através de ingestão de carcaças infetadas e portando, devem der considerados como indicador de transmissão as populações de roedores e, portanto, a bactéria Yersinia pestis afeta primeiramente os roedores, que a transmitem a outro por meio de pulgas. Posteriormente, essas pulgas infetam humanos. . Em áreas epidémicas, é obrigatório eliminar alimentos e abrigo para roedores em torno de casas, locais de trabalho e certas áreas de recreação, como locais de piquenique ou acampamentos, onde as pessoas se reúnem para evitar contaminação das pessoas. Da mesma forma, o controle de surtos de peste humana depende principalmente da rápida confirmação do diagnóstico e tratamento de casos confirmados e suspeitos. A vigilância ativa a longo prazo dos focos de peste, juntamente com a rápida resposta dos profissionais de saúde durante as epidemias, ajuda a reduzir com sucesso os casos humanos. Embora a peste não seja comumente encontrada em clínicas, ela causará consequências graves se um diagnóstico correto oportuno for negligenciado. Como Y. pestis também é um importante agente de bioterrorismo e os perpetradores podem intencionalmente usar esse patógeno para ameaçar a estabilidade social, os médicos precisam prestar atenção a essa doença rara, mas prejudicial, para evitar sua disseminação. Tratamento da peste: No início da era de microbiologia Alexandre Yersin baseou-se em sua descoberta de Y. pestis e tornou-se o primeiro a desenvolver um antissoro para o tratamento de pacientes com peste em colaboração com Calmette, Roux e Borrel no Instituto Pasteur, em Paris, em 1895.Este antissoro foi usado para tratar cerca de 23 pacientes que tinham contraído a peste em china e que apenas dois deste morreram reduzindo assim a taxa de mortalidade em 9%.Esse resultado permitiu que outros médicos a utilizarem este tratamento mas, a falta de padronização entre os métodos aplicados, como a grande diversidade dos animais utilizados para a produção de antissoro e a variação nas doses administradas, levaram a resultados pouco convincentes. Porem o antissoro pode ser acoplado à sulfapiridina para ter um melhor efeito eficiência. O tratamento com antissoro confere proteção a curto prazo e com efeitos colaterais graves, por isso foi substituído por desenvolvimento de novas moléculas como sulfonamidas (Usadas pela primeira vez em África Oriental e na Índia em 1938) com resultados satisfatórios. No início da década de 1940, Wagle et al. demonstraram a superioridade do sulfatiazol sobre o antissoro clássico em pacientes que sofrem com peste. Em 1947 foi criado um antibiótico denominado estreptomicina. A cloranfenicol e a oxitetraciclina foram utilizados no início da década de 1950 com a mesma eficiência da estreptomicina. A gentamicina e a doxiciclina mostraram-se equivalentes na cura dos pacientes, exceto durante o estágio terminal e de acordo com OMS os antibióticos que são comumente usados contra Enterobacteriaceae, como estreptomicina, gentamicina, levofloxacina, ciprofloxacina, doxiciclina, moxifloxacina e cloranfenicol, são comprovadamente eficazes contra a peste se administrado prontamente. Os tratamentos com antibióticos devem ser continuados por 10 a 14 dias, e a melhora é clinicamente evidente 2 a 3 dias após o início do tratamento com antibióticos, embora a febre possa persistir por mais alguns dias. As chaves para o tratamento bem-sucedido da peste são o reconhecimento precoce e a administração oportuna de antibióticos eficazes. Se a administração de antibióticos eficazes e terapias for adiada por mais de 24 h, geralmente será fatal para os pacientes. A maioria dos isolados de Y. pestis em todo o mundo é sensível à estreptomicina; no entanto, uma cepa multirresistente (MDR) foi isolada de Madagascar. Felizmente, esta estirpe MDR nunca mais surgiu naturalmente nesta região e noutras partes do mundo. Existe a preocupação de que esta estirpe MDR (resistente à estreptomicina, cloranfenicol, ampicilina, espectinomicina, canamicina, tetraciclina, sulfonamidas e minociclina) possa ser atraente para bioterroristas que possam querer perpetuar um ataque de bioterrorismo usando esta estirpe. Se ocorrer infeção por tal cepa, deve-se ter cautela na seleção de antibióticos eficazes, evitando a administração dos acima mencionados Resumindo, o tratamento da peste, em todas as suas formas, deve ser feito com antibióticos. A estreptomicina ou a gentamicina são as opções mais utilizadas. Caso a estreptomicina e a gentamicina não estejam disponíveis são administrados com tetraciclina ou doxiciclina. O tratamento deve ser mantido por 10 dias e a taxa de sucesso, quando iniciado precocemente, é de mais de 90%. Os pacientes contaminados devem ficar em isolamento respiratório durante as primeiras 48 horas de tratamento antibiótico para prevenir a contaminação de outras pessoas.
DIETA DASH PARA INICIANTES: Obtenha uma vida saudável perdendo peso de forma rápida, saudável e equilibrada. Reduzir a pressão arterial, inchaço abdominal e inflamação corporal