Gestalt: A

psicologia da
forma
Unidade Curricular: História e Epistemologia da
Psicologia

Professora Ângela Fernandes | angelaf@ufp.edu.pt

Sumário
• Psicologia da Gestalt – Influências
• O fenómeno de Phi
• Psicologia da Gestalt – Fundadores
• A revolta Gestalt
• A “Perceção”
• Os princípios Gestalt
• Gestalt e a Aprendizagem
• A expansão da psicologia Gestalt – A batalha contra o
Behaviourismo
• Kurt Lewin’s Theory of Change
Psicologia da
Gestalt –
influências
Ernst Mach (1838-1916), físico, e Christian
von Ehrenfels (1859- 1932), filósofo e
psicólogo, desenvolviam uma psicofísica
com estudos sobre as sensações (aspeto
psicológico) de espaço-forma e tempo-
forma (aspeto físico) e podem ser
considerados como os mais diretos
antecessores da Psicologia da Gestalt.
Porque é que o
movimento
aparente era
considerado um
grande avanço?
O Fenómeno de
Phi

Ilusão de que dois pontos fixos de luz

que pisca estão em movimento de um
lugar para o outro.
Psicologia da Gestalt
 Max Wertheimer (1880-1943)

Iniciou estudos em Direito, mudando depois para Filosofia e

Psicologia na University of Berlin.

Tal como outros estudiosos, teve de fugir para os EUA quando

Hitler assumiu o poder na Alemanha.

A imagem Esta Fotografia de Autor Desconhecido está licenciada ao abrigo da CC BY-NC-ND

 kurt koffka (1886-1941)
Kurt Koffka, nascido em Berlim, foi o mais criativo entre os
fundadores da psicologia da Gestalt.

Koffka escreveu um artigo para a revista norte- -americana

Psychological Bulletin intitulado “Percepção: uma introdução à teoria
da Gestalt” [“Perception: na introduction to the Gestalt-Theorie”]
(Koffka, 1922).

Na verdade, a psicologia da Gestalt preocupava-se mais amplamente

com os processos cognitivos, as questões relacionadas ao pensamento,
à aprendizagem e outros aspetos da experiência consciente.
A imagem Esta Fotografia de Autor Desconhecido está licenciada ao abrigo da CC BY-NC-ND
 Wolfgang köhler (1887-1967)

• Wolfgang Köhler foi considerado o mais prolífico promotor

do movimento da Gestalt.

• Os estudos de física realizados com Max Planck

convenceram Köhler de que a psicologia devia aliar-se à física
e que as Gestalten (formas ou padrões) ocorriam não apenas
na física, mas também na psicologia.

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A revolta Gestalt
• Constância percetiva
• Qualidade de integridade ou plenitude da experiência percetual que não se
altera mesmo com a mudança dos elementos sensoriais.

• Problemas de Definição
• Na obra Gestalt psychology (1929), Köhler afirmou que a palavra era
empregada de duas maneiras na Alemanha. Uma que denota a forma ou o
formato como propriedade dos objetos. Além disso, o termo não se restringe
ao campo visual nem mesmo a todo o campo sensorial, podendo abranger
aprendizagem, pensamento, emoções e comportamentos.
 A “perceção”
Entre o estímulo que o meio fornece
e a resposta do indivíduo, encontra-se
o processo de perceção.
 A perceção

• O Cérebro é dinâmico.

• Os elementos interagem entre si.

• Não responde a estímulos separados

• Agrupa semelhantes e separa diferentes!

Os princípios Gestalt
Proximidade

Partes próximas umas das outras no

tempo e no espaço parecem unidas e
tendem a ser percebidas como estando
juntas.

Continuidade

Há uma tendência de a nossa perceção

seguir uma direção para conectar os
elementos de modo que eles pareçam
contínuos ou fluir em uma direção
específica.
Os princípios Gestalt

Semelhança

As partes similares tendem a ser vistas juntas,

como grupo um grupo.
Os princípios Gestalt

Preenchimento

Há uma tendência da nossa perceção em

completar as figuras incompletas, de preencher
as lacunas.
Os princípios
Gestalt
Simplicidade

Há uma tendência de vermos a

figura como tendo boa
qualidade sob as condições de
estímulos.
Uma boa Gestalt é simétrica,
simples e estável, e não pode
ser mais simples nem mais
organizada.
Os princípios
Gestalt
Figura/fundo

Há uma tendência de organizar

as perceções do objeto (a
figura) que está sendo visto e
do fundo (a base) sobre o qual
ele aparece.
 Os princípios da Gestalt

• Estes princípios de organização não dependem dos processos mentais superiores nem
de experiências passadas, pois estão nos próprios estímulos.

• Wertheimer chamou-os de fatores periféricos, reconhecendo também que os fatores

centrais dentro do organismo influenciam a perceção (familiaridade- atitude).
Gestalt e a Aprendizagem
• O Gestalt vê a aprendizagem como uma relação entre o todo e a parte – onde para se
perceber/compreender o objeto percebido o TODO tem o papel fundamental.

• Acontece, às vezes, de estarmos a olhar para uma figura que não tem sentido para nós e,
de repente, sem que tenhamos feito nenhum esforço especial para isso, a relação figura-
fundo elucida-se.

INSIGHT
 Na visão dos gestaltistas, o comportamento
deveria ser estudado nos seus aspetos mais
globais, considerando as condições que alteram a
O Isomorfismo perceção do estímulo.

• A BOA-FORMA
Doutrina que afirma existir uma
correspondência entre a experiência
psicológica ou A Gestalt encontra nestes fenómenos da perceção
consciente e a experiência cerebral as condições para a compreensão do
latente. comportamento humano. A maneira como
percebemos um determinado estímulo irá
desencadear nosso comportamento.
 Quantas vezes já nos aconteceu de irmos
O Isomorfismo cumprimentar uma pessoa só para nos
apercebermos que a pessoa em questão não
era a que achávamos que era?
 Um “erro” de perceção levou a que nos
dirigíssemos a um desconhecido!

O Isomorfismo Esta pequena confusão mostra como a nossa

perceção do estímulo naquelas condições
ambientais dadas é mediada pela forma como
interpretamos o conteúdo percebido!
O Isomorfismo
O Isomorfismo
A expansão da psicologia Gestalt – Batalha
contra o Behaviourismo
Behaviourismo Gestalt

Objeto de estudo Comportamento observável/mensurável O comportamento nos seus aspetos mais

globais, considerando as condições que
alteram a perceção do estímulo

Pressuposto O Homem é produto do meio ambiente O comportamento é desencadeado pela

onde está inserido perceção do Meio

Principais Conceitos Condicionamento reflexo, condicionamento Proximidade, continuidade, semelhança,

operante, reforço, fuga, punição. Extinção, preenchimento, simplicidade, figura/fundo,
generalização Boa forma, insight, isomorfismo

Aplicações Práticas Teoria comportamental, cognitiva, Psicologia hospitalar, clínica, publicidade,

educação, empresas, clínica, publicidade marketing, design, educação
Kurt Lewin’s
Change Theory
Aplica o conceito de campos de
força para explicar o
comportamento de um
indivíduo com base no seu
campo de influências sociais.
Bibliografia Aconselhada
. Schultz, D. & Schultz, S. (2004). História da Psicologia Moderna. Lisboa: Thomson Ed.

Woody, W. D., & Viney, W. (2017). A history of psychology: the emergence of science and applications.
Routledge. (pp.359-384)

Torres, A. (2016). Historia da Psicologia. Editora e Distribuidora Educacional S.A

Videos:
https://www.youtube.com/watch?v=B0bvJWqVhDY&t=285s
Questões/Dúvidas?

Ângela Fernandes | angelaf@ufp.edu.pt