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SUMÁRIO
1. CONCEITO DE EMPRESÁRIO ............................................................................. 2
1.1 OBSERVAÇÕES AOS CONCEITO DE EMPRESÁRIO .................................... 3
1.2. REQUISITOS PARA SER EMPRESÁRIO ......................................................... 4
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Direito Empresarial – Thiago Carapetcov
Aula 3 | Direito de empresa
1. CONCEITO DE EMPRESÁRIO
O professor começa afirmando que estamos vendo o conceito de empresário no artigo
966 do Código Civil. Embaixo do caput, temos o parágrafo único deste artigo, que traz um
ponto riquíssimo em prova, que dita que jamais se considera empresário o profissional da arte,
literatura, ciência e intelectual.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica,
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da
profissão constituir elemento de empresa.
Isso foi determinado pelo soberbo legislador de Direito Empresarial, que entende que
algumas atividades não são empresárias, por não terem complexidade, estrutura, organização
ou um lucro efetivo. Então, os profissionais da arte, da literatura, da ciência e intelectuais não
são empresários.
No entanto, é importante notar que é possível que estes sejam empresários, no caso de se
verificar que exercem atividade como elemento de empresa. Compreender isso é essencial, por
ser cobrado em provas.
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Direito Empresarial – Thiago Carapetcov
Aula 3 | Direito de empresa
Então, há uma exceção chamada elemento de empresa. Para compreender essa exceção,
não é difícil, basta se tranquilizar e compreender o ambiente onde esse artista, cientista, literário,
intelectual está inserido, é o que diz o artigo 966, parágrafo único.
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Direito Empresarial – Thiago Carapetcov
Aula 3 | Direito de empresa
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Direito Empresarial – Thiago Carapetcov
Aula 3 | Direito de empresa
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; (Incluído pela Lei nº 12.399,
de 2011)
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por
seus representantes legais. (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
O primeiro ponto a se saber é que este artigo tem um nome, que é incapacidade
superveniente, isto é, hipótese em que a incapacidade ocorre no meio do caminho.
O caput do artigo vai dizer que em ocorrendo a incapacidade superveniente, o juiz poderá
colocar um representante ou assistente para continuar a atividade, pensando nas pessoas dos
empregados.
O segundo ponto a se saber é que o princípio da preservação da empresa fundamenta
este artigo. Nós estamos pensando em preservar a atividade, porque há 60 empregados ali.
O terceiro ponto de prova é saber que a autorização que o juiz pode dá tem por objetivo
tutelar os empregados, mas também deve pensar no incapaz. Logo, por haver um incapaz, a
presença do Ministério é indispensável em todos os atos do processo.
O quarto ponto de prova é saber que o ato do juiz em colocar um representante do incapaz
é um ato precário, porque pode ser revogado a qualquer tempo.
O quinto ponto de prova também se volta ao incapaz. O incapaz possui bens que são
atrelados à empresa, mas também possui bens pessoais. A quinta observação lembra desse
detalhe e determina que os bens pessoais do incapaz, anteriores à incapacidade, estão
protegidos, ao passo que os bens pessoais posteriores podem ser executados. Os bens ligados
à atividade podem ser executados, sejam anteriores ou posteriores à incapacidade.
Se a proteção dos bens do incapaz culminar em poucos bens para execução por parte dos
credores, isso geraria insegurança ou fraude à execução ou aos credores?
Nunca existirá essa paisagem. Primeiro, se existir poucos bens para se garantir aos
credores, o MP não permitirá que a atividade continue. Segundo, o ato jurídico é precário, de
forma que se houver poucos bens, o juiz revoga o ato e fecha as portas da empresa. Terceiro, a
primeira palavra do artigo 974 do Código Civil é poderá, deixando claro que o juiz não é
obrigado a colocar um representante ou manter a empresa aberta.
Diante disso, o professor quis demonstrar que não há situação crítica para os credores ou
até precária, porque o juiz não é obrigado a nomear representante, podendo fechar as portas, o
juiz não é nenhum maluco, tem responsabilidades. Não fosse isso, o MP se manifesta no
processo.
Todas essas observações são relevantes para compreender que não há espaço para crise.