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1. Conceito
Veremos o elemento que estabelece a ligação; o vínculo entre as pessoas tendo como
objeto os bens. Esse elemento é o que chamamos de relação jurídica. As relações
jurídicas têm como fonte geradora os fatos jurídicos. Há sempre um fato que antecede
o surgimento de um direito subjetivo. Fato, portanto, é um evento, um acontecimento.
Inicialmente, temos que diferenciar um fato comum de um fato jurídico. Há fatos que
não interessam ao Direito. Exemplo: quando uma pessoa passeia por um jardim, está
praticando um fato comum, que não sofre a incidência do Direito. Se essa pessoa,
porém, andar sobre um gramado proibido, causando danos, o fato que era comum
passará a interessar ao Direito. Assim, observem a seguinte classificação:
• Fato Comum: ação humana ou fato da natureza que não interessa ao Direito. Não
estudaremos isso, pois, como disse, não interessa ao Direito (para quê estudar algo que
não nos interessa ?).
• Fato Jurídico (em sentido amplo – lato sensu): acontecimento ao qual o Direito
atribui efeitos. Ex.: no contrato de locação, locador e locatário ficam vinculados um ao
outro. Desse vínculo surgem direitos e deveres para ambas as partes. Assim, por
enquanto, o que nos interessa estudar é o Fato Jurídico. Este sim causará reflexos no
campo do Direito.
Natural (fato da natureza) e Humano (praticado por nós, os seres humanos). Cada um
destes possui uma subdivisão. Observe o quadro abaixo. Este quadro é de extrema
importância. Daqui para frente vamos analisar cada item deste quadro. Portanto, sempre
que estiver em dúvida sobre o assunto tratado, retorne a este quadro.
Fato Jurídico em Sentido Estrito, que a doutrina também chama de Fato Jurídico
Stricto Sensu ou Fato Natural (são todas expressões sinônimas).
Pois bem. Fato Natural é o acontecimento que ocorre independente da vontade humana
e que produz efeitos jurídicos, criando, modificando ou extinguindo direitos. Podem ser
classificados em:
3.1.1 Ordinário: normalmente ocorre. Ex: a morte. Ela ocorrerá independente de nossa
vontade. Portanto é um fato natural. Lógico que estou falando da morte por causas
naturais. Da mesma forma são Fatos Jurídicos Naturais Ordinários: o nascimento, a
maioridade, o decurso de tempo que juridicamente se apresente sob a forma de prazo
(intervalo de dois termos), a usucapião (essa matéria é vista no Direito das Coisas,
quando o edital exigir esse item), a prescrição e a decadência, etc. Estes últimos temas
são importantíssimo e serão analisados no momento oportuno.
2.1.2 Extraordinário: são causas ligadas ao caso fortuito (causa desconhecida - ex.:
explosão de uma caldeira em uma usina) ou à força maior (conhece-se a causa, fato da
natureza - ex.: raio que provoca incêndio). Há uma imprevisibilidade. Em ambos o caso
se configura uma inevitabilidade.
- Ato Jurídico em Sentido Estrito – os efeitos são os impostos pela lei (ex:
reconhecimento de filho); não há regulamentação da autonomia privada.
- Negócio Jurídico – os efeitos são os desejados pelas partes (ex: contratos); há
autonomia privada.
• Ato Ilícito
ATENÇÃO! Caros alunos. Muito cuidado aqui. Algumas questões costumam cair
sobre o gráfico acima. E isso causa certa confusão ao aluno. Querem um exemplo?
Duas indagações (responda sem olhar o quadro):
O Ato Ilícito é um Ato Jurídico? O Ato Ilícito é um Fato Jurídico? .....
Resposta: basta analisar o gráfico com atenção (agora dê uma olhada no gráfico) que
iremos concluir que o Ato Ilícito é um Fato Jurídico (humano), porém não é um Ato
Jurídico!!!