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VACANCIA (artigo 40)

Ocorre quando o cargo fica vago (desocupado). Assim, não está mais provido (preenchido).

Hipóteses que geram a vacância (07 situações):

- Exoneração;

- Demissão;

- Promoção

- Readaptação;

- Posse em outro cargo inacumulável;

- Falecimento;

- Aposentadoria.

A vacância pode acarretar:

a) Rompimento definitivo do vínculo jurídico entre o servidor e a Administração


(exoneração, demissão, falecimento);

b) Apenas alteração do vínculo jurídico ou criação de um novo vínculo.

Macete: POSSE PARe (posse em cargo inacumulável, promoção, aposentadoria, readaptação).

VACÂNCIA E PROVIMENTO SIMULTÂNEOS

Nas hipóteses de:

 Promoção
 Readaptação
 Posse em cargo inacumulável

Há vacância e provimento simultaneamente. Nas demais ocorre apenas a vacância. Lembrando


que a “posse” se dá com a nomeação, que é uma das formas de provimento (ANP – 4R).

PERGUNTA: o que acontece com servidor já estável que pede vacância para tomar posse em
cargo inacumulável e vem a reprovar no estágio probatório? Será reconduzido ao cargo
anteriormente ocupado (lembrando que só existe a recondução aos servidores estáveis). Caso o
cargo esteja provido, será posto em disponibilidade até posterior aproveitamento.

Falecimento: é um fato administrativo. Um fato administrativo é qualquer ocorrido dentro da


administração pública, independentemente da vontade humana, que gere efeitos jurídicos. É
diferente de ato da administração (ligada à vontade humana e produzindo efeitos jurídicos).

Professor: Nelson Morais Escudero


FORMAS DE MOVIMENTAÇÃO DE
PESSOAL
Art. 44. São formas de movimentação de pessoal:

I - remoção;

II - relotação;

III - cedência (ou cessão).

Art. 45  não se pode, de ofício, movimentar o servidor se este estiver matriculado em


Instituição de Ensino Superior de formação, aperfeiçoamento ou especialização profissional que
tenha alguma correspondência com as atribuições de seu cargo.

Art. 46 (EXTINÇÃO DE ÓRGÃOS/ENTIDADES): servidores estáveis lotados em órgãos ou


entidades extintas serão movimentados. Caso não possam ser movimentados, serão colocados
em disponibilidade! Servidores não estáveis lotados em órgãos ou entidades extintas serão
exonerados (ou reconduzidos a cargo anterior).

Art. 23 (PRAZO PARA ENTRAR EM EXERCÍCIO)  O servidor movimentado para outra


localidade terá até 30 (trinta) dias de prazo para entrar em exercício a partir da publicação do ato.

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado legalmente, o prazo a que se refere este
artigo será contado a partir do término do afastamento.

REMOÇÃO (art. 47)


É o deslocamento do servidor para exercer suas atividades em outro órgão ou unidade do
mesmo quadro de pessoal, ou seja, ele permanece no mesmo cargo, sem qualquer alteração no
seu vínculo funcional com a Administração Pública. É um simples deslocamento físico do
servidor para outra unidade administrativa.

NOTA: deve-se respeitar a existência de vagas no respectivo quadro lotacional.

O deslocamento do servidor de um lugar para outro pode ser dentro da mesma cidade ou em
cidade distinta. Quem se desloca é apenas o servidor (SEM O CARGO).

Caráter provisório  Os servidores são provisoriamente removidos para outra lotação,


podendo esta ser revogada a depender da necessidade, que implicará no retorno do agente à sua
lotação anterior.

AUTORIDADE COMPETENTE: A remoção é feita pelo CHEFE DO PODER EXECUTIVO


(ou do Poder correspondente).

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MUDANÇA DE UNIDADE: Há mudança de unidade ou órgão (será lotado em outra unidade),
mas permanece no mesmo cargo (ex.: um analista do Tribunal de Justiça de Rondônia sendo
removido de um dos fóruns de Porto Velho para o fórum de Ji-Paraná, ou sendo removido de
um fórum de Porto Velho para outro dentro da mesma cidade).

Vale lembrar que a remoção pode implicar ou não a mudança na localidade de exercício
do servidor (ex.: ser removido da Delegacia da Receita Estadual de Porto Velho para a
Inspetoria da Receita Estadual, em Porto Velho).

A REMOÇÃO PODE OCORRER (artigo 48): I - de uma Secretaria, Autarquia ou Fundação


para outra; II - de uma Secretaria, Autarquia ou Fundação para órgão diretamente subordinado
ao Governador e vice-versa; III - de um órgão subordinado ao Governador para outro da mesma
natureza.

 HIPÓTESES DE REMOÇÃO (art. 49)


Por permuta De ofício A pedido
(49, I) (49, III) (49, II)
Desde que haja requerimento de Será sempre determinada no Esse pedido pode vincular ou não a
ambos os interessados, interesse da administração administração.
compatibilidade de cargos e pública, independentemente da
anuência dos secretários ou vontade do servidor removido. Quando vincular, chama-se  "remoção a
dirigentes dos órgãos. pedido independentemente do interesse da
Ocorre para ajustar o quadro de administração".
pessoal às necessidades dos
serviços Nessa hipótese, haverá obrigatoriamente
alteração no local do exercício (art. 49, II, “b” e
“c”)
a) Remoção a pedido que NÃO vincula a
administração (vogal “i”)

 Sendo ambos servidores, o cônjuge removido


no interesse do serviço público para outra
localidade, assegurado o aproveitamento do
outro em serviço estadual na mesma localidade.
b) Remoção a pedido independentemente do
interesse da administração, ou seja, vinculam-na
(consoantes “d” e “t”).

 Para acompanhar o cônjuge que fixe


residência em outra localidade, em virtude de
deslocamento compulsório, devidamente
comprovado (prevalece que engloba o cônjuge e
companheiro, servidor publico ou militar).

 Por motivo de tratamento de saúde do


próprio servidor, do cônjuge ou dependente,
desde que fiquem comprovadas, em caráter
definitivo pelo órgão médico oficial, as razões
apresentadas pelo servidor, independente de
vaga.

PROFESSORES (magistério)  Na hipótese do inciso II (remoção a pedido), deverão ser


observadas a compatibilidade de área de atuação e carga horária. Ademais, para os membros do

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magistério a remoção processar-se-á somente entre unidades educacionais e entre unidades
constantes da estrutura da Secretaria de Estado da Educação.

Art. 50 (SERVIDORES EM ESTÁGIO PROBATÓRIO)

Regra Exceções
Não há remoção a servidores em estágio No interesse da administração (remoção de ofício)
probatório
Para acompanhar cônjuge que fixe residência em
outra localidade, em virtude de deslocamento
compulsório (remoção a pedido
independentemente do interesse da administração)
 Só se pode permutar após adquirir estabilidade, portanto.

SEJUS, SEDUC, SESAU, SESDEC: a remoção dos servidores lotados nessas secretarias será
limitada ao máximo de 10% (dez por cento) do total de servidores ativos do quadro lotacional.

Art. 51 (mudança de sede e transferência escolar)  Quando a remoção ocorrer com


mudança de sede, terá o servidor, cônjuge ou companheiro e seus dependentes direito à
transferência escolar, independente de vaga (em qualquer escola de qualquer nível do sistema
Estadual de ensino).

REMOÇÃO X TRANSFERÊNCIA: remoção NÃO é sinônimo de transferência. Esta era uma


forma derivada de provimento e foi considerada inconstitucional pelo STF. A remoção não é
forma de provimento, mas sim de movimentação.

QUESTÕES ERRADAS:

 Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido, no âmbito do mesmo quadro,


com ou sem mudança de sede. (O erro foi porque a questão foi taxativa, isto é, segundo a
questão, a remoção é sempre a pedido).

 Com a remoção, o cargo que o servidor ocupava anteriormente será considerado


vago. (A remoção não é forma de provimento nem vacância, mas mero deslocamento do
servidor, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Assim, o cargo continuará
sendo ocupado, uma vez que não houve vacância).

RELOTAÇÃO (artigo 52)


 É a movimentação do servidor a pedido ou “ex-officio”, de uma unidade administrativa
para outra dentro do mesmo órgão, por ato do titular do órgão, com ou sem alteração do
domicílio ou residência, respeitada a existência de vagas no quadro lotacional.

A relotação é menos genérica que a remoção (movimentação apenas de uma “unidade para
outra”).

De acordo com a lei, um servidor pode ser lotado apenas em outra UNIDADE, seja a pedido ou
de ofício, porém sempre no MESMO ÓRGÃO. Já a remoção prevê alteração de unidade (como
na relotação) ou alteração de órgão

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Crítica  A LC 68 não precisaria trazer a movimentação chamada “RELOTAÇÃO”. Tal
previsão foi eivata de tremenda falta de técnica, servindo apenas para “confundir”, uma vez que
o servidor “relotado” inexoravelmente será removido (com ou sem alteração do domicílio ou
residência).

CUIDADO NA PROVA: a relotação pode ser feita pelo próprio titular do ÓRGÃO, não sendo
necessário o Chefe do Executivo. A remoção é movimentação feita apenas pelo Chefe do
Executivo (ou do respectivo Poder).

Remoção Relotação
Movimentação a pedido ou de ofício Movimentação a pedido ou de ofício
De um órgão ou unidade para outro órgão ou De uma unidade administrativa para outra unidade
unidade administrativa
Com ou sem mudança de sede Com ou sem mudança de domicílio/residência
Ato do chefe do Executivo (ou do respectivo Ato do titular do órgão
Poder)

CEDÊNCIA (CESSÃO DE SERVIDOR)


 Artigo 53
É o ato através do qual o servidor é cedido para outro Estado, Poder, Município, Órgão ou
Entidade.

 É a passagem do servidor efetivo, que terá exercício em outro Estado, Município,


Poder, Órgão ou Entidade. É o vulgo "emprestado".

DE OFÍCIO: sempre no interesse da administração, sem alteração na lotação no órgão de


origem.

CARGO EM COMISSÃO: o servidor não estável (estágio probatório) poderá ser cedido para
exercício de cargo em comissão. Sua vaga no cargo de origem ficará assegurada (art. 53, §2º).

ÔNUS

Órgão cedente Órgão cessionário


 Aquele que cedeu o servidor  Aquele que solicita a cedência (recebeu o
servidor)
Não terá ônus na cedência (salvo quando houver Terá ônus na cedência, já que realizará o
contraprestação para os partícipes) pagamento da remuneração do servidor cedido (há
exceções).

AUTORIDADE COMPETENTE: Será por ato do Chefe do Executivo (ou do respectivo


Poder).

SEJUS, SEDUC, SESAU, SESDEC: a cedência dos servidores lotados nessas secretarias será
limitada ao máximo de 10% (dez por cento) do total de servidores ativos do quadro lotacional.

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SUBSTITUIÇÃO (artigo 54)
Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia terão substitutos automáticos
indicados no Regimento Interno ou, se este for omisso, serão previamente designados pelo
dirigente máximo do órgão ou da entidade.

HIPÓTESE: Haverá substituição em caso de impedimentos legais de ocupantes de cargos em


comissão e funções gratificadas.

SUBSTITUIÇÃO AUTOMÁTICA: A substituição é automática na forma prevista no


Regimento Interno.

GRATIFICAÇÃO: O substituto fará jus à gratificação pelo exercício do cargo ou função de


direção ou chefia, nos casos de afastamento ou impedimento legal do titular, superiores a 30
(trinta) dias, paga na proporção dos dias de efetiva substituição.

PRIMEIROS 30 DIAS DE SUBSTITUIÇÃO: o servidor no exercício da substituição


acumula as atribuições do cargo que ocupa com as do cargo para o qual foi designado, fazendo
jus à opção pela remuneração de um ou de outro cargo desde o primeiro dia de efetiva
substituição;

APÓS 30 DIAS DE SUBSTITUIÇÃO: o substituto deixa de acumular as funções, passando a


exercer somente as atribuições inerentes à do cargo substituído e percebendo a remuneração
correspondente.

NOTA: já se entende que no caso de vacância de cargo ou função de direção ou chefia, e de


cargo de natureza especial, o substituto independentemente do período (se mais ou menos de 30
dias), exercerá exclusivamente as atribuições do cargo substituído, fazendo jus à retribuição
correspondente, a partir do primeiro dia.

JORNADA DE TRABALHO (artigo 55)


O ocupante de cargo de provimento efetivo fica sujeito a 40 (quarenta) horas semanais de
trabalho, salvo quando disposto diversamente em lei ou regulamento próprio.

Art. 55, §1º (chefes dos Poderes)  Chefes dos Poderes, PGJ e Presidente do TCE
estabelecerão o horário para o cumprimento de jornada semanal de trabalho.

Art. 55, §2º (CARGO E FUNÇÃO COMISSIONADA): Além do cumprimento do


estabelecido neste artigo, o exercício em comissão e função gratificada exige dedicação
integral ao serviço por parte do comissionado, que pode ser convocado sempre que haja
interesse da administração.

SERVIDORES QUE OPERAM COM RAIOS-X: Todos os servidores do Estado, que


operam diretamente com Raios-X e substâncias radioativas, e ou próximo às fontes de
irradiação, terão direito a (art. 55-A):

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I – salário compatível com o risco de vida, penosidade e complexidade do trabalho, e nunca
inferior ao piso salarial nacional da categoria;
II – jornada de trabalho de 24 (vinte e quatro) horas semanais; e
III- adicional de 40% (quarenta por cento) do vencimento a título de gratificação de
insalubridade e de risco de vida.

SERVIDORES QUE EXECUTAM TÉCNICAS RADIOLÓGICAS: Os servidores


profissionais que executam as técnicas radiológicas, que lidam diretamente com radiação
ionizante, têm direito à aposentadoria especial aos 25 (vinte e cinco) anos de trabalho.

SERVIDORES MÉDICOS E PROFESSORES: A jornada de trabalho dos ocupantes de


cargos de médico e professor poderá ser de 20 horas e 40 horas semanais, conforme
dispuserem os respectivos regulamentos. Ademais, poderá ser a jornada reduzida de 40 para
20 horas semanais (discricionariedade) a pedido do funcionário e com a consequente
redução proporcional da sua remuneração.

Art. 57 (Horário especial): Ao servidor matriculado em estabelecimento de Ensino Superior


será concedido, sempre que possível, horário especial de trabalho que possibilite a
frequência normal às aulas, mediante comprovação mensal por parte do interessado do
horário das aulas, quando inexistir curso correlato em horário distinto ao do cumprimento
de sua jornada de trabalho.

O horário especial de que trata este artigo somente será concedido quando o servidor não
possuir curso superior. Durante o período de férias escolares o servidor fica obrigado a
cumprir jornada integral de trabalho.

Para os integrantes do Grupo Magistério, o benefício deste artigo poderá ser concedido,
também, aos servidores possuidores de curso de Licenciatura Curta, para complementação
de estudos até o nível de Licenciatura Plena.

FREQUENCIA E HORARIO (art. 59)


FREQUÊNCIA: computada pelo registro diário de ponto OU outro mecanismo de controle
estabelecido em regulamento.

 A lei deixa a escolha do registro de frequência por conta do órgão, autarquia ou


fundação.

PONTO: é o registro que assinala o comparecimento do servidor ao trabalho e pelo qual se


verifica, diariamente, sua entrada e saída. Esses registros devem conter todos os elementos
necessários à apuração da frequência.

VEDAÇÕES (art. 60): não se pode dispensar o servidor do registro de ponto, abonar faltas
ou reduzir sua jornada de trabalho se não houver expressa previsão em LEI ou
REGULAMENTO. Caso haja infração a essas proibições será aplicado o poder disciplinar
(sanção).

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FALTA (art. 61): o servidor que não comparecer ao serviço por motivo de doença ou força
maior, deverá comunicar à chefia imediata.

a) Falta por motivo de doença: mediante atestado médico expedido pelo órgão
oficial, até 24 horas após o comparecimento.
b) Falta por motivo em doença de pessoa da família: mediante atestado médico
expedido pelo órgão oficial, até 24 horas após o comparecimento.
c) Falta por motivos particulares: não são justificadas para qualquer efeito,
computando-se como ausência.

Art. 63 (TREINAMENTO): Aos Poderes constituídos, ao MP e ao TCE compete planejar,


organizar, promover e executar CURSOS, ESTÁGIOS e TREINAMENTO para
capacitação dos Recursos Humanos. A Fundação Escola de Serviço Público de Rondônia
elaborará, até o dia 31 de julho de cada ano, o PLANO ANUAL DE TREINAMENTO do
exercício (ano) seguinte.

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