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Capítulo IV – Por que razão o reino de Dario, ocupado por Alexandre, não
se rebelou contra os sucessores deste após a morte de Alexandre
Aqueles que pela fortuna (leia-se sorte) conseguem acender ao poder e chegar a
tornarem-se príncipes, chegam com facilidade, porém mantêm-se com dificuldade.
Estes casos são observados quanto o Estado é concedido ao príncipe por dinheiro ou por
graça de quem o concede.
Capítulo VIII – Dos que alcançaram o principado pelo crime
Quando o poder é adquiro por meio de um crime, as injurias devem ser feitas
de forma única, pois desta forma geram menos ofensas. Em contrapartida, os benefícios
devem ser realizados pouco a pouco para que sejam mais bem aproveitados pelos
beneficiários.
O cidadão que subiu ao poder como príncipe através do povo, deve mantê-lo
como amigo. Porém aquele que se torna príncipe contra a opinião popular, devido ao
auxílio dos grandes, deve tentar esforçar-se para adquirir a confiança do povo, o que não
é difícil, pois quando os homens recebem o bem de quem só esperavam o mal, se
“desarmam” e passam a considerar o novo príncipe.
Desta forma é possível observar que sem possuir armas próprias, o principado
corre risco de ser arruinado.
Um príncipe tem como dever sempre ter em mente estratégias de guerra, assim
como seu regulamento e disciplina. A guerra é tão poderosa e decisiva que pode tanto
eternizar um príncipe no poder ou elevar simples cidadão ao trono, quanto destruir seus
reinados.
Um príncipe que demonstra falta de domínio na arte militar, não terá o respeito
de seu exército. Desta maneira, o príncipe deve sempre preocupar-se com a guerra e
fazer uso da mesma inclusive em busca a paz pela ação e pelo pensamento: pela ação
por manter suas tropas disciplinadas e sempre em treinamento, além de conhecer muito
bem suas terras. Pelo pensamento, estudando estratégias, feitos de homens grandiosos e
as histórias das guerras.
O ideal para um príncipe seria ser aceito pelo seu povo como piedoso e não
como cruel. Entretanto, precisa ser sabido como manejar a parte da piedade.
Duas formas são as existentes neste caso: pelas leis e pela força. Quando a
primeira não é o bastante, fazem-se o uso da segunda.
Um príncipe prudente deve desfazer de sua palavra quando esta lhe apresenta
riscos ou quando as causas que a determinam não estejam mais presentes. O príncipe
não precisa de fato ter todas as virtudes (entre essa piedade, integridade, lealdade,
humanidade e religião), porém deve agir como se as possuísse. Todos veem o que o
príncipe aparenta, mas poucos sabem, sendo que estes nem ao menos ousariam
contrariar a opinião da maioria.
Deve ser lembrado que o que importa nas ações de todos os homens, em
especial quando se tratando de príncipes, são os fins sendo que independente dos meios
utilizados, estes devem ser sempre honrados e louvados.
A fim de evitar ser desprezado pelo povo o príncipe deve evitar ser: volúvel,
leviano, efeminado, pusilânime, irresoluto. Grandeza, coragem, gravidade e fortaleza
devem ser encontradas em suas ações.
O príncipe que conseguir criar uma boa imagem fica com uma boa reputação o
que lhe confere certa segurança, pois não se conspira ou ataca aquele com reputação.
Um príncipe deve, porém, recear conspirações internas e distúrbios externos criados
pelos poderosos.
Quando é amado pelo povo, as conspirações passam a não ser tão importantes,
sendo que de forma contrária, quando odiado pelo povo, deve temer a tudo e a todos.
Capítulo XX – Se as fortalezas e muitas outras coisas que dia a dia são
feitas pelo príncipe são úteis ou não
Capítulo XXI – O que a um príncipe convém realizar para ser estimado
Neste caso o príncipe deve deixar claro que lhe dizer a verdade não o ofende.
Mas se todos disserem a verdade, faltará respeito para com o príncipe.
Desta maneira, o príncipe deve ter em seu Estado homens sábios e só estes tem
a liberdade de lhe dizer a verdade e tão somente das coisas que lhe perguntar. Ao
consultá-los e ouvi-los o príncipe deve deliberar como bem entender, porém nunca deve
voltar atrás nesta deliberação ou será arruinado.
Capítulo XXV – De quanto pode a fortuna nas coisas humanas e de que
modo se deve resistir-lhes
Capítulo XVI – Exortação para tomar e livrar a Itália das mãos dos
Bárbaros
Considerações Finais
Maquiavel expõe e compara diferentes tipos de Estado informando qual a
influência de tal Estado no governo de um determinado príncipe, ensinando ainda não
só como conquistar o poder, mas também prosperar e manter seu domínio.