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09 Dificuldades de Aprendizagem 2
09 Dificuldades de Aprendizagem 2
Sumário
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FACUMINAS
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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Essa breve reflexão sobre dificuldades de aprendizagem pretende
abordar aspectos que explicarão porque alguns alunos se sentem bloqueados
ou encontram dificuldades no processo natural de aprendizagem.
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Quanto aos fatores endógenos (biológicos), pode-se afirmar que as
causas genéticas são indispensáveis para esclarecer as causas relacionadas às
dificuldades de aprendizagem. Desta forma, oportuniza-se um diagnóstico
detalhado em busca de maiores informações para o processo de intervenção do
psicopedagogo.
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falar, resultando assim em limitações linguísticas, afetando a maturidade
neurológica das áreas associativas do cérebro.
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Não é justo que esses alunos sejam excluídos porque não aprendem pelo
método ou ritmo imposto pelos professores. Nesta perspectiva, podemos
encontrar vultos como Einstein, Newton, Thomas Edison, Walt Disney, Abraão
Lincoln, Winston Churchill e outros que foram considerados “maus alunos e
repetentes”.
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Sendo assim, se faz necessário diversificar os instrumentos utilizados
com aluno e manter-se vigilante para que não perca a motivação e curiosidade
em aprender.
O professor precisa ter uma visão subjetiva do aluno para poder avaliar
seus avanços na aprendizagem, “pois dois indivíduos nunca seguem
exatamente mesmo percurso educativo, mesmo se permanecerem de mãos
dadas durante anos”.
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social e pedagógico”. Observa-se então que a falha não está só no aluno, mas
muitas vezes, está no professor.
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evolutivo e constante que implica uma sequência de modificações observáveis
e reais no comportamento do indivíduo (físico e biológico) e no meio que o rodeia
(atuante e atuado). Esse processo se traduz pelo aparecimento de formas
realmente novas (POPPOVIC, 1968).
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Dislexia
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Disgrafia
Discalculia
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Não existe criança que não aprenda. Ela sempre irá aprender, algumas
de modo mais rápido, outras mais lentamente, mas a aprendizagem, com certeza
absoluta, se processará, independentemente da via neurológica usada, mas
utilizando-se de uma associação infalível, baseada em uma vertente básica:
ambiente adequado + estímulo + motivação + organismo. Talvez essa seja a
chave que procuramos para encaminhar os Distúrbios de Aprendizagem e as
Dificuldades de Escolaridade.
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socialmente o uso convencional de uma ferramenta ou de um símbolo, as
crianças têm de chegar a entender por que, para que fim exterior, a outra pessoa
está usando a ferramenta ou o símbolo; ou seja, têm de chegar a entender o
significado intencional do uso da ferramenta ou prática simbólica – “para que”
serve o que “nós”, os usuários dessa ferramenta ou desse símbolo, fazemos com
ela ou ele. (p. 7)
a compreensão de objetos;
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a compreensão de si mesmo.
Nessa fase, mais precisamente aos nove meses de vida, acontece o que
Tomasello (2003) chamou de “revolução”: a emergência da atenção conjunta.
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sobre horários de trens, comprar um bilhete, trocar dinheiro, etc. – objetivos
expressos diretamente por meio da execução de ações significativas e
previamente entendidas, tais como dar a passagem e trocar dinheiro (...) A cena
referencial simbolizada na linguagem concerne, pois, apenas a um subconjunto
de coisas que ocorrem nas interações intencionais da cena de atenção conjunta.
(Tomasello, 2003, p. 150)
Dificuldades no processo
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sempre que for possível, os conteúdos que a escola deve sistematizar para as
crianças. Iniciativas interacionistas nos mostram que quase sempre é possível
fazê-lo, como o professor de física que leva seus alunos para a estação do metrô
para estudarem MRU (Movimento Retilíneo Uniforme), ou a professora de
biologia que propõe que os alunos da quinta série do ensino fundamental criem
invenções funcionais para enfrentar o racionamento de energia elétrica.
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podiam curar e outras que não. Para dar-lhe um exemplo, pegar no concreto,
para que Francisco percebesse que seu pai queria dizer, perguntou: “Sabes
quem é a Rute, da sala da Mônica?” (ele se referia a uma menina com síndrome
de Down que frequentava a mesma escola de Francisco). “Claro, papá!” – disse
ele. E continuou o pai: “Achas que a Rute é diferente, tem alguma coisa
diferente?” “Não, papá, é parecida com a Clara...” (a menina chinesa da sala do
Francisco). O pai, então, desistiu do exemplo. Percebeu que essa diferença não
tinha entrado ainda na vida de Francisco, e concluiu... o ensino fundamental vai
tratar de lhe incutir esse conceito.
• por fim: a escola deve ser vista como o espaço, por excelência,
onde a sistematização do conhecimento acontece, nada menos do que isso.
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Por muitos séculos, este tipo de criança foi punida, discriminada e
considerada como um enorme desafio para os pais e professores.
Incidência
Histórico
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Algumas das crianças portadoras desta doença foram bebês que
apresentaram distúrbio do sono e irritabilidade sem causa definida.
Diagnóstico
O déficit de atenção tem sido definido pela presença de, pelo menos, seis
de nove características descritas abaixo:
DESATENÇÃO
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HIPERATIVIDADE
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• Frequentemente, está “pronto para decolar” ou age como se
estivesse “movido por um motor”.
IMPULSIVIDADE
1. desatenção
2. hiperatividade/impulsividade.
O papel da equipe
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O papel da escola
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frequência, quem primeiro percebe quando um aluno apresenta problemas de
atenção, aprendizagem, comportamento, ou emocional/afetivo e social. O
primeiro passo a ser dado é verificar o que realmente está ocorrendo.
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Avalia-se o enfoque psicopedagógico da dificuldade de aprendizagem em
crianças com déficit de atenção compreende os processos de desenvolvimento
e os caminhos da aprendizagem, entende-se o aluno de maneira interdisciplinar,
busca-se apoio em várias áreas do conhecimento e analisa-se aprendizagem no
contexto escolar, familiar e no aspecto afetivo, cognitivo e biológico.
Durante muitos anos o fracasso escolar era visto simplesmente como uma
falta de condição do aluno em adquirir conhecimentos, sendo somente de sua
responsabilidade, porém, com o passar do tempo constatou-se que este
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Com base em todo cenário educacional do país hoje, fica claro afirmar
que devemos repensar nossa prática educativa e partirmos do pressuposto que
o fracasso escolar não é uma responsabilidade somente do aluno, mas também
da escola, família e de todos que estão envolvidos no processo de ensinar-
aprender. Se aceitarmos o fato de sermos diferentes, temos que atentar para a
necessidade de construirmos práticas pedagógicas que valorizem e aproveitem
toda bagagem de conhecimentos construída pelo aluno no decorrer de sua
caminhada escolar.
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promoverem o progresso e sucesso dos alunos. Uma das maneiras de se chegar
a isso é através das contribuições que a Psicopedagogia proporciona, pois é a
área que estuda e lida com o processo da aprendizagem e com os problemas
dele decorrentes. Sua nova visão vem sendo apresentada pela Psicopedagogia
e vem ganhando espaço nos meios educacionais brasileiros, despertando o
interesse dos profissionais que atuam nas escolas e buscam subsídios para sua
prática.
AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
De acordo com Grigorenko; Ternem Berg, (2003, p.29):
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DÉFICIT DE APRENDIZAGEM
A criança com amadurecimento intelectual, emocional e físico
suficientes para aceitar com naturalidade as importantes modificações da rotina
de vida que surgem com a vida escolar, que tenha sido previamente preparada
para a socialização extrafamiliar e que entre em uma escola com maleabilidade
suficiente para atender suas necessidades específicas, deverá se adaptar
rapidamente.
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A inadaptação geralmente é revelada por queixas do tipo: recusa em ir à
escola, agressividade, passividade, desinteresse, instabilidade emocional,
comportamento desordeiro, somatizações.
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desobstruir tal processo, o que vem a ser sua função precípua, colaborando,
assim, na preparação das gerações para viver plenamente a complexidade
característica da época. Sabemos que o aluno de hoje deseja que sua escola
reflita a sua realidade e o prepare para enfrentar os desafios que a vida social
apresenta, portanto não aceita ser educado com padrões já obsoletos e
ultrapassados.
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ação, e sim continuidade crítica que impulsione a todos em direção ao saber que
definem e lutam por alcançar.
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correm o risco de serem compreendidos como a confirmação das incapacidades
do aluno de fazer frente às exigências, acabando por referendar o processo de
exclusão. Escolas conteudistas, porém menos "exigentes", recebem os
resultados do estudo como uma necessidade de maior acolhimento afetivo do
aluno. Tornam-se mais compreensivas, mais tolerantes com o baixo rendimento,
sem, contudo, alterar seu projeto pedagógico. Mantém, assim, o distanciamento
entre o aluno e o conhecimento. Nelas também ocorre o processo de exclusão.
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Os pais precisam dar o suporte necessário para que a escola possa fazer
a sua parte e deixar a sociedade, de uma maneira geral, satisfeita com os
resultados obtidos com essa parceria.
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Também sua postura frente à aprendizagem terá grande influência sobre
o trabalho com a família e na possibilidade de seus membros resinificarem e
sentirem segurança em seus papéis de ensinantes e aprendente.
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“Podemos dizer que o que é percebido pelo próprio sujeito ou pelos outros
é chamado de sintoma. Com o sintoma o sujeito sempre diz alguma coisa aos
outros, se comunica, e sobre o sintoma sempre se pode dizer algo”. (WEISS,
2004, p.28).
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personalidade ou familiar do sujeito denominam-se sintoma. Segundo as
autoras, quando se atua nas causas externas, o trabalho é preventivo. Na
intervenção em problemas cujas causas estão ligadas à estrutura individual e
familiar, o trabalho é terapêutico.
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anorexia como uma defesa, dessa forma um problema reativo pode vir a se
tornar um sintoma.
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Nesse contexto Fernández assinala a importância do trabalho em
conjunto com a família e com a escola. Em determinados casos de não
aprendizagem, a intervenção pode ser feita na escola, em outros na clínica.
Modalidades de aprendizagem
Este subitem discorrerá sobre a modalidade de aprendizagem, pois as
referências pesquisadas que datam a década de 80, especialmente na pessoa
de Alicia Fernández, pautavam-se em uma psicopedagogia com bases teóricas
pedagógicas construtivistas. Atualmente a área psicopedagógica busca
referências pedagógicas na abordagem histórico-crítica. Cabe aqui, retomar que,
a psicopedagogia é um campo da ciência que busca referências teóricas na
psicologia, psicanálise, antropologia, pedagogia, fonoaudiologia, entre outros, e
que esses referenciais vão se constituindo e se modificando. Então, além de a
psicopedagogia ser interdisciplinar, está em constante desenvolvimento.
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Para Fernández (2001), afirma que cada pessoa tem sua modalidade
singular de aprendizagem, como um idioma, por exemplo, pode ser diferente um
do outro, mas não quer dizer que necessariamente todas as pessoas que falam
esse idioma pensam ou dizem as mesmas coisas.
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sistematizá-las através de dois movimentos que Piaget definiu como invariantes:
assimilação e acomodação.
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cumprir com as consignas atuais, mas não dispõe com facilidade de suas
expectativas nem de sua experiência previa.
REFERÊNCIAS
ACAFE. Metodologia da pesquisa. Unidade 3. Florianópolis, 2007.
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DÁRIO, Fiorentini. Investigação em educação matemática: percursos
teóricos e metodológicos. Campinas, SP: Autores Associados, 2006.
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