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Estudar para uma prova, em geral, segue a mesma lógica, com o agravante
de que, quando estudamos, além de sofrermos pelo cansaço e pelo contato
muitas vezes desagradável com o conteúdo a ser estudado, deixamos de realizar
outras atividades mais prazerosas. Um estudante universitário pode assistir o seu
seriado favorito ou estudar para uma prova chata na faculdade com antecedência,
por exemplo. Além de ter que lidar com a matéria chata de forma imediata, deixará
de assistir o seriado que gosta também de forma imediata. A tendência é adiar o
estudo a um ponto em que não haja mais escolha senão estudar para a prova.
A execução de uma tarefa de última hora também é uma forma muito útil de
aceitar a frustração de o resultado não ser o desejado. Vamos tomar por exemplo
o estudo para concursos públicos. A frustração de não ser aprovado é grande.
Porém, ela será menor se eu posso atribuir o meu fracasso a não ter estudado o
suficiente por ter deixado para estudar uma grande quantidade de conteúdo de
véspera. O mesmo vale para um trabalho de faculdade. É mais fácil lidar com uma
menção aquém do desejado quando tivemos pouco tempo para realizá-lo, mesmo
que a responsabilidade pelo o tempo curto seja nossa. Essa explicação para a
procrastinação é compatível com o perfeccionismo, na medida em que o pouco
tempo para a execução de tarefas torna o erro mais tolerável ao perfeccionista.