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“Antropoceno e lutas insurgentes: Meio ambiente, bem viver e diversidade”

Iniciação do evento com a mesa composta pelos professores e o vice-diretor. A


apresentação inaugura com a fala do diretor, posteriormente os professores.
A conferência começa com a composição da mesa pelo indígena Elizeu Caetano,
terena e tupi-Guarani, que inicia sua fala agradecendo a Deus e apresentando sua
família.

Ao decorrer de sua fala, cita o seu povo e discorre sobre a importância do líder na
comunidade, entre essas lideranças está o Cacique. A luta dos povos indígenas já
existia há muito tempo, bem antes das constituições, e seus antepassados sempre
proferiram a respeito destes combates, pois sempre foram povos de batalha. A luta
é incansável para todos, já que vivemos em uma sociedade com olhares
preconceituosos e discriminatórios diante das raças. O locutor também expõem a
respeito da construção da imagem contraditória do indígena, podemos ver este
reflexo nas universidades, onde o indígena acaba não se adaptando devido aos
olhares inconvenientes. Podemos entender esta proporção se imaginarmos o
quanto é difícil sair de um território no qual estamos adaptados para ir a um, onde
somos cercados por olhares curiosos.

A narração continua com o compromisso em assumir lugares de direito e continuar


lutando. Como podemos observar, a demarcação veio depois da constituição e
ainda há lugares não demarcado e com ocorrência do garimpo ilegal e morte dos
povos indígenas. Quando pensamos no futuro, entendemos que devemos trabalhar,
quando uma árvore é plantada, a água também é. O reflorestamento ocorre dentro
da própria comunidade, podemos notar o desmatamento com mais intensidade, fora
das áreas indígenas. Até mesmo a Amazônia protegida pelos povos originários
sofre com a desmatação, mas é preciso entender que eles não são os únicos
protetores da floresta, todos temos que cuidar.

Os indígenas lutaram durante trinta dias em Brasília pelo seu direito,


posicionando-se contra o PL da morte. Mais de 6000 indígenas, cercados por tropas
de choque. As lutas são sempre contínuas, o trabalho não para por aqui, muitos
não indígenas vestem a camisa e apoiam a luta. Ademais é importante combater o
preconceito que se estabelece nas próprias casas, pois todos possuímos sangue
indígena, e isto devemos aprender desde criança.

Respostas dadas às Perguntas feitas


O Brasil não é mais o Brasil e tudo começou com uma pessoa que governou o país
e ocasionou a morte de inúmeras pessoas, assim também os indígenas perderam
seus entes queridos. Vemos a saúde precarizada, a merenda escolar reduzida, a
educação escolar indígena sendo sucateada, mas sempre em todos os governos
que entraram, os povos originários sempre tiveram que lutar pelos seus direitos.
Elizeu segue sua fala, dizendo que devemos cobrar o que nos é de direito e é
necessário um olhar mais humano para com todos. É necessário irmos à luta pelos
nossos direitos, a política está no sangue de todos, porém quando levantamos uma
bandeira partidária, somos vistos com outros olhares. Ademais, devemos sempre
levantar a bandeira da luta e da resistência, a despeito dos governos a batalha
nunca vai acabar, mesmo com a vitória de um candidato não sabemos se podemos
contar com a mudança em um primeiro momento.

A palestra encerrou com uma apresentação cultural, uma dança com cantos!

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