Este documento apresenta um caso clínico fictício baseado na personagem Rue da série Euphoria. Descreve sua história de vida, marcada por transtornos desde a infância como TOC e TDAH, e como isso contribuiu para o desenvolvimento posterior de dependência química e transtornos de ansiedade e afetivos.
Este documento apresenta um caso clínico fictício baseado na personagem Rue da série Euphoria. Descreve sua história de vida, marcada por transtornos desde a infância como TOC e TDAH, e como isso contribuiu para o desenvolvimento posterior de dependência química e transtornos de ansiedade e afetivos.
Este documento apresenta um caso clínico fictício baseado na personagem Rue da série Euphoria. Descreve sua história de vida, marcada por transtornos desde a infância como TOC e TDAH, e como isso contribuiu para o desenvolvimento posterior de dependência química e transtornos de ansiedade e afetivos.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS
UNIDAS – FMU
DANIELA PEREIRA SILVA - RA: 6593624
GABRIELLA MARIA NASCIMENTO – RA: 1810390 JOÃO PEDRO PAIXÃO DE SOUZA – RA: 6722373 RAQUEL SOUZA DE OLIVEIRA – RA: 3966609 THALLITA FERRI FREITAS - RA: 3234321 VITOR BARBOSA MARIANO – RA: 6672759
Atividade Prática Supervisionada – APS
Abordagens PsicológicasContemporâneas
Caso clínico – Rue (Euphoria)
São Paulo 2022 1. INTRODUÇÃO
O seguinte trabalho busca a elaboração de um caso clínico baseado em uma
série de televisão chamada “Euphoria”, onde temos como protagonista a personagem Rue, que ao longo da série passa por diversos problemas, dentre eles o principal seria o enfrentamento da dependência química. Logo, o trabalho tem o objetivo de fazer uma análise buscando entender o porquê da sua dependência química tendo como base a história de vida da personagem.
. 2. HISTÓRIA DA PERSONAGEM.
Logo no início da série, nós conhecemos a Rue em sua infância, e logo de
cara já da pra notar que a garota apresentava certas dificuldades já nas suas primeiras fases da vida. Há uma cena onde Rue está acompanhada por seus país enquanto ambos conversam com sua terapeuta, e então nós já temos conhecimento de que possivelmente a personagem tem alguns transtornos. Segundo a própria terapeuta, Rue apresenta sintomas de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Já de início, durante o primeiro episódio da série, podemos notar quão conturbada a infância de Rue pode ter sido, não só por conta dos seus possíveis transtornos, como também pelo fato da mesma ter obtido tantos diagnósticos já na infância, sendo medicalizada logo de início, sem ao menos um tratamento psicoterapêutico recorrente, para a mesma aprender a lidar com algumas situações de presentes em sua vida, e não somente buscando o alívio dos sintomas através dos medicamentos receitados. Rue, por diversos momentos aparentava estar “no mundo da lua” de certa forma, cenas que mostram a garota se distraindo de algumas coisas são constante durante a série, inclusive nas cenas em que a mesma é mostrada na infância e no começo da adolescência. A personagem chega a citar diversas vezes que não se sente “normal”, já que nunca foi tratada como as outras crianças, logo podemos perceber que o contexto em que Rue viveu durante toda a sua vida, contribuíam reforçando positivamente algumas de suas crenças disfuncionais, que de certo modo ela passou a ter, depois de não ser considerada normal diante às outras crianças. Tais crenças podem ter contribuído para uma baixa autoestima da personagem, que buscava a fuga focando em outras coisas, a partir dai podemos ver que a mesma pode ter desenvolvido um Transtorno de Ansiedade, que é retratado na série através de uma das crises que a garota tem dentro da escola, sendo diagnosticada pela própria terapeuta com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), com a personagem expressando diversos sintomas como por exemplo: Sensação de angústia, tensão constante, preocupação generalizada, dificuldade para relaxar, insônia, dificuldade de concentração e muita irritabilidade (o que também pode ser causada pela falta não só de suas medicações inicialmente, como também pelas drogas mais futuramente). Rue cresce com estas crenças disfuncionais sendo reforçadas, e além de ter que lidar com seus transtornos desde a infância, quando a mesma está chegando na fase da adolescência, acaba perdendo seu pai. Durante esse processo em que o pai dela estava adoecendo, Rue passou a roubar algumas das medicações psicotrópicas que seu pai consumia por conta de sua doença, que de certa forma passou a lhe causar grave fármaco-dependência.
3. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)
Segundo o DSM-V (2013) o Transtorno de Ansiedade Generalizada se baseia no medo e na preocupação excessiva, onde o sujeito portador do transtorno acaba superestimando certas situações de perigo em que o mesmo está sendo exposto. Como os indivíduos com transtornos de ansiedade em geral superestimam o perigo nas situações que temem ou evitam, a determinação primária do quanto o medo ou a ansiedade são excessivos ou fora de proporção é feita pelo clínico, levando em conta fatores contextuais culturais. Muitos dos transtornos de ansiedade se desenvolvem na infância e tendem a persistir se não forem tratados. (American Psychiatric Association, 2013). Seguindo a linha do tempo da série, Rue é diagnosticada com o Transtorno de Ansiedade Generalizada ainda na infância, que foi se desenvolvendo cada vez mais com o tempo, tanto pelo uso das medicações quanto pelas suas crenças disfuncionais, que não foram tratadas de forma adequada (pelo menos é o que se mostra no programa). Sabendo que a TAG é caracterizada pela tensão constante e sensação de angústia, podemos perceber que estes sintomas são muito frequentes na personagem, o que acaba sendo agravado pela sua dependência química (que será explicada mais à frente). Rue encontra nas drogas uma maneira de realizar esses movimentos que nós chamamos, na TCC, de fuga e esquiva, que seria justamente evitar ou escapar de certos estímulos aversivos que estão/podem estar presentes num certo momento. Rue também apresenta alguns dos sintomas característicos da TAG, como por exemplo, em explosões de irritabilidade que ela tem durante as brigas com sua família (que são acentuadas pelo uso das drogas), e até mesmo nos momentos em que Rue apresenta dificuldade para dormir. 4. TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (TAB) O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é um transtorno que demanda de muita dificuldade para diagnosticar, justamente por ser um tipo de transtorno que tem algumas variações no humor. Trata-se de um tipo de transtorno que é representado por um certo espectro que varia desde os episódios depressivos até os episódios de mania, porém dentro deste percurso todo encontram-se outras variáveis do humor, são estas: Distimia e Hipomania. 1.1.