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Regente:
pedroinfante@fd.ul.pt
Avaliação:
- Trabalho individual;
- Participação;
- Assiduidade
Bibliografia:
Primeiros pensadores
1. Gregos
Mercantilismo
Ver estudos do professor Avelanjo Nunes; estudos em homenagem a
António Marques dos Santos; estudos de Henrique Mesquita (ver em max
planck)
Caso Francês
O mercantilismo francês não tinha acesso aos metais preciosos, por isso
apostou no desenvolvimento industrial, como forma de trocar os bens
produzidos pelos metais preciosos a que não tinha acesso direto;
20/09/2022
O mercantilismo tem uma logica subjacente que é a logica da guerra, daí os
bens serem tão importantes para o mercantilismo uma maior acumulação de
metais preciosos poderia ser utilizado em tempos de guerra para financiar e
equipar exércitos e navios, para contratar mercenários estrangeiros, para
corromper inimigos e para subsidiar aliados
¾ das despesas governamentais de Filipe II de Espanha ou de Isabel I de
Inglaterra eram de guerra
Os motivos de ordem económica também são muito relevantes quanto mais
metais preciosos, mais liquidez, menor taxa de juro, o que permitia aos
comerciantes contar empréstimos para além disso permitia aos comerciantes
contrair empréstimos. Para além disso permitia que os produtores nacionais
concorressem nos mercados internacionais.
Para o prof, há 2 ideias fortes no mercantilismo:
-a forte intervenção do estado na economia (há autores que dizem que
impulsionou o fascismo), colocando-se grande relevância na riqueza coletiva e
não na riqueza individualoutro aspeto é a atribuição de direitos de monopólio
a alguma empresas comerciais (são estas que exercem os poderes do
soberano sobre os territórios coloniais; a mais famosa de todos é a companhia
britânica das índias orientais, criada em 1600, e recebeu no sec XVII, o direito
de cunhar moeda, de celebrar tratados com governos estrangeiros, de manter
tribunais marítimos e de financiar e equipar exércitos);
-a segunda ideia é a abalança comercial favorável (mais forte, por exemplo no
mercantilismo ingles; valor da exportações > valor das importações)
exemplo: medidas que aumentassem a segurança dos comerciantes nacionais
nos mercados estrangeiros; medidas que permitissem ou melhorassem a
navegação dos rios; medidas que eliminassem ou reduzissem quaisquer taxas
sobre as exportações (conceção de subsídios, para aumentarem as mesmas-
hoje +em dia é proibida no direito internacional); importações de produtos de
luxo deveriam ser proibidas ou sujeitas a direitos aduaneiros elevados,
principalmente caso pudessem ser produzidos internamente. Em geral,
apostou-se mais nos incentivos e não tanto nas proibições, por um lado diminia
os incentivos ao contrabando e permiti que o tesouro guardasse receita. Outra
medida foi a orientação da economia para a importação de matérias primas e
exportação de produtos manufaturados, porque os últimos geravam mais valor
e emprego. A exportação de maquinaria, ferramentas e mão de obra
qualificada eram igualmente condenáveis, porque caso ela ocorresse permitia
aos estrangeiros tornarem-se competitivos.
27/09/2022
Esta teoria aplica-se tanto aos países como aos indivíduos, pois os recursos
dos países são limitados, pelo que não podem ser afetados simultaneamente a
mais de uma atividade, e por isso os países devem dedicar à atividade que são
comparativamente mais produtivos (trade-off / fronteira das possibilidades de
produção- para produzirmos mais do um tipo de bem temos de sacrificar mais
do que um tipo de recurso).
A teoria é tão valida para bens como para os serviços.
As fontes de vantagem comparativa para o autor são: o clima, a localização
geográfica do país, e outras vantagens naturais (abundância de terras férteis e
de matérias-primas) ou artificiais (não diz nada sobre, nem procura distingui-
las, mas hoje em dia é ponto assente que estão relacionadas com economias
de escala, com acidentes históricos, tradições culturais, habilidades de
produção, etc).
Atualmente é fonte de vantagem comparativa, tudo o que possa contribuir para
determinar o custo unitário de produção- qualidade dos tribunais características
do mercado laboral, traços económicos dos agentes culturais, qualidade da
legislação comercial, etc. Cada vez esta situação fica mais grave devido à
quarta revolução industrial- revolução globotica- que apresenta robôs que têm
vantagens comparativas em relação aos humanos.
Conclusão da aula: a divisão do trabalho permite aumentar o consumo para
além do que seria possível caso tentássemos ser autossuficientes. Permite
produzir mais bens ou serviços com os mesmos recursos, a ceder a maior
variedade dos mesmo e com preços mais reduzidos. Quanto mais nos
especializamos mais dependemos da divisão do trabalho para satisfazer
diariamente as nossa necessidades.
29/09/2022
Há autores que chamam a atenção do irrealismo de certos pressupostos da
teoria das vantagens comparativas.
EX: nesta teoria o valor de um bem é determinado pelo valor de faturação do
trabalho, existindo apenas uma categoria de trabalho, com mobilidade
completa, setorial e geográfica de cada país (o trabalho não se move
livremente e facilmente entre países, apenas dentro). O prof não concorda com
a critica já que têm se visto que o trabalho é o “bem” menos movel que existe
(apenas 3,5% das pessoas do mundo trabalha fora do pais de origem).
Outro pressuposto do modelo é que as únicas diferenças permitidas entre
países são as que resultam dos diferentes níveis de produtividade do trabalho,
e por isso as diferenças relativas ao capital físico (maquina e infraestruturas),
são simplesmente ignoradas- outra critica. O rpof também não acha que faz
sentido já que o modelo do autor vem de uma época em que as máquinas
eram caras, não havendo capital relevante, pelo que o custo de produção é o
mais proeminente. Atualmente, já não é assim.
David Ricardo não admite a existência de economias de escala, ou seja, os
custos de produção são constantes e por isso a produção duplica se a
quantidade de trabalho utilizada na produção também duplica- diferente de
atualmente, estas têm grande relevância.
Argumento liberal otimista (teoria da paz liberal)
Tem o aspeto do argumento liberal otimista, e o aspeto da difusão dos ideias
democráticos.
Na época do mercantilismo, existia a visão do jogo de soma 0, que mudou com
a revolução industrial.
Esta teoria defende, no entanto, que o comercio entre países promove a paz
entre as nações e a participação das relações internacionais.
Nesta teoria, um dos grandes autores é J. Stuart Mill. O autor considera que as
vantagens intelectuais ou morais são superiores às vantagens económicas.
Este é também um grande pensador da escola clássica.
Este argumento, não é no entanto, exclusivo da escola clássica Montesquieu
também considera que o efeito natural do comercio é a pax; também temos
kant a defender que o espirito do comercio não coexistir com a guerra e paz
duradora pode ser construída com base na trilogia da democracia
representativa, das organizações internacionais, e da independência
económica; Tocqueville diz também que o comercio é o inimigo natural de
todas as paixões violentas; temos ainda Richard Gobden, dizendo que o livre
comercio é a diplomacia de Deus; Cordell hull diz que o comercio entre as
nações é o mais pacificador e civilizador da existência humana.
Há, no entanto, vozes contrárias, como por exemplo Alexander Hamilton, que
dizia que o comercio foi fonte de grandes guerras militares entre as nações.
Junta-se a eeste Jean Jaccques Rousseau, que dizia que o coemrcio entre as
nações exacerbava a cobiça e ??
Há ainda outra corrente que diz que o comercio só sera garante da paz, da
liberdade e da ?? globais, se as partes não estiverem em conflito Martin
Wolf.
No entender do prof, é o argumento liberal otimista que está mais próxima da
realidade.
Outro aspeto desta teoria é a difusão dos ideias democráticos, já que o
comercio livre ajuda a difundir a democracia. Ex; as nações mais democráticas
têm maior facilidade a aderir à organização mundial do comércio, outro
exemplo é que a integração do chile, méxico e coreia do sul na economia
internacional foi acompanhada por um aumento de democracia nos respetivos
países (se bem que no chile foi Pinoche que acabou com o prtecionismo).
Escola Neoclassica
O pensamento de David Ricardo vai dominar o discurso económico durante
cerca de um seculo, e só a partir do 1919 vai ser posta em causa por 2
economistas suecos: Eli Heckscher e Bertl Ohlin (H-O). Uma grande diferença
em relação à escola clássica é quem têm em consideração na produção tanto o
trabalho como p capital- explicam as vantagens comparativas de uma pais a
partir de um novo conceito: abundancia relativa de um fator produção.
Abundância fatorial =/= intensidade fatorial- a primeira diz respeito a países e a
segunda diz respeito a bens.
Intensidade fatorial:
Os bens são diferentes em termos de exigência de fatores (ex: o capital de um
carro > ao capital de uma peça de roupa, e por o carro é um bem capital
intensivo e a peça de roupa é um bem em trabalho intensivo- um bem não
pode ser intensivo simultaneamente nos 2).
No caso de abundância é definida em termos proporcionais e não em
quantidades absolutas (ex: os EUA têm 3x mais trabalhadores que o méxico,
apesar dos EUA terem mais trabalhadores que mexico, tem ainda maior
diferença de capital, pelo que este é um pais de capital intensivo).
A grande diferença da teoria neoclássica é que deixamos de ter só um fator de
produção, passando a ter 2 (trabalho e capital), é importante porque vai permitir
ter em conta os efeitos do comercio, sobre a distribuição interna do rendimento.
O que acontece é que pode haver casos em que um país ganhe com
liberalização das trocas comercias, mas que internamente um dos fatores de
produção seja prejudicado para priorizar o outro.
Por razões históricas ou geográficas, um país terá maior abundância de um
fator que outros (ex: um país com muita terra é normal que tenha maior
vantagens comparativas na indústria agrícola). A consequência é que o país
vai exportar os bens cuja produção é mais intensiva num fator relativamente
mais abundante do país e vai importar o bem cuja produção é mais intensiva
no fator que é relativamente menos abundante num país. Os benefícios do
comercio em ambos os modelos têm a mesma natureza, no entanto a fonte de
vantagem comparativa vem dos diferentes níveis de produtividade no trabalho
enquanto no modelo dos suecos baseia-se na abundância relativa no fator de
reprodução.
04/10/22
Paradoxo de Leontief
Com base nos EUA, que seria o pais mais abundante em capital, as
importações e exportações para analisar a veracidade da teoria neoclássica-
segundo o autor, era expectável que as exportações do país fossem
compostas por bens intensivos em capital e as importações por bens intensivos
em trabalho.
Os resultados a que chegou8 ficaram conhecidos como o “Paradoxo de
Leontief”, publicado em 1953, c/dados até 1947- as exportações dos EUA
revelaram-se instensivas em trabalho e as importações intensivas em capital. O
modelo de HO não tinha, por isso, realização no mundo real.
O autor avançou c/uma explicação para o paradoxo por razões de diversa
natureza os trabalhadores americanos seriam muito mais produtivos dp que os
do resto do mundo (ex: a maior capacidade empresarial, mais habilitações
técnicas), pelo que cada trabalhador americano valeria 3 trabalhadores
estrangeiros. Assim, ao contrario do que se pensava inicialmente os EUA
seriam um pais relativamente abundante em trabalho e não tanto em capital.
O modelo de HO só atende a 2 fatores, enquanto que este paradoxo leva a
concluir que é necessário mais do que 2 fatores de produção, tendo de atender
a fatpores naturais.
Ex: os mesmo trabalhadores, a mesma tecnologia, a mesma empresa, que
extrai petróleo- se trabalhar na Arabia dsaudita e nos EUA, será muito mais
produtiva na arabia.
Outro aspeto avançado para proteger o paradoxo foi o facto dos EUA, no pós
guerra, terem tido terem tido a i9nteção de protegerem o emprego. Aplicaram
direitos aduamneiros às improtanções de bens intensivos em trabalho, que
eram abundantes internanmente. As importações passaram a ser compostas
por produções intensivas em capital.
Esta teoria (HO) tem sido comprovada empiricamente comparando os países
ricos, os pobres, vemos que as exportações dos ricos exportam mais vbens
intensivos em capital e os pobres intensivos em trabalho.
Nova teoria do comercio
Paul Krugman. A teoria surge porque o modelo de HO, não consegue explicar
as trocas comerciais entre países similares, co o mesmo nível de tecnologia,
rendimentos e de recursos- é o chamado comercio intra -ramo. AS teoria de
HO só explica o comercio inter-ramo. O modelo de HO só consegue explicar as
trocas entre 2 paises que não têm o mesmo desenvolvimento económico, de 2
produtos.
A Nova teoria do comercio, assenta na concorrência imperfeita, ganhou
protagonismo nos anos 80- é complementar às abordagens tradicionais, não as
substitui, porque as primeiras explicam muitos fluxos comerciais.
Ainda que refira as economias de escala, acaba por minimizar a impotancia
relativa das economias de escala como causa do comercio. Esse aumento com
a nova teoria explicam muito dos atuais fluxos comerciais. Graças Às
economias de escala, mesmo as regiões dotadas de fatores idênticos podem
realizar trocas comerciais e experimentar os ganhos daí resultantes.
Outro pressuposto do modelo de HO é que todos os produtos e fatores de
produção são qualitativamente idênticos em todos os países (terra é terra,
independentemente da sua localização, assim como o capital e o trabalho).
Nesta nova teoria, os rendimentos de escala crescentes favorecem a
especialização de cada pais num numero limitado de variedades de um bem ou
serviço, e o gosto dos consumidores pela variedade assegura que serão
consumidas tanto as variedades nacionais como as importadas. No entanto, a
variedade de bens ou serviços que um pais pode produzir e a escola da sua
produção são limitadas pelo tramanho do mercado inteiro. A soluçaõ
encontrada foi os acordos comerciais entre países, que tornaram o mercado
internacional maior que o mercado interno.
Outro pressuposto da teoria é o facto das empresas operarem em condições
de concorrência monopolística (fabrico do mesmo bem bem genérico, mas
cada produtor ocupa uma posição especifica ao nicho de mercado, devido ao
produto diferenciado que oferece ao consumidor (os bens em causa não são
substitutos perfeitos). Gostando os consumidores da variedade per si, cada
empresa considera ótimo produzir uma variedade diferente, da variedade
produzida por outras empresas. Produzindo uma variedade diferente, cada
empresa terá o monopólio da sua produção. Ao passo que a produção de uma
variedade já existente implicaria que essa empresa estivesse sujeita à
concorrência de outra empresa produtora da mesma variedade. O facto de uma
empresa ter o monopólio da produção do seu bem, e ter algum controlo do seu
preço não significa que ela possa fazer o que ela bem entender, ou sej,a que
não haja concorrência, pois, quanto maior for o numero existente de variedades
de um bem (quanto mais reduzida for a quota de mercado de uma empresa),
menir sera o preço que a empresa pode cobrar. Por outro lado, quanto maior
for o numero de empresas a operar no mercado, relativamente a um
determinado bem ou serviço, menos venderá cada uma dela e mais elevados
serão os seus custos médios.
A NTC, dá grande destaque às economias de escala internas, como causa de
comercio de produtos similares e com países com o mesmo tipo de recursos.
As economias de escala internas acontecem quando o custo por unidade
depende da dimensão da empresa, não necessariamente da industria em que
ele se insere, ao passo que as externas, acontecem quando o custo por
unidade depende da dimensão da industria, e não necessariamente da
empresa em causa.
20/10/2022
Sistemas generalizados de preferências comerciais- principal instrumento de
promoção do desenvolvimento económico no que diz respeito ao comercio
internacional
Legitimação das industrias nascentes
1- Criterio de Mill
A proteção deve confinar-se aos casos a que haja a garantia de que a industria
por ela promovida possa dispensa-la passado algum tempo, ou seja, de
caracter transitório
2- Criterio Bastable
As vantagens futuras (refletivas em custo de produção mais reduzidos) devem
compensar a comunidade pela riqueza perdida durante o período de
aprendizagem
Hoje em dia, isto não tem acontecido, sendo que no caso da ONC está previsto
mas é raro ser invocado
Críticas:
Uma indústria nascente na economia de pequena dimensão é provável
que tenha de depender das exportações para realizar as economias de
escola indispensáveis à sua realidade económica
É muito difícil aos GOV nacionais identificarem objetivamente, e livres da
pressão dos grupos de interesses, quais são as industrias nacionais que
têm potencial para crescer (e a proteção só deveria ser concedida às
industrias nacionais na ausência de mercados de credito deficientes,
sendo sempre preferível que este seja feita pela banco ou pelos
mercados capitais- por outro lado este geram muitas vezes preços
irracionais e alocação ineficiente de recursos, assim como não funciona
em países não desenvolvidos, já que este não têm mercados nacionais.
Nestes estados há duas possibilades, ou o estado cede subvenções nas
empresas ou então garante empréstimos às industrias em causa)
Não é fácil medir na pratica os custos e os benefícios da proteção
concedida e spbretudo, não é possível evcitar o problema de distribuição
entre gerações
É principalmente teórico o argumento tracional relativo aos ganhos do
comercio- ver embargo de Jefferson
Superioridade do livre combismo-
Está demonstrado empiricamente que é uma das condições mais relevantes
para haver desenvolvimento sustentável de um território.
Barreiras que distorcem as cisões relativas à produção, consumo e
investimento.
Importações de bens e serviços baratos permite atenuar as tensões
inflacionais.
Existe 3 grandes categorias de países: ricos, em desenvolvimento e
encravados.
Sendo que regra geral, a falta de acesso a um litoral está ligada com esta
ultima categorias, e faz sentido até porque o transporte marítimo é não só mais
sustentável que o terrestre como mais barato.
A liberalização do comercio é bom para a população em geral, mas há certas
camdas que são bastante afestadas.
Pareto- é cumprido quando uma pessoa fica em melhor situação e ninguém
fica em pior situação
Kater-Hicks- quando o nº de beneficiados é superior ao numero de
prejudicados
Assim, o que defendem alguns atores, é que quem ganhe compense a quem
perde, ajudando à qualificação das empresas, assim como qualifacação
prifissiobnal, apostando ainda em subsídios de emprego.
As vantagens comparativas, podem ser relativamente imutáveis e outras que
podem evoluir com o tempo, p.e aposta na educação, nas ifraestruturas, na
investigação e desenvolvimento. Pode acontecer um pasi ter vantagens
comparativas para a produção do azeite, no entante, se este não tiver
competências e capital necessário, esta vantagem ficam latentes, isto é , por
explorar. Assim, as politicas governamentais também influenciam a economia.
Também as imigrações rnacionais podem mudar a natureza das vantagens
comparativas modificando o perfil etário e educativo da população, quer nos
países de destino, quer nos países de origem.
27/10/2022
2ª onda de globalização
Falta aqui um aspeto
O segundo aspeto está relacionado com a Crise das soberanias e a sua
tomada de consciência por parte dos líderes políticos. É o resultado da
crescente interdependência dos países e da crescente ilusão dos poderes do
estado. Mesmo fora do âmbito económico, as fronteiras nacionais não
conseguem proteger o estado nação de problemas como o narcotráfico,
alterações climáticas, propagação de armas nucleares, trafico humano, etc.
Globalização- termo usado para se referir a qualquer coisa desde a internet a
um hambúrguer (Susan Strange). Não existe uma definição única e
consensual. Existindo as seguintes:
Interdependência económica crescente do conjunto dos países do
mundo provocada pelo crescimento do volume e da variedade das
transações transfronteiriças, bens e serviços, assim como dos fluxos
internacionais de capitais, ao mesmo tempo que, pela difusão acelerada
e generalizada da tecnologia. – FMI
Comissão europeia- a globalização resulta de 4 elementos: a integração
crescente dos mercados financeiros e o aumento dos fluxos financeiros;
transformação do mercado internacional num espaço único de produção
e comercio; a multiplicação do nº de empresas que implementam
estratégias globais; aparecimento de um conjunto de normas e
regulamentações transnacionais
Martin wolf- movimento no sentido de uma maior integração à medida
que continuam a cair as barreiras naturais e artificiais às trocas
económicas internacionais
Joseph Stiolitz- remoção de barreiras ao comercio livre e maior
integração das economias nacionais
Conclusões: não há um única definição; o comercio internacional é visto como
o alfa e ómega da globalização económica; as dimensões politicas e cultural
são tratadas frequentemente como meros adjuntos da globalização económica
(apareceram os índices compósitos de composição- apostam numa abordagem
interdisciplinar passível de abarcar as diferentes facetas do fenómeno da
globalização- KOF index of globalization, económica(peso das importações e
exportações de bens e serviços no PIB de cada pauis, o nº de tratados de livre
comércio que um pais é parte, diversidade parceiros comerciais, peso do
investimento direto estrangeiro na economia desse pais, media mão ponderada
das taxas dos direitos aduaneiros, as reservas de moeda estrangeira, não
incluindo o ouro desde 78, mas é incluído os direitos de saque especiais)
politica (nº de embaixadas estabelecidas num pais, nº de ONG internacionais a
operar num país, participação em missões do conselho segurança das ONU de
manutenção da paz, nº de tratados internacionais que um pais é parte, nº de
organizações internacionais que um pais é membro) e social(nº de chamadas
telefónicas internacionais, nº de utilizadores na internet, peso do turismo na
economia, nº de estudantes estrangeiro, nº de mc donalds do pais
proporcionalmente à população, nº de lojas de Ikea, nº de pedidos de patentes,
nº de aeroportos com conexões internacionais, mº de migrantes, etc), tendo
cada uma, uma ponderação de 33, 3%; temos também o índice compósito de
maastrich).
Críticas:
Não mede a globalização, mas sim os países mais globalizados;
A escolha das categorias é arbitraria, sendo que as mudanças nem
aparece na mesma altura.
A divisão da globalização em várias dimensões, torna-se difícil a sua
medição, e por isso muitos autores tentam medir somente a dimensão
económica.
Para medir a dimensão económica usa-se 3 critérios:
grau de abertura das economias (% que as importações e exportações
de bens e serviços de cada país no respetivo PIB, atendendo ao valor e
não ao volume; pode ser pouco aberta por causa da localização
geográfica, sendo que quanto mais periférica for a localização
geográfica de um país mais reduzido é o grau de abertura, quanto mais
pequena for a dimensão de uma economia mais ser o seu grau de
economia; os países mais pobres revelam um menor grau de abertura.
Critica % crescente de uma produção total das economias mais
avançadas consiste em serviços; nas economias de pequena dimensão
existe ????;
Conclusão: o mundo está mais globalizado do que nunca, mas esta menos
globalizado do que a maior parte das pessoas pensam que está