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Cadeira: Economia Internacional

Regente:

pedroinfante@fd.ul.pt

Avaliação:

- Trabalho individual;

- Participação;

- Assiduidade

Bibliografia:

- Coletânea de Direito Internacional Económico


Matéria
Adam Smith, na sua obra, diz que é comum entre os homens a
propensão de trocar coisas – o primeiro tratado de comércio celebrado que se
conhece remonta a 2500 a.C.; também a Guerra de Troia teve como origem o
lançamento de um imposto; outro exemplo da importância do comércio é o
comércio silencioso, exemplificado através dos cartagineses que, numa praia,
deixavam mercadorias, esperando nos seus barcos para que os locais
colocassem ouro e levassem a mercadoria (caso os cartagineses achassem
que o ouro depositado tinha o valor da mercadoria).

Estudos dizem que o homem sapiens prevaleceu ao homem neandertal


foi o facto de apostar na divisão do trabalho e nas trocas comerciais entre
grupos – algo que continua a ser muito relevante.

Primeiros pensadores

1. Gregos

Os gregos foram os primeiros pensadores a refletir sobre o comércio:

 Platão foi o primeiro a falar do princípio da divisão do trabalho, sendo


que este implicava apenas a melhoria da qualidade do produto e
não o aumento da quantidade produzida (essa relação com o
aumento da quantidade produzida dá-se com Xenofonte, que nos diz
também que o grau de divisão do trabalho varia de acordo com a
dimensão do mercado, ou seja, quanto maior fosse uma cidade,
maior divisão poderia ser feita; Henry Martyn foi quem falou da
divisão do trabalho ao comércio internacional, apenas em 1711).

Os gregos tinham também a noção de que os diferentes mercados


devem produzir diferentes coisas, por exemplo por causa das condições
naturais.

Dizem também que o comércio deve ser feito pelos estrangeiros


residentes – isto porque Platão dizia que, nas cidades bem administradas, os
retalhistas são os mais débeis fisicamente e, assim, inúteis para qualquer
trabalho = Aristóteles também diz que a vida mercantil é algo mau, pelo que os
cidadãos não devem de ela fazer parte.

Nota: nos gregos, não há ideia de proteção da produção nacional;


equilíbrio da balança; encorajamento para importação de bens essenciais; ideia
de direitos aduaneiros como forma de proteção da produção nacional (só
serviam para arrecadar receitas – até 411 a.C., o imposto aduaneiro era
apenas 1%, tendo só aumentado durante a II Guerra do Peloponeso) =/ de
qualquer forma, estes direitos aduaneiros sobre as exportações eram uma
grande receita para as cidades-estado gregas;

 Ideia da localização ideal - Aristóteles defendia que, ao escolher um


local para criar uma cidade, devia dar-se preferência aos locais que
garantam a sua subsistência, porque isso limitaria o comércio à troca
interna, porque estes assegurariam a sua segurança (não exportar os
bens para os inimigos) e preservaria a moral interna. Ainda assim,
defendia que se deviam importar bens essenciais como os alimentos
e madeira para criar os barcos, que devia ser um negócio sem fins
lucrativos. Defendia também que cada cidade tivesse uma moeda
própria, para que não tivesse utilidade no comércio exterior (coisa
que não aconteceu)

A partir do séc. IV a.C., os gregos passaram a ter bancos, o que revela a


ideia de depósito do dinheiro para o manter seguro, para o esconder.

Na Grécia antiga, o conceito de migração já existia, e não tinha


praticamente controlo (à exceção de esparta)

Também na antiga Grécia surgiu a liberdade de importação e exportação


com algumas exceções: armas, corante púrpura, etc.

Uso do comércio como arma sancionatória – o primeiro exemplo


remonta ao ano de 432 a.C., com o decreto de Mégara – Mégara foi proibido
de aceder ao porto de Atenas e ao comércio, o que originou a Guerra do
Peloponeso (foi primeiro uma guerra económica);

Tucides foi o primeiro a dizer que o poder militar depende, sobretudo,


do poder económico ou mercantil
Em suma:

 Os ganhos económicos resultantes do comércio foram reconhecidos


pelos pensadores clássicos, demonstrando-se, no entanto,
desconfiados em relação ao comércio por razões não económicas –
o contacto com estrangeiros seria prejudicial à lei e à ordem e poria
em causa a estrutura moral da sociedade (“os comerciantes tinham
de ser tolerados, mas não encorajados”).

 A Grécia clássica não foi uma cultura comercial como Veneza ou


outras cidades, o que não significa que as cidades gregas não
tenham tido relações comerciais entre si.

 Este pensamento económico remonta aos séculos IV e V a.C.,


existindo apenas na Grécia.

 Até ao século XVII, nada de relevante foi escrito sobre o comércio


internacional, pelo que as questões económicas estavam
subordinadas às questões ética. Isto acontece porque existiam
portagens que inibiam o comércio e porque os meios de transporte
de mercadorias, muito precários, não justificavam que se exportasse
várias mercadorias (o que muda com os Descobrimentos)

Aula nº2 – 15/09/2022

Mercantilismo Vs Protecionismo – o mercantilismo está focado nos


mercados de exportação e procura receitas nas exportações =/ o protecionismo
visa proteger o mercado nacional e a produção interna

Mercantilismo
Ver estudos do professor Avelanjo Nunes; estudos em homenagem a
António Marques dos Santos; estudos de Henrique Mesquita (ver em max
planck)

A reflexão teórica sobre o comércio internacional vai se desenvolvendo


ao longo dos seculos a partir das respostas que vão sendo dadas a duas
questões: quais as razões que levam um país a importar e exportar certos
bens e serviços e não outros; o comércio é benéfico ou prejudicial para
os países envolvidos.

O comércio internacional coloca dificuldades que o comércio interno não


coloca, como por exemplo, internamente não se pagam direitos aduaneiros, e
os rótulos são todos iguais.

Nota: o Canadá é uma exceção à facilidade do comércio interno que é


comum em cada país – a Constituição canadense não prevê que não existam
obstáculos entre as várias províncias. Em 1 de julho de 1995, entrou em vigor o
Acordo sobre o Comércio Interno, para criar um mercado interno aberto,
eficiente e estável, no entanto, tinha um caráter limitado, porque o setor
energético, por exemplo, não estava incluído, assim como não havia um
sistema de resolução de litígios. Em 1 de julho de 2017, entrou em vigor o
Acordo do Comércio Livre, que incluiu o setor energético (que representava 9%
do PIB), que criou um sistema de resolução de litígios, mas que continuava a
ter imensas exceções à unidade do comércio interno – isto leva a um grande
destaque do comércio internacional face ao comércio interno, espelhado pelo
CETA, acordo celebrado entre a UE e o Canadá, que destaca a maior
liberdade do comércio internacional face ao interno.

Nota: nos EUA, o comércio interno é muito mais integrado que no


Canadá, mas existem limitações – p.e. medidas de elevadores não
correspondem entre Estados.

O mercantilismo é a primeira construção teórica da economia


internacional e está associado à expansão ultramarina da península ibérica e
do afluxo de metais preciosos.
Vigorou entre finais do séc. XV até início do séc. XVIII (não é uma
opinião unânime.

Na época, os metais preciosos eram sinal de riqueza, de autoridade – o


volume de metais preciosos na Europa, nos 100 anos posteriores ao início dos
Descobrimentos, aumentou em 8 vezes, porém, nem todos os países tinham
acesso ao direto aos metais:

No caso de Espanha, que tinha acesso direto, a preocupação principal


dos reis era a conservação de metais preciosos, pelo que instituíram um
sistema de proibições com o intuito de assegurar a sua conservação, p.e.
interdição de exportar ouro e prata sob pena de morte; controlo apertado das
importações de produtos de luxo; direito de quinto para o rei; monopólio de
pavilhão entre Sevilha e as Américas; proibição do comércio bilateral entre as
colónias.

Luis Ortiz é considerado o primeiro mercantilista europeu relevante,


publicou um livro em 1558 – “Memórias do Contador Luis Ortiz a Filipe II” –
avança medidas protetoras das indústrias nacionais a fim de permitir o seu
desenvolvimento; defende que Espanha não devia adquirir bens
manufaturados estrangeiros nem exportar as suas matérias primas, caso
contrário entraria numa espiral de empobrecimento, já que, exportando as suas
matérias, arriscar-se-ia a pagar um preço 10 vezes superior aos países pelos
bens que produziam com as suas matérias

Problema em Espanha: existia preconceito aristocrático em relação às


profissões comerciais e manufatureiras, pelo que o país acabou por recorrer a
países vizinhos para suprir as suas necessidades, levando-a a empobrecer
(diz-se que cerca de 90% dos metais espanhóis acabaram noutros países, não
tendo conseguido conservá-los);

Sancho de Moncada, o principal mercantilista espanhol, avança com


considerações – a dívida pública espanhola tinha um valor 12 vezes superior à
produção anual do país – diz que a Espanha era próspera antes de descobrir
as Américas, ainda que não tivesse metais preciosos, porque, ainda que o
descobrimento não tenha sido a causa do empobrecimento, resultou no
abandono dos ofícios, levando a Espanha a tornar-se um país pobre, apesar da
riqueza natural que possuía (ouro e prata), ao passo que outros países
europeus enriqueciam através da produção da riqueza artificial (bens
manufaturados) e comércio. Outro aspeto importante é o facto do afluxo de
metais preciosos espanhóis ter levado ao aumento dos preços e salários em
Espanha, o que fez com que a sua exportação se tornasse menos competitiva
(caso do ferro e aço, que eram competitivos e deixaram de ser). Havia ainda
uma má rede de comunicação, muitas portagens internas e impostos muito
elevados, o que diminuiu a competitividade da economia espanhola.

Caso Francês

O mercantilismo francês não tinha acesso aos metais preciosos, por isso
apostou no desenvolvimento industrial, como forma de trocar os bens
produzidos pelos metais preciosos a que não tinha acesso direto;

A figura principal do mercantilismo francês é Colbert, ministro das


finanças de Luís XIV, entre 1661 e 1683, que dizia que a França poderia
enriquecer e reforçar a sua segurança nacional liberalizando o comércio interno
e exportando mais (não foi plenamente conseguido, porque o sul de França
não conseguiu liberalizar-se). Adotou um conjunto de medidas que visaram
incentivar as indústrias: adoção de técnicas de produção mais eficientes,
contratando, para tal, os serviços de mestres estrangeiros; importação livre de
matérias primas; proibição de exportar matérias primas francesas; pesada
tributação das importações de bens manufaturados; exploração das colónias
no interesse da metrópole; expansão da marinha mercante; plantação de
florestas em França para que esta não dependesse de países terceiros no
fornecimento de madeira;

Uma singularidade do mercantilismo francês é a atenção dedicada à


regulamentação da atividade industrial, designadamente a qualidade dos
produtos e dos respetivos métodos de produção, p.e. regras sobre o tingimento
manual ascendiam a 317 artigos – o objetivo da regulamentação era a proteção
dos consumidores e criar uma boa reputação para os produtos franceses >
esta regulamentação levou a que uma grande percentagem, ainda no século
passado, dos bens de luxo se focalizassem em França;
- o mercantilismo inglês não se preocupou muito com a regulamentação da
atividade industrial, mas sim com a obtenção de uma balança comercial
favorável – isto era importante porque se o país exportasse mais que
importasse, manteria os seus metais preciosos;

Apostaram na atividade industrial, no investimento em países estrangeiros e na


prestação de serviços a outros países (seguros e comércio marítimo);

Thomas Mun, que viveu no século XVII, publicou o England Treasure by


Foreign Trade, onde escreve que a forma mais comum de aumentar a riqueza
e o tesouro é através do comércio exterior, devendo observar todos os anos
que vendemos mais aos estrangeiros do que consumimos deles em valor –
olha para a balança comercial geral e não para a balança comercial entre
Inglaterra e cada país, porque defendia que poderia ser necessário importar
muito para exportar ainda mais;

Os mercantilistas ingleses dizem que é legítimo exportar bens para países


inimigos em tempos de guerra, porque a ideia de bloqueio, ou seja, o corte de
fornecimento a países inimigos seria incompatível com a conceção de que os
ganhos de um países residiriam nas exportações e não nas importações (muito
contrário à atual ideia) =/ exceções: Thomas Mun falava de munições e de
alimentos.

20/09/2022
O mercantilismo tem uma logica subjacente que é a logica da guerra, daí os
bens serem tão importantes para o mercantilismo uma maior acumulação de
metais preciosos poderia ser utilizado em tempos de guerra para financiar e
equipar exércitos e navios, para contratar mercenários estrangeiros, para
corromper inimigos e para subsidiar aliados
¾ das despesas governamentais de Filipe II de Espanha ou de Isabel I de
Inglaterra eram de guerra
Os motivos de ordem económica também são muito relevantes quanto mais
metais preciosos, mais liquidez, menor taxa de juro, o que permitia aos
comerciantes contar empréstimos para além disso permitia aos comerciantes
contrair empréstimos. Para além disso permitia que os produtores nacionais
concorressem nos mercados internacionais.
Para o prof, há 2 ideias fortes no mercantilismo:
-a forte intervenção do estado na economia (há autores que dizem que
impulsionou o fascismo), colocando-se grande relevância na riqueza coletiva e
não na riqueza individualoutro aspeto é a atribuição de direitos de monopólio
a alguma empresas comerciais (são estas que exercem os poderes do
soberano sobre os territórios coloniais; a mais famosa de todos é a companhia
britânica das índias orientais, criada em 1600, e recebeu no sec XVII, o direito
de cunhar moeda, de celebrar tratados com governos estrangeiros, de manter
tribunais marítimos e de financiar e equipar exércitos);
-a segunda ideia é a abalança comercial favorável (mais forte, por exemplo no
mercantilismo ingles; valor da exportações > valor das importações)
exemplo: medidas que aumentassem a segurança dos comerciantes nacionais
nos mercados estrangeiros; medidas que permitissem ou melhorassem a
navegação dos rios; medidas que eliminassem ou reduzissem quaisquer taxas
sobre as exportações (conceção de subsídios, para aumentarem as mesmas-
hoje +em dia é proibida no direito internacional); importações de produtos de
luxo deveriam ser proibidas ou sujeitas a direitos aduaneiros elevados,
principalmente caso pudessem ser produzidos internamente. Em geral,
apostou-se mais nos incentivos e não tanto nas proibições, por um lado diminia
os incentivos ao contrabando e permiti que o tesouro guardasse receita. Outra
medida foi a orientação da economia para a importação de matérias primas e
exportação de produtos manufaturados, porque os últimos geravam mais valor
e emprego. A exportação de maquinaria, ferramentas e mão de obra
qualificada eram igualmente condenáveis, porque caso ela ocorresse permitia
aos estrangeiros tornarem-se competitivos.

A agricultura tinha também um papel a desempenhar na riqueza do pais: como


fonte de alimentos, como fonte de matérias primas para a industria e para
manter a população ativa.
Um país apenas era considerado poderoso se tivesse muita população.
Porquê? Porque a população poderia transformar-se em poderio militar. Era
também importante manter a população ativa.
As exportações de matérias-primas deviam ser evitadas por outra razão porque
isso permitiria o abastecimento abundante e barato da industria nacional,
enquanto impedia que os concorrentes estrageiros tivessem acesso a essa
matérias primas. Tendo acesso a matérias-primas abundantes e baratas,
afetaria também o preço final do produto acabado.
O mercantilismo representa uma forma de nacionalismo económico, que torna
explicito aquilo que antes estava implícito (o poder depende grandemente da
economia), o mercantilismo representa um desenvolvimento importante na
economia internacional. O mercantilismo é a utilização de meios económicos
para atingir fins políticos, e a soburdinçaõ do interesse individual aos
superiores 9nteresses da nção.
Criticas ao mercantilismo:
- para os mercantilista as exportações eram o bem e as importações eram o
mal, no entanto as vantagens do comercio nacional vem das importações: as
exportações apenas são importantes para termos capital para consumir as
importações; as importações suprimem as necessidades que os produtos
nacionais não conseguem suprimir, aumentando ainda a competitividade com
as empresas nacionais
-para o mercantilismo o grande objetivo é a produção =/= errado a produção
apenas existe para satisfazer um consumidor; ex: para om mercantilismo o
consumidor devia apenas consumir produtos nacionais, mesmo que com preço
mais elevados
-no mercantilismo a preocupação é a maximização da independência e do
interesse nacional e não com o bem estar do consumidor =/= os autores
clássicos preocupam-se com o uso eficientes dos recursos mundiais.
-o volume total de comercio mundial era, para os mercantilistas fixo, e os
países de viam disputar esse valor. Assim a riqueza global não aumentava por
via do comercio internacional, e por isso o comercio mundial limitar-se ia a
transferir a riqueza de um pais para outro, ou seja, seria um jogo de soma 0.
Criva-se o ‘problema de que para isso uns países não seriam capazes de
terem a balança comercial positiva, sendo que isto cria conflitos comerciais,
acabavam conflitos bélicos.
Conclusão:
O mercantilismo não morreu. Ex: O presidente Trump olhava para a China
como o inimigo: as exportações são bem, as importações são o mal, e o saldo
positivo da balança comercial era o indicador de sucesso,.

27/09/2022

Autores clássicos: escola clássica liberal


Há autores que se destacam: Adam Smith, David Ricardo, S.Mill e Robert
Torrens.
Adam Smith
Escreveu uma obra que foi um ponto de viragem para a economia, sendo
tratada como uma ciência separada. Esta obra oferece um quadro coerente
sistemático onde vêm pensados todos os aspetos económicos da política
comercial. A sua principal intuição no caso de política comercial é o facto do
comercio entre países ampliar a extensão do mercado permitindo um
aprofundamento da divisão do trabalho (especialização), sendo este o principal
fator do progresso económico.
Segundo o autor a divisão de trabalho permite 3 grandes vantagens: o aumento
da destreza de cada trabalhador; a poupança de tempo; facilidade em criar
maquinaria e ferramentas que permitam o aumentam da produtividade. Este
não ignora os custos sociais dizendo que a divisão dizendo que a pessoa se
torna “incompetente”, no entanto os benefícios económicos ~são
extraordinariamente compensadores. O autor diz ainda que quanto mais
complexo for um trabalho maior é o benefício em fazer essa divisão. A divisão
está limitada pela extensão do mercado, pelo que o comercio internacional tem
um grande benefício, já que facilita esta divisão de trabalho (e, por
conseguinte, os benefícios).
A economia moderna assenta fundamentalmente na divisão de trabalho entre
pessoas, empresas e países.
Adam Smith defende a abertura das fronteiras nacionais aos produtos
estrangeiros (criticando os mercantilistas), pois isso permite aos países que se
especializem nas atividades em que foram mais aptos em termos de condições
de produção. Se for permitido a um país importar a outros países bens mais
baratos que o seu custo de produção, aumenta também o rendimento
disponível que cada cidadão tem para consumo. Há ainda um aspeto político,
sendo este a teoria da estabilidade hegemónica, que diz que o pais mais rico
no mundo comercial defende sempre o livre comercio (foi avançada por
Charles Kindceberger).
Fundamentalmente, Adam Smith defende que o comercio livre gera benefícios
para os 2 países envolvidos na troca, e não apenas para o país exportador.
Países Vinho Tecido
Inglaterra 120h 40h
Portugal 80h 100h

De acordo com este gráfico representante da teoria das vantagens absolutas,


os países deveriam produzir o produto no qual tem menor custo, fazendo com
ambos os países ganham vantagens.
A vantagem absoluta depende da posição geográfica do país, do clima, do
solo, das suas leis e instituições e os meios de comunicação e transporte.
O autor fala ainda dos ganhos dinâmicos do comercio internacional- difusão
das ideias e da tecnologia através do comercio internacional, isto porque se
houvesse apenas o comercio nacional o país estava limitado às suas pessoas
e recursos, no entanto, ao abri uma via de acesso a ideias e tecnologias
estrangeiras, faz com que o pais dependa não só das suas atividades como da
desenvolvidas noutros países.
A teoria das vantagens absoluta tem um problema serio, caso em que um pais
tem vantagem absoluta em diversos bens.
David Ricardo
Resolve com a teoria das vantagens comparativas, que diz que mesmo os
países que gozam de vantagens absolutas no fabrico de 2 bens, beneficiam
com o comercio internacional. No exemplo em baixo, apesar de menor horas
para produção, há diferenças no custo de um e outro, sendo que a produção de
tecido fica mais caro produzir tecido que vinho, pelo que devia focar-se no
vinho (atividade que goza maior vantagem comparativa.

Países Tecido Vinho


Inglaterra 100h 120h
Portugal 50h 80h

Esta teoria aplica-se tanto aos países como aos indivíduos, pois os recursos
dos países são limitados, pelo que não podem ser afetados simultaneamente a
mais de uma atividade, e por isso os países devem dedicar à atividade que são
comparativamente mais produtivos (trade-off / fronteira das possibilidades de
produção- para produzirmos mais do um tipo de bem temos de sacrificar mais
do que um tipo de recurso).
A teoria é tão valida para bens como para os serviços.
As fontes de vantagem comparativa para o autor são: o clima, a localização
geográfica do país, e outras vantagens naturais (abundância de terras férteis e
de matérias-primas) ou artificiais (não diz nada sobre, nem procura distingui-
las, mas hoje em dia é ponto assente que estão relacionadas com economias
de escala, com acidentes históricos, tradições culturais, habilidades de
produção, etc).
Atualmente é fonte de vantagem comparativa, tudo o que possa contribuir para
determinar o custo unitário de produção- qualidade dos tribunais características
do mercado laboral, traços económicos dos agentes culturais, qualidade da
legislação comercial, etc. Cada vez esta situação fica mais grave devido à
quarta revolução industrial- revolução globotica- que apresenta robôs que têm
vantagens comparativas em relação aos humanos.
Conclusão da aula: a divisão do trabalho permite aumentar o consumo para
além do que seria possível caso tentássemos ser autossuficientes. Permite
produzir mais bens ou serviços com os mesmos recursos, a ceder a maior
variedade dos mesmo e com preços mais reduzidos. Quanto mais nos
especializamos mais dependemos da divisão do trabalho para satisfazer
diariamente as nossa necessidades.
29/09/2022
Há autores que chamam a atenção do irrealismo de certos pressupostos da
teoria das vantagens comparativas.
EX: nesta teoria o valor de um bem é determinado pelo valor de faturação do
trabalho, existindo apenas uma categoria de trabalho, com mobilidade
completa, setorial e geográfica de cada país (o trabalho não se move
livremente e facilmente entre países, apenas dentro). O prof não concorda com
a critica já que têm se visto que o trabalho é o “bem” menos movel que existe
(apenas 3,5% das pessoas do mundo trabalha fora do pais de origem).
Outro pressuposto do modelo é que as únicas diferenças permitidas entre
países são as que resultam dos diferentes níveis de produtividade do trabalho,
e por isso as diferenças relativas ao capital físico (maquina e infraestruturas),
são simplesmente ignoradas- outra critica. O rpof também não acha que faz
sentido já que o modelo do autor vem de uma época em que as máquinas
eram caras, não havendo capital relevante, pelo que o custo de produção é o
mais proeminente. Atualmente, já não é assim.
David Ricardo não admite a existência de economias de escala, ou seja, os
custos de produção são constantes e por isso a produção duplica se a
quantidade de trabalho utilizada na produção também duplica- diferente de
atualmente, estas têm grande relevância.
Argumento liberal otimista (teoria da paz liberal)
Tem o aspeto do argumento liberal otimista, e o aspeto da difusão dos ideias
democráticos.
Na época do mercantilismo, existia a visão do jogo de soma 0, que mudou com
a revolução industrial.
Esta teoria defende, no entanto, que o comercio entre países promove a paz
entre as nações e a participação das relações internacionais.
Nesta teoria, um dos grandes autores é J. Stuart Mill. O autor considera que as
vantagens intelectuais ou morais são superiores às vantagens económicas.
Este é também um grande pensador da escola clássica.
Este argumento, não é no entanto, exclusivo da escola clássica Montesquieu
também considera que o efeito natural do comercio é a pax; também temos
kant a defender que o espirito do comercio não coexistir com a guerra e paz
duradora pode ser construída com base na trilogia da democracia
representativa, das organizações internacionais, e da independência
económica; Tocqueville diz também que o comercio é o inimigo natural de
todas as paixões violentas; temos ainda Richard Gobden, dizendo que o livre
comercio é a diplomacia de Deus; Cordell hull diz que o comercio entre as
nações é o mais pacificador e civilizador da existência humana.
Há, no entanto, vozes contrárias, como por exemplo Alexander Hamilton, que
dizia que o comercio foi fonte de grandes guerras militares entre as nações.
Junta-se a eeste Jean Jaccques Rousseau, que dizia que o coemrcio entre as
nações exacerbava a cobiça e ??
Há ainda outra corrente que diz que o comercio só sera garante da paz, da
liberdade e da ?? globais, se as partes não estiverem em conflito Martin
Wolf.
No entender do prof, é o argumento liberal otimista que está mais próxima da
realidade.
Outro aspeto desta teoria é a difusão dos ideias democráticos, já que o
comercio livre ajuda a difundir a democracia. Ex; as nações mais democráticas
têm maior facilidade a aderir à organização mundial do comércio, outro
exemplo é que a integração do chile, méxico e coreia do sul na economia
internacional foi acompanhada por um aumento de democracia nos respetivos
países (se bem que no chile foi Pinoche que acabou com o prtecionismo).

Escola Neoclassica
O pensamento de David Ricardo vai dominar o discurso económico durante
cerca de um seculo, e só a partir do 1919 vai ser posta em causa por 2
economistas suecos: Eli Heckscher e Bertl Ohlin (H-O). Uma grande diferença
em relação à escola clássica é quem têm em consideração na produção tanto o
trabalho como p capital- explicam as vantagens comparativas de uma pais a
partir de um novo conceito: abundancia relativa de um fator produção.
Abundância fatorial =/= intensidade fatorial- a primeira diz respeito a países e a
segunda diz respeito a bens.
Intensidade fatorial:
Os bens são diferentes em termos de exigência de fatores (ex: o capital de um
carro > ao capital de uma peça de roupa, e por o carro é um bem capital
intensivo e a peça de roupa é um bem em trabalho intensivo- um bem não
pode ser intensivo simultaneamente nos 2).
No caso de abundância é definida em termos proporcionais e não em
quantidades absolutas (ex: os EUA têm 3x mais trabalhadores que o méxico,
apesar dos EUA terem mais trabalhadores que mexico, tem ainda maior
diferença de capital, pelo que este é um pais de capital intensivo).
A grande diferença da teoria neoclássica é que deixamos de ter só um fator de
produção, passando a ter 2 (trabalho e capital), é importante porque vai permitir
ter em conta os efeitos do comercio, sobre a distribuição interna do rendimento.
O que acontece é que pode haver casos em que um país ganhe com
liberalização das trocas comercias, mas que internamente um dos fatores de
produção seja prejudicado para priorizar o outro.
Por razões históricas ou geográficas, um país terá maior abundância de um
fator que outros (ex: um país com muita terra é normal que tenha maior
vantagens comparativas na indústria agrícola). A consequência é que o país
vai exportar os bens cuja produção é mais intensiva num fator relativamente
mais abundante do país e vai importar o bem cuja produção é mais intensiva
no fator que é relativamente menos abundante num país. Os benefícios do
comercio em ambos os modelos têm a mesma natureza, no entanto a fonte de
vantagem comparativa vem dos diferentes níveis de produtividade no trabalho
enquanto no modelo dos suecos baseia-se na abundância relativa no fator de
reprodução.
04/10/22
Paradoxo de Leontief
Com base nos EUA, que seria o pais mais abundante em capital, as
importações e exportações para analisar a veracidade da teoria neoclássica-
segundo o autor, era expectável que as exportações do país fossem
compostas por bens intensivos em capital e as importações por bens intensivos
em trabalho.
Os resultados a que chegou8 ficaram conhecidos como o “Paradoxo de
Leontief”, publicado em 1953, c/dados até 1947- as exportações dos EUA
revelaram-se instensivas em trabalho e as importações intensivas em capital. O
modelo de HO não tinha, por isso, realização no mundo real.
O autor avançou c/uma explicação para o paradoxo por razões de diversa
natureza os trabalhadores americanos seriam muito mais produtivos dp que os
do resto do mundo (ex: a maior capacidade empresarial, mais habilitações
técnicas), pelo que cada trabalhador americano valeria 3 trabalhadores
estrangeiros. Assim, ao contrario do que se pensava inicialmente os EUA
seriam um pais relativamente abundante em trabalho e não tanto em capital.
O modelo de HO só atende a 2 fatores, enquanto que este paradoxo leva a
concluir que é necessário mais do que 2 fatores de produção, tendo de atender
a fatpores naturais.
Ex: os mesmo trabalhadores, a mesma tecnologia, a mesma empresa, que
extrai petróleo- se trabalhar na Arabia dsaudita e nos EUA, será muito mais
produtiva na arabia.
Outro aspeto avançado para proteger o paradoxo foi o facto dos EUA, no pós
guerra, terem tido terem tido a i9nteção de protegerem o emprego. Aplicaram
direitos aduamneiros às improtanções de bens intensivos em trabalho, que
eram abundantes internanmente. As importações passaram a ser compostas
por produções intensivas em capital.
Esta teoria (HO) tem sido comprovada empiricamente comparando os países
ricos, os pobres, vemos que as exportações dos ricos exportam mais vbens
intensivos em capital e os pobres intensivos em trabalho.
Nova teoria do comercio
Paul Krugman. A teoria surge porque o modelo de HO, não consegue explicar
as trocas comerciais entre países similares, co o mesmo nível de tecnologia,
rendimentos e de recursos- é o chamado comercio intra -ramo. AS teoria de
HO só explica o comercio inter-ramo. O modelo de HO só consegue explicar as
trocas entre 2 paises que não têm o mesmo desenvolvimento económico, de 2
produtos.
A Nova teoria do comercio, assenta na concorrência imperfeita, ganhou
protagonismo nos anos 80- é complementar às abordagens tradicionais, não as
substitui, porque as primeiras explicam muitos fluxos comerciais.
Ainda que refira as economias de escala, acaba por minimizar a impotancia
relativa das economias de escala como causa do comercio. Esse aumento com
a nova teoria explicam muito dos atuais fluxos comerciais. Graças Às
economias de escala, mesmo as regiões dotadas de fatores idênticos podem
realizar trocas comerciais e experimentar os ganhos daí resultantes.
Outro pressuposto do modelo de HO é que todos os produtos e fatores de
produção são qualitativamente idênticos em todos os países (terra é terra,
independentemente da sua localização, assim como o capital e o trabalho).
Nesta nova teoria, os rendimentos de escala crescentes favorecem a
especialização de cada pais num numero limitado de variedades de um bem ou
serviço, e o gosto dos consumidores pela variedade assegura que serão
consumidas tanto as variedades nacionais como as importadas. No entanto, a
variedade de bens ou serviços que um pais pode produzir e a escola da sua
produção são limitadas pelo tramanho do mercado inteiro. A soluçaõ
encontrada foi os acordos comerciais entre países, que tornaram o mercado
internacional maior que o mercado interno.
Outro pressuposto da teoria é o facto das empresas operarem em condições
de concorrência monopolística (fabrico do mesmo bem bem genérico, mas
cada produtor ocupa uma posição especifica ao nicho de mercado, devido ao
produto diferenciado que oferece ao consumidor (os bens em causa não são
substitutos perfeitos). Gostando os consumidores da variedade per si, cada
empresa considera ótimo produzir uma variedade diferente, da variedade
produzida por outras empresas. Produzindo uma variedade diferente, cada
empresa terá o monopólio da sua produção. Ao passo que a produção de uma
variedade já existente implicaria que essa empresa estivesse sujeita à
concorrência de outra empresa produtora da mesma variedade. O facto de uma
empresa ter o monopólio da produção do seu bem, e ter algum controlo do seu
preço não significa que ela possa fazer o que ela bem entender, ou sej,a que
não haja concorrência, pois, quanto maior for o numero existente de variedades
de um bem (quanto mais reduzida for a quota de mercado de uma empresa),
menir sera o preço que a empresa pode cobrar. Por outro lado, quanto maior
for o numero de empresas a operar no mercado, relativamente a um
determinado bem ou serviço, menos venderá cada uma dela e mais elevados
serão os seus custos médios.
A NTC, dá grande destaque às economias de escala internas, como causa de
comercio de produtos similares e com países com o mesmo tipo de recursos.
As economias de escala internas acontecem quando o custo por unidade
depende da dimensão da empresa, não necessariamente da industria em que
ele se insere, ao passo que as externas, acontecem quando o custo por
unidade depende da dimensão da industria, e não necessariamente da
empresa em causa.
20/10/2022
Sistemas generalizados de preferências comerciais- principal instrumento de
promoção do desenvolvimento económico no que diz respeito ao comercio
internacional
Legitimação das industrias nascentes
1- Criterio de Mill
A proteção deve confinar-se aos casos a que haja a garantia de que a industria
por ela promovida possa dispensa-la passado algum tempo, ou seja, de
caracter transitório
2- Criterio Bastable
As vantagens futuras (refletivas em custo de produção mais reduzidos) devem
compensar a comunidade pela riqueza perdida durante o período de
aprendizagem
Hoje em dia, isto não tem acontecido, sendo que no caso da ONC está previsto
mas é raro ser invocado
Críticas:
 Uma indústria nascente na economia de pequena dimensão é provável
que tenha de depender das exportações para realizar as economias de
escola indispensáveis à sua realidade económica
 É muito difícil aos GOV nacionais identificarem objetivamente, e livres da
pressão dos grupos de interesses, quais são as industrias nacionais que
têm potencial para crescer (e a proteção só deveria ser concedida às
industrias nacionais na ausência de mercados de credito deficientes,
sendo sempre preferível que este seja feita pela banco ou pelos
mercados capitais- por outro lado este geram muitas vezes preços
irracionais e alocação ineficiente de recursos, assim como não funciona
em países não desenvolvidos, já que este não têm mercados nacionais.
Nestes estados há duas possibilades, ou o estado cede subvenções nas
empresas ou então garante empréstimos às industrias em causa)
 Não é fácil medir na pratica os custos e os benefícios da proteção
concedida e spbretudo, não é possível evcitar o problema de distribuição
entre gerações
 É principalmente teórico o argumento tracional relativo aos ganhos do
comercio- ver embargo de Jefferson
Superioridade do livre combismo-
Está demonstrado empiricamente que é uma das condições mais relevantes
para haver desenvolvimento sustentável de um território.
Barreiras que distorcem as cisões relativas à produção, consumo e
investimento.
Importações de bens e serviços baratos permite atenuar as tensões
inflacionais.
Existe 3 grandes categorias de países: ricos, em desenvolvimento e
encravados.
Sendo que regra geral, a falta de acesso a um litoral está ligada com esta
ultima categorias, e faz sentido até porque o transporte marítimo é não só mais
sustentável que o terrestre como mais barato.
A liberalização do comercio é bom para a população em geral, mas há certas
camdas que são bastante afestadas.
Pareto- é cumprido quando uma pessoa fica em melhor situação e ninguém
fica em pior situação
Kater-Hicks- quando o nº de beneficiados é superior ao numero de
prejudicados
Assim, o que defendem alguns atores, é que quem ganhe compense a quem
perde, ajudando à qualificação das empresas, assim como qualifacação
prifissiobnal, apostando ainda em subsídios de emprego.
As vantagens comparativas, podem ser relativamente imutáveis e outras que
podem evoluir com o tempo, p.e aposta na educação, nas ifraestruturas, na
investigação e desenvolvimento. Pode acontecer um pasi ter vantagens
comparativas para a produção do azeite, no entante, se este não tiver
competências e capital necessário, esta vantagem ficam latentes, isto é , por
explorar. Assim, as politicas governamentais também influenciam a economia.
Também as imigrações rnacionais podem mudar a natureza das vantagens
comparativas modificando o perfil etário e educativo da população, quer nos
países de destino, quer nos países de origem.
27/10/2022
2ª onda de globalização
Falta aqui um aspeto
O segundo aspeto está relacionado com a Crise das soberanias e a sua
tomada de consciência por parte dos líderes políticos. É o resultado da
crescente interdependência dos países e da crescente ilusão dos poderes do
estado. Mesmo fora do âmbito económico, as fronteiras nacionais não
conseguem proteger o estado nação de problemas como o narcotráfico,
alterações climáticas, propagação de armas nucleares, trafico humano, etc.
Globalização- termo usado para se referir a qualquer coisa desde a internet a
um hambúrguer (Susan Strange). Não existe uma definição única e
consensual. Existindo as seguintes:
 Interdependência económica crescente do conjunto dos países do
mundo provocada pelo crescimento do volume e da variedade das
transações transfronteiriças, bens e serviços, assim como dos fluxos
internacionais de capitais, ao mesmo tempo que, pela difusão acelerada
e generalizada da tecnologia. – FMI
 Comissão europeia- a globalização resulta de 4 elementos: a integração
crescente dos mercados financeiros e o aumento dos fluxos financeiros;
transformação do mercado internacional num espaço único de produção
e comercio; a multiplicação do nº de empresas que implementam
estratégias globais; aparecimento de um conjunto de normas e
regulamentações transnacionais
 Martin wolf- movimento no sentido de uma maior integração à medida
que continuam a cair as barreiras naturais e artificiais às trocas
económicas internacionais
 Joseph Stiolitz- remoção de barreiras ao comercio livre e maior
integração das economias nacionais
Conclusões: não há um única definição; o comercio internacional é visto como
o alfa e ómega da globalização económica; as dimensões politicas e cultural
são tratadas frequentemente como meros adjuntos da globalização económica
(apareceram os índices compósitos de composição- apostam numa abordagem
interdisciplinar passível de abarcar as diferentes facetas do fenómeno da
globalização- KOF index of globalization, económica(peso das importações e
exportações de bens e serviços no PIB de cada pauis, o nº de tratados de livre
comércio que um pais é parte, diversidade parceiros comerciais, peso do
investimento direto estrangeiro na economia desse pais, media mão ponderada
das taxas dos direitos aduaneiros, as reservas de moeda estrangeira, não
incluindo o ouro desde 78, mas é incluído os direitos de saque especiais)
politica (nº de embaixadas estabelecidas num pais, nº de ONG internacionais a
operar num país, participação em missões do conselho segurança das ONU de
manutenção da paz, nº de tratados internacionais que um pais é parte, nº de
organizações internacionais que um pais é membro) e social(nº de chamadas
telefónicas internacionais, nº de utilizadores na internet, peso do turismo na
economia, nº de estudantes estrangeiro, nº de mc donalds do pais
proporcionalmente à população, nº de lojas de Ikea, nº de pedidos de patentes,
nº de aeroportos com conexões internacionais, mº de migrantes, etc), tendo
cada uma, uma ponderação de 33, 3%; temos também o índice compósito de
maastrich).
Críticas:
 Não mede a globalização, mas sim os países mais globalizados;
 A escolha das categorias é arbitraria, sendo que as mudanças nem
aparece na mesma altura.
 A divisão da globalização em várias dimensões, torna-se difícil a sua
medição, e por isso muitos autores tentam medir somente a dimensão
económica.
Para medir a dimensão económica usa-se 3 critérios:
 grau de abertura das economias (% que as importações e exportações
de bens e serviços de cada país no respetivo PIB, atendendo ao valor e
não ao volume; pode ser pouco aberta por causa da localização
geográfica, sendo que quanto mais periférica for a localização
geográfica de um país mais reduzido é o grau de abertura, quanto mais
pequena for a dimensão de uma economia mais ser o seu grau de
economia; os países mais pobres revelam um menor grau de abertura.
Critica % crescente de uma produção total das economias mais
avançadas consiste em serviços; nas economias de pequena dimensão
existe ????;

 Maior abertura dos mercados, no sentido em que desaparecem os


custos artificiais e de transporte, e o aumento da concorrência implicam
uma maior convergência dos preços, e até preços idênticos em
diferentes países, nomeadamente por força do aproveitamento das
oportunidades de arbitragem. Nos mercados internacionais, apesar de
maior integração, continuam a estar menos integrados que os mercados
nacionais.

 Jonh Mccallum- as trocas comerciais entre países próximos, em termo


culturais, institucionais, não são tao faceis uma vez que as fronteiras
nacionais fazem uma grande barreira- critério das fronteiras económicas
politicas

Conclusão: o mundo está mais globalizado do que nunca, mas esta menos
globalizado do que a maior parte das pessoas pensam que está

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