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FACULDADE DE SAÚDE E ECOLOGIA HUMANA

GABRIELA ASSIS MELO


JULIA MASCARENHAS

PLANO DE CONTINGÊNCIA EM SITUAÇÃO DE DESABAMENTO DE BARRANCO

Vespasiano
2022
1 – AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO E PREPARO DO ATENDIMENTO:

A partir do cenário de risco identificado (deslizamento) serão implementadas


atividades especificas classificadas em prioridades que podem evoluir ou
regredir durante o manejo do evento. Estes níveis de prioridade são
determinados de acordo com as condições e pressupostos que caracterizam o
cenário de risco previsto, seja pela evolução das informações monitoradas,
pela ocorrência do bem como as atividades inerentes.

Informações técnicas contendo o monitoramento da situação de desastres


naturais (prognóstico de chuvas; acompanhamento dos alertas; número de
desabrigados e de desalojados) serão elaborados de rotina, e sua frequência
pode se alterar a depender do nível de resposta.

Indicadores: alertas e prognóstico de chuvas, banco de dados da Defesa Civil,


número de desabrigados e de desalojados, indicadores epidemiológicos de
incidência para doenças transmissíveis (DDA, leptospirose e hepatite A, dentre
outras)

 Identificar possíveis cenários de risco junto aos gestores locais no


âmbito de possíveis situações de desassistência em saúde.
 Manter contato direto com os gestores locais de áreas em risco ou
diretamente afetadas pelo desabamento;

 Identificar instituições de saúde envolvidas na emergência;


 Identificar materiais para ações apoio à redução dos impactos à saúde
provocados pelo deslizamento;
 Fortalecer e apoiar o estabelecimento de medidas que propiciem a
redução do risco à saúde incluindo a infraestrutura dos serviços de
saúde;
 Incentivar, orientar e apoiar estados e municípios a desenvolver seus
planos de contingência para deslizamento;  
 Elaborar e disponibilizar material informativo sobre prevenção de
doenças e agravos;
 Promover estratégias de educação permanente e capacitação para
  Elaborar e disponibilizar materiais de orientação e educação em saúde;
 Mapear os recursos disponíveis na rede de saúde e articular o seu
remanejamento, se necessário
 Orientar e apoiar as ações de controle e monitoramento de produtos
sujeitos a vigilância sanitária;
 Orientar a avaliação preliminar da situação de saúde da população e da
capacidade de atendimento disponível;
  Orientar medidas de saúde em áreas potencialmente contaminadas
(agentes biológicos e químicos);

2 – PLANO DE GERENCIAMENTO DE CRISES

 Esvaziar sala de emergência.


 Interromper classificação de risco da triagem
 Acionar coordenadores de especialidade
 Acionar funcionários de outros setores: enfermaria
 Bloquear cirurgias que ainda não se iniciaram e cancelar internações
para cirurgias eletivas.
 Recrutar leitos na sala de recuperação pós-anestésica.
 Providenciar leitos nas enfermarias
 Recrutar leitos em cuidado intensivo viabilizando altas.

3 - RECUSOS DISPONÍVEIS NOS LOCAIS DE ATENDIMENTO:

 Área de recepção e espera para público / pacientes


 Sala de Atendimento Social
 Sala de Classificação de Risco
 Sala para Exames Indiferenciados
 Atendimento de Urgência
 Sala de Higienização
 Sala de Urgência
 Área para guarda de macas e cadeiras de rodas
 Sala de Eletrocardiografia – ECG
 Sala de Sutura/Curativos
 Sala de aplicação de medicação / reidratação (pacientes em poltronas)
 Radiologia – Geral  
 Sala de Exames da Radiologia – Geral
 Posto de Enfermagem
 Sala de utilidades, lavagem e descontaminação dos materiais e Roupa
Suja.

 Despensa de Alimentos e Utensílios


 Área de distribuição de alimentos e utensílios
 Refeitório dos Funcionários
 Depósitos de Material de Limpeza com Tanque (DML)
 Sala de Armazenamento Temporário de Resíduos
 Abrigo Externo de Resíduos

4 – PRINCIPAIS ÁREAS DE COORDENAÇÃO:

 GERENTE DE MÉDICO

Se responsabiliza pela escala médica e equipe multidisciplinar (médica e


administrativa), mantém relacionamento comercial e interface com
convênios. Acompanha auditoria interna de contas / custos e verifica
estabelecimentos de protocolos clínicos de atendimento. No cenário
atual o médico coordenador agiria de forma a montar uma nova escala
médica e entrar em contato com mais médicos para dar suporte aos que
já estão de plantão

 COORDENADOR DO PA

Supervisiona a atuação da equipe sob sua responsabilidade, garantindo um


ambiente adequado para o trabalho e que todas as informações pertinentes ao
setor sejam transmitidas e todas as normas sejam cumpridas. Após a chegada
dos pacientes, o membro responsável fará a organização da prioridade de cada
um deles (triagem), onde serão estabelecidos para onde cada paciente será
encaminhado e atendidos os pacientes que não necessitam de internação para
que sejam liberados.

 COORDENADOR OPERACIONAL

Assume a coordenação e controle da cena do acidente; identificar-se como


Coordenador Operacional; congelar a área; definir e estabelecer áreas de
prioridade médica, em local seguro; dar prioridade e apoio às atividades
médicas; coordenar isolamento , combate a incêndio, proteção às vítimas,
transporte e apoio logístico; organizar e distribuir o meios disponíveis para
atenção às vitimas.

 COORDENADOR DA UI

A função do coordenador da UI é realizar o procedimento de classificação de


risco e é realizada por profissional de enfermagem de nível superior, que se
baseia em consensos estabelecidos conjuntamente com a equipe médica para
avaliar a gravidade ou o potencial de agravamento do caso, assim como o grau
de sofrimento do paciente.

A tática de triagem obedece a técnica denominada START (simples triagem e


rápido tratamento) por ser um método simples, que se baseia na avaliação da
respiração, circulação e nível de consciência, dividindo as vítimas em quatro
prioridades e utiliza cartões coloridos para definir cada uma das prioridades.
Sendo vermelho, vítimas que apresentam risco imediato de vida; Amarelo,
vítimas que não apresentam risco de vida imediato; Verde, vítimas com
capacidade para andar; não necessitam de tratamento médico ou transporte
imediato, possuem lesões sem risco de vida e Preto, vítimas em óbito ou que
não tenham chance de sobreviver; não respiram, mesmo após manobras
simples de abertura da via aérea.

5 – MATERIAIS NECESSÁRIOS:

O atendimento de uma emergência é bastante amplo. Por essa razão, a sua


estrutura é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA). A Portaria no 354 estabelece todas as condições mínimas para um
serviço de urgência e emergência, a partir das especificidades físicas do local
até os equipamentos essenciais.

A lista é excepcionalmente ampla e considera, inclusive, equipamentos de


emergência hospitalar como esfigmomanômetro. Outros itens, incluem:

• Estetoscópio

• Esfigmomanômetro manual,

• Reanimadores

• Marcapasso externo

• Monitor cardíaco

• Tubo orotraqueal

• Máscara de oxigênio

• Ventiladores

• Oxímetro de pulso:

• Eletrocardiógrafo

• Bombas de infusão: são dispositivos importantes que controlam a taxa na


qual o medicamento é administrado a um paciente;

• Bandeja de sutura: esta bandeja contém os materiais esterilizados


necessários para sutura em um paciente com laceração. Os instrumentos
incluem: porta-agulhas, pinça — usada para segurar o tecido lacerado —,
toalhas esterilizadas — para cobrir áreas não esterilizadas do corpo —,
tesouras e pequenas tigelas — que contêm soluções antissépticas.

Vale lembrar que a lista obrigatória proposta pela ANVISA não é utilizada por
completo em todo o atendimento. Trata-se apenas de parâmetros e protocolos
que podem ajudar em situações emergenciais. Estão ainda incluídos
instrumentos de aferição de glicose; cilindro de oxigênio; material para
traqueostomia e cirurgia de pequeno porte.

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