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07/05/2019

Disciplina

 Ementa

• Ecofisiologia; elaboração do rendimento; época de semeadura;


variedades e cultivares; manejo da área; colheita e utilização cereais de

Cereais de inverno inverno, raízes, tubérculos e cana-de-açúcar.

• Objetivo: Fornecer subsídios técnicos e científicos básicos que


permitam ao discente entender as necessidades e a importância de
cada cultura para o agronegócio e para a sociedade brasileira.

Disciplina Disciplina

 Conteúdo  Avaliação

• Importância econômica e dados de produção • A1 = Exercícios 07, 14 e 21/05 (40%)


• Taxonomia e origem • A1 = Prova 04/06 (60%) cereais de inverno
• Morfologia e ecofisiologia
• Manejo da lavoura • A2 = Exercício 1 – 11/06 cultura canola (7,5%)
• Cerais de inverno • A2 = Exercício 2 – 18/06 cultura linhaça (7,5%)
• Canola • A2 = Exercício 3 – 25/06 cultura mandioca (7,5%)
• Linhaça • A2 = Exercício 4 – 02/07 cultura cana-de-açúcar (7,5%)
• Mandioca • A2 = Prova – 09/07 culturas: canola, linhaça, mandioca e cana (40%)
• Cana-de-açúcar • A2 = Seminário – 16/07 (30%)

Disciplina Introdução geral

Referências  Taxonomia
• Divisão: Magnoliphyta
• Informações Técnicas para Trigo e Triticale – Safra 2019 • Classe: Angisopermae
Disponível em: www.cnpt.embrapa.br • Sub classe: Monocotiledoneae
• Ordem: Poales (Granineales)
• Fornasieri Filho, Domingos. Manual da Cultura do Trigo. Jaboticabal: • Família: Poaceae (Gramineae)
FUNEP, 2008. 338p.
Espécies

Trigo: Triticum aestivum e Triticum durum


Trititicale: Triticum aestivum X Secale cereale = X triticosecale
Centeio: Secale cereale
Cevada: Hordeum vulgare
Aveia: Avena sativa e Avena strigosa

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Introdução geral Introdução geral

 Trigo Durum (Triticum durum)  Originário da região montanhosa e árida do Sudoeste Asiático;
 Acredita-se que o uso como alimento data de aproximadamente 17 mil
• Apresenta 28 cromossomos, trigo comum 42 cromossomos. anos;
• Diferença está na composição e granulometria da farinha.  O primeiro pão de que se tem notícia data de 8 mil anos (Silva et al.,
• Triticum aestivum possui glúten mais elástico e expansivo. 1996);
• Triticum durum extrai a semolina para fabricação de macarrão.  Foi o quinto cereal a ser cultivado e antecedido pelo MILHO, ARROZ,
• Produção de 8 a 10 % em relação ao trigo comum. CEVADA E AVEIA.
• Aproximadamente 25 milhões de toneladas.

Introdução geral Introdução geral

Introdução geral Introdução geral

 Cereais de inverno precisam de frio;  No Brasil, o frio é de altitude, planta-se no inverno e chove muito na
primavera, há maior incidência de doenças. Por isto, importamos muito
 Frio por latitude: onde quanto maior a latitude maior o frio, devido ao trigo.
ângulo de incidência do solo.
 Na Argentina o frio é de latitude e longitude, não chove muito, menos
 Frio por altitude: quanto maior a altitude maior o frio, devido possuir doenças, maior fertilidade natural dos solos, menor custo.
menos camadas de ar, e o ar ser mais rarefeito.

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Introdução geral Introdução geral

 Ano seco é ano bom para trigo e demais cereais.


 No Brasil central há frio por altitude e se produz com alta produtividade,
7000 kg/ha.
 Chuva, ideal é 300 mm em 150 dias - todo o ciclo, bem distribuídos.

 Diferenças entre os tipos de trigo quanto a exigência em frio:


• Trigo de inverno precisa de vernalização, choque de frio, necessita
de frio como estimulador para seu desenvolvimento normal.
• Trigo de primavera não precisa de vernalização.

 EUA: 70% trigo de inverno, 23% de primavera, 7% trigo duro.

Consumo per capta Mercado

 Consumo Mundial = 85 kg/habitante/ano;  Subsídio do trigo


 No Brasil = 58 kg/habitante/ano;  Criado em 1972;
 França = 100 kg/habitante/ano;  De 1972 a 1975 o consumo passou de 33 para 42 kg/hab/ano,
 Argentina = 91 kg/habitante/ano. substituindo o pão feito com milho e mandioca;
 Em fevereiro de 1991 (Governo Collor) foram retirados todos os
subsídios  Fim do monopólio

Mercado Mercado

 Aveia: consumo humano fibras, consumo animal - equinos - haras;


 Centeio: indústria de panificação, pães especiais, pouco expressivo;
 Cevada: indústria cervejeira, maltagem; ração animal
 Triticale: pizzarias e para ração animal;

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Situação dos moinhos brasileiros Situação dos moinhos brasileiros

 Capacidade instalada de moagem = 15 milhões de t;


 Demanda = 11 milhões de t/ano.

Fonte: Abitrigo

Situação dos moinhos brasileiros Situação dos moinhos brasileiros

Consumo Uso de farinha no Brasil

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Destinação do consumo de trigo no Brasil Produção mundial

Produtividade mundial Panorama nacional

Panorama nacional Panorama nacional

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Panorama nacional Panorama nacional

Aveia Centeio

Cevada Triticale

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Morfologia Morfologia

 Características dos membros das família Poaceae:

• Caule: colmo, com nós e entrenós ou internódios.


• Folhas: longas, disposição alternada, uma por nó, possuem bainha,
lígula e lâmina, pode haver aurículas (trigo, triticale, centeio e cevada).
• Inflorescência: espiga e panícula (aveia).
• Flores: em geral são hermafroditas, protegidas por brácteas férteis
(lema e pálea), espiguetas.
• Raiz: • Primárias: uma principal, duas laterais, já diferenciadas no
embrião. • Definitivas, fasciculadas ou cabeleira.

Morfologia Morfologia

Morfologia Morfologia

 Sistema radicular  Folha


• Coleóptilo – conduz primeiras folhas para fora do solo, importante para
determinar a profundidade de semeadura.
a) Raízes seminais (afilhamento)
b) Raízes permanentes
c) Raízes adventícias

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Morfologia Morfologia

 Folha  Folha
• 8 a 12 folhas

Morfologia Morfologia

 Folha  Folha
• Lígula e aurícula, diferencia morfologicamente os cereais de inverno.

- Aurícula amplexicaule com bordos pilosos ............................ Trigo


- Aurícula amplexicaule, largas, longas, sem pelos ................. Cevada
- Aurícula semi-amplexicaule, sem pelos ................................. Centeio
- Aurícula com pontas escuras ................................................. Triticale
- Sem aurícula, mas com lígula bem desenvolvida .................. Aveia

Morfologia Morfologia

 Trigo  Cevada
• Bainha e lâmina foliar pilosa. • Bainha e lâmina foliar sem pelos.
• Bainha aberta. Lígula média, membranosa. • Bainha aberta. Lígula média e membranosa.
• Aurículas médias (amplexicaule), pilosas com pelos compridos, pontas tênues e se • Aurículas longas, muito amplexicaules, glabras com pontas agudas.
cruzam em planos diferentes no caule. • Lâmina foliar torcem no sentido horário.
• Lâminas foliares torcem no sentido horário.

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Morfologia Morfologia

 Centeio  Triticale
• Bainha e lâmina foliar vezes pilosa com pelos curtos e finos, vezes com grau • Bainha e lâmina foliar pilosa com pelos curtos.
inconsistente de pilosidade. • Bainha aberta. Lígula média, membranosa.
• Bainha aberta. • Aurículas longas, amplexicaules, finas, pilosa com pelos curtos.
• Lígula curta, membranosa. • Lâmina foliar torce no sentido horário
• Aurículas muito curtas, semi-amplexicaules, estreitas e glabras.
• Torção da lâmina foliar no sentido horário.

Morfologia Morfologia

 Aveia
• Bainha e lâmina foliar geralmente glabra, entretanto em algumas variedades pode
apresentar pelos compridos dispersos.
• Bainha aberta.
• Lígula longa, membranosa, aguda e dentada.
• Aurículas ausentes.
• Lâmina foliar torce no sentido anti-horário.

Morfologia Morfologia

 Folha  Folha bandeira


• Filotaxia alternada; duram 14-21 dias (dreno e fonte) • 75 - 80 dias após a emergência;
• dura 30 – 40 dias
• Fotossintatos
• Proximidade grãos

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Morfologia Morfologia

 Folha verdes no espigamento  Colmo


• Nó: onde nascem as folhas – gemas - afilhos;
• Indicam potencial produtivo da lavoura • Entrenó: basais mais curtos
• 6 - 7 alto; 3 - 4 médio; 1 - 2 baixo

Morfologia Morfologia

 Colmo  Inflorescência
• Perfilhamento • Espiga/panícula = Eixo principal – zig-zag = ráquis
• Surgimento de perfilhos nos nós basais. • Espigueta, de cada nó do ráquis
• Afilho efetivo = florescimento. • Flores, 1-3 por espigueta
• Aproximadamente 15 dias após a germinação. • Eixo principal da espigueta = ráquila

Morfologia Morfologia

 Inflorescência  Inflorescência

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Morfologia Morfologia

 Inflorescência  Inflorescência
• Aristas = serve para repelir herbivoria
• Trigo, aristas apicais
• Aveia, aristas menores e dorsal;
• Cevada, aristas muito longas e apicais
• Centeio, aristas pequenas apicais
• Triticale, Intermediária entre trigo e centeio (apicais)

Morfologia Morfologia

 Inflorescência  Crescimento de Desenvolvimento da inflorescência

• Trigo, centeio, triticale e cevada: as espiguetas da parte central tem


prioridade de nutrição depois a base e por último o ápice;

• Aveia: as espiguetas apicais tem prioridade de nutrição depois progride


em direção a base – desenvolvimento basípeto.

Morfologia Morfologia

 Grãos  Grãos

• Trigo, centeio, triticale e cevada: as espiguetas da parte central tem


prioridade de nutrição depois a base e por último o ápice;

• Aveia: as espiguetas apicais tem prioridade de nutrição depois progride


em direção a base – desenvolvimento basípeto.

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Morfologia Morfologia

 Composição dos Grãos  Composição dos Grãos

• Proteínas do trigo • GLÚTEN


Nome genérico do conjunto de proteínas com capacidade de formar
• Existem 02 grupos: MASSA, ou seja, na mistura de farinha e água observa-se a formação de
- Não formadoras de glúten – albuminas e globulinas uma massa constituída da rede protéica do glúten ligada aos grânulos de
- Formadoras de glúten – gliadinas e gluteninas amido. O glúten em panificação retém gás carbônico produzido no
processo e faz com que o pão aumente de volume.

Morfologia Morfologia

 Composição química dos grãos de trigo  Valor nutritivo do trigo e alguns derivados por 100g do produto

Morfologia Morfologia

 Triticale  Vantagens do Triticale

• Cereal artificialmente criado pelo homem resultado do cruzamento entre • Planta mais rústica e resistente à doenças;
Trigo (gênero Triticum) e Centeio (gênero Secale) • A farinha pode substituir a do trigo na panificação;
• Pode ser usado na alimentação animal, o teor de proteínas é de 11%;
• Opção interessante para o período de inverno;
• Possui potencial para atingir até 7 toneladas/ha.

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Morfologia Morfologia

 Trigo durum (Triticum durum)  Trigo durum (Triticum durum)

• Trigo comum: glúten elástico e expansivo importante para o • Principais características:


crescimento do pão.
- As espigas são mais compactas, aristas mais longas e possibilidade de
germinação na própria espiga;
- Extração de sêmola destinada à fabricação de macarrão ou massas em
geral, podendo ser misturadas na fabricação de pães, bolachas, etc;
- A tecnologia empregada é similar ao do trigo comum e normalmente vale
em torno de 20% a mais que o trigo comum;

Morfologia Conceito de qualidade

 Trigo durum (Triticum durum) • TRITICULTOR


- Resistência à pragas e doenças;
• Principais características: - Alta produtividade de grãos;
- Alto peso ou massa hectolítrico (PH)
- A maioria dos cultivares são sensíveis ao alumínio tóxico do solo
superior a 5%;
- Em relação às doenças apresentam boa resistência às ferrugens e oídio,
entretanto mais suscetíveis às manchas foliares e doenças da espiga;
- A produção mundial é de 8 a 10% em relação ao do trigo comum;
- Quase 100% do trigo durum é importado da Argentina e do Canadá;

Conceito de qualidade Conceito de qualidade

• MOAGEIRO • PANIFICADOR
- Forma e tamanho uniforme dos grãos; - Alta capacidade de absorção de água pela farinha;
- Alto rendimento em farinha; - Tolerância ao amassamento;
- Boa coloração do produto final; - Glúten de força média a forte;
- Baixo consumo de energia para moagem. - Pães com boas características.

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Conceito de qualidade

• CONSUMIDOR
- Alto valor nutritivo (exemplo alta % em proteínas);
- Pães com grande volume;
- Textura interna e externa adequada;
- Boa coloração do produto final.

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