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Planos Experimentais Clínicos

Validade Interna
Ameaças para um grupo único

Dois planos de investigação pré-experimentais

I - Tratamento Pós-teste

X O

II – Pré-teste tratamento Pós-teste

O X O
O = observações/mensurações
Ameaças
História – eventos externos ao tratamento
que influenciam os participantes.

Maturação – mudanças nos participantes


devidas à idade, à experiência, etc.
ocorridas durante e que influenciam o
resultado do tratamento.

Instrumentação – falta de objetividade, de


validade e de fiabilidade dos instrumentos
que operacionalizam a variável
dependente.
Ameaças
Testagem – a experiência tida no pré-teste
influencia o resultado do pós-teste.

Mortalidade – perda de participantes do pré


para o pós-teste.

Regressão em direção à média – os


participantes com classificações
extremadas no pré-teste tendem
naturalmente a obter classificações mais
próximas da média no pós-teste.
Como lidar com as ameaças?
• Introduzindo um outro grupo – o grupo de
controlo (não passa pelo tratamento).

• A única diferença entre estes dois grupos


deve ser o tratamento: só assim se pode
analisar o seu efeito.
2. Ameaças para grupos múltiplos
• Temos, pelo menos, dois grupos e, pelo
menos, uma observação/mensuração
depois do tratamento.

• São os dois grupos comparáveis ou


equivalentes? Se sim, a única diferença
deveu-se ao tratamento.

• AMEAÇA: Seleção dos elementos para


constituir os grupos.
Seleção aleatória e Nomeação aleatória

• Seleção aleatória – refere-se à amostra


(todos os participantes).

• Nomeação aleatória – refere-se à


nomeação dos participantes para cada um
dos grupos (alvo e de controlo).
Como lidar com as ameaças?
• A melhor forma de ter grupos comparáveis
é através da distribuição aleatória dos
sujeitos em cada um dos grupos (planos
experimentais aleatorizados).

• Quando isso não é possível, tem que se


tomar todos os cuidados, e escrutinar a
existência de diferenças pré-existentes
(planos quasi-experimentais).
Ameaças à Validade Interna
3. Ameaças sociais
Interacções sociais no contexto da investigação que
podem ser responsáveis por diferenças nos resultados.

• Difusão ou imitação do tratamento


Quando o grupo de controlo descobre o que se
passa no tratamento (o grupo alvo partilha
informação sobre o tratamento).

• Rivalidade compensatória
Quando se gera inveja no grupo de controlo por
causa dos benefícios do tratamento: traduz-se
numa atitude competitiva.
• Desmoralização ressentida
Quando se gera o contrário do anterior. O grupo
de controlo fica irritado, chateado e frustrado,
desinvestindo na sua participação.

• Igualização compensatória do tratamento


Queixas e pedidos do grupo de controlo que
levam os investigadores a criar tratamento(s)
similares ou compensatórios para este grupo.
Notação nos Designs
• Observações ou Mensurações – O
• Programas ou Tratamento - X
• Grupos – cada grupo uma linha
• Tempo – da esquerda para a direita
• Distribuição pelos grupos:
R –> aleatória (random)
--- –> não aleatória
Planos Quase-experimentais
• É quase um plano experimental, mas
falta-lhe a nomeação aleatória (problema
principal)
O1 X O2
-----------------------
O3 O4

X = tratamento
O = observações/mensurações
--- = não aleatória

Design de grupos não-equivalentes (podem ter diferentes


características sociodemográficas apesar de O1 e O3 serem
comparáveis).
Planos Quase-Experimentais

R X O1
R O2
Plano com nomeação aleatória (R) só com pós-teste.

Fraquezas do plano:
Sem pré-teste não sabemos se os grupos eram equivalentes
Planos Experimentais Aleatorizados
Plano experimental com nomeação aleatória e
com pré-teste e pós-teste
R O1 X O2
R O3 O4
Plano experimental de Salomon (quatro grupos)
R O1 X O2
R O3 O4
R X O5
R O6
Pretende-se testar a ameaça potencial da testagem:
resultados similares em O1, 3, 4, 6 = não houve efeito de testagem

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