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EDUCAÇÃO SOCIAL

FALAMOS DE QUÊ, DE QUEM E DE QUE CIRCUNSTÂNCIAS?

MARIA DO ROSÁRIO MOURA PINHEIRO


MRPINHEIRO@FPCE.UC.PT

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de


Coimbra
2017-2018
1
Slides de apoio às aulas do Módulo I e
II do programa de ES
■ I. Educação Social, Pedagogia Social, Intervenção Socioeducativa e
Ciências da Educação
– 1. Educação Social (ES) e Intervenção socioeducativa: O conhecimento e o
reconhecimento do caráter educativo do social e, complementarmente, da
dimensão social da educação.
– 2. Contextos, agentes, âmbitos, áreas de intervenção e lógicas de
desenvolvimento pessoal, social e comunitário.
– 3. Conceitos de vulnerabilidade, risco, conflito, marginalização e exclusão social
que dificultam a inserção social de sujeitos e coletivos.
– 4. Modalidades de intervenção socioeducativa: promoção, prevenção,
diagnóstico, apoio, mediação, terapêutica, (re)integração, redução de riscos e
danos, formação e animação.
– 5. Competências de um pedagogo social.

■ II. Referências histórico-conceptuais da ES


2
EDUCAÇÃO SOCIAL
I. Educação Social, Pedagogia Social,
Intervenção Socioeducativa e
Ciências da Educação
FALAMOS DE QUÊ?

3
Educação
“Educación es um processo
exclusivamente humano,
intencional, intercomunicativo...
en virtude del qual se realizan com
mayor plenitud la instrución, la
personalización y la
socialización del hombre
(Fermoso, 1994, p. 21)

4
Pedagogia Social
■ “A Pedagogia Social e o seu objecto de estudo, a Educação Social, estão
situadas num ponto onde confluem o educativo e o social e só partindo
desta perspectiva é que podemos compreender o seu início e o seu
desenvolvimento.

■ O conceito de Pedagogia Social mais generalizado é o que a refere como a


ciência da Educação Social das pessoas e dos grupos, por um lado, e, por
outro lado, como ajuda, numa vertente educativa, às necessidades
humanas, convocando o trabalho social, assim como o estudo da
inadaptação social
■ (…)
■ Andrés Soriano Díaz in RPP (Setembro, 2009)
5
Pedagogia Social e Educação Social

■ A Educação Social deve, antes de tudo, ajudar a ser e a conviver


com os outros, aprender a ser com os outros e a viver em
comunidade.
■ Portanto, os objectivos perseguidos pela Educação Social podem
sintetizar-se em conduzir a pessoa a integrar-se no contexto
social que a envolve, mas com capacidade crítica para o
melhorar e transformar.
■ Andrés Soriano Díaz in RPP (Setembro, 2009)

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Pedagogia Social e Educação Social
– Educação Social/ES: Saberes teóricos, técnicos, experienciais, descritivos
ou normativos, que integram a Pedagogia Social (Petrus, 2000).

■ Duas características definem a ES:

– a) o seu âmbito social (o seu âmbito de intervenção é o espaço


sociocomunitário)

– b) seu carácter pedagógico (Petrus, 2000, citado por Varela, 2012, p. 4).
7
Extracto da nota de Apresentação do Caderno
temático sobre Educação Social da RPP
■ Este pretende constituir-se como um contributo para a
afirmação desta área de intervenção em Portugal, recorrendo à
colaboração de autores internacionais e nacionais. A sua
publicação numa revista intitulada Revista Portuguesa de
Pedagogia reforça a sua identidade epistemológica. O facto de
esta revista ser publicada pela Faculdade de Psicologia e de
Ciências da Educação, da Universidade de Coimbra, reafirma a
identidade dos profissionais que nesta faculdade optam por se
profissionalizarem em Ciências da Educação, na área da
Educação Social: Crianças, Jovens e Famílias, à qual
pertencem, como docentes, os três autores desta nota
introdutória.
8
Extracto da nota de Apresentação do Caderno
temático sobre Educação Social da RPP
■ A formação em Educação Social, integrada nos planos de estudo

do primeiro e segundo ciclo das Ciências da Educação, tem

procurado proporcionar um conhecimento específico dos saberes

teóricos e técnicos em Educação e Pedagogia Social, assim como

gerar oportunidades de reflexão crítica acerca de contextos,

agentes, âmbitos e áreas de intervenção socioeducativa, tal como

acerca das lógicas de desenvolvimento pessoal, social e

comunitário.
9
Extracto da nota de Apresentação do Caderno
temático sobre Educação Social da RPP
■ Tal formação tem ainda tido a preocupação de promover

competências de concepção de projectos de investigação e de

intervenção socioeducativa nas modalidades de promoção,

prevenção, diagnóstico, tratamento, apoio e (re)integração social

de grupos específicos, apelando assim ao contributo dos

especialistas em Ciências da Educação para o conhecimento e

reconhecimento do carácter educativo do social e,

complementarmente, da dimensão social da educação.

Coimbra, 30 de Setembro de 2009, Maria Filomena da Fonseca Gaspar, Maria Rosário Moura Pinheiro, António Gomes Alves Ferreira 10
A Pedagogia Social e a Educação Social
■ “A Pedagogia Social e o seu objecto de estudo, a Educação Social, estão
situadas num ponto onde confluem o educativo e o social e só partindo
desta perspectiva é que podemos compreender o seu início e o seu
desenvolvimento”.

■ O conceito de Pedagogia Social mais generalizado é o que a refere como a


ciência da Educação Social das pessoas e dos grupos, por um lado, e, por
outro lado, como ajuda, numa vertente educativa, às necessidades
humanas, convocando o trabalho social, assim como o estudo da
inadaptação social.
■ (…)
■ Andrés Soriano Díaz in RPP (Setembro, 2009)
11
A Pedagogia Social
e a Educação Social
■ A Educação Social deve, antes de tudo, ajudar a ser e a conviver
com os outros, aprender a ser com os outros e a viver em
comunidade.
■ Portanto, os objetivos perseguidos pela Educação Social podem
sintetizar-se em conduzir a pessoa a integrar-se no contexto
social que a envolve, mas com capacidade crítica para o
melhorar e transformar.
■ Andrés Soriano Díaz in RPP (Setembro, 2009)

12
Educação Social

■ Toda a ação sistemática e fundamentada, de


suporte, mediação e transferência que favorece
especificamente o desenvolvimento da
sociabilidade do indivíduo ao longo da sua vida,
circunstâncias e contextos, promovendo a sua
autonomia, integração e participação crítica,
construtiva e transformadora na moldura
sociocultural que o envolve, contando em primeiro
lugar com os próprios recursos pessoais e, em
segundo lugar, mobilizando os recursos
socioculturais necessários ou criando novas
alternativas (adaptado de Pérez Serrano, 2001).
13
Pedagogia Social
“Pedagogía Social és la ciencia prática
social y educativa no formal, que
fundamenta, justifica y comprende la
normatividad más adecuada para la
prevención, ayuda y reinserción de
quienes pueden padecer o padecem, a lo
largo de toda su vida, deficiencias en la
socialización o en la satisfación de
necessidades básicas amparadas por los
derechos humanos” (Fermoso, 1994, p.21).

14
Pedagogia Social e a Educação Social

■ … estão situadas num ponto onde


confluem o educativo e o social…
■ …e as suas origens e desenvolvimento
histórico só podem compreender-se a
partir desta perspetiva (Díaz, 2006, p. 91).
■ Pedagogia social
– … disciplina científica
– … necessidades práticas
■ Educação social
– como espaço de INTERVENÇÃO
PRÁTICA – Intervenção Socioeducativa (Díaz, 2006,
p. 91).

15
2. Contextos, agentes, âmbitos, áreas de intervenção
socioeducativa e lógicas de desenvolvimento
pessoal, social e comunitário.

■ A quem é que se dedicam as pessoas que dizem dedicar-se à


educação social e à +intervenção socioeducativa?

16
Intervenção socioeducativa

Uma mulher vítima


de TSH acolhida
num CAT
Estudantes
de mobilidade
em Coimbra que
As crianças que
não falam
permanecem na rua
O lixo reutilizável português
enquanto os
do Bairro Norton
pais trabalham
de Matos

17
Intervenção socioeducativa

Individualizada

Com grupos

Comunitária

18
Intervenção socioeducativa
Para resolver necessidades pessoais, familiares
e sociais, tanto do indivíduo como da sua família

Para resolver problemas de adaptação e


integração social de um grupo definido

Para solucionar problemas detetados ou que


afetam um coletivo ou comunidade

19
Intervenção socioeducativa
Contextos e
Modalidades Cultural
? Lógica de centrado na
desenvolvimento
pessoal ? atividade

? Lógica de
desenvolvimento
social? Educativo Social
centrada no
centrada na grupo ou na
? Lógica de pessoa comunidade
desenvolvimento
comunitário?
20
Intervenção socioeducativa
Contextos e Lógica de
Modalidades desenvolvimento
Cultural sociocultural
Conceções de cultura
centrado na
atividade

Educativo Social
centrada no
centrada na grupo ou na
Lógica de pessoa
desenvolvimento comunidade
Lógica de
Pessoal
Modelos de formação e de Desenvolvimento Social e
educação Comunitário
Modelos de sociedade 21
Segundo Perez Serrano (2003, 2008)

A participação é
uma consequência…

Sensibilização + Dinamização
= Participação
(indivíduos, grupos comunidades)
A sensibilização é uma ferramenta
conceptual e metodológica
Jogos e Dinâmicas
de Grupo:
ferramentas úteis

Participação: Dinamização:
Sensibilização:
capazes de estimula as relações e 3 fases (Perez Serrano,
trabalhar e =
suscita novas energias + 1993)
crescer juntas

(1)
(3)
Conscientização Interpretação
(2)

Informação/
Formação
Intervenção socioeducativa

Atuações com
finalidades Caráter pedagógico
sociais

Programa Agentes de Motivacional


Projeto intervenção Informacional
(institucionais Sensibilização
Ação ou pessoais)
Formação
Mudança comportamental

Destinado a
pessoas, Alcance de
grupos ou objetivos
comunidades
24
Intervenção socioeducativa

Atuações com
finalidades Caráter pedagógico
sociais

Programa Motivacional / Dinamização


Agentes de
Informacional / Conhecimento
Projeto intervenção
(institucionais Sensibilização/Conscientização a Interpretação
Ação ou pessoais) Formação / Competências
Mudança comportamental / Transformação

Destinado a
pessoas, Alcance de
grupos ou objetivos
comunidades
25
Intervenção socioeducativa

Atuações
com Caráter
finalidades pedagógico
sociais
Motivacional / Dinamização
Agentes de Informacional / Conhecimento
Programa intervenção Sensibilização/Conscientização a
Interpretação
Projeto/Ação (institucionais
Formação / Competências
ou pessoais)
Mudança comportamental /
Transformação
Destinado a
pessoas,
Alcance de
grupos ou
objetivos
comunidade
s
26
Intervenção socioeducativa
Espaços e Modalidades
da Intervenção socioeducativa

Modalidade Funções Metodologias Espaços

CULTURAL Promoção cultural CENTRADA NA Ex: CASA DE CULTURA


ACTIVIDADE
CULTURAL
SOCIAL Promoção da CENTRADA NO Ex: ASSOCIAÇÃO DE
DESENVOLVIMENTO
Inclusão social GRUPO OU NA
LOCAL
COMUNIDADE GRUPOS DE
VOLUNTARIADO

EDUCATIVA Promoção do CENTRADA NA Ex: GRUPOS DE AJUDA


desenvolvimento PESSOA CENTROS DE
FORMAÇÂO e
individual EDUCAÇÂO
27
Intervenção socioeducativa
Contexto de intervenção socioeducativa

■ Ambiente físico ou situação, seja político,


histórico, cultural ou outro.

■ Ex. Um centro de convívio de emigrantes

28
Intervenção socioeducativa
Âmbito de intervenção socioeducativa
■ Problemas, temáticas, questões subjacentes
a uma área e concretizadas num contexto
Ex.

■ Adultos migrantes
■ Filhos de migrantes
■ Acolhimento e integração laboral
de migrantes
■ Acolhimento escolar de filhos de
migrantes

29
Intervenção socioeducativa
Área de intervenção socioeducativa

■ Marco de referência de limites amplos e flexíveis

Ex.
■ Área de educação de adultos
■ Área de animação sociocultural de
adultos
■ Área de atenção a pessoas
migrantes e suas etnias

30
Intervenção socioeducativa
Áreas, âmbitos e contextos
de intervenção socioeducativa

Área de Educação de Adultos

Adultos migrantes

Centro de convívio e
alfabetização na língua
estrangeira 31
Intervenção socioeducativa
Áreas, âmbitos e contextos de
intervenção socioeducativa
Educação de Adultos

Adultos migrantes

Centro de convívio e
alfabetização na
língua estrangeira

32
Intervenção socioeducativa
Áreas, âmbitos e contextos de
intervenção socioeducativa
Educação de Adultos

Qual poderia ser


a finalidade?
Adultos migrantes

Centro de convívio e
alfabetização na
língua estrangeira

33
Intervenção socioeducativa
Áreas, âmbitos e contextos de
intervenção socioeducativa
Adultos
Finalidade
Ex: Prevenir a exclusão
Adultos migrantes social dos emigrantes
(saúde, pessoal, social,
cultural, laboral…)
Centro de convívio e
alfabetização na
língua estrangeira

34
Intervenção socioeducativa

Espaços de intervenção
Abertos
■ Rurais, de rua, de bairro, territorial, grupal- ambiental

– Institucionais
■ Escolares: escolaridade regular, compensatória, de segunda oportunidade,
centros de formação permanente, etc.
■ Não escolares: centros de acolhimento, de proteção (menores, vitimas,
excluídos, etc.), de reeducação, estabelecimentos prisionais, hospitalares, etc.
■ Instituições político-administrativas: CM, Redes Sociais
■ Instituições sociais, sanitárias, culturais, religiosas, beneficência,
sindicatos, associações...

35
Intervenção socioeducativa

Agentes
– Profissionais de Educação Social (educador social*,
sociopedagogo**, animador*, socioterapeuta***, etc.
– Profissionais de educação (pedagogos)
– Profissionais de serviço social (assistentes sociais)
– Trabalhadores sociais (vários)
– Parceiros sociais (sociedade civil, Voluntários)

* Portugal e Espanha
** Alemanha, Bélgica e Dinamarca
*** EUA
36
Intervenção socioeducativa

Destinatários
■ tendo em conta a
– idade: crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos
– problemática/área/âmbito de intervenção: delinquência,
toxicodependência, deficiências, doenças e incapacidades, etnias,
minorias, grupos de risco ou de elevada

vulnerabilidade (universitários, soldados, reclusos,


migrantes, desempregados), etc.
– origem sociogrupal: grupos informais, formais, associações,
organizações, etc.

37
Petrus e Trilla (2003): Proposta de 3 áreas ou âmbitos
da ES: EE, ASC e EPA em função dos destinatários e
âmbito Crianças e Jovens Adultos e Idosos

normatizada
regularizada ou
População

?
conflito social
População em

EE- Educação Especializada; ASC- Animação Sociocultural; EPA- Educação


38
de Pessoas Adultas
Petrus e Trilla (2003): Proposta de 3 áreas ou âmbitos
da ES: EE, ASC e EPA em função dos destinatários e
âmbito
Crianças e Jovens Adultos e Idosos
normatizada
regularizada ou
População

EDUCAÇÃO DE ADULTOS
ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL
conflito social
População em

EDUCAÇÃO ESPECIALIZADA

EE- Educação Especializada; ASC- Animação Sociocultural; EPA- Educação


39
de Pessoas Adultas
Senra-Varela (2012) - Áreas de
intervenção socioeducativa

Área Área de atenção


Área sociolaboral
sociocultural á família

Área de atenção
Área de atenção Área
a pessoas
a menores socioeducativa
migrantes

Área de atenção Área de atenção


Área social
a etnias à mulher

40
Senra-Varela (2012) - Áreas de
intervenção socioeducativa
Área de
Área de atenção a
Área de pessoas com aprendizagem na
pessoas com idade
incapacidades sociedade da
avançada
informação

Área de serviços Área de serviços sociais


Área de apoio à sociais de base para de base para população
em situação de
educação formal população em risco inadaptação, conflito e
social exclusão social

Área de serviços
sociais de base para Área de atenção à Área de atenção à
população Saúde social cidadania e DH
geral/universal
41
Áreas emergentes de
intervenção socioeducativa
Área de
… Mediação ...
intercultural

Área da educação
Área de Educação e

Intercultural responsabilidade
ambiental

… … …
42
Intervenção socioeducativa

Áreas de intervenção
(Carvalho & Batista, 2004)

■ Educação de adultos
Moral
Político ■ Educação parental
Cívico ■ Educação especializada
Sociocultural
■ Educação laboral e
ocupacional
Preventivo ■ Educação para o tempo livre
Ajuda
(Re)Socialização
■ Educação cívica
… ■ Educação comunitária
■ Educação para a saúde
artigos ■ Educação penitenciária
■ Educação intercultural 43
Intervenção socioeducativa

Atuações
com Caráter
finalidades pedagógico
sociais

Motivacional
Agentes de
Programa intervenção
Sensibilização
Informacional
Projeto/Ação (institucionais Formação
ou pessoais)
Mudança comportamental

Destinado a
pessoas,
Alcance de
grupos ou
objetivos
comunidade
s
44
Intervenção socioeducativa

Atuações
com Caráter
finalidades pedagógico
sociais

Motivacional = Dinamização
Agentes de
Programa intervenção
Sensibilização = Conscientização a Interpretação
Informacional = Conhecimentos
Projeto/Ação (institucionais Formação = Competências
ou pessoais)
Mudança comportamental= Transformação

Destinado a
pessoas,
Alcance de
grupos ou
objetivos
comunidade
s
45
Intervenção socioeducativa

Individualizada

Com grupos

Comunitária

46
Áreas de intervenção na ES (Ventosa, 1997)

■ Animação sociocultural e tempo livre


■ Educação especializada
■ Educação de adultos
■ Animação e formação laboral

47
Áreas de intervenção na ES (Ventosa, 1997)

■ Animação sociocultural e tempo livre (p. 44)

■ Estratégia socio-educativa para desencadear processos auto-organizativos


a nível individual e grupal de promoção da Democracia Cultural.

■ Animação cultural
■ Animação social e comunitária
■ Animação educativa e pedagógica

48
Áreas de intervenção na ES (Ventosa, 1997)

■Animação sociocultural e tempo livre


(p. 44)
– Educação para o ócio e tempo livre
– Educação ambiental
– Gestão ou difusão sociocultural

49
Áreas de intervenção na ES (Ventosa, 1997)

■Educação de adultos
– Educação dirigida aos adultos
– Facilitação da inserção ativa, crítica e
responsável no meio social a que pertence
– Educação permanente

50
Áreas de intervenção na ES
(Ventosa, 1997)

– Educação permanente
■ Educação básica de adultos (alfabetização, de segunda oportunidade)
Prioritário ■ Educação compensatória
■ Educação permanente de adultos (cultural, profissional e cívica)
■ Educação para a terceira idade – gerontoeducação/gerontopedagogia

■ Desenvolvimento comunitário (económico e social)

■ Educação para a Paz


Transversal

■ Educação Cívica
■ Pedagogia dos meios de comunicação
■ Educação para a Saúde
■ Educação Familiar 51
Áreas de intervenção na ES
(Ventosa, 1997)

■ Educação especializada
– Pedagogia social da inadaptação, descriminação e exclusão social
Prioritário – Intervenção socioeducativa em toxicodependências
■ Prevenção
■ Tratamento (…)
■ (Re)Inserção
– Grupos com necessidades sociais especiais
– Minorias étnicas
– Refugiados
– Emigrantes
Transversal

– Deficientes
– Doentes, vitimas de violência, guerra, maus tratos, abusos sexuais, etc.
– Grupos de risco
52
Áreas de intervenção na ES (Ventosa, 1997)
■ Animação e formação laboral
Prioritário – Formação para/sobre a organização
– Formação ocupacional (não académica)
■ Programas de transição para a vida ativa
■ Planos e programas comunitários de qualificação

– Formação permanente dos membros


colaboradores
■ Atualizações e formações complementares
Transversal

■ Direitos e deveres dos trabalhadores

53
Educação Social (Ortega, 1999)

■ Fundamentalmente a dinamização ativa das


condições educativas da cultura,
da vida social e dos seus indivíduos e a
compensação, normalização ou, até, a reeducação
da dificuldade e do conflito social…

54
Educação Social (Diáz, 2006)

■ “Portanto uma Educação Social assim entendida


promove e dinamiza uma sociedade que educa e
uma educação que socializa, integra, ajuda a evitar,
equilibrar e reparar o risco, a dificuldade ou o
conflito social”

55
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Conceitos de vulnerabilidade, risco,


conflito, desadaptação e exclusão
social

56
Introdução

■ Ilha das Flores


https://www.youtube.com/watch?v=e7sD6mdXUyg
■ Ilha das Flores é um filme de curta-metragem brasileiro, do
gênero documentário, escrito e dirigido pelo cineasta Jorge
Furtado em1989, com produção da Casa de Cinema de Porto Alegre. O
filme foi realizado com o apoio de Kodak do Brasil, Curt-Alex Laboratórios
e Álamo Estúdios de Som.
■ Ilha das Flores: depois que a sessão acabou
■ https://www.youtube.com/watch?v=Ch-LIsnG9Wc
57
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Isto são situações de vulnerabilidade


social
Alguma vez entregou os seus documentos de
identidade a uma pessoa desconhecida
ou sem saber para que fins iriam ser utilizados?

Alguma vez deixou caducar:


- um visto de residência num pais?
- carta de condução/seguro da casa?
- prazo de pagamento de propinas?
58
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

situações de vulnerabilidade social

?
59
Vulnerabilidade social

■ conceito multidimensional

■ condição de indivíduos ou grupos em situação de fragilidade, que os


tornam expostos a riscos e a níveis significativos de desagregação
social.

■ Dificuldade, de indivíduos ou grupos, de inserção nas estruturas


sociais e económicas, gerando uma zona instável entre integração e
exclusão.
60
Vulnerabilidade social
■ As desvantagens em relação às estruturas de oportunidades resultam

num aumento das situações de não/des/proteção e


insegurança, o que põe em relevo os problemas de exclusão e
marginalidade (Katzman, 2001)

■ Relaciona-se ao resultado de qualquer processo


acentuado de exclusão, discriminação ou enfraquecimento de
indivíduos ou grupos, provocado por fatores, tais como pobreza, crises
económicas, nível educacional deficiente, localização geográfica precária e
baixos níveis de capital social, humano, ou cultural (sobre o conceito de
capital, ver BOURDIEU, 1987; 1989; 1990), dentre outros, que gera

fragilidade dos atores no meio social. 61


3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Vulnerabilidade Social
Pressupostos de uma ciência da vulnerabilidade, definindo
vulnerabilidade como o potencial para a perda
(ex. saúde, emprego, família/rede social, habitação, direitos,
liberdades, garantias… )

O modelo de Bogardi, Birkmann e Cardona (modelo BBC), que define a


vulnerabilidade como sendo composta por três fatores: exposição,
suscetibilidade e capacidade de enfrentamento.
José Manuel Mendes e Alexandre Oliveira Tavares, « Risco, vulnerabilidade social e cidadania », Revista Crítica de Ciências
Sociais [Online], 93 | 2011, colocado online no dia 22 Maio 2012, criado a 05 Maio 2015. URL : http://rccs.revues.org/173
62
63
26 de abril Aula Aberta
Poor sleep and obesity: what we know
and what we still need to understand!
Caterina Lombardo - Roma, Itália
Professora de Psicologia Clínica na Universidade de La Sapienza, Roma
15h30 - 18h00 Anfiteatro Joaquim Ferreira Gomes (Edifício 1) FPCE-UC
http://www.uc.pt/fpce/eventos/2018/aulaaberta/20180426
Inscrição e certificado no local

28 de abril Workshop
CONSTELAÇÕES SISTÉMICAS
Palestra e exercícios sistémicos
Mônica Spínola - São Paulo, Brasil
Programação Neurolinguística, Terapia Transpessoal
e Constelação Sistémica
15h00 - 18h00 ISCAC, Coimbra Business School - Quinta Agrícola - Bencanta
Evento criado por International Happiness Forum
Organização:
Gabinete de Apoio ao Estudante da FPCE-UC Preço especial estudante FPCEUC 3€
Educação para a Saúde u.c. do Mestrado em Ciências da Educação
Inscrição e certificado no local
NEPCESS
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Isto são situações de risco social


Conhece alguém toxicodependente?
Conhece alguém que esteja a cumprir pena de prisão?
Conhece alguém analfabeto?
Conhece alguém que trabalhe sem contrato ou descontos
para a SS?
Alguma vez:
- Se sentiu ameaçado na sua segurança?
- Consumiu álcool até à embriaguez?
- Alguma vez acordou sem saber onde estava?
65
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Isto são situações de risco social


Conhece alguém toxicodependente?
Conhece alguém que esteja a cumprir pena de prisão?
Conhece alguém analfabeto?
Conhece alguém que trabalhe sem contrato ou descontos
para a SS?
Alguma vez:
- Se sentiu ameaçado na sua segurança?
- Consumiu álcool até à embriaguez?
- Alguma vez acordou sem saber onde estava?
66
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

situações de risco social

?
67
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos
situações de risco social
Insegurança social
Ameaças à proteção ?
Ameaças à vida
Ameaças de saúde
Baixo rendimento ?
Precaridade financeira
Sobre-individamento ?
Desigualdades sociais
68
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Risco Social

Pessoas ou coletivos que, pelas suas características


ou circunstâncias, se encontram em situações de
abandono, negligência e maltrato, ou com
especiais dificuldades para a sua inserção
familiar, escolar, social, laboral, cultural, etc.

69
26 de abril Aula Aberta
Poor sleep and obesity: what we know
and what we still need to understand!
Caterina Lombardo - Roma, Itália
Professora de Psicologia Clínica na Universidade de La Sapienza, Roma
15h30 - 18h00 Anfiteatro Joaquim Ferreira Gomes (Edifício 1) FPCE-UC
http://www.uc.pt/fpce/eventos/2018/aulaaberta/20180426
Inscrição e certificado no local

28 de abril Workshop
CONSTELAÇÕES SISTÉMICAS
Palestra e exercícios sistémicos
Mônica Spínola - São Paulo, Brasil
Programação Neurolinguística, Terapia Transpessoal
e Constelação Sistémica
15h00 - 18h00 ISCAC, Coimbra Business School - Quinta Agrícola - Bencanta
Evento criado por International Happiness Forum
Organização:
Gabinete de Apoio ao Estudante da FPCE-UC Preço especial estudante FPCEUC 3€
Educação para a Saúde u.c. do Mestrado em Ciências da Educação
Inscrição e certificado no local
NEPCESS
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Integrar a temática da aula aberta no programa da unidade


curricular de Educação Social:
Poor sleep and obesity: what we know
and what we still need to understand!

1. Existe uma educação social da saúde? (o caso das Respostas integradas nas adições
e dependências, consulta do site do SICAD)

2. Qual a diferença emtre risco, fatores de risco e de fatores protetores da saúde?


(O caso do sono)

3. As pressões socioculturais podem ter impacto na saúde e no bem estar social,


mental e físico? (O caso do peso ideal)
71
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos
1. Existe uma educação social da saúde? (O caso das Respostas
integradas nas adições e dependências, consulta do site do SICAD)
O sentido da intervenção socioeducativa na educação para a saúde, na
promoção da saúde física, mental e social, na prevenção da doença, na
redução de riscos, no tratamento e na disuasão

2. Qual a diferença emtre risco, fatores de risco e de fatores


protetores da saúde? (O caso do sono) Contributos para para a
compreensão dos conceitos de "estilos de vida saudáveis" e de
“qualidade de vida”

3. As pressões socioculturais podem ter impacto na saúde e no bem


estar social, mental e físico? (O caso do peso ideal ou da depressão)
Voltando ao modelo BBC… da vulnerabilidade…à doença… passando
pela resiliência.
72
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos
1. Existe uma educação social da saúde? (O caso das Respostas
integradas nas adições e dependências, consulta do site do SICAD)
O sentido da intervenção socioeducativa na educação para a saúde, na
promoção da saúde física, mental e social, na prevenção da doença, na
redução de riscos, no tratamento e na disuasão

2. Qual a diferença emtre risco, fatores de risco e de fatores


protetores da saúde? (O caso do sono) Contributos para para a
compreensão dos conceitos de "estilos de vida saudáveis" e de
“qualidade de vida”

3. As pressões socioculturais podem ter impacto na saúde e no bem


estar social, mental e físico? (O caso do peso ideal ou da depressão)
Voltando ao modelo BBC… da vulnerabilidade…à doença… passando
pela resiliência.
73
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos
1. Existe uma educação social da saúde? (O caso das Respostas
integradas nas adições e dependências, consulta do site do SICAD)
O sentido da intervenção socioeducativa na educação para a saúde, na
promoção da saúde física, mental e social, na prevenção da doença, na
redução de riscos, no tratamento e na disuasão
Modalidades de intervenção socioeducativa
Exemplo das respostas integradas nas adições e
dependências: inclui respostas sociais, de
educação, de prevenção, de redução de riscos,
de dissuasão, de tratamento e de integração
social.
SICAD: Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas
Dependências (SICAD) http://www.sicad.pt/pt/Paginas/default.aspx
74
SICAD: Serviço de Intervenção nos Comportamentos
Aditivos e nas Dependências (SICAD)
http://www.sicad.pt/pt/Paginas/default.aspx

75
Intervenção socioeducativa

Atuações
com Caráter
finalidades pedagógico
sociais

Motivacional= Dinamização
Programa Agentes de Sensibilização = Conscientização a Interpretação
Projeto intervenção Informacional = Conhecimentos
(institucionais Formação = Competências
Ação ou pessoais)
Mudança comportamental = Transformação

Destinado a
pessoas, Alcance de
grupos ou objetivos
comunidades
76
Intervenção socioeducativa

Individualizada

Com grupos

Comunitária

77
Intervenção socioeducativa

Atuações
com Caráter
finalidades pedagógico
sociais

Motivacional= Dinamização
Agentes de
Programa intervenção
Sensibilização = Conscientização a Interpretação
Informacional = Conhecimentos
Projeto/Ação (institucionais Formação = Competências
ou pessoais)
Mudança comportamental = Transformação

Destinado a
pessoas,
Alcance de
grupos ou
objetivos
comunidade
s
78
Modalidades de intervenção
socioeducativa/ISE: Objetivos
■ A intervenção em situações de desigualdade,
vulnerabilidade, marginalidade e exclusão com
vista à proteção, à participação (individual, grupal,
comunitária, societal), à mudança e transformação
social, à promoção, à capacitação e ao
desenvolvimento (pessoa, grupo, comunidade,
sociedade), ao empoderamento e à autonomia.

79
Modalidades de ISE: Objetivos
■ Dar respostas a situações de Desigualdade
■ Compensar as causas da Vulnerabilidade

– Fatores socio-estruturais:
■ Ex. Situações de irregularidade social dos
emigrantes, desemprego, não estar
documentados, abandonar a escola…
RESILIÊNCI EMPODER
A AMENTO

– Fatores pessoais e familiares


■ Baixa auto-estima, bloqueios emocionais,
Ex.
impulsividade, transtornos de personalidade,
conflitos familiares, adições, doenças, etc.
80
26 de abril Aula Aberta
Poor sleep and obesity: what we know
and what we still need to understand!
Caterina Lombardo - Roma, Itália
Professora de Psicologia Clínica na Universidade de La Sapienza, Roma
15h30 - 18h00 Anfiteatro Joaquim Ferreira Gomes (Edifício 1) FPCE-UC
http://www.uc.pt/fpce/eventos/2018/aulaaberta/20180426
Inscrição e certificado no local

28 de abril Workshop
CONSTELAÇÕES SISTÉMICAS
Palestra e exercícios sistémicos
Mônica Spínola - São Paulo, Brasil
Programação Neurolinguística, Terapia Transpessoal
e Constelação Sistémica
15h00 - 18h00 ISCAC, Coimbra Business School - Quinta Agrícola - Bencanta
Evento criado por International Happiness Forum
Organização:
Gabinete de Apoio ao Estudante da FPCE-UC Preço especial estudante FPCEUC 3€
Educação para a Saúde u.c. do Mestrado em Ciências da Educação
Inscrição e certificado no local
NEPCESS
26 de abril Aula Aberta
Poor sleep and obesity: what we know
and what we still need to understand!
Caterina Lombardo - Roma, Itália
Professora de Psicologia Clínica na Universidade de La Sapienza, Roma
15h30 - 18h00 Anfiteatro Joaquim Ferreira Gomes (Edifício 1) FPCE-UC
http://www.uc.pt/fpce/eventos/2018/aulaaberta/20180426
Inscrição e certificado no local

28 de abril Workshop
CONSTELAÇÕES SISTÉMICAS
Palestra e exercícios sistémicos
Mônica Spínola - São Paulo, Brasil
Programação Neurolinguística, Terapia Transpessoal
e Constelação Sistémica
15h00 - 18h00 ISCAC, Coimbra Business School - Quinta Agrícola - Bencanta
Evento criado por International Happiness Forum
Organização:
Gabinete de Apoio ao Estudante da FPCE-UC Preço especial estudante FPCEUC 3€
Educação para a Saúde u.c. do Mestrado em Ciências da Educação
Inscrição e certificado no local
NEPCESS
Modalidades de intervenção socioeducativa
■ Novas lógicas de desenvolvimento pessoal, social e
comunitário.
1. Promoção social
2. Prevenção social
3. Diagnóstico social
4. Tratamento social /terapêutica social
5. Apoio social (suporte social e institucional)
6. Redução de riscos sociais e minimização de danos
7. (Re)Integração social de grupos específicos
8. Formação social/literacia social
9. Animação socioeducativa, sociocultural e sociolaboral
10. Mediação social/intercultural/comunitária
83
Modalidades de ISE: Objetivos da
intervenção individual
■ Dar respostas a situações de Desigualdade
■ Compensar as causas da Vulnerabilidade

RESILIÊNCIA EMPODERAMENTO

84
Modalidades de ISE: Objetivos da
intervenção individual
■ 1. Crescimento pessoal
■ 2. Autoaceitação
RESILIÊNCIA EMPODERAMENTO
■ 3. Autonomia pessoal
■ 4. Relações positivas
■ 5. Controlo positivo do meio
■ 6. Projeto de vida
85
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos
1. Existe uma educação social da saúde? (O caso das Respostas
integradas nas adições e dependências, consulta do site do SICAD)
O sentido da intervenção socioeducativa na educação para a saúde, na
promoção da saúde física, mental e social, na prevenção da doença, na
redução de riscos, no tratamento e na disuasão

2. Qual a diferença emtre risco, fatores de risco e de fatores


protetores da saúde? (O caso do sono) Contributos para para a
compreensão dos conceitos de "estilos de vida saudáveis" e de
“qualidade de vida”

3. As pressões socioculturais podem ter impacto na saúde e no bem


estar social, mental e físico? (O caso do peso ideal ou da depressão)
Voltando ao modelo BBC… da vulnerabilidade…à doença… passando
pela resiliência.
86
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

RISCO possível dano ex. risco biológico

possibilidade
probabilidade ex. gravidez de
perigo
proximidade risco
contingência

ex. em risco de
de algo acontecer ameaça
depressão
87
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

88
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Entre as décadas de 60 e 80, nos


Estados Unidos, foi realizado o que é
reconhecido como o primeiro grande
estudo de Educação para a Saúde:
Estudo do Condado de Alameda
(Berkman & Breslow, 1983).
Pinheiro, M.R. (2015). A prevenção
A partir dele surge uma nova forma de não tem idade e o importante é a
pensar a saúde: no dia-a-dia há que saúde! In S. P. Barradas & A. L.
Oliveira (Eds.), Agenda de
garantir que temos comportamentos Gerontologia 2015: Recurso técnico-
que previnem as doenças e Pedagógico (pp. 83-85). Coimbra:
Alma Letra Edições.
aumentam a saúde.
89
A origem da Educação para a Saúde
O estudo Alameda (Berkman & Breslow, 1983),
Entre os muitos comportamentos que podemos adotar para favorecer a nossa saúde,
estão 7 que no dia-a-dia protegem a nossa saúde. Estes “7 magníficos” foram
identificados no estudo americano de Alameda County, aplicam-se à população
adulta em geral, podem orientar o
estilo de vida saudável:
1. Dormir diariamente 7 a 8 horas
2. Tomar sempre o pequeno-almoço
3. Fazer três refeições por dia
4. Manter uma actividade física regular
5. Manter o peso adequado
6. Nunca fumar
7. Consumo moderado de bebidas alcoólicas
90
Estilo de vida saudável versus
perturbações
Caterina Lombardo - Alguns títulos de projetos e artigos publicados

■ Severity of insomnia, disordered ■ Insomnia as a predictor of depression: A meta-


eating symptoms, and depression in analytic evaluation of longitudinal
female university students epidemiological studies
– Background Insomnia is one of – In many patients with depression, symptoms
the most common sleep disorders, of insomnia herald the onset of the disorder
and it frequently co-occurs with and may persist into remission or recovery,
several other psychiatric even after adequate treatment. Several
conditions. studies have raised the question whether
– The relationship between insomniac symptoms may constitute an
insomnia and eating disorders is independent clinical predictor of depression.
supported by clinical evidence This meta-analysis is aimed at evaluating
indicating that patients with quantitatively if insomnia constitutes a
eating disorders experience poor predictor of depression.
sleep even if they rarely complain – Non-depressed people with insomnia have a
of it. twofold risk to develop depression, compared
– Furthermore, indirect evidence to people with no sleep difficulties.
comes from studies indicating – Thus, early treatment programs for insomnia
that poor sleep predicts obesity might reduce the risk for developing
and several studies also evidence depression in the general population and be
that restrictive-type eating considered a helpful general preventive
disorders are associated to strategy in the area of mental health care.
objective reduction of sleep
quality. Methods
A origem da Educação para a Saúde
Estilo de vida
Wellness (Hetler, 1982) Estilo de Vida (Lalonde, 1974;
OMS, 1986)

■ «O agregado de decisões individuais que afectam a


■ «Processo activo através do qual o vida (do indivíduo) e sobre as quais tem algum
controlo» (p. 32).
indivíduo se torna consciente e
faz escolhas que conduzam a uma ■ «Conjunto de estruturas mediadoras que reflectem
uma totalidade de actividades, atitudes e valores
melhor existência, ou como um método
sociais» (WHO, 1986, p. 43)
integrado de acção visando maximizar as

potencialidades do indivíduo no meio


■ «Um aglomerado de padrões comportamentais,
ambiente em que funciona» (p. 207). intimamente relacionados, que dependem das
condições económicas e sociais, da educação, da
idade e de muitos outros factores» (WHO, 1988, p. 114)

92
Fatores protetores da saúde…
■ 1. Dormir diariamente 7 a 8 horas
■ 2. Tomar sempre o pequeno-almoço
■ 3. Fazer três refeições por dia
■ 4. Manter uma actividade física regular
■ 5. Manter o peso adequado
■ 6. Nunca fumar
■ 7. Consumo moderado de bebidas alcoólicas

93
Fatores protetores da saúde…

■ Anos 80, foi adicionado um 8º comportamento entendido como mais um fator de


promoção da saúde ligado à prevenção de acidentes e segurança rodoviária:

■ 8. Usar o cinto de segurança!

94
Fatores protetores da saúde…

■ E atualmente?
■ Por falar em segurança, proteção e risco
■ Podemos imaginar ainda outro comportamento de protetor da saúde?

■ 9. Usar o preservativo!

95
Fatores protetores da saúde…

■ E mais algum?
■ Por falar em segurança, proteção e risco…
■ E nos “estilos de vida” dos estudantes…
■ Podemos imaginar ainda outro comportamento de protetor da saúde?

■ 9. Nunca consumir drogas!

96
Fatores protetores da saúde… Hoje

■ 1. Dormir diariamente 7 a 8 horas


■ 2. Tomar sempre o pequeno-almoço
■ 3. Fazer três refeições por dia
■ 4. Manter uma actividade física regular
■ 5. Manter o peso adequado
■ 6. Nunca fumar
■ 7. Consumo moderado de bebidas alcoólicas
■ 8. Uso do cinto de segurança
■ 9. Uso consistente do preservativo
■ 10. Nunca consumir substâncias psicoativas

97
A Saúde percebida…ou a QVRS
■ Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde (QVRS /Health-
Related Quality of Life - HRQOL). Engloba componentes do bem-estar e
funções físicos, emocionais, mentais, sociais e comportamentais, como são percebidos
pelos próprios e pelos outros.

■ Numa perspectiva transcultural (cross-cultural): a qualidade de vida é


descrita como uma percepção individual sobre a sua posição na
vida, num contexto cultural e num sistema de valores no qual o
indivíduo vive, e em relação aos seus objectivos, expectativas,
metas e preocupações/interesses (WHOQOL, 1995; 1996; 1998).

98
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos
1. Existe uma educação social da saúde? (O caso das Respostas
integradas nas adições e dependências, consulta do site do SICAD)
O sentido da intervenção socioeducativa na educação para a saúde, na
promoção da saúde física, mental e social, na prevenção da doença, na
redução de riscos, no tratamento e na disuasão

2. Qual a diferença emtre risco, fatores de risco e de fatores


protetores da saúde? (O caso do sono) Contributos para para a
compreensão dos conceitos de "estilos de vida saudáveis" e de
“qualidade de vida”

3. As pressões socioculturais podem ter impacto na saúde e no bem


estar social, mental e físico? (O caso do peso ideal ou da depressão)
Voltando ao modelo BBC… da vulnerabilidade…à doença… passando
pela resiliência.
99
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos
3. As pressões socioculturais podem ter impacto na saúde e no bem
estar social, mental e físico? (O caso do peso ideal ou da depressão)
Voltando ao modelo BBC… da vulnerabilidade…à doença… passando
pela resiliência.

Italian Adaptation of the Sociocultural Influences


Towards Healthy Weight Scale (SITHS)
Autores: Silvia Cerolini, Caterina Lombardo , Rachel F Rodgers

Goal: The study aims to validate the italian version of


the SITHS measuring socio-cultural exposure
and pressure to maintain a healthy weight.
100
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos
3. As pressões socioculturais podem ter impacto na saúde e no bem
estar social, mental e físico? (O caso do peso ideal ou da depressão)
Voltando ao modelo BBC… da vulnerabilidade…à doença… passando
pela resiliência.

Italian Adaptation of the Sociocultural Influences


Towards Healthy Weight Scale (SITHS)
Autores: Silvia Cerolini, Caterina Lombardo , Rachel F Rodgers

Goal: The study aims to validate the italian version of


the SITHS measuring socio-cultural exposure
and pressure to maintain a healthy weight.
101
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Isto são situações de desadaptação social

- Conhece alguém que por ser toxicodependente


tenha perdido o emprego ou não consiga trabalhar?

- Conhece algum jovem menor de 16 anos que


esteja num centro educativo, com medida tutelar
educativa?

102
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

situações de desadaptação social

?
103
104
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Desadaptação Social

Uma pessoa ou população em


desadaptação está geralmente
associada a problemáticas de
dependência, incapacidade ou doença
mental, ou ainda, situações de
delinquência, marginalização ou
mesmo exclusão.

105
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Isto são situações de conflito social


- Conhece alguém que tenha roubado um carro?
- Conhece alguém que esteja recluso?
- Conhece alguma criança/adolescente em conflito com a lei?
- Conhece alguém com dividas ao estado?

- Já sentiu que era ameaça para alguém?


- Já se apropriou de algo que não era seu?
- Já insultou, ameaçou ou bateu em alguém?
- Já perdeu direitos ou regalias sociais? 106
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

situações de conflito social

?
107
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Conflito Social
Qualquer forma de tensão entre o indivíduo e a
sociedade que afeta o nível de vida do indivíduo
e/ou daqueles que com ele se relacionam ou que
por ele são afetados

Para pensar: Será conflito social?


Pobreza: uma pessoa vive na pobreza se o seu
rendimento e recursos são insuficientes e a
impedem de ter um nível de vida considerado
como aceitável na sociedade em que vive.
• Gera tensão; afeta o próprio afeta o outro; 108
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Isto são situações de exclusão social


- Uma pessoa sem rendimentos de sustentação
- Uma pessoa que vive na rua
- Uma pessoa sem laços familiares ativos
- Uma criança de 12 anos que abandona a escola

- Uma pessoa que acaba de cumprir pena de prisão


e não tem trabalho?
- Uma pessoa imigrante ilegal?
- Uma pessoa pobre? - Uma criança abandonada?
109
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

situações de exclusão social

?
Exercício:
O Recrutamento
Profissional

?
Exercício:
Brainstorming sobre
Pobreza e Exclusão
Social

?
Exercício.
Questionário de
representações sociais

Fonte: Rede Europeia Anti-Pobreza (2009). Pobreza e Exclusão Social: Um Guia para
110
Professores. Porto: Sereer, Soluções Editoriais.
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Exclusão Social
Existe
Exclusão social: é entendida como um processo através do
qual algumas pessoas são atiradas para a periferia da auto-ex
sociedade.
A exclusão impede-as de participar plenamente na vida social.

A exclusão pode ser devido à pobreza, à falta de competências de base ou à falta de possibilidades de aprendizagem ao longo da vida ou, ainda, devido a alguma discriminação.

111
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Exclusão Social

Exclusão social: é entendida como um processo através do Existe


qual algumas pessoas são atiradas para a periferia da
sociedade.
A exclusão impede-as de participar plenamente na vida social. auto-exclusão?
A exclusão pode ser devido à pobreza, à falta de competências de base ou à falta de possibilidades de aprendizagem ao longo da vida ou, ainda, devido a alguma discriminação.

112
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Exclusão Social
Este processo afasta-as das possibilidades de
rendimento e educação, assim como de atividades
sociais e comunitárias. Essas pessoas possuem acesso
muito restrito ao poder e aos organismos de decisão e
sentem-se incapazes de influenciar as decisões que
afetam a sua vida quotidiana. (Tradução do Relatório
Conjunto Sobre Inclusão Social, COM 2003, 773 Final
disponível em
http://www.2010combateapobreza.pt/bb_int.html
113
3. Conceitos que traduzem as dificuldades de
inserção social de sujeitos e coletivos

Exclusão Social

“Viver numa situação de exclusão social significa estar


ausente/distante de todos os princípios inerentes ao exercício da
cidadania. Esta requer um conjunto alargado de direitos e
deveres. Ora a exclusão significa exactamente o oposto, ou seja, a
ausência de um conjunto de direitos, e muitas vezes, um
desconhecimento desses direitos e dos deveres”.

(REAPN, 2009, p. 7)

Fonte: Rede Europeia Anti-Pobreza (2009). Pobreza e Exclusão Social: Um Guia para
114
Professores. Porto: Sereer, Soluções Editoriais.
Os Lugares de Exclusão Social
Stoer, Stephen, António M. Magalhães e David Rodrigues (2004), Os Lugares de Exclusão
Social, São Paulo, Cortez Editora.

■ A exclusão social e a ‘invisibilidade’ das pessoas e dos grupos


ignorados, ou marginais, nos diferentes países do mundo tornou-se
uma questão central cujas causas e implicações são amplamente
discutidas. Alguns modelos teóricos - dimanados de diferentes
disciplinas como a medicina, a psicologia, a sociologia, a economia -
procuram ‘explicar’ as razões da exclusão social através da
identificação ‘disciplinar’ destes; outros centram-se em saber como é
que os sistemas produzem exclusão através da normalização de
certas características dos indivíduos e grupos.
■ Recentemente, a questão da exclusão social tem sido o objecto de
investigação levado a cabo pelos próprios ‘excluídos’.
115
Exclusão Social

Processo de perda de integração ou participação


na sociedade, num ou vários domínios

Económico

Político-legal

Social- relacional

116
Exclusão Social e Inclusão Social

A situação de inclusão ou exclusão social de um


indivíduo define-se, portanto, em termos relativos e
por relação à população considerada maioritária.

Processos dinâmicos
Não são situações estáticas

Trajetória de vida
conduziu a um processo de marginalização, presenciando-se a acumulação de
handicaps vários (ruturas familiares, carências habitacionais, isolamento
social, etc).

Engloba situações de risco


Afeta cada vez mais indivíduos provenientes de um leque
cada vez mais amplo de grupos sociais

117
O que é a Inclusão Social?
É um processo que assegura que todas as pessoas tenham as
oportunidades e os recursos necessários para participar plenamente
na vida em sociedade.

Integração, coesão e justiça


social

Participação igualitária
Dimensões: Social, económica,
legal, política, cultural, etc.

118
O que é uma sociedade inclusiva?

Uma sociedade inclusiva disponibilizará


e preparará mecanismos para assegurar
a garantia dos Direitos Humanos,
a dignidade e a cidadania ativa
de todas as pessoas que a compõem.

Fonte: Rede Europeia Anti-Pobreza (2009). Pobreza e Exclusão Social: Um Guia para
Professores. Porto: Sereer, Soluções Editoriais.
http://escolas.eapn.pt/wp-content/uploads/guia_professores.pdf 119
2010 - Ano Europeu de Luta contra a
Pobreza e a Exclusão Social
Exclusão: processo de
perda de integração ou
participação na
sociedade

Fonte: Rede Europeia Anti-Pobreza


(2009). Pobreza e Exclusão Social: Um
Guia para Professores. Porto: Sereer,
Soluções Editoriais.

http://escolas.eapn.pt/wp-
content/uploads/guia_professores.pdf

120
2010 - Ano Europeu de Luta contra a
: Rede Europeia
Pobreza e a Exclusão Social
Introdução
Pobreza (2009).
1. O que pode encontrar neste guia?
za e Exclusão Actividade 8 – Sessão pública
1.1. O que é a Pobreza?
: Um Guia para destinada à comunidade escolar
1.2. O que é a Exclusão Social?
ssores. Porto: Actividade 9 – Uma Fatia do
1.3. O que é a Inclusão Social?
r, Soluções Bolo
1.4. Como se mede a Pobreza?
iais. Actividade 10 – Visitas
1.5. O retrato da Pobreza em Portugal
institucionais
2. Mitos e estereótipos
Actividade 11 – Visualização de
2.1. Representações sociais sobre a pobreza e a exclusão social
filmes e vídeos
3. Instrumentos e recursos para os professores
Actividade 12 – Jogo da
4. Actividades em sala
Amizade
Actividade 1 – Imagens e Percepções: uma imagem vale mais
Actividade 13 – O que
do que mil palavras
pensamos do Assunto
Actividade 2 – Os Ovos Misteriosos
5. Glossário
Actividade 3 – Brainstorming sobre Pobreza e Exclusão Social
6. Referências
Actividade 4 – Jogo: a Bola
7. Sites úteis
Actividade 5 – Questionário sobre representações sociais
8. Anexos
Actividade 6 – Base Cultural dos Estereótipos: os Media
Actividade 7 – O Recrutamento Profissional
121
EXCLUSÃO

Robert Castel (1990) - distinção entre


marginalização, exclusão e pobreza
http://www.tvcultura.com.br/rodaviva/programa/1189
• Marginalização – processo descendente ao longo do qual se
verificam sucessivas rupturas na relação do indivíduo com a
sociedade.

• Exclusão social – fase extrema do processo de marginalização;


ruptura com o mercado de trabalho + ruptura com a família +
rupturas afectivas e de amizade
Exclusões

graus de exclusão
Exclusão… um processo
■ De restrição de acesso a um ou mais dos sistemas sociais básicos:
o social, o económico, o institucional, o territorial e o das
referencias simbólicas

■ Plano Inclinado
Os Lugares de Exclusão Social
Stoer, Stephen, António M. Magalhães e David Rodrigues (2004), Os
Lugares de Exclusão Social, São Paulo, Cortez Editora.

■ A problemática da exclusão social através da análise do par simbiótico exclusão


social/inclusão social…

■ Problematização do par conceptual em diferentes contextos (sociais, culturais e


educacionais aos níveis local, nacional e supranacional) através de uma análise
dos lugares…

■ Corpo, trabalho, cidadania, identidade e território - sobre os quais a exclusão


social/inclusão social tem efectivos impactos.

■ Exclusão social (e, é claro, da inclusão social) - estudo dos seus efeitos reais
sobre os indivíduos, grupos e sociedade com base nos três paradigmas
socioculturais, quer dizer, o das sociedades tradicionais, o das sociedades
modernas e o das emergentes sociedades pós-modernas.

■ Ilha das Flores 124


4. Modalidades de intervenção
socioeducativa
■ Saberes teóricos da pedagogia social e do seu objeto de estudo: a
educação social.
■ Oportunidades de reflexão crítica acerca das distintas análises e
intervenções no domínio da educação social e das novas lógicas de
desenvolvimento social e comunitário.
■ Competências éticas e técnicas de planificação, execução e
avaliação de projetos de investigação e de intervenção
socioeducativa nas modalidades de
1. Promoção social
2. Prevenção social
3. Diagnóstico social
4. Tratamento social /terapêutica social
5. Apoio social (suporte social e institucional)
6. Redução de riscos sociais e minimização de danos sociais
7. (Re)Integração social de grupos específicos
8. Formação social/literacia social
9. Animação socioeducativa, sociocultural e sociolaboral
10. Mediação social/intercultural/comunitária
125
4. Modalidades de intervenção 1. Promoção
social

socioeducativa
10. Mediação
social/intercult 2. Prevenção
ural/comunitár social
ia

9. Animação
socioeducativa, 3. Diagnóstico
sociocultural e social
sociolaboral

.4.Tratamento
8. Formação
social
social/literacia
/terapêutica
social
social

7. (Re)Integração 5. Apoio social


social de grupos (suporte social
específicos e institucional)
6. Redução de
riscos sociais e
minimização
de danos 126
sociais
127
4. Modalidades de intervenção 1. Promoção
social

socioeducativa 10. Mediação


social/intercul
tural/comunit
ária
2. Prevenção
social

9. Animação
socioeducativa, 3. Diagnóstico
sociocultural e social
sociolaboral

4. Tratamento
8. Formação
social
social/literaci
/terapêutica
a social
social

7. (Re)Integração 5. Apoio social


social de grupos (suporte social
específicos e institucional)
6. Redução de
riscos sociais
e minimização
de danos
sociais 128
4. Modalidades de intervenção
socioeducativa: exigências

Saberes teóricos

Competências
Reflexão crítica
técnicas

Competências éticas

129
4. Modalidades de intervenção socioeducativa e objetivos da
educação social
1. Informar
2. Observar
3. Contactar
4. Planificar
5. Alcançar
6. Implicar
7. Coordenar
8. Mediar
9. Possibilitar
10. Dinamizar
130
4. Modalidades de intervenção socioeducativa e objetivos da
educação social

1. Informar sobre o que é a ISE… ex. serviços

2. Observar contextos, atitudes, comportamentos, situações de risco e


vulnerabilidade

3. Contactar diretamente com os participantes para identificar ou


validar problemas ou necessidades…

4. Planificar, programar, implementar e avaliar

5. Alcançar uma maior inserção social crítica, qualidade de vida,


soluções sustentáveis e ecológicas

131
4. Modalidades de intervenção socioeducativa e objetivos da
educação social
6. Implicar as pessoas e os contextos sociais envolventes nas
respostas às necessidades e problemas / todos são agentes ativos de
mudança

7. Coordenar o trabalho com outros profissionais / utilizar recursos


eficientemente

8. Mediar ocupara terceira posição, prevenir ou apoiar situações de


conflitividade…. Facilitar a comunicação, acesso à solução

9. Possibilitar alternativas e acesso a recursos

10. Dinamizar as relações de convivência: promovê-las, reforça-las e


potenciar os seus aspetos positivos
132
4. Modalidades de intervenção socioeducativa e
objetivos da educação social
1. Informar sobre o que é a ISE… ex. serviços
2. Observar contextos, atitudes, comportamentos, situações de risco e
vulnerabilidade
3. Contactar diretamente com os participantes para identificar ou validar
problemas ou necessidades…
4. Planificar, programar, implementar e avaliar
5. Alcançar uma maior inserção social crítica, qualidade de vida, soluções
sustentáveis e ecológicas
6. Implicar as pessoas e os contextos sociais envolventes nas respostas às
necessidades e problemas / todos são agentes ativos de mudança
7. Coordenar o trabalho com outros profissionais / utilizar recursos
eficientemente
8. Mediar ocupara terceira posição, prevenir ou apoiar situações de
conflitividade…. Facilitar a comunicação, acesso à solução
9. Possibilitar alternativas e acesso a recursos
10. Dinamizar as relações de convivência: promovê-las, reforça-las e 133
potenciar os seus aspetos positivos
5. Competências de um pedagogo social
Exercício de identificação e análiseFonte:

ANECA - Agencia Nacional de Evaluación de la Calidad e Acreditación (2004).


Libro blanco - Titulo de grado en Pedagogía y Educación Social (Volumen 1 y 2).
Universidad Deusto.

1.Top 5 competências
1. Transversais
2. Saber
3. Saber-Fazer

2.O lugar do compromisso ético e da deontologia


profissional
3.Perfis profissionais em Ciências da Educação
135
Competências transversais e
específicas do pedagogo social
p. 299 p.300 p.301
Competências Competências Competências
transversais específicas de SABER específicas de SABER
FAZER
1. Interpessoais
2. Instrumentais
3. Sistémicas
137
138
ANECA - Agencia Nacional de Evaluación de la
Calidad e Acreditación (2004). Libro blanco - Titulo
de grado en Pedagogía y Educación Social (Volumen
1 y 2, p. 300-303). Universidad Deusto.

139
Perfis profissionais em Educação Social
1. Formador de pessoas adultas

2. Atenção à diversidade

3. Educador ambiental

4. Educador familiar e de desenvolvimento comunitario

5. Educador de procesos de intervenção social

6. Mediador de procesos de intervención familiar e socioeducativa

7. Animador e gestor sociocultural

8. Educador de tempo livre e lazer

9. Educador de instituições de atenção e inserção social


2. O lugar do compromisso ético e da deontologia profissional

■ Compromiso ético: comportamiento consecuente con los


valores personales y el código deontológico.
– Elementos:
■ Conocimiento del código deontológico.

■ Actúa con integridad y rectitud ante cualquier situación, incluso en situaciones


que desfavorecen sus propios intereses.

■ Honestidad tanto en actividades académicas como en otros aspectos de la


vida y no ser pasivos ante la deshonestidad de otros.

■ Asunción del código deontológico.

■ Ser respetuosos con las normas y leyes sin necesidad de ser vigilados o
controlados.

■ Comportarse en situaciones límite de manera íntegra y congruente con los


■ Compromiso con la identidad, desarrollo y ética profesional:

■ capacidad para reconocerse y valorarse como profesional que


ejerce un servicio a la comunidad y se preocupa por su
actualización permanente respetando y apoyándose en los
valores éticos y profesionales.
– Elementos: comprender y participar de la cultura profesional,
reflexionar sobre el propio quehacer profesional, participar en
actividades y actos relativos a la profesión, mostrar interés por
actualizarse, estar al día en el avance de los conocimientos y
técnicas propias de la profesión, mostrar abiertamente su postura
ética ante situaciones controvertidas.
Princípios éticos
para a1.Educação Social
Respeito pelos DH
2. Respeito pelos sujeitos da ação socioeducativa
3. Justiça social
4. Profissionalidade
5. Relação socioeducativa
6. Autonomia profissional
7. Coerência institucional
8. Informação responsável e confidencialidade
9. Solidariedade profissional
10. Participação comunitária
11. Complementaridade de funções e
143
Reconocimiento y respeto a la diversidad y
multiculturalidad:

■ es la capacidad de comprender y
aceptar la diversidad social y cultural
como un componente enriquecedor
personal y colectivo con el fin de
desarrollar la convivencia entre las
personas sin incurrir en distinciones de
sexo, edad, religión, etnia, condición
social y política.
Reconocimiento y respeto a la diversidad y
multiculturalidad:

– Elementos:
– Tener información sobre las condiciones del contexto social,
económico y político, a nivel próximo y remoto.
– Desarrollar un espíritu de respeto a los demás, que permita
ver las diferentes opiniones como una oportunidad de
enriquecimiento de las propuestas individuales.
– Trabajar para garantizar las condiciones que aseguren una
vida digna a los grupos sociales más desfavorecidos.
– Participar crítica y activamente buscando soluciones
concretas y comprometiéndose realmente.
Reconocimiento y respeto a la diversidad y
multiculturalidad:

– Elementos:
– Defender, los Derechos individuales, la Integridad física y
moral de las personas, el Derecho a la libre expresión de
ideas.
– Desarrollar un espíritu de tolerancia, que permita ver las
diferentes posturas como una oportunidad de
enriquecimiento de las propuestas personales.
– Reconocer la existencia de grupos minoritarios, valorar sus
contribuciones y respetar sus derechos.
– Vivir la libertad responsablemente, asegurándose de no
invadir los derechos y la libertadde los demás.
Comparação dos perfis profissionais em Ciências da Educação e
Educação Social (ANECA, 2004)
Competências do pedagogo social: exercício de
reflexão crítica e comprometida

■ Capacidade para resolver problemas e aplicar


técnicas
■ Competência profissional: gerar eficácia e eficiência
■ Qualidade do trabalho e integração em equipa
■ Abertura a novos espaços profissionais de
intervenção
■ Oferta de serviços às instituições
■ Empreendorismo nos domínios: Social e Educativo

148
II. Referências histórico-conceptuais

1. A Educação Social como objeto de estudo da Pedagogia Social

149
O objecto de estudo da Pedagogia Social

150
II. Referências histórico-conceptuais

1. A Educação Social como objecto de estudo da Pedagogia Social


– perspetivas no tempo
1. A Proposta de Ventosa (1997):
Transformação Social
2. Proposta de Fermoso (1994) e Perez Serrano:
Socialização e Não Formal
3. A proposta de Romans, Petrus e Trilla (2003): Sociabilidade,
Conflito Social e Educação Não Formal

151
1. AProposta de Ventosa (1997):
Transformação Social

■ “São muitos os indicadores que nos


manifestam nos últimos anos a
implacável e acelerada
transformação social
a que assistimos.
■ ...merece a pena destacar a
progressiva modificação e
ampliação dos limites e
coordenadas da educação a áreas
cada vez mais exigentes de uma
sociedade que aspira a maiores
níveis de bem-estar e qualidade de
vida” (Ventosa, 1997, p. 7).
152
2. Proposta de Fermoso (1994) e Perez Serrano:
Socialização e Não Formal

Educação Social como processo de socialização

…surgem novas modalidades, diferentes destinatários,


espaços inéditos e agentes educativos que se agrupam em
torno do que se vem a designar de Educação Social:
– “Conjunto fundamentado e sistemático de ações
educativas não convencionais, orientadas para o
desenvolvimento adequado e competente da socialização
dos indivíduos, assim como para dar resposta aos seus
problemas e necessidades sociais” (Ventosa, 1997, p. 7).
153
Educação Social como produto: o homem
socializado
■ A educação social é o resultado ou produto do processo de socialização,
traduzível num conjunto de habilidades desenvolvidas pela aprendizagem,
que capacitam o homem para conviver com os demais e adaptar-se ao estilo
de vida dominante na sociedade e cultura à qual pertence, sem perder a
identidade pessoal, aceitando e cumprindo, pelo menos, as suas (da
sociedade e cultura) exigências mínimas”
Fermoso (1994, p.134)

154
155
Pedagogia Social como ciência

■ Ciência pedagógica que se ocupa do estudo dos aspetos


inerentes à Educação Social dos indivíduos (socialização)
assim como da inadaptação dos mesmos, orientada para a
melhoria da qualidade de vida a partir de uma perspetiva
especial e aplicada (Pérez Serrano, 2003, p. 77).

156
Socialização (Fermoso, 1994)
■ …podia definir-se como um processo de interação
entre a sociedade e o indivíduo, através do qual
se
– Controla
– Homogeneíza
– Seleciona os socializandos

Mas não só…


157
Socialização (Fermoso, 1994)
Pressupõe a capacidade de relacionamento, convivência e bem-estar com os outros

Adaptação às instituições, desafios, exigências e pressões sociais

Integração/Inserção social/grupal

Coopera com o processo de personalização (personalidade social/ desempenho de papéis no


grupo)

É aprendizagem…social (o Homem é um socializando porque é sociável; em virtude das


atividades socializadoras a sociabilidade converte-se em socialidade)

É interiorização de normas, costumes, valores e regras (cultura) graças às quais o indivíduo


conquista a capacidade de atuar humanamente.
158
Socialização (Fermoso, 1994)
■ …podia definir-se como um processo de interacção entre a
sociedade e o indivíduo, através do qual
– se interiorizam as regras, costumes e valores partilhados pela maioria
dos elementos da comunidade
– se integra a pessoa no grupo
– o indivíduo aprende a orientar-se socialmente
– se adapta o homem às instituições
– o indivíduo se abre aos outros, convive com eles
– o indivíduo recebe a influência da cultura
…de modo a afirmar o desenvolvimento da personalidade.

159
Pedagogia Social: objecto material e formal
(Fermoso, 1994)

O objeto O objeto
material formal

160
Pedagogia Social: objeto material e formal
(Fermoso, 1994)

Objeto •O educando, a sua


educabilidade e a
material sua educatividade

Objeto
•O educando e a
formal sua sociabilidade
162
Pedagogia Social: objeto material e formal
(Fermoso, 1994)
Objeto
•Público: O educando e a sua sociabilidade formal
•A atuação: resolução de problemas sociais mediante
a educação (conceito de comunidade eficaz)
•O estudo teórico: do papel socializador da educação e dos condicionamentos sociais da
educação (Natorp, 1913)
•A fundamentação, justificação e compreensão:
•da educação enquanto ação dinâmica sociocultural
•da intervenção pedagógica nos serviços sociais, através dos quais se cumprem as
funções básicas da pedagogia social: prevenção, ajuda e reinserção ou ressocialização
(Fermoso, 1994)
163
164
3. A proposta de Romans, Petrus e Trilla (2003):
Sociabilidade, Conflito Social e Educação Não Formal

– 3. Conceitos de vulnerabilidade, risco,


conflito, marginalização e exclusão social
que dificultam a inserção social de sujeitos
e coletivos (cf. Programa de ES)

165
Desenvolvimento
da sociabilidade

A
[AC] [AB]

C B

Contextos e agentes Sujeitos ou grupos


não-formais em conflito social
[BC]

[AB] ou [BC] ou [AC] ou [ABC] = PS

166
Petrus: proposta de 3 âmbitos da ES
EE, ASC e EPA
Crianças e Jovens Adultos e Idosos
normatizada
regularizada ou
População

EE- Educação Especializada;


ASC- Animação Sociocultural;
conflito social
População em

EPA- Educação de Pessoas Adultas

167
Petrus: proposta de 3 âmbitos da ES
EE, ASC e EPA
Crianças e Jovens Adultos e Idosos
normatizada
regularizada ou
População

EDUCAÇÃO DE ADULTOS
ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL
conflito social
População em

EDUCAÇÃO ESPECIALIZADA

EE- Educação Especializada; ASC- Animação Sociocultural; EPA- Educação


168
de Pessoas Adultas
Petrus: proposta de 3 âmbitos da ES
EE, ASC e EPA
Crianças e Jovens Adultos e Idosos
normatizada
regularizada ou
População

EDUCAÇÃO DE ADULTOS
ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL
conflito social
População em

EDUCAÇÃO ESPECIALIZADA

EE- Educação Especializada; ASC- Animação Sociocultural; EPA- Educação


169
de Pessoas Adultas
3. Sociabilidade, Conflito Social e Educação Não
Formal
■ é uma ciência pedagógica, de carácter teórico-prático, que
se refere à socialização do sujeito, tanto a partir de uma
perspetiva normalizada como de situações especiais
(vulnerabilidade, risco, conflito, inadaptação, marginalização, exclusão e
discriminação social), assim como aos aspetos educativos do
trabalho social.
■ Implica o conhecimento e a ação sobre os seres humanos,
em situação normalizada como em situação de conflito ou
necessidade (Díaz, 2006, p. 92).

170
3. Sociabilidade, Conflito Social e Educação Não
Formal
■ “Como afirma Ortega (1999), hoje sabemos que há muito mais educação
fora do que dentro do sistema escolar e que este deverá procurar sempre o
objectivo da educação “ao longo da vida”. A educação social deve, antes de
mais, ajudar a ser e a conviver com os outros: aprender a ser com os outros
e a viver juntos em comunidade.
■ Portanto, os objectivos que persegue a educação social poderiam
sintetizar-se no contributo para que o indivíduo se integre no meio social
que o envolve, mas com capacidade crítica para o melhorar e o
transformar” (Díaz, 2006, p. 92).
171
Ortega (1999) a Educação Social é, ou deve
ser:
■ 1. Uma progressiva e contínua configuração do indivíduo para
alcançar o seu desenvolvimento e conseguir a participação na
comunidade, o que deverá ajudá-lo a compreender o mundo e a si
mesmo, ou seja, deverá ensinar a ser e a conviver. Neste sentido,
deve dizer-se que o melhor e mais rendível dos objetivos da
educação é conseguir a convivência dos indivíduos, dos grupos e
dos povos.

■ 2. A educação é uma dimensão inseparável dos indivíduos e das


comunidades e, por isso, a educação é ao longo de toda a vida,
acompanha o homem do nascimento até à morte. 172
Ortega (1999) a Educação Social é, ou deve
ser:
■ 3. Uma educação entendida ao longo da vida deve verificar-se em todo o
espaço espacial e temporal e, por isso, a educação escolar será mais um
aspecto da mesma, evitando centrar-se exclusivamente na transmissão de
conteúdos instrutivos.

■ 4. Toda a educação é, ou deve ser, social, já que quando falamos de


educação esta faz-se na família, na escola, na comunidade e, inclusive, para
a comunidade. Não pode existir uma autêntica educação individual se não
se forma o indivíduo para viver e conviver em comunidade.

■ 5. A educação social deve estar inserida no contexto da educação ao longo


da vida, e também, às vezes, deve concretizar-se em espaços e tempos
distintos dos da educação escolar. 173
Ortega (1999) a Educação Social é, ou deve
ser:
■ “a dinamização activa das condições educativas da cultura, da vida social e
dos seus indivíduos e a compensação, normalização ou, até, a reeducação
da dificuldade e do conflito social.

■ Portanto, uma educação social assim entendida promove e dinamiza uma


sociedade que educa e uma educação que socializa, integra e
ajuda a evitar, equilibrar e reparar o risco, a dificuldade ou o conflito social”
(Díaz, 2006, p. 99).

174
II. Referências histórico-conceptuais
1. Origens e desenvolvimento da pedagogia-educação
social
– Estado providência e educação social
– “Estado providência como aquele no qual predomina a acção estatal, de
tal maneira que, sem romper com as estruturas capitalistas, procura a
optimização das condições de vida para todos os cidadãos.

– Neste modelo, o Estado tende a produzir e distribuir bens e serviços nos


sectores não rendíveis ou de pouco interesse para o capital privado:
educação, saúde, cultura, habitação, etc. Converte-se, assim, no
primeiro empresário do país, e tudo isto com o objectivo de melhorar a
qualidade de vida dos cidadãos” (Díaz, 2006, p. 93).
175
1. Origens e desenvolvimento da
pedagogia-educação social
– Marco jurídico e educação social
– Declaração Universal dos Direitos Humanos – 1948
– Declaração dos Direitos da Criança - 1924, 1959,
– Convenção dos Direitos da Infância –1989 - direito à igualdade, sem
distinção de raça, credo ou nacionalidade, direito à educação e ao lazer,
direito a uma educação e a cuidados especiais para as crianças física,
social ou mentalmente diminuídas, direito a crescer sob a protecção e a
responsabilidade dos pais e, em todo o caso, num ambiente de afecto e
segurança moral e material.
– Declaração do Milénio -2000
176
II. Referências histórico-conceptuais
2. Paradigmas atuais da investigação
socioeducativa
– Os fenómenos socioeducativos levantam dificuldades
epistemológicas devido
■ ao seu carácter irrepetível e contextual
■ ao problema dos instrumentos de avaliação
■ à necessidade de controlo simultâneo de muitas variáveis
■ aos limites da generalização

177
2. Paradigmas atuais da investigação
socioeducativa
...múltiplas linguagens científicas, pluralidade de posições epistemológicas
e novas perspetivas de investigação, que se denominam paradigmas de
investigação...

– Paradigma positivista (quantitativo, empírico-analítico, racionalista)


– Paradigma interpretativo (qualitativo, fenomenológico, naturalista,
humanista, etnográfico)
– Paradigma sociocrítico (crítico)

Arnal, Rincón & Latorre (1992)

178
179
180
181
182
183
184
185
Afinidades da Pedagogia Social com
outras Ciências Sociais

■ Ciências da Educação (Sanvinsens, 1984; Quintana, 1988)

■ Pedagogia Geral
■ Psicologia Social
)
■ Sociologia da Educação (Péréz Serrano, 2003

■ Trabalho Social

186
(Peréz Serrano, 2003, p. 109) 187
II. Referências histórico-conceptuais da ES
4. Origens e desenvolvimento da pedagogia-educação social

Uma Aproximação à Pedagogia-Educação Social


(recomendações de leitura)

■ DIAZ, Andrés Soriano (2006). Uma Aproximação à Pedagogia-Educação


Social. Rev. Lusófona de Educação. [online]. nº.7, p.91-104, consultado em
19 de Março de 2009, disponível em
http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-
72502006000100006&lng=pt&nrm=iso
188
II. Referências histórico-conceptuais da ES
4. Origens e desenvolvimento da pedagogia-educação social

A pedagogia social surge na Alemanha, na primeira metade do século


XX, procurava-se na educação uma solução para os problemas
humanos e sociais.
■ Primeira etapa (1850-1920) - expressão pedagogia social - Mager, Diesterweg e Natorp
■ Segunda etapa (1920-1933) - “movimento pedagógico social” - Praxis – Nohl e Bäumler
■ Terceira etapa (1933-1949) – propaganda política hitleriana
■ Quarta etapa. A pedagogia social crítica (desde 1950) – Mollenhauer e afirmação dos
Direitos Humanos (1948) salvaguardados pelo Homem/Sociedades e Organizações (ONU,
1945)

189
Elementos históricos e principais tendências
contemporâneas da Pedagogia Social e da Educação Social

– 1844 – Karl Mager escreveu pela primeira vez o termo sozial pädagogik
na Pädogishe Revue em alternativa ao termo Collectivpädagogik versus
Individualpädagogik

– 1849-1850 – Friedrich Diestersweg (1790-1866) desenvolve o termo


sozial pädagogik e faz pela primeira vez referência à necessidade de
uma educação para grandes audiências e à importância da participação
social (educação social)
■ sozial pädagogik : educational action by wich one aims to help the poor in society
■ “learn to do by doing”
190
Diestersweg - evolution and educational action to help the poor
http://www.infed.org/biblio/b-socped.htm#Diestersweg

■ Influenciado por Rousseau (1712 – 1778)


http://www.infed.org/thinkers/et-rous.htm#contract),
Pestalozzi (1746 – 1827)
http://www.infed.org/thinkers/et-pest.htm )
e Froebel (1782 – 1852) http://www.infed.org/thinkers/et-
froeb.htm

■ Acredita que as pessoas estão sempre aptas para se


desenvolverem, para respeitarem e se preocuparem
com os outros, assim como trabalharem para o bem da
comunidade
■ Lutou pela independência da escola em relação ao
poder político e religioso
■ Equiparou a ES à educação popular (crianças e adultos)

191
Diestersweg - The educational principal of
evolution
■ “Respect for human nature and of individual, its stimulation to full
development, expression, activity and initiative; natural, hence joyful,
experience of life; stimulation to develop de senses, strengthening the
body, to explore, to be lucid and to discover things, providing the
minds with suitable nourishment; constante progress” (Smith, 1999).

■ Principio pedagógico: natural self-development


http://www.infed.org/biblio/b-socped.htm
192
Elementos históricos (cont.)

■ Schleiermacher (1768 – 1834)


■ Concepção de educação preocupada com o desenvolvimento societal (social)

■ Princípio pedagógico: education for community


■ Social=comunidade na sociedade

■ A democracia é uma condição essencial para o desenvolvimento

■ Pegagogia – comunidade – democracia: a máxima inspiradora de Dewey (1859 - 1952)

e de Paulo Freire (1921 - 1997).


193
Elementos históricos (cont.)
■ Kerschensteiner (1854 -1932)
■ Influenciado por Dewey (http://www.infed.org/thinkers/et-dewey.htm), relaciona a
escola com a sociedade e introduz a importância dos valores na
educação

■ Escola como instrumento de formação do “cidadão útil”,


podendo ser considerada pequena comunidade de trabalho

■ Noção de “EDUCAÇÃO CÍVICA”


194
Elementos históricos (cont.)
■ Paul Natorp (1854 – 1924) http://www.infed.org/biblio/b-
socped.htm#Nartop,%20community%20and%20social%20pedagogy
■ Uma referência histórica fundamental da PS: representa o sociologismo
pedagógico
– the atomization had made Germany sick que somente um forte sentido de comunidade
(sense of community) pode fazer ultrapassar
■ Só a educação pode ser a promotora do sentido de COMUNIDADE
(gemeinschaft) e vontade: um para todos e todos para um
– 1898 Socialpadägogik:
– 1913 Teoria de la Educación de la voluntad
■ O objetivo da educação é social: acabar com as diferenças sociais
entre ricos e pobres
■ Três ambientes comunitários privilegiados de educação social: família,
escola, comunidades adultas (self-education of adults of all social
backgrounds).
195
Elementos históricos (cont.)
■ Nohl e Bäumer (1920-1930)
■ Pedagogia Social como:
– Acção assistêncial, Ajuda social
– De carácter pedagógico com atenção educativa
– Que atende às necessidades sociais urgentes
– Que se distingue da acção da escola e da família
http://www.infed.org/biblio/b-nonfor.htm

■ Um tipo de Educação que é Social (Educação Social)


– Que se realiza em instituições especiais, públicas e privadas
– Que começou por atender a crianças e jovens não protegidos pelas suas famílias
e/ou em risco de marginalização/exclusão social
– Proporcionada por instituições não governamentais que se aticulam com as
instituições públicas e estatais
– Acção pedagógica de carácter preventivo e terapêutico
196
Etapas da Pedagogia Social
(Fermoso, 1994)
Primeira etapa: 1850-1919: PS idealista e empirista
■ Diesterweg (1850): Pedagogia Social
■ Natorp (1898): Pedagogia Social. Teoria de educação e da vontade; concepção idealista da
educação social; sociologismo pedagógico

Segunda etapa: 1920-1933: tradição histórica e hermenêutica


■ Nohl (1920-1933): descrição e interpretação dos problemas sociais da infância e da juventude;
orientação prática da PS; trabalho social; educação social comunitária
■ Bäumer (1920): movimento pedagógico social; PS como assistência educativa extra-escolar
proporcionada pela sociedade e pelo estado; Manual de pedagogia social: tarefa educativa fora da
escola

Terceira etapa: 1933-1949: propaganda política


■ Hitler (1933): Educação social manchada de nacional socialismo; Educação em função de uma
ideologia. Supressão da educação popular.
■ Krieck e Bäumler: defensores da ideologia nacionalista e racista
197
Etapas da Pedagogia Social (Fermoso, 1994)
Primeira etapa: 1850-1919 : PS idealista e empirista
Segunda etapa: 1920-1933: tradição histórica e hermenêutica
Terceira etapa: 1933-1949: propaganda política

Última etapa: 1950-actualidade: delimitação conceptual, operacional e profissional


■ Nohl: Pedagogia Social
■ Pedagogia social; vertente prática; intervenção socioeducativa
■ Mollenhauer, Habermas: Pedagogia social crítica, conexão entre educação e
estrutura social
■ Pedagogia Social como sinónimo de apoio ou assistência social (ajuda, suporte
social e institucional)
■ Pedagogia Social como sinónimo de prevenção social
■ Pedagogia Social como sinónimo de animação social e cultural 198
Principais tendências contemporâneas da
Pedagogia Social e da Educação Social

Mollenhauer (1928-1998) Pedagogia social crítica, conexão entre


educação e estrutura social (organizações sociais)
– Educação para além da família e da escola – ex. os grupos de iguais ou grupos
de pares
– Modificação das condições sociais da educação
– Autonomia, Responsabilidade e Participação dos educandos nos processos
educativos são os objetivos da ES
– Reconhece à família a educação cultural, à escola e educação cognitiva e à ES a
INTEGRAÇÃO SOCIAL e a TRANSFORMAÇÃO SOCIAL (processo dinâmico e
interativo entre o indivíduo e a sociedade)
199
O objecto de estudo da Pedagogia Social

200 200
Petrus (1998)
■ Adaptação
■ Socialização
■ Aquisição de competências sociais
■ Didáctica do social
■ Extra-escolar: informal e não formal no formal
■ Acção profissional qualificada
■ Ação em torno da inadaptação social
■ Formação política, cívica e moral do cidadão
■ Prevenção e controlo social
■ Trabalho social com perspetiva e especificidade educativa
■ PAIDOCENOSIS: a ação educadora da sociedade
– Instrumento de INCLUSÃO SOCIAL
– Recurso para melhorar a própria sociedade 201
Intervenção Socioeducativa

1. A intervenção/ prática educativa do social

2. A intervenção/prática social do educativo

202
Intervenção Socioeducativa

1. Sobre o papel socializador da educação

2. Sobre o papel educador da sociedade

203
Intervenção Socioeducativa

1. Acções que procuram alcançar objectivos


sociais e a capacidade de modificar
situações sociais e comportamentos sociais
através de estratégias educativas

204
205
Leituras recomendadas

■ Perez Serrano, G. (2008). Elaboração de Projectos


Sociais: Casos Práticos (pp. 13-27). Porto: Porto
Editora.

■ Perez Serrano, G. (2003). Intervenção em Pedagogia


social. In Pedagogia Social- Educação Social:
construcción científica e intervención prática (pp.
253-298). Madrid: Narcea Ediciones.
206
END

207

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