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ANÁLISE COMPARATIVA DO SISTEMA ADMINISTRATIVO

MOCAMBICANO COM O SISTEMA ADMINISTRATIVO SUL AFRICANO


Celina João Dias Duarte

Faculdade de Gestão de Recursos Naturais e Mineralogia

Contactos: +258 867384604 // +258 844384604

celinaduarte418@gmail.com

Doutoranda, Rosina Zandamela

rzandamela@ucm.ac.mz

RESUMO

O presente trabalho tem como proposito principal estudar sistemas de administração, sua execução nos
países africanos Moçambique e África do Sul, princípios que norteiam Administração em Moçambique
que é um órgão protegido por um instrumento em relação aos seus actos ou factos administrativos que
esses devem seguir seus princípios para seu funcionamento legal, este trabalho comporta três
momentos: Introdução, onde tem informações sobre o conteúdo existente no trabalho,
contextualização e a última parte conclusão. Bastante tempo, entendeu-se que a modernização da
Administração dos países em desenvolvimento se fazia pela adoção dos modelos e valores ocidentais,
uma vez adotados estes funcionariam como nos países ocidentais de origem. Rigggs (1964) veio a
demostrar que a modernização não equivale a um processo automático de transferência de modelos de
organização administrativas. Actividade administrativa do Estado tem por objeto a satisfação das
necessidades públicas ou colectivas, tal como sucede com os sistemas políticos e sistemas judiciais,
sistema administrativo entende se por um modelo jurídico típico de organização funcionamento e
controlo da administração pública.

Palavra-chave: Sistema Administrativo Moçambicano comparada com Sul-Africano.

ABSTRACT: The present work as main purpose to study administration systems its execution in the
African countries Mozambique and South Africa principles that guide Administration in Mozambique
which is an organ protected by an instrument in relation to its acts or administrative facts that these
must follow its principles for its legal operation this work comprises three moments: introduction,
where there is information about the existing content of the work contextualizatio and the last part
conclusion. For a long time it was understood that the modernizatio of the Administration of developing
countries was done through the adoption of western models and values once adopted these would
work as in the western countries of origin. Riggs (1964) showed that modernization is not equivalent to
an automatic process of transferring administrative organization models. Administrative activity of the
state has as its obect the satisfaction of public or collective needs as with political and judicial systems
administrative system is understood as a typical legal model of organization functioning and control of
public administration.
Keywords: Mozambican Administrative compared to South Africa.
INTRODUÇÃO

A Republica de Moçambique é um Estado de direito baseado no pluralismo de expressão, na


organização política democrática, no respeito e garantia dos direito e liberdades fundamentais
do homem. O Estado reconhece os vários sistemas normativos e de resolução de conflitos que
coexistem na sociedade moçambicana na medida em que não contrariem os valores e os
princípios fundamentais da constituição. A lei determina os termos de efectivação dos direitos.
administração pública Moçambicana tem poderes de decisão e de execução, por outras
palavras o que caracteriza o Direito Administrativo Moçambicano na ordem das prerrogativas
como em geral em qualquer outro sistema de administração executiva é a faculdade que lhe é
conferida de tomar decisões juridicamente executórias e de garantir a sua execução material.
Segundo PROSPER WEIL, para satisfazer as necessidades do serviço a administração deve dispor
dos meios de acção necessárias, daí a noção de prerrogativas de direito público ou de meios
exorbitantes do direito comum.

Enquanto na vida privada os direitos e oblações só se criam por contratual a administração no


interesse do serviço público deve poder impor obrigações aos particulares unilateralmente e
sem primeiro passar pelo juiz e a sua decisão deve ser considerada juridicamente valida
enquanto o interessado não a tenha feito anular pelo juiz.

Lato sensu a decisão é um acto jurídico pelo qual uma autoridade administrativa modifica o
ordenamento jurídico. O termo é expressamente consagrado na constituição da República no
que concerne a determinação do âmbito de conhecimento do Tribunal Administrativo.

Na lógica do regime administrativo ou sistema de administração executiva a decisão


administrativa é concebida como uma técnica eficaz de governação com um conteúdo
abrangente

No regime administrativo, administração pública dispõe de privilégios quando aprova decisões.


Ela pode-se dispensar ao mesmo tempo do consentimento de terceiros e do juiz, nesta
perspectiva a administração Moçambicana dispõe de duas técnicas: o poder de decisão
unilateral e o privilégio de execução previa

O poder de decisão unilateral pode-se definir como sendo o poder de modificar


unilateralmente o ordenamento jurídico por exclusiva autoridade e sem necessidade de obter o
acordo do interessado. Este importante poder pode exercer-se a dois níveis, primeiro ao nível
regulamentar com a possibilidade de a administração aprovar actos que se aplicam a toda uma
categoria de particulares por exemplo quando o conselho de ministros aprova o regulamento.

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Objectivo geral

 Prospectar sobre princípios basilares que norteiam a administração Pública em


Moçambique e da África do sul.

Objetivos Específicos

 Comparar administração Pública Moçambicana da administração Pública da África do


sul;
 Fazer conhecer os princípios norteadores e modelos organizativos da administração
Pública dos dois países;

Problematização

 De que forma o processo de sistemas Administrativos contribuem positivamente para a


efetivação duma Administração Pública modernizada?

Justificativa

 Estes dois objectivos específicos permitirão entender até que ponto os dois sistemas
funcionam para a implementação dos seus modelos de administração pública.

Metodologia

De acordo com Giddens (200:691), metodologia de investigação são diferentes métodos de


investigação usados para recolher materiais empíricos podem ser de natureza quantitativa ou
qualitativa.

Metodologia adotada para a realização deste artigo é qualitativo porque desenvolveu-se em


consultas, análise documental constituída numa pesquisa teórico- bibliográfico onde foi
consultada a bibliografia relevante de acordo com a problemática e a abordagem escolhida
para este trabalho.

de salientar que este trabalho foi elaborado com auxílio de manuais da ucm, livros físicos, e
outras matérias consultadas na internet.

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Análise e Enquadramento Teórico

Sistemas Administrativo entende- se um modelo jurídico típico de organização, funcionamento


e controlo da administração pública.

O Poder de decisão - Lato sensu a decisão é um acto jurídico pelo qual uma autoridade

Administrativa modifica o ordenamento jurídico. Na lógica do regime administrativo ou sistema


de administração executiva, a decisão administrativa é concebida como uma técnica eficaz de
governação com um conteúdo abrangente.

A decisão administrativa como técnica eficaz de governação - No regime administrativo


administração publica dispõe de privilégios quando aprova decisões, ela pode-se dispensar ao
mesmo tempo do conhecimento de terceiros e do juiz, nesta perspectiva administração
moçambicana dispõe de duas técnicas: o poder decisório unilateral e privilégio da execução
previa.

O poder de decisão unilateral - define- se como sendo o poder de modificar unilateralmente o


ordenamento jurídico por exclusiva autoridade e sem necessidade de obter o acordo do
interessado.

O privilégio de execução previa - é o poder ou a capacidade legal de executar actos


administrativos definidos e executórios antes da decisão jurisdicional sobre o recurso
interposto pelos particulares.

O poder regulamentar - é uma das características do poder de decisão da administração


pública.

O poder de execução forcada - é a capacidade legal de executar actos administrativos


definitivos e executórios mesmo perante a contestação ou resistência física do destinatário.

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Breve Revisão da literatura

Segundo MAURICE HAURIOU, todos os países modernos assumem funções administrativas, mas
nem todas possuem o regime administrativo, assumir funções administrativas significa
simplesmente providenciar as necessidades de ordem pública.

E assegurar o funcionamento de alguns serviços públicos para satisfação do interesse geral e a


gestão dos assuntos de interesse público. No que diz respeito as referidas funções, pode-se
distinguir entre as funções que são exercidas directamente a favor da comunidade (política,
justiça, acção social) e as que são direcionadas e originadas pelo uso interno da própria
administração gestão do pessoal, compras, contabilidade etc., as primeiras dizem-se funções
administrativas principais e as segundas auxiliares. De modo geral um Estado pode
desempenhar então sob o controlo do poder jurídico ordinário que é do judicial. O Reino unido
é um tipo mais acabado desses estados sem regime administrativo com efeito existem serviços
administrativos pouco centralizados em que todos os agentes da administração publicam são
sujeitos ao controlo dos tribunais comuns e as leis ordinárias como qualquer cidadão e só eles
actuam em relação com os particulares com previa intervenção do poder judicial.

FRANCIS-PAUL BENOIT, demostro perfeitamente que as diferenças consistem no que as regras


administrativas especificas apesar do seu número e importância são apresentadas como sendo
um caracter excepcional e derrogatório do direito comum que seria o direito privado e que este
apesar de que ele regula muito pouco actividade da administração pública e apresentado como
o direito comum da sua acção.

BENOIT; F.P., op. cit., o autor escreve sobre as razões da existência dessas concepções nos
Estados- Unidos, se entende muito bem são países liberais que afirmaram como axioma
fundamental da organização política a superioridade dos direitos dos indivíduos sobre aqueles
estados. Desde logo esta situação conduz naturalmente a colocar o princípio de que
administração está sujeita, regra geral ao mesmo direito e aos mesmos tribunais que os
particulares, estes direitos e esses tribunais sendo considerados como únicos para assegurar o
respeito dos direitos dos indivíduos.

Segundo Rodrigus Queiro ( 1976),”A defende que a definição do regime administrativo se


resume na ideia de uma centralização das funções administrativas sob autoridade jurídica do
poder executivo e a seguir de uma separação das atribuições entre o poder executivo e o poder
judicial no que diz respeito a própria administração do direito”.

MAURICE HAURIOU, defende que para diagnosticar se um estado possui ou não um regime
administrativo deve -se verificar um duplo critério o de uma jurisdição administrativa que tem
uma competência geral separada da jurisdição comum e de uma jurisdição dos conflitos
exercida quer pelo governo ele próprio quer um tribunal de conflitos a justiça delegada porque

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apenas essas instituições são o signo que administração do direito foi partilhada entre o poder
judicial e o executivo

CENARIO DA IMPLEMENTACAO DA CONSTITUICAO SUL AFRICANA

A constituição Sul- africana é concebida como lei suprema por fornece a base legal para a
existência da republica estabelecer direitos e deveres dos cidadãos e definir estruturalmente o
governo. Este funciona segundo um sistema parlamentar, no qual o presidente é chefe de
Estado e chefe de governo sendo eleito em uma sessão conjunta de parlamento bicameral
constituído de uma Assembleia Nacional (National Assembly) ou camara baixa e um Conselho
Nacional de províncias (National Council of Provinces) ou camara alta.

A constituição actual da África do Sul, a quinta do País foi elaborado pelo parlamento eleito em
1994, sancionada pelo presidente eleito Nelson Mandela 1996 e entrou em vigor a partir de 4
de Fevereiro de 1997.

No cenário hodierno tal constituição se aproxima a uma constituição forte diferentemente do


verificado maioritariamente no continente africano que detém uma grande quantidade de
sham constitutions - isto é constituições que prevê formalmente numerosos direitos
fundamentais os quais não são porem observados de forma material e efectiva na pratica da
sociedade desta forma apesar de não estar contida na lista mundial das constituições mais
fortes é considerada próxima aqueles que prometem muitos direitos e os fazem verificar na
pratica.

O governo da África do sul é constituído por um sistema de três poderes: Executivo, legislativo e
judiciário, sendo que o presidente do pais é chefe do poder executivo é eleito de maneira
indirecta por um sistema que depende do legislativo escolhido pela população por meio de
votação em partido em partido, a duração de um governo nacional é de cinco anos Assembleia
nacional é composta por 400 representantes, o actual presidente pais é Cyril Ramaphosa.

Características do Sistema Administrativo de África do sul

 Sistema jurídico sul africano é misto;


 A estrutura jurídica do estado é composta por tribunal constitucional supremo, tribunal
de justiça, tribunais superiores e tribunais magistrados;
 Constitucionalismo sul africano é um modelo;
 Modelo de organização é político- jurídico;
 Conceito de povo é de democracia;
 O tribunal constitucional é o guardião dos princípios da constituição e moderador de
conflitos;

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 A jurisprudência interventiva em questões sociais e a justiça pressiona o executivo em
suas acções – o que significa que administração ou o poder executivo está sujeito a
justiça;
 A constituição sul africana é concebida como lei suprema;
 O presidente é o chefe do Estado e o chefe do Governo

Características do sistema de Administrativo Moçambicano

 Descentralização de poder;
 Separação de poder;
 Garantia dos particulares;
 Privilegio de execução previa;
 Organização Administrativa com função Administrativa;
 Existência de Tutela Administrativa;
 Direito Regulador de Administração;
 Sujeição de Administração ao Tribunal Administrativo para fiscalizar actos
administrativos

Confronto dos dois sistemas

Sistema Moçambicano Sistema Sul- Africano

Organização Administrativa Descentralização de poder Centralização de poder


(Função Executiva ou (Politico- Jurídico)
administrativa)

Controlo Jurisdicional da Separação de poder Executivo é sujeito a justiça


Administração
Tribunal Administrativo Não há separação de poder
fiscaliza actos praticados pela
Administração

Direito Regulador da Administração Pública é A constituição sul Africana é


Administração concebida do ponto de vista concebida como lei suprema
orgânico (direito comum) (Tribunais de conflito

Execução das decisões Poder executivo- Justiça


Administrativas Administração pública visa a
Administração e justiça não se
satisfação da coletividade.
encontram separados

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Administração e a justiça
encontram-se separados

Garantias Jurídicas dos Administração Pública tem o Tribunais


Particulares poder de execução previa
Administração e os
particulares estão sujeitos ao
mesmo direito e mesmos
tribunais

Fonte: Autora.

SUJEICAO DA ADMINISTRACAO AOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

Neste sistema o princípio de separação de poderes tem um papel muito relevante, este
princípio consagra que administração e a justiça se encontram separadas e não se confundem.
Assim os tribunais judiciais comuns não interferem com o funcionamento da administração
pública. Foi neste panorama que em 1799 foram criadas os tribunais administrativos que não
eram verdadeiros tribunais mas que eram diferentes dos tribunais comum. Os tribunais
administrativos eram órgãos da administração independente e imparciais incumbidos de
fiscalizar a legalidade dos actos administrativos.

O Estados que tem um regime administrativo apresentam caracteres diferentes, por um lado
todas as funções administrativas são fortemente centralizadas e confiadas a um poder único,
por outro lado esse poder enquanto que jurídico isto é quanto encarregado de estabelecer as
normas jurídicas que regularão a sua própria actividade e atuação não é o poder judicial mas o
poder Executivo. Resultam dessa situações várias consequências, os agentes administrativos
não estão sob a autoridade direita dos tribunais comuns e das leis gerais mas sim sob
autoridade hierárquica de superiores que pertencem ao poder Executivo e a sua atuação é
regulada por leis e regulamentos especiais , as autoridades administrativas gozam de privilegio
de execução previa e as sua decisões gozam de executoriedade sem que seja necessário
nenhuma autoridade previa poder judicial, os agentes administrativos processados em
responsabilidades tem até um determinado ponto uma garantia administrativa não existe só
uma espécie de jurisdição mas uma dualidade de jurisdições isto é há uma jurisdição
administrativa ao lado da jurisdição comum e essas duas ordens de jurisdições são
constitucionalmente separadas. Assim a definição do regime administrativo resume-se na ideia
de uma centralização das funções administrativas sob autoridade jurídica do poder executivo a
seguir de uma separação das atribuições entre o poder executivo e o poder judicial no que diz
respeito a própria administração do direito.

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Conclusão

Duma forma geral, sistema Administrativo é modo jurídico típico de organização,


funcionamento e controle de uma Administração pública de um determinado pais, de ponto de
vista geral ao longo do desenvolvimento da pesquisa, pude perceber que todos os países
assumem funções Administrativas mais nem todos possuem o regime Administrativo, assumir
funções administrativas significa simplesmente providenciar as necessidades de ordem pública,
diferentemente dos países africanos colonizados posteriormente tendem a modernizar
adoptando modelos de outros países. A constituição Sul Africana vem sofrendo alterações
desde a formação da republica o parlamento adotou o formato tricameral, sendo uma câmera
da Assembleia para os brancos e câmera dos representantes para os negros e câmera dos
delegados para indianos.

No que diz respeito as referidas funções pode-se distinguir entre as funções que são exercidas
diretamente a favor da comunidade polícia, justiça, accao social e mais e as que são
direcionadas e originadas pelo uso interno da própria Administração gestão de pessoal,
compras, contabilidade de modo geral um Estado pode desempenhar essas funções sem confia-
las a um poder jurídico especial elas se desempenham sob o controlo do poder jurídico
ordinário que e do judicial. O Reino unido é o tipo mais acabado desses estados sem regime
administrativo com efeitos existem serviços administrativos pouco centralizado em que todos
os agentes da Administração Pública são sujeitos ao controlo dos tribunais comuns e as leis
ordinárias como qualquer cidadão e só eles actuam em relação com os particulares com previa
intervenção do poder judicial. Nesta perspectiva o direito é um no sentido de que em princípio
são as mesmas regras que regem todas as relações jurídicas dentro de um mesmo Estado,
qualquer que seja a natureza dessas relações jurídicas. Isto não quer dizer que não existe um
direito Administrativo nos países anglo-saxônicos. Em bom rigor em todos estados quaisquer
que sejam existe necessariamente do ponto de vista material um conjunto de regras que se
chama Direito administrativo que rege a organização e as competências das autoridades
administrativas e define os direitos e as garantias dos administrados quando eles sofrem um
prejuízo em relação as essas autoridades.

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Referências Bibliográficas

RODRIGUS QUEIRO A., (1976). lições de Direito Administrativo, vol I. Coimbra, p.140

DO AMARAL, DIOGO FREITAS, (2003).Manual de direito administrativo volume II,2


reimpressão, Almedina.

PEREIRA DA SILVA, VASCO, Em busca do acto administrativo perdido, Almedina 1 edicao,2016.

DO AMARAL DIOGO FREITAS, Manual de Direito Administrativo - volume I, Almeida, 4edicao,


2015.

DA SILVA, VASCO PEREIRA, Em busca do acto administrativo perdido, Almedina, 1edicao,2015.

Gabriel Cabral Fundado graduado em direito pela universidade de Brasília.

Constituição Sul- Africana actualizada.

Constituição de Moçambique.

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