Pós-Graduação em

Análise do Comportamento
Aplicada(ABA) para TEA –
Transtorno do Espectro Autista

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 Quem eu sou?

Prof. Felipe Magalhães Lemos

Psicólogo – CRP-126161/04
Mestre em Gestão da Clínica pela UFSCar
Doutorando em Psicologia/Análise do Comportamento pela UFSCar
Pós-graduado em Análise do Comportamento Aplicada (ABA)

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Qual a nossa disciplina?

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Disciplina on-line

• OBJETIVO GERAL: Apresentar a Análise Funcional como meio para oferecer

intervenções mais precisas às pessoas com Transtorno do Espectro Autista.
Apresentar técnicas de observação e registro do comportamento.
• OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: Compreender como observar, medir e
descrever os comportamentos, a partir dos conceitos de frequência,
duração, latência, topografia, magnitude. Dominar os registros de eventos,
registros de duração, registros a intervalos e registros por amostragem de
tempo. Compreender como escolher a técnica de registro adequada e
aprender a interpretar dados em gráficos. Aprender a estabelecer relações
de causa-efeito entre o ambiente e o comportamento. Aprender a
determinar as funções do comportamento. Dominar a Análise Funcional
Descritiva, seus objetivos, condução e registro. Conhecer os métodos de
Análise Funcional mais eficazes.
Situação-problema
• Ligação:
• “Senhor analista do comportamento, temos uma criança
com TEA na escola que está agredindo, muito irritada e
fazendo birra. Está um terror, a professora está em
ponto de deixar a escola. Ela tem uns problemas
emocionais que estão atrapalhando o seu desempenho
em sala de aula e ninguém mais sabe o que fazer. O
comportamento dela é péssimo e do nada ela começa a
machucar todo mundo. Eu queria saber se você tem
alguma coisa para dizer que vá nos ajudar a resolver
esse problema.”

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Unidade de Aprendizagem 1

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Medidas de Comportamento

“É o processo de atribuir números e unidades a

características particulares de objetos e eventos...
envolve unir um número representando a extensão
de uma quantidade emocional em uma unidade
apropriada” (Johnston & Pennypacker, 1993, pp. 91-
95, apud Cooper et al, 2007, p. 73).”

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 Descrição e definição de
eventos comportamentais

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Observar, descrever e registrar
• O que os organismos fazem?
• Em que circunstâncias ou sob quais condições
ambientais?
• Analistas mensuram comportamentos para
determinar o nível de um alvo e o limite de uma
intervenção.
• Objetiva-se que o comportamento observado seja
descrito e registrado de forma que qualquer outra
pessoa possa ler e compreender o fenômeno
ocorrido.
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Mas qual o motivo real de se observar?
• Os dados coletados por observação são usados para
diagnosticar a situação-problema, para escolher as
técnicas e procedimentos a serem empregados e para
avaliar a eficácia dessas técnicas e procedimentos.
• Mensurar o que mudou, quando mudou, extensão e
duração da mudança, variabilidade ou estabilidade do
comportamento antes, durante e depois da
intervenção.
• Objetiva-se que o comportamento observado seja
descrito e registrado de forma que qualquer outra
pessoa possa ler e compreender o fenômeno ocorrido.

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De acordo com Fagundes (2017)
• A observação é importante pois:

a. Aumenta a compreensão que temos a respeito do

comportamento sob investigação;
b. Facilita o levantamento de hipóteses do
comportamento sob investigação;
c. Permite acompanhar o desenrolar de uma intervenção
ou tratamento e testar seus efeitos ou eficácia.

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Linguagem científica

Observações comportamentais devem ser descritas

utilizando-se uma linguagem científica para facilitar a
comunicação entre psicólogos, modificadores de
comportamento e pesquisadores (Fagundes, 2017).

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Como deve ser?
• A linguagem científica deve ser
objetiva, clara e precisa (Danna &
Matos, 2015).
• “Senhor analista do comportamento,
temos uma criança com TEA na
escola que está agredindo, muito
irritada e fazendo birra. Está um
terror, a professora está em ponto de
deixar a escola. Ela tem uns
problemas emocionais que estão
atrapalhando o seu desempenho em
sala de aula e ninguém mais sabe o
que fazer. O comportamento dela é
péssimo e do nada ela começa a
machucar todo mundo. Eu queria
saber se você tem alguma coisa para
dizer que vá nos ajudar a resolver
esse problema.”
• Correção
• Senhor analista do comportamento,
temos uma criança com TEA na
escola. Ela mordeu dois de seus
colegas, emitiu diversos sons
ininteligíveis por 5 minutos, pegou
objetos e atirou ao chão, deitou-se
no chão com as costas encostada na
superfície e bateu pés e braços no
chão de forma assíncrona. A
professora relatou querer se demitir.
Ela tem uns problemas emocionais
que estão atrapalhando o seu
desempenho em sala de aula e
ninguém mais sabe o que fazer. Em
alguns momentos não sabemos dizer
quais os antecedentes para os seus
comportamentos.
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Objetividade

• Atém-se a fatos e a coisas efetivamente

observados;
• Coisas e fatos visíveis, audíveis, palpáveis,
degustáveis, cheiráveis, enfim, perceptíveis pelos
sentidos, sendo que, de modo geral, há predomínio
do que é percebido pela visão e audição, visto
serem os sentidos que geralmente mais utilizamos
(Fagundes, 2017).

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Objetividade
• Deixa-se de lado todas as impressões subjetivas, as
interpretações pessoais e leva-se em conta só as
coisas e fatos perceptíveis pelos sentidos.
• Evitaremos:
✓Termos que designem estados subjetivos
✓Atribuição de intenções ao sujeito
✓Atribuição de finalidade às ações observadas

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Clareza e precisão
• Uma linguagem é clara quando é fácil de entender
e precisa quando descreve com exatidão fatos
efetivamente observados.

• Deve-se evitar:
✓Termos amplos
✓Termos indefinidos ou vagos
✓Termos ou expressões ambíguas

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Definição de eventos
comportamentais
• É imprescindível definir eventos comportamentais
previamente à observação;

• Ao se fazer isso, elimina-se as contradições

existentes nas noções que cada um tem a respeito
dos eventos;

• Permite concordância entre observadores.

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Como definir eventos
comportamentais
• Usar linguagem científica, ou seja:
• Objetiva
• Clara
• Precisa
• Exemplo:
• “Lamber: (condição antecedente) estando a extremidade da
língua fora da boca, em contato com um objeto ou estrutura
corporal, (resposta) deslizá-la, produzindo (consequência)
umedecimento desse objeto ou estrutura corporal”
• Ser explícita e completa:

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Como definir eventos
comportamentais
• Ser explícita e completa:
• Sorrir: retrair os cantos da boca para os lados
(incompleta mas explícita)
• Sorrir: retrair os cantos da boca para os lados e para o
alto (completa e explícita)
• Sorrir: retrair os cantos da boca para os lados e para o
alto, podendo haver exposição de dentes (melhor, mais
completa e explícita)
• Sorrir: retrair os cantos da boca para os lados e para o
alto, podendo haver exposição de dentes da arcada
superior ou de ambas as arcadas (muito melhor,
completa e explícita)

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Empregar elementos pertinentes
• Sorrir: retrair os cantos da boca para os lados e
para o alto, podendo haver exposição de dentes da
arcada superior ou de ambas as arcadas,
acompanhado de levar uma das mãos à boca,
ocultando-a.

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Dar denominação apropriada
• O nome deve lembrar o que se quer definir
• Apontar: estender o dedo indicador ou o polegar de
uma das mãos em direção a uma pessoa ou objeto
• Essa é uma denominação apropriada, enquanto que estender
o dedo seria inapropriada.
• Ao definir comportamentos devemos usar uma
linguagem científica; cuidando de tornar a definição
explícita e completa; empregando elementos que
sejam pertinentes e dando-lhe um nome apropriado,
que prontamente lembre o que se deseja designar.

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