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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE PALMARES

ELETIVA DE CDC

CARLOS VITOR
DACID EMANUEL DE SOUZA
JOANNA MARCELLY DA SILVA
MARJORY LETICIA SILVA LOPES
NIVEA LINS MARQUES DA SILVA
SOFIA LUCENA SILVA GALVÃO

CRIMES NO CDC
ESPECIFICAÇÕES E PUNIÇÕES PENAIS

PALMARES-PE
2022
CARLOS VITOR
DACID EMANUEL DE SOUZA
JOANNA MARCELLY DA SILVA
MARJORY LETICIA SILVA LOPES
NIVEA LINS MARQUES DA SILVA
SOFIA LUCENA SILVA GALVÃO
CRIMES NO CDC
ESPECIFICAÇÕES E PUNIÇÕES PENAIS

Código de Defesa do Consumidor


apresentado na eletiva, da instituição
Escola Técnica Estadual de Palmares, a
ser utilizado como diretrizes para
manufatura do trabalho de conclusão de
curso.

PALMARES-PE
2022
RESUMO

Esse trabalho procurar mostrar de forma concisa e objetiva os crimes contra as


relações de consumo prevista no Código de Defesa do Consumidor, mostrando o
objetivo e a natureza do crime. Vale ressaltar que o Código de defesa do
consumidor cataloga doze condutas consideradas crimes contra o consumidor.
Nesse sentido, a tipificação visa tutelar, de forma imediata ou reflexa, bens como a
vida, a saúde, ao patrimônio, dentre outros.
Palavras chaves: Crime, Código de Defesa do Consumidor, Relação de Consumo
ABSTRACT

This assignment seeks to show in a concise and objective way the crimes against
consumer relations provided in the Brazilian Consumer Defense Code, showing the
purpose and nature of the crime. It is worth mentioning that the Consumer Protection
Code catalogs twelve conducts considered crimes against consumers. In this sense,
the classification aims to protect, immediately or reflexively, goods such as life,
health, patrimony, among others.
Key-words: Crime, Consumer Protection Code, Consumer Relations
1. INTRODUÇÃO AOS CRIMES NO CDC
2. Direitos difusos e coletivos
2.1 - Crimes penalmente tipificados contra a relação de consumo
2.2 - Competência e juizados especiais criminais
3. CONCLUSÃO
3.1 REFERÊNCIAS
1.0 Introdução

Os crimes contra a relação de consumo já vieram prescritos antes mesmo do


Código de Defesa do Consumidor. O Código Penal de 1940 já tipificava 11 condutas
como sendo crimes ao consumidor, entretanto, o Código de Defesa do Consumidor,
instituído pela Lei nº 8.078/90, veio expressamente trazer as condutas penalmente
praticadas na relação de consumo. Nos seus artigos 63 a 74 criminaliza doze condutas,
catalogando-as como infrações penais contra o consumidor.

Os Artigos 63 a 74 do Código de Defesa do Consumidor tipificaram todas as


práticas consideradas crimes penais nas relações de consumo, sendo certo que o Art.
61, do CDC dispõe a definição específica dessas condutas sem prejuízo com o disposto
no Código Penal e leis especiais.

O Código de Defesa do Consumidor buscou proteger o consumidor contra as


práticas abusivas e nocivas de produtos ou serviços, fraudes e publicidade enganosas.

2.0 Direitos difusos e coletivos

Antes de entrar nos artigos previstos no CDC, cabe explanar sobre os direitos
tutelados no código, os direitos difusos e coletivos.

Nesse passo, temos os Direitos difusos que constituem direitos


transindividuais, ou seja, aqueles em que os titulares não se podem determinar. Já o
Direito Coletivo diz respeito aos direitos da sociedade ou de uma categoria, ou seja, é o
direito comum à coletividade de pessoas e só a elas interessam.

O conceito legal de direitos difusos e coletivos é trazido no Art. 81, do CDC


nos termos seguintes:

“Art. 81 - A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas


poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único - A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - Interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste Código,


os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;

II - Interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste


Código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo, categoria ou
classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica
base;(...)”

2.1 Crimes penalmente tipificados contra a relação de consumo

Já esclarecido um pouco sobre os direitos difusos e coletivos, analisarei cada


uma das infrações penais. A primeira conduta trazida no CDC está no artigo 63 a seguir:

Art. 63 - Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou


periculosidade de produtos, nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou
publicidade: Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. § 1º - Incorrerá
nas mesmas penas quem deixar de alertar, mediante recomendações escritas
ostensivas, sobre a periculosidade do serviço a ser prestado. § 2º - Se o crime é
culposo: Pena - Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa”.

Esse tipo penal traz relação com os artigos 8º e 9º do CDC que tem como
objetivo resguardar os direitos do consumidor de receber informações claras quanto ao
produto ou serviço e assim proteger o direito à vida, à saúde e segurança dos
consumidores que possivelmente tiverem consumindo o produto ou utilizando do
serviço.

Nesse passo, temos um artigo que trata dos direitos difusos, uma vez que não
se pode determinar o consumidor prejudicado. Mister salientar que como se trata da
segurança das relações de consumo sob o aspecto difuso e abstrato, se faz necessário
a constatação do nexo causal entre o comportamento tipificado e a efetiva nocividade à
saúde ou segurança do consumidor.
A conduta descrita no artigo acima mencionado é tipificada como omissão,
entretanto quando não se observa o risco à segurança do consumidor passa a se
constituir o dolo eventual na conduta descrito no artigo 64 do CDC, que se segue:

“Art. 64 - Deixar de comunicar à autoridade competente e aos


consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo conhecimento seja
posterior à sua colocação no mercado: Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos e multa. Parágrafo único - Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de retirar
do mercado, imediatamente quando determinado pela autoridade competente, os
produtos nocivos ou perigosos, na forma deste artigo.”

A norma tratada no artigo 64 tem a natureza difusa, pois se relaciona com a


situação fática. Importante mencionar que existe uma dificuldade na identificação
temporal do termo “posterior”, pois assim que colocado o produto no mercado inicia-se o
decurso do tempo e o referido tempo pode ser minutos ou anos.

O legislador busca evitar ocorrências de acidentes de consumo, entretanto,


por se tratar de um perigo abstrato não se faz necessário a consumação da infração
para a responsabilização do fornecedor.

Outro artigo que tipifica condutas penalmente praticadas no CDC é o artigo


65, conforme escritura:

“Art. 65 - Executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando


determinação de autoridade competente: Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2
(dois) anos e multa. Parágrafo único - As penas deste artigo são aplicáveis sem
prejuízo das correspondentes à lesão corporal e à morte.”
A norma penal acima descrita tem como objeto jurídico material a integridade
física do consumidor contra a prestação de serviços considerada pela autoridade
competente como sendo de alta periculosidade, sendo proibido até mesmo a própria
execução do serviço, mesmo com o prévio conhecimento dos consumidores. A norma
em questão é considerada direito difuso, uma vez que objetiva resguardar os
consumidores que contratem eventualmente um serviço de elevado grau de
periculosidade.

A norma seguinte tipifica como crime fazer qualquer informação falsa sobre a
qualidade, quantidade ou natureza do produto ou serviço, conforme escritura seguinte:

“Art. 66 – Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação


relevante sobre a natureza, característica, qualidade, segurança, desempenho,
durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: Pena - Detenção de três
meses a um ano e multa. § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta.
§ 2º Se o crime é culposo: Pena - Detenção de um a seis meses ou multa”

É um dos princípios do CDC o dever de informação, o que faz com que o


fornecedor seja obrigado a prestar claramente as questões pertinentes aos produtos.
Esse artigo trata diretamente das práticas abusivas e enganosas ao consumidor, as
quais podem ser por omissão ou comissão.

A natureza dessa norma é difusa, pois o consumidor a ser atingido é o


consumidor de fato, vale dizer, será aquele o atingido pelo produto ou serviço que possa
ser determinado.

No próximo artigo o autor tipifica a conduta de fazer ou promover publicidade


enganosa ou abusiva sabendo que elas são dessa natureza, conforme transcrição:

“Art. 67 - Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser


enganosa ou abusiva: Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.”

O critério usado para avaliar a capacidade de enganar vai depender do caso


concreto, verificando assim o público alvo. Esse artigo traz o elemento subjetivo “deveria
saber” o qual o agente quer praticar a conduta descrita no tipo.
Esse crime tem a natureza difusa, uma vez que para determinar o caráter
enganoso da publicidade deve ser considerado o consumidor em abstrato, ou seja, o
consumidor ideal e não real.

Nos termos do artigo 68 da Lei nº 8.078/90:

“Art. 68 - Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser


capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua
saúde ou segurança: Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa”

Nesse artigo o legislador trouxe a publicidade sendo abusiva quando fosse


capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma que ele venha a se prejudicar.
Esse dispositivo trata de dois materiais tutelados, os quais sejam, as relações de
consumo e a segurança a saúde de todos os consumidores.

Nesse sentido, tem-se o delito tipificado como sendo de natureza difusa, pois
o consumidor considerado no artigo é aquele que a publicidade seja capaz de induzi-lo,
ou seja, são os consumidores difusamente considerados.

O próximo tipo penal, conforme descrito abaixo, estabelecido no CDC trata da


conduta daquele que não organiza os dados técnicos ou científicos que sustentam a
publicidade. O objetivo do legislador foi privilegiar o principio da transparência e da boa-
fé objetiva.

“Art. 69 - Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que dão


base à publicidade: Pena Detenção de um a seis meses ou multa”

Mister salientar que esse tipo penal traz uma dupla proteção, do mesmo modo
que ele assegura a proteção do consumidor contra a publicidade sem transparência e
boa-fé, ele garante ao fornecedor que ele não sofrerá acusação de publicidade
enganosa se o mesmo mostrarem os dados técnicos que embasam o anúncio.

Nesse passo, o artigo traz como tipo objetivo a relação de consumo e a


veracidade das informações da publicidade, tratando-se, portanto de natureza difusa,
pois o sujeito passivo no tipo penal em comento é a coletividade de consumidores.

O artigo 70 do CDC trata como crime a conduta de colocar componentes


usados na reparação de produtos sem a autorização do consumidor, conforme escritura:
“Art. 70 - Empregar na reparação de produtos, peça ou componentes de
reposição usados, sem autorização do consumidor: Pena - Detenção de três meses a
um ano e multa”

A regra supramencionada tem relação e resguarda o direito do consumidor


assegurado no Artigo 21, do CDC que possui a seguinte redação: “No fornecimento de
serviços que tenham por objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á
implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição originais
adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas do fabricante, salvo,
quanto a estes últimos, autorização em contrário do consumidor”.

Essa norma visa proteger o patrimônio do consumidor. Nesse passo para se


provar a consumação do delito, é necessário a identificação do consumidor lesado, o
que implica em afirmar que a norma tem natureza individual.

A norma seguinte o legislador estabeleceu limites no exercício de cobrar ao


consumidor inadimplente, conforme transcrição do artigo:

“Art. 71 - Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação,


constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de
qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo
ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer: Pena - Detenção de três meses a um
ano e multa”

Importante salientar que o fato de alguém ser cobrado por uma dividida, seja
pessoalmente, por telefone ou por carta é constrangedor. Entretanto o exercício do
credor de cobrar dívida em juízo ou negativar o nome do devedor não constitui pratica
ilegal. A norma possui natureza difusa, uma vez que o sujeito do delito pode ser
qualquer consumidor exposto ao ridículo indevidamente.

A infração penal descrita no artigo 71 do CDC não se refere a veracidade das


informações e sim a conduta de impedir ou dificultar o acesso dos consumidores a
informações sobre eles, conforme dispõe:

“Art. 72 - Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações que


sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros: Pena – Detenção
de seis meses a um ano ou multa”

Diante disso, o fornecedor não poderá cobrar pelas informações solicitadas,


no máximo poderá estabelecer um prazo para a entrega das informações. Nesse passo,
a conduta se consuma na ação do agente impedir ou dificultar e por essa razão a sua
natureza é difusa, pois o sujeito passivo poderá ser qualquer consumidor interessados
nos dados a serem solicitados.

Dispõe o artigo 73 do Código de Defesa do Consumidor:

“Art. 73 - Deixar de corrigir imediatamente informação sobre consumidor


constante de cadastro, banco de dados, fichas ou registros que sabe ou deveria saber
ser inexata: Pena - Detenção de um a seis meses ou multa.”

O artigo citado traz para o consumidor a proteção ao direito de corrigir


qualquer informação inverídica sobre seus dados cadastrais. Vale mencionar que na
hipótese de dúvidas acerca das informações prestadas pelo fornecedor e pelo
consumidor não se pode considerar conduta criminosa do arquivista, uma vez que os
dados do consumidor oferecidos pelo credor se da por documentos validos.

A natureza desse delito é difusa, uma vez que as possíveis vítimas podem ser
qualquer consumidor que esteja interessado na correção das informações erradas a seu
respeito.

Finalmente, a última infração trazida pelo CDC descreve como crime a


conduta do fornecedor que deixar de entregar o termo de garantia preenchido e
com as devidas especificações, conforme leitura do artigo:

“Art. 74 - Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantia


adequadamente preenchido e com especificação clara de seu conteúdo. Pena -
Detenção de um a seis meses ou multa”
O delito descrito possui natureza difusa, pois conforme a maioria dos
delitos o sujeito passivo pode ser qualquer consumidor afetado pela conduta.
Importante mencionar que a norma citada não se refere nem ao dolo nem a culpa,
ele pune o esquecimento.

2.2 Competência e juizados especiais criminais

Para se analisar a competência para as infrações penais descritas no


Código de defesa do consumidor, é necessário fazer a leitura do artigo 60 da Lei
9.099/95, conforme descrita:

“Art. 60 - O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e


leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações
penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência.
(Redação dada pela Lei nº 11.313/06).

Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal


do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os
institutos da transação penal e da composição dos danos civis. (Incluído pela Lei nº
11.313/06).”

Nesse passo, tem-se a competência dos crimes penais descritos no CDC


nos juizados especiais criminais, uma vez que as infrações penais são de menor
potencial ofensivo. Vale mencionar que o artigo 61 da lei 9.099/95 trazia as infrações
penais de menor potencial ofensivo como sendo as que cominassem pena máxima
não superior a um ano, portanto, sendo abrangidas as contravenções penais e um
número considerável de crimes, excepcionando os de legislações especiais.

Entretanto o art. 1º, da Lei nº 11.313/06, derrogou o art. 61, da Lei dos
Juizados Especiais Criminais (Lei n. 9.099/95). Com isso, mudou-se a competência
e passaram a ser considerados delitos de menor potencial ofensivo aqueles aos
quais a lei comine, no máximo, pena detentiva não superior a dois anos, ou multa.
3.0 Conclusão

Conclui-se que, até um tempo atras, consumidores e fornecedores tinham


bastante liberdade na negociação de compra e fornecimento de produtos e serviços.
Porém, em razão da propagação do crédito e do consumo desenfreado, o
consumidor se tornou vulnerável a prejuízos.

Então, surge o Código de Defesa do Consumidor, onde foi sem dúvida um


acontecimento muito importante. Isso porque o Código além de trazer normas de
direito privado, também, armou o consumidor com instrumentos sancionatórios de
caráter penal.

Vê- se, então, que a instituição dos crimes de consumo seja pelo do
Código de Defesa do Consumidor, seja pela Lei nº. 8.137/90 assumem papel muito
importante na defesa dos direitos dos consumidores. Todavia, verifica-se que não
obstante a existência e relevância dessas normas de proteção, a de se reconhecer
que os consumidores nem sempre são estimulados a denunciar as infrações contra
eles cometidas, seja, em razão de comodidade, ausência de credibilidade na justiça
ou mesmo falta de informações acerca desses tipos penais.

3.1 Referências

https://camposeantonioli.com.br/crimes-contra-o-consumidor-quais-sao-
eles/

https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1531/Crimes-contra-o-
consumidor#:~:text=Utilizar%2C%20na%20cobrança%20de%20dívidas,a
%20um%20ano%20e%20multa.

https://jus.com.br/artigos/61119/crimes-contra-o-consumidor

https://concurseria.com.br/wp-content/uploads/2018/02/Penal-Cod-
Consumidor-Cibernéticos-Transplante.pdf

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