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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO – UNIFSA

DIRETORIA DE ENSINO
DIREITO DO CONSUMIDOR
TURMA: 09N7A

RELATÓRIO DO TÍTULO II: DAS INFRAÇÕES PENAIS, CÓDIGO DE DEFESA


DO CONSUMIDOR.

ALUNOS:

Bernardo Souza de Aquino Filho


Ernande Valdivino de Oliveira Júnior
Francy Sousa de Carvalho
Maria Clara Leal de Aguiar
Maria Eduarda Gonçalves da Silva Rodrigues

TERESINA-PI

2023
SUMÁRIO

CONCEITO DE INFRAÇÕES PENAIS......................................................................................................................


3

1. DAS INFRAÇÕES PENAIS.....................................................................................................................................


3

1.1 OMISSÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE NOCIVIDADE................................................................... 5

1.2 CONTRA A SEGURANÇA.....................................................................................................................6

1.5 CONTRA A PUBLICIDADE................................................................................................................. 7

1.6 EMPREGAR PEÇAS USADAS SEM AUTORIZAÇÃO DO CONSUMIDOR................................ 6

1.7 COBRANÇA VEXATÓRIA OU VIOLENTA...................................................................................... 7

1.8 CONTRA INFORMAÇÕES ADEQUADAS ........................................................................................ 8

1.10 NÃO FORNECIMENTO DE TERMO DE GARANTIA ADEQUADO........................................ 10

CONCURSO DE PESSOAS........................................................................................................................................14

CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES. .................................................................................................................... 15

PENAS...........................................................................................................................................................................13

FIANÇA.........................................................................................................................................................................14

MINITÉRIO PÚBLICO...............................................................................................................................................15

REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................................... 16
DAS INFRAÇÕES PENAIS

O Código de Defesa do Consumidor, em Títulos II. Infrações Penais. Que inicia


com o Art. 61. Afirma que os artigos que preveem infrações penais vem para proteger o
destinatário final dos produtos e serviços ofertados pelos fornecedores como um
microssistema com o intuito de reprimir, proteger e reparar os crimes contra as relações
de consumo, isso sem "prejuízo" do Código Penal e leis especiais. Como se pode ler a
seguir:

"ART. 61. Constituem crimes contra as relações de


consumo previstas neste código, sem prejuízo do
disposto no Código Penal e leis especiais, as condutas
tipificadas nos artigos seguintes".

Vale ressaltar que, no entanto, irão ter maior prevalência por meio do Princípio
da Especialidade, ou seja, o CDC é legislação principal e a legislação comum e especial,
subsidiária. Com base na seguinte ementa:

EMENTA:
I. Crime contra relações de consumo (L. 8.137/90, art. 7o, IX): imputação atípica. Não realiza o
tipo do art. 7o, IX, da L. 8.137/90 o depósito, em estabelecimento industrial, de produtos
impróprios ao consumo " porque vencido o respectivo prazo de validade (CBDC, art. 18, $ 6 I ",
porém, não destinados à venda e sim T conforme a denúncia mesma " à utilização como insumo
na fabricação de medicamentos a que dedicada a empresa de responsabilidade da denunciada.
Ainda quando se cuide, como no caso, de crime de mera conduta "por isso chamado de
consumação antecipada ", não é dado ao intérprete antecipar-se ainda mais à consumação do
crime, já antecipada por lei para o momento da conduta nela descrito, a fim de colher momentos
anteriores, mesmo que constituam antecedentes necessários da realização do fato incriminado.
W. Habeas corpus por falta de justa causa: à sua concessão, quando a ausência de criminalidade
do fato imputado ou paciente independer de instrução criminal, não importa que implique
"absolvição sem processo": ao contrário, o que os princípios e a Constituição não toleram é a
condenação sem processo (CF, art. 5", LIV e LVIl). (HC Min. SEPÚLVEDA PERTENCE,
76959, Relator(a): Primeira Turma, julgado em 15/09/1998, DJ 23-10-
1998 PP-00003 EMENT VOL-01928-02 PP-00250)"

Segundo o CDC, são doze tipos penais tipificados contra as relações de


consumo e direitos básicos do consumidor, o Código ainda traz agravantes penais, que
são previstos no Código de Defesa do Consumidor. Sendo eles crimes de conduta, ou
seja, consumando-se por ação ou omissão.

OMISSÃO DE INFORMAÇÃO

Já o seguinte artigo, o artigo 63 refere-se à sonegação, omissão de informações


relevantes por parte do fornecedor, sobre o caráter de nocividade ou periculosidade
de produtos ou serviços, colocando em risco a saúde e a segurança do consumidor, sua
incolumidade física, estando previstas as penas para as formas culposas e dolosas. As
penas aplicáveis são de detenção, variando de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, acrescidos
da multa aplicável, conforme a gravidade da infração penal.

"Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a


nocividade ou periculosidade de produtos, nas
embalagens, nos invólucros, recipientes ou publicidade:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
§ 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de
alertar, mediante recomendações escritas ostensivas,
sobre a periculosidade do serviço a ser prestado.
§ 2° Se o crime é culposo:
Pena Detenção de um a seis meses ou multa".

 
Como lido acima, em seu parágrafo 1º, especifica que o fornecedor de serviço
que não declarar ostensivamente, com destaque, sobre a periculosidade do serviço que
oferece, estará enquadrado na tipificação penal acima, na forma dolosa, no caput do
artigo 63 e parágrafo 1º e forma culposa no parágrafo 2º do mesmo artigo. O texto da
lei destaca, em seu parágrafo 2º, a pena para a forma culposa, que no caso é a multa na
forma alternativa e não cumulativa.

Caso ocorra lesão corporal, ou morte, em razão da prática do delito do artigo 63,
o crime maior absorve o menor, de modo que as penas aplicáveis serão as de lesão
corporal e homicídio doloso ou culposo com base no Código Penal. No entanto o dolo
do crime, ocorrerá quando um consumidor é intencionalmente enganado ou
prejudicado. Se uma empresa impede deliberadamente que os consumidores obtenham
informações relevantes com a intenção de fraudar ou obter benefícios indevidos, é um
ato intencional.

No caso de tentativa: irá ocorrer quando uma ação é realizada intencionalmente


para executar um comportamento, mas por algum motivo não é totalmente concluída.
No contexto de impedir o acesso dos consumidores à informação, uma tentativa de
impedir o acesso pode ser considerada se uma ação para impedir o acesso for tomada
intencionalmente, mas a tentativa for detectada, frustrada ou interrompida antes que
possa ser concluída. Ademais, a consumação ocorre quando a informação sobre
nocividade ou perigo é efetivamente omitida, privando o consumidor da oportunidade
de obter conhecimento completo e suficiente para tomar uma decisão informada sobre o
uso de um produto ou serviço.

De acordo com o artigo 64 do CDC estabelece que a omissão é crime quando o


agente não o faz, deixa de fornecer às autoridades competentes e aos consumidores
qualquer informação sobre os riscos e perigos de um produto ou serviço, e o sujeito
ativo é o produto ou serviços do fornecedor, os contribuintes são os consumidores e o
Estado. Uma autoridade competente é uma pessoa jurídica vinculada a uma autoridade
pública que tem a função de fiscalizar ou regular os produtos comercializados. Em seu
parágrafo único tipifica a conduta dolosa do fornecedor que não retire do mercado
quando ordenado pela autoridade competente, os produtos nocivos ou perigosos,
mantendo os consumidores em potencial risco de lesão. Como podemos analisar a letra
da lei:

"Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente


e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de
produtos cujo conhecimento seja posterior à sua
colocação no mercado:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.

Vale destacar que em seu Parágrafo único revela que incorrerá nas mesmas
penas quem deixar de retirar do mercado, imediatamente quando determinado pela
autoridade competente, os produtos nocivos ou perigosos, na forma do artigo 64 do
CDC.

CONTRA A SEGURANÇA

"Art. 65. Executar serviço de alto grau de


periculosidade, contrariando determinação de
autoridade competente:
Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa.

Parágrafo único. As penas deste artigo são aplicáveis


sem prejuízo das correspondentes à lesão corporal e à
morte"

Já no artigo supracitado,

"Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou


omitir informação relevante sobre a natureza,
característica, qualidade, quantidade, segurança,
desempenho, durabilidade, preço ou garantia de
produtos ou serviços:
Pena - Detenção de três meses a um ano e
multa.

§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem


patrocinar a oferta.
§ 2º Se o crime é culposo;
Pena Detenção de um a seis meses ou multa".

PUBLICIDADE
O Código de Defesa do Consumidor também tipificam possíveis crimes no
âmbito da publicidade, como a publicação e marketing com publicidade que se tem o
conhecimento sobre ser abusiva e enganosa. Disposto no art. 67.

"Art. 67. Fazer ou promover publicidade que


sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva:
Pena Detenção de três meses a um ano e
multa".

O dispositivo acima destacado da Lei de Defesa do Consumidor destinam-se a


impor multas de três meses a um ano àqueles que utilizarem meios diversos para
divulgar seus produtos ou serviços e acabarem abusando do consumidor e prestando
informações enganosas, falsas ou omitindo importantes informações. Ao usar com
precisão a propaganda enganosa para informar, o artigo aponta aqueles que sabe ou
sabiam que os anúncios eram enganosos ou abusivos devem ser punidos.
Vale ressaltar que é considerada enganosa, a publicidade que se utiliza de
marketing para induzir o consumidor a cometer erros, já é abusiva aquela publicidade
que, além de violar os direitos do consumidor, afetam seus direitos fundamentais,
colocando-os em risco, quando ofende um indivíduo ou um grupo social ou explorar
qualquer de suas fraquezas para promover um produto ou serviço.

"Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou


deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se
comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde
ou segurança:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa".
No artigo 68 inserido na Lei de Defesa do Consumidor, que trata de infrações
penais, ofensas aos direitos do consumidor, tornando sujeito ativo o fornecedor de
produto ou serviço, e quem anuncia publicação que conhece ou deveria conhecer tem
competência para induzir os consumidores a agir de forma prejudicial, e os
contribuintes são os consumidores e as comunidades. Crie ou promova anúncios que
induzam os consumidores a fazer algo nocivo ou prejudicial à sua saúde. Pena de prisão
e multa de seis meses a dois anos, a cumprir na realização ou promoção do anúncio e na
admissão da tentativa.

"Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e


científicos que dão base à publicidade:
Pena Detenção de um a seis meses ou multa".

Já o art. 69 do CDC, como supracitado, prevê que a ausência de organização dos


dados fáticos, técnicos e científicos que dão base à publicidade como um crime, baseado
no art. 36, paragrafo púnico, onde se destaca a obrigação do fornecedor de manter
consigo os dados fáticos que comprovem a veracidade das informações veiculadas
através da publicidade de seus produtos e serviços, para a comprovação a qualquer
interessado que queira saber.
No caso do artigo supracitado, caso o fornecedor veicular publicidade não ter
consigo os dados que comprovem tal informação publicitária consiste em crime contra a
relação de consumo adequada. A falta de comprovação dos dados repassados na
publicidade, traz a dúvida da veracidade das informações, É responsabilidade do
fornecedor garantir a veracidade das informações que sustentam a mensagem por trás do
anúncio para não se ter uma publicidade abusiva.

EMPREGAR PEÇAS USADAS SEM AUTORIZAÇÃO DO


CONSUMIDOR

O artigo 70, do CDC, afirma que as peças devem ser novas e que caso sejam
usadas, sem autorização do proprietário do objeto ou solicitador do serviço, se acarreta
uma detenção de 3 meses a um ano e multa do fornecedor.
"Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou
componentes de reposição usados, sem autorização do
consumidor:
Pena Detenção de três meses a um ano e multa".

O sujeito ativo do artigo 70 é o fornecedor do serviço de reparo e o sujeito


passivo é o consumidor, o consumidor deve ser avisado que vai ser utilizado peças
usadas, caso ele concorde ou não com essa utilização não haverá crime, agora se o
fornecedor reparar utilizando-se de peça usada e por ele não for avisado, será
caracterizado crime já que é o consumidor não autorizou a utilização de peça usada,
então o delito consiste no emprego de peça ou componentes usados. Interessante dizer,
que se a autorização e concordância se dá posteriormente em tese haveria prática
descrito, mas a concordância posterior retira qualquer é questão de lesividade.
Se uma empresa emprega, por exemplo, peças usadas sem a autorização do
consumidor com a intenção de enganá-lo ou obter benefícios financeiros injustos,
poderia ser considerado um comportamento doloso pela má-fé. No entanto, se a
utilização de peças usadas sem a autorização do consumidor deve ser analisado, pois
poderá ser entendido como uma negligência ou falha do que um ato intencional de
engano, nesse caso, poderia ser tratado como uma tentativa.
A consumação pode ocorrer quando as peças são substituídas sem a autorização
do consumidor, independentemente de o consumidor ter conhecimento imediato dessa
ação ou não. Os bens de consumo é o alvo da atividade criminosa. o crime não admite
tentativa pois a tentativa já é considerada a ação do ato criminoso, o ato e considerado
também como crime doloso quando o fornecedor tem a intenção.

"Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça,


coação, constrangimento físico ou moral, afirmações
falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro
procedimento que exponha o consumidor,
injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu
trabalho, descanso ou lazer:
Pena Detenção de três meses a um ano e multa".
O Código referido ao longo do presente relatório, ainda prevê o crime de
Cobrança Vexatória ou Violenta, em seu artigo 71, citado acima, ele que veda ao
fornecedor utilizar, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações
falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o
consumidor, na cobrança de dívidas, não poderá expor ao ridículo ou interferir com seu
trabalho, descanso ou lazer para a efetiva cobrança. Sendo considerada, se assim feita,
uma cobrança vexatória ou violenta. Observando a seguinte ementa, pode-se concluir
que o sujeito passivo dessa infração é o consumidor devedor, o bem jurídico tutelado se
trata da integridade da relação de consumo.

Tribunal de Justiça de São Paulo TJ-SP - Apelação Cível: AC 1084198-46.2020.8.26.0100 SP


1084198-46.2020.8.26.0100

EMENTA
CONSUMIDOR. COBRANÇA DE DÍVIDA POR TELEFONENAS E SMS A
PARENTES E VIZINHA DO DEVEDOR. TERCEIROS ESTRANHOS À RELAÇÃO
CONTRATUAL. EXPOSIÇÃO DO CLIENTE A CONSTRANGIMENTO INDEVIDO.
VIOLAÇÃO DE PRIVACIDADE. ART. 42 C.C. ART. 71 DO CDC. DANOS MORAIS
CARACTERIZADOS. INDENIZAÇÃO DEVIDA.
O réu extrapolou dos limites aceitáveis e, com a ação, assumiu o risco de causar dano ao autor,
o que efetivamente ocorreu. Nada nos autos indica que foi o próprio autor quem indicou os
números dos telefones de seus parentes e de sua vizinha, terceiros estranhos à relação contratual
estabelecida com o réu. Apesar da existência da dívida e do direito de cobrar, forçoso convir
que o fornecedor de serviços causou ao consumidor constrangimento e humilhação, não se
tratando de mero aborrecimento. A responsabilidade civil pelo dano moral é inconteste e aponta
para o dever de indenizar porque presentes os seus elementos caracterizadores. Arbitramento da
indenização em R$5.000,00, considerados todos os fatos reproduzidos nos presentes autos, nada
justificando no caso concreto o valor pedido (R$10.000,00). Apelação provida em parte. Ação
julgada parcialmente procedente.

Tal infração tem como pena detenção de três meses a um ano e multa ao sujeito ativo,
no caso o fornecedor. A cobrança é considerada consumada quando o credor efetivamente
utiliza métodos constrangedores, humilhantes, ameaçadores ou coercitivos na tentativa de obter
o pagamento da dívida e se trata de um crime doloso, visto que o credor age de forma
intencional ao utilizar métodos abusivos e ilegais para tentar obter o pagamento da dívida.
Quanto a sua tentativa ela ocorre quando, iniciada a execução, mas não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.

CONTRA INFORMAÇÃO ADEQUADA

"Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor


às informações que sobre ele constem em cadastros,
banco de dados, fichas e registros:
Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa".

O direito à informação sobre os dados do consumidor é um direito


constitucionalmente garantido, em seu artigo 5º, inciso LXXIL, alíneas a e b, o direito
do habeas data, em caso de acesso aos dados pessoais do cidadão e sua retificação
quando for o caso. Ao ler o artigo supracitado, nota-se que entre as práticas
consideradas crimes penais no Código de Defesa do Consumidor existe um que trata de
um crime de impedimento ao acesso, que o consumidor possui direito, a informações
referentes que estejam presentes cadastrados nos bancos de dados, fichas registros.
Quando o fornecedor, como organizador dessas informações, acaba impedindo
ou dificultando esse acesso, então tem-se um crime. Ademais, o art. 43 do CDC, dá
esse direito ao consumidor, o direito de acesso às essas informações cadastradas nos
bancos de dados, o que o artigo 72 dispõe é que o fornecedor não poderá impedir acesso
a tais dados, pois o consumidor possui, com base no artigo 43, direito a acessá-los
quando solicitar. Veja:

“ Art. 43. o consumidor sem prejuízo do disposto no artigo 86


terá acesso às informações existentes em cadastros fichas
registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele
bem como sobre as suas respectivas fontes”.

O sujeito passivo do crime é o consumidor uma vez que assim seja o sujeito
ativo seria o fornecedor, o bem jurídico protegido seria o produto que o sujeito ativo
está dificultando na relação de consumo, no caso, os dados.
Se uma empresa propositadamente impede o acesso do consumidor às
informações relevantes, com a intenção de enganar ou obter benefícios injustos, isso
seria considerado um comportamento doloso. A Consumação ocorre quando o ato de
impedir o acesso do consumidor à informação é efetivamente executado e resulta na
privação real e concreta do acesso às informações relevantes.

Já em seu artigo 73, o CDC, prevê a falta de correção de tais dados inexatos,
como outra infração penal. Ou seja, é direito do consumidor ter a correção dos seus
dados imediatamente após a observação do erro. Portanto, se o fornecedor se recursar
ou continuar em inércia, para não retificar as informações inexatas sobre o consumidor,
na hora que perceber realiza crime tipificado no CDC. Sendo penalizado com detenção
variável entre um a seis meses ou multa, de forma alternativa.

"Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação


sobre consumidor constante de cadastro, banco de
dados, fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser
inexata:
Pena Detenção de um a seis meses ou multa".

O sujeito ativo, assim como nos outros crimes, é o fornecedor do produto ou serviço, o
sujeito passivo é o fornecedor. O bem tutelado é o dado correto do consumidor para proteger a
relação de consumo, se atentando a vulnerabilidade do consumidor.

NÃO FORNECIMENTO DE TERMO DE GARANTIA ADEQUADO

"Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de


garantia adequadamente preenchido e com
especificação clara de seu conteúdo;
Pena Detenção de um a seis meses ou multa".

O artigo 74 tipifica a não entrega de termo de garantia adequadamente preenchido,


especificando claramente o seu conteúdo, prevendo uma detenção com duração de um a seis
meses ou multa. A última infração penal nas relações de consumo visa assegurar a proteção
contratual. A fim de evitar grilhões aos consumidores no futuro, o fornecedor se compromete a
reparar ou substituir os produtos defeituosos por meio de uma declaração de vontade unilateral,
protegendo assim o patrimônio dos consumidores e não deve arcar com os custos causados pelo
fornecedor sozinho.
Nos dois artigos anteriores, o sujeito ativo envolvido é o fornecedor do produto ou
serviço. garantir que seja preenchido de forma clara, que o contribuinte é o consumidor, é
ofensa difusa, ou seja, não específica do consumidor, pois os bens protegidos são relações de
consumo.
No contexto do não fornecimento do termo de garantia adequado a tentativa de crime
se daria por exemplo quando o fornecedor se propôs a fazer a entrega desse termo ao
consumidor, mas não faz por algum motivo logístico ou outro tipo de impedimento. Já no dolo
que configura a vontade consciente da pessoa praticar o ato ilícito em caso de fornecimento de
termo de garantia seria necessário a comprovação da intencionalidade do fornecedor de não
fornecer o termo de garantia adequado findando prejudicar o consumidor.

CONCURSO DE PESSOAS

"Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para os


crimes referidos neste código, incide as penas a esses
cominadas na medida de sua culpabilidade, bem como o
diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que
promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o
fornecimento, oferta, exposição à venda ou manutenção
em depósito de produtos ou a oferta e prestação de
serviços nas condições por ele proibidas".

No Artigo 75 do CDC estabelece que, nos casos em que as infrações previstas no


CDC forem cometidas por pessoa jurídica, e seus dirigentes, administradores, gerentes
ou representantes legais também serão responsabilizados penalmente, desde que
tenham conhecimento da prática criminosa e possam evitá-la.
Observa-se que o CDC não se valeu da Responsabilidade Penal da Pessoa
Jurídica, ao contrário do disposto no artigo 173, parágrafo 50 da CF/1988, que torna
estas pessoas passíveis de punição em crimes contra a ordem econômica e financeira,
assim como a economia popular. Vale lembrar que um dos princípios norteadores da
ordem econômica e financeira é justamente a defesa do consumidor.
Essa disposição visa responsabilizar não apenas a pessoa jurídica
responsabilizada como sujeito ativo, mas também as pessoas físicas que estão no
comando ou têm influência significativa nas decisões da empresa. Isso é importante
para desencorajar práticas ilegais ou negligentes e garantir maior proteção aos direitos
dos consumidores.

AGRAVANTES

O Código de Defesa do Consumidor traz em seu artigo 76, das circunstâncias


agravantes dos crimes já citados, do CDC. Sendo aquelas circunstâncias que agravam o
perfil do crime praticado pela dose de crueldade a mais, ou abuso diante da fragilidade
daquelas vítimas do agente criminoso. Como pode ser observado, existe um grupo de
pessoas com maior vulnerabilidade na relação de consumo, sendo elas especificadas no
próprio art. 76 do CDC, especificando também situações as quais podem agravar a pena
dos crimes tipificados anteriormente no presente relatório.

"Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes


tipificados neste código:

I - serem cometidos em época de grave crise econômica


ou por ocasião de calamidade;
II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
IV - quando cometidos:
a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição
econômico-social seja manifestamente superior à da
vítima;
b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de
dezoito ou maior de sessenta anos ou de pessoas
portadoras de deficiência mental interditadas ou não;
V - serem praticados em operações que envolvam
alimentos, medicamentos ou quaisquer outros produtos
ou serviços essenciais"
O artigo supracitado em seu inciso IV, traz as situações as quais poderão agravar as
penas. Como por exemplo, se os crimes forem cometidos em épocas de crise econômica
profundas, ou calamidades públicas são fases que os consumidores estão intensamente
vulneráveis, pela instabilidade financeira, o fornecedor que cometer abusos nessa época está
agravando seu crime.
Outro motivo de agravante, é quando o crime ocasiona grave dano individual ou
coletivo, envolvendo caráter patrimonial e pessoal das vítimas do crime. Ainda como agravante,
o fornecedor, com conhecimento do ato ilícito, tenta ludibriar as autoridades e o público
consumidor, e tratando-se de crime praticado por servidor público, na execução de serviço
público confiado ou licenciado, ou quando o fornecedor em condições econômicas - sociedade
claramente superior à pessoa vítima, no caso consumidor, seja pessoa física ou jurídica.
O código ainda trata em seu Artigo 76, inciso 5º, se o crime envolver alimentos,
remédios, energia elétrica, programas de saúde, fornecedores de água, conceituando-se como
serviços de necessidade, afetando diretamente a vida dos consumidores, ou seja, a dignidade da
pessoa, será motivo de agravante.

PENAS
O artigo 77 e artigo 78 do CDC, apresenta as regras para a aplicação das penas de multa
e de detenção reportando ao regramento do Código Penal. Observa-se ao ler a palavra
da lei:

"Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção será


fixada em dias-multa, correspondente ao mínimo e ao
máximo de dias de duração da pena privativa da
liberdade cominada ao crime. Na individualização desta
multa, o juiz observará o disposto no art. 60, §1° do
Código Penal".

O artigo 78, do CDC, destaca que a penalidade máxima que está exposto o fornecedor
na parte penal do CDC, é a pena privativa de liberdade de dois anos, o que de plano garante ao
infrator primeiramente, o direito à suspensão condicional da pena e segundo, caso indeferido o
pedido de sursis, o direito de cumprir a pena em regime semiaberto ou aberto.
Em seu inciso primeiro, o artigo afirma ser cabível a interdição de estabelecimento, cassação de
licença, dentre outras medidas. Já no inciso segundo, afirma que o custeio por parte do
fornecedor, da publicação das notícias sobre os fatos criminosos e a condenação do fornecedor
pela infração criminal praticada. E por último, em seu terceiro inciso o artigo destaca a
Prestação de serviços à comunidade, através de hospitais, escolas, asilos, dentre outros. Como
posteriormente citado:

"Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de


multa, podem ser impostas, cumulativa ou
alternadamente, observado O disposto nos artigos. 44 a
47, do Código Penal:

I - a interdição temporária de direitos;


II - a publicação em órgãos de comunicação de grande
circulação ou audiência, às expensas do condenado, de
notícia sobre os fatos e a condenação;
III - a prestação de serviços à comunidade".

FIANÇA

Com a leitura do penúltimo artigo do Título II. Do CDC. A respeito de pena, observa-se que
cabe o pagamento de fiança para o sujeito ativo. Nota-se que:
"Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que trata
este código, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade
que presidir o inquérito, entre cem e duzentas mil vezes
o valor do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou
índice equivalente que venha a substituí-lo.
Parágrafo único. Se assim recomendar a situação
econômica do indiciado ou réu, a fiança poderá ser:
a) reduzida até a metade do seu valor mínimo;
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes".
Diante do exposto artigo, inicialmente, todos os crimes elencados no CDC são passiveis de
fiança, que poderá ser variável entre 100 (cem) até 200.000 (duzentos mil) BTNS, hoje UFIRs.
Em seu Parágrafo único, destaca que a fiança poderá se adequar a situação econômica do réu,
no caso o fornecedor. O juiz pode adequar de duas formas:
i) aumentar até 20 (vinte) vezes o valor da multa ou
ii) reduzi-la pela metade do valor mínimo.
Além dos tipos penais apresentados no CDC, há ainda diversas
legislações esparsas no CP ou CC, que podem ser utilizadas para o amparo do consumidor,
diante das infrações de consumo, como por exemplo a Lei n° 6766/79 que trata do parcelamento
do solo urbano, a Lei da Ação Civil Pública - Lei n° 7437/85, a Lei n° . 7802/89 que trata sobre
a publicidade de produtos agrotóxicos.

MINISTEÉRIO PÚBLICO

E por último, o CDC afirma em seu artigo 80, havendo direitos individuais homogêneos ou
coletivos, a
Intervenção do Ministério Público se faz necessária, na tutela dos Interesses respectivos. Os
entes da Administração Publica direta ou indireta que atuem na defesa dos direitos dos
consumidores, assim como as associações legalmente constituídas com no mínimo 1 (um) Ano
de atuação na defesa e proteção dos consumidores podem atuar judicialmente, propondo ações
penais subsidiárias, diante da Inércia do Ministério Público.
"Art. 80. No processo penal atinente aos crimes
previstos neste código, bem como a outros crimes e
contravenções que envolvam relações de consumo,
poderão intervir, como assistentes do Ministério
Público, os legitimados indicados no art. 82, inciso III e
IV, aos quais também é facultado propor ação penal
subsidiária, se a denúncia não for oferecida no prazo
legal".
Como fica entendido na seguinte jurisprudência:

STJ – “HABEAS CORPUS N’ 5.194-GO (REG. N’ 96.0068309-3) RELATOR EXMO. SR. MINISTRO |
JOSÉ ARNALDO IMPETRANTE(S)

NATHANAEL LIMA LACERDA IMPETRADO(S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

PACIENTE(S ) JOSÉ ALVES FERNANDES FILHO

EMENTA – HABEAS CORPUS – FALTA DE JUSTA CAUSA PARA A

PERSECUÇÃO PENAL. ATIPICIDADE DA CONDUTA. PROPAGANDA ENGANOSA.


IMPROCEDENCIA.

Art. 66, do Código de Proteção ao Consumidor. Legitimidade da Associação para provocar o


procedimento jurisdicional em favor dos Associados usuários dos serviços de transporte (CF,
art. 59, XXI, arts. 80 e 82, Lei 8.078/90). – Pedido conhecido e deferido.

ACÓRDÃO – Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA


TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na Conformidade dos votos e das notas taquigráficas a
seguir, por Unanimidade, deferir o pedido para trancar o procedimento especial.
Votaram com o Relator os Ministros FELIX FISCHER, EDSON VIDIGAL JOSÉ DANTAS e CID
FLAQUER SCARTEZZINI. Brasília, 03 de junho de 1997 (data de julgamento).

MINISTRO EDSON VIDIGAL Presidente – MINISTRO JOSE ARNALDO

Relator

RELATŐRIO O SR. MINISTRO JOSÉ ARNALDO (RELATOR):- Impetra-se em favor de José Alves
Fernandes Filho ordem de habeas corpus.

Contra decisão do egrégio Tribunal de Justiça de Goids, assim ementado (fls. 64):

“Habeas-Corpus. Justa causa. Trancamento da ação penal. Inquérito Policial. “Sendo o


inquérito policial procedimento preparatório para Ação penal que tem por objeto a apuração
de fatos tidos como delituosos e a respectiva autoria, não há que se falar em seu trancamento
quando se vislumbra crime em tese. A via augusta da Habeas-corpus. Não O meio idôneo para
exame aprofundado de provas “ STI. Ordem denegada.Em resumo, sustenta o il. Patrono do
paciente, Dr. Nathanael Lima Lacerda:

ANÚNCIO

9. a) em virtude de petição apresentada pela Associação dos Moradores do Setor Criméia


Leste, Goiânia-GO, instaurou-se Inquérito Policial contra o paciente, na condição de
representante legal da empresa Rápido Araguaia Ltda., concessionária do “Sistema Integrado
de Transporte Urbano”; b) a representação imputa “propaganda enganosa” por parte da
concessionária decorrente do slogan: “Transporte levado a sério, posto ela descumpria a
planilha de horários na prestação dos serviços; c) remetidos os autos do inquérito Policial à 12ª
Vara Criminal, o Ministério Público, tem^o deles vista, propugnou pela adequação do
procedimento à Lei 9.009/95, arts. 61 e 70. D) na audiência, o defensor do indiciado levantou:
defeito de eepresentação (ausência do Estatuto da Associação e da ata de posse do
Presidente) e falta de autorização expressa dos associados (CF. art. 5%, inc. XXI); e) o MM. Juiz
suspendeu a audiência, facultando ser apresentada pela Associação o seu estatuto e a ata que
elegeu o seu representante; f) ingressou, então, com h.c. para trancar o noticiado
procedimento por falta de justa causa, consistente na ilegitimidade da associação e na
atipicidade da conduta do ora denegada a ordem, renova-se o pedido paciente. Perante esta
Instância, e o Ministério Publico Federal Manifesta-se pelo seu deferimento. É o relatório. – O
SR. MINISTRO JOSÉ ARNALDO (RELATOR): De início, cabe afastar-se a pecha de ilegitimidade da
entidade representativa de Classe para provocar a pretensão persecutória, eis que os seus
associados utilizam-se dos serviços explorados pela empresa concessionária de transporte, e
assim está legitimada para agir no exercício de representação coletiva de interesses dos
associados, em geral, ou de interesses individuais integrados na coletividade. Como lembrado
pelo Ministério Pűblico Federal, a Lei 8.078, de 11 de Setembro de 1990, nos arts. 80 e 82,
expressamente, atribui às associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que se
Destinem, entre outros fins, à defesa dos interesses e direitos do consumidor, legitimação
concorrente, independentemente de autorização assemblear, para intervir, como assistente
do Ministério Público, com a faculdade de propor ação penal subsidiária, envolvendo relações
de consumo. Ademais, a notícia criminis envolve delito de ação pública incondicionada. Que
impõe a adoção de providências para apurar a responsabilidade pela sua prática. E no caso
(crime previsto art. 66, do Código de Defesa do no consumidor), correta é a submissão ao
procedimento especial, visando a composição e julgamento da infração, consoante observa o
Pro f João Batista de Almeida, na consagrada obra “A Proteção Jurídica do Consumidor, São
Paulo, Saraiva, 1993”, no trecho transcrito pelo Subprocurador Geral, Dr. Eitel Santiago, as fls.
100: “Constitui “crime de perigo, ou seja, não se exige para a sua caracterização, nem é
elemento constitutivo de delito, a ocorrência de (pág. 132). Com efeito, sendo sujeito Efetivo
dano ao consumidor” o consumidor difusamente considerado e aquele Passivo do delito e
exposto à oferta fraudulenta, ludibriado e não informado” (obra citada, pág. 134), não haveria
como desconhecer a legitimação da associação, cujos membros utilizam os veículos da Rápido
Araguaia Ltda., para informar à autoridade competente as afirmações falsas ou enganosas
contidas na publicidade de oferta dos serviços da empresa Inconsistente, por conseguinte, a
preliminar de ilegitimidade. No que atina com a atipicidade da conduta concentrada na
expressão divulgada “transporte levado a sério”, em favor da empresa do paciente, não há
como deixar de proclamá-la. São procedentes, Portanto, as considerações do Dr. Eitel
Santiago, no seu parecer, in verbis (fls. 103/104): “Na verdade, o slogan nada diz sobre os
Atributos da oferta dos serviços prestados pela Rápido Araguaia Ltda. Registra apenas, com
outras palavras, que o transporte de passageiros merece o cuidado do dirigente da empresa. E
isso poderia acontecer, mesmo se estivesse demonstrada a sua incompetência gerencial.
Contudo, há, ainda, outra circunstância que favorece o acolhimento da impe tração. A
TRANSURB, órgão gestor e fiscalizador do sistema integrado de transportes de Goiânia/GO,
instada pela autoridade policial e pelo Ministério Público, prestou informações. Atestou que “a
oferta de lugares para o setor Criméia Leste está muito além de sua capacidade de utilização “
(fls. 15). Disse, outrossim, que a operação da linha explorada pela Rápido Araguaia Ltda.
“apresenta normalidade, com a oferta de lugares compativel com a demanda existente, sem
apresentar super lotação “ (fls. 17, esclarecendo serem desnecessários o aumento do número
de viagens nos percursos e a ampliação da frota de ônibus, que servem à mencionada região
(fis. 17 – ver documentos de fls. 15/48). Diante destas informações do Órgão gestor e
fiscalizador dos transportes de passageiros, que certificam a eficiência da Rápido Araguaia
Ltda,, e absurdo sustentar que a simples divulgação do slogan da empresa – transporte levado
a sério Sério – configurou crime contra os direito dos consumidores.()” Em Conclusão, não
deparando com comportamento tipico sob o ponto de vista penal, configura constrangimento
ilegal a continuidade da Persecução criminal, razão por que conheço do pedido e o defiro para
trancar o procedimento especial. CERTIDÃO DE JULGAMENTO QUINTA

HC 00005194/GO – EM MESA TURMA N°. Registro: 96/0068309-3

JULGADO: 03/06/1997 – Relator Exmo. Sr. Min. JOSE ARNALDO DA

FONSECA – Presidente da Sessão – Exmo. Sr. Min. EDSON VTDIGAL

Subprocurador-Geral da República – EXMO. SR. DR. EITEL SANTIAGO DE BRITO PEREIRA –


Secretário (a)- JUNIA OLIVEIRA C R. E SOUSA

AUTUAÇÃO – IMPTE : NATHANAEL LIMA LACERDA – IMPDO E GOIAS – PACTE: JOSE ALVES
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO FERNANDES FILHO
REFERÊNCIAS

FILOMENO, José Geraldo Brito. Manual de Direito do Consumidor, São Paulo: Editora
Atlas S. A, 2015, p. 365.

NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor.4. Ed.


Ver. - São Paulo: Saraiva, 2009.
Revista de Direito, Glob e Res. nas Rel. de Cons.| e-ISSN: 2526-0030 | Minas Gerais | v. 1 | n. 2|
p. 273-297 |Jul/Dez. 2015. Os crimes contra as relações de consumo no código de defesa do
consumidor.
BARRAL. Gleice. Os crimes contra as Relações de consumo no Código de Defesa do
Consumidor. Revista de Direito, Globalização e Responsabilidades nas relações de consumo.
Minas Gerais, vol. 01, pág. 273-297. Jul/Dez. 2015

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