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DIRETORIA DE ENSINO
DIREITO DO CONSUMIDOR
TURMA: 09N7A
ALUNOS:
TERESINA-PI
2023
SUMÁRIO
CONCURSO DE PESSOAS........................................................................................................................................14
PENAS...........................................................................................................................................................................13
FIANÇA.........................................................................................................................................................................14
MINITÉRIO PÚBLICO...............................................................................................................................................15
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................................... 16
DAS INFRAÇÕES PENAIS
Vale ressaltar que, no entanto, irão ter maior prevalência por meio do Princípio
da Especialidade, ou seja, o CDC é legislação principal e a legislação comum e especial,
subsidiária. Com base na seguinte ementa:
EMENTA:
I. Crime contra relações de consumo (L. 8.137/90, art. 7o, IX): imputação atípica. Não realiza o
tipo do art. 7o, IX, da L. 8.137/90 o depósito, em estabelecimento industrial, de produtos
impróprios ao consumo " porque vencido o respectivo prazo de validade (CBDC, art. 18, $ 6 I ",
porém, não destinados à venda e sim T conforme a denúncia mesma " à utilização como insumo
na fabricação de medicamentos a que dedicada a empresa de responsabilidade da denunciada.
Ainda quando se cuide, como no caso, de crime de mera conduta "por isso chamado de
consumação antecipada ", não é dado ao intérprete antecipar-se ainda mais à consumação do
crime, já antecipada por lei para o momento da conduta nela descrito, a fim de colher momentos
anteriores, mesmo que constituam antecedentes necessários da realização do fato incriminado.
W. Habeas corpus por falta de justa causa: à sua concessão, quando a ausência de criminalidade
do fato imputado ou paciente independer de instrução criminal, não importa que implique
"absolvição sem processo": ao contrário, o que os princípios e a Constituição não toleram é a
condenação sem processo (CF, art. 5", LIV e LVIl). (HC Min. SEPÚLVEDA PERTENCE,
76959, Relator(a): Primeira Turma, julgado em 15/09/1998, DJ 23-10-
1998 PP-00003 EMENT VOL-01928-02 PP-00250)"
OMISSÃO DE INFORMAÇÃO
Como lido acima, em seu parágrafo 1º, especifica que o fornecedor de serviço
que não declarar ostensivamente, com destaque, sobre a periculosidade do serviço que
oferece, estará enquadrado na tipificação penal acima, na forma dolosa, no caput do
artigo 63 e parágrafo 1º e forma culposa no parágrafo 2º do mesmo artigo. O texto da
lei destaca, em seu parágrafo 2º, a pena para a forma culposa, que no caso é a multa na
forma alternativa e não cumulativa.
Caso ocorra lesão corporal, ou morte, em razão da prática do delito do artigo 63,
o crime maior absorve o menor, de modo que as penas aplicáveis serão as de lesão
corporal e homicídio doloso ou culposo com base no Código Penal. No entanto o dolo
do crime, ocorrerá quando um consumidor é intencionalmente enganado ou
prejudicado. Se uma empresa impede deliberadamente que os consumidores obtenham
informações relevantes com a intenção de fraudar ou obter benefícios indevidos, é um
ato intencional.
Vale destacar que em seu Parágrafo único revela que incorrerá nas mesmas
penas quem deixar de retirar do mercado, imediatamente quando determinado pela
autoridade competente, os produtos nocivos ou perigosos, na forma do artigo 64 do
CDC.
CONTRA A SEGURANÇA
Já no artigo supracitado,
PUBLICIDADE
O Código de Defesa do Consumidor também tipificam possíveis crimes no
âmbito da publicidade, como a publicação e marketing com publicidade que se tem o
conhecimento sobre ser abusiva e enganosa. Disposto no art. 67.
O artigo 70, do CDC, afirma que as peças devem ser novas e que caso sejam
usadas, sem autorização do proprietário do objeto ou solicitador do serviço, se acarreta
uma detenção de 3 meses a um ano e multa do fornecedor.
"Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou
componentes de reposição usados, sem autorização do
consumidor:
Pena Detenção de três meses a um ano e multa".
EMENTA
CONSUMIDOR. COBRANÇA DE DÍVIDA POR TELEFONENAS E SMS A
PARENTES E VIZINHA DO DEVEDOR. TERCEIROS ESTRANHOS À RELAÇÃO
CONTRATUAL. EXPOSIÇÃO DO CLIENTE A CONSTRANGIMENTO INDEVIDO.
VIOLAÇÃO DE PRIVACIDADE. ART. 42 C.C. ART. 71 DO CDC. DANOS MORAIS
CARACTERIZADOS. INDENIZAÇÃO DEVIDA.
O réu extrapolou dos limites aceitáveis e, com a ação, assumiu o risco de causar dano ao autor,
o que efetivamente ocorreu. Nada nos autos indica que foi o próprio autor quem indicou os
números dos telefones de seus parentes e de sua vizinha, terceiros estranhos à relação contratual
estabelecida com o réu. Apesar da existência da dívida e do direito de cobrar, forçoso convir
que o fornecedor de serviços causou ao consumidor constrangimento e humilhação, não se
tratando de mero aborrecimento. A responsabilidade civil pelo dano moral é inconteste e aponta
para o dever de indenizar porque presentes os seus elementos caracterizadores. Arbitramento da
indenização em R$5.000,00, considerados todos os fatos reproduzidos nos presentes autos, nada
justificando no caso concreto o valor pedido (R$10.000,00). Apelação provida em parte. Ação
julgada parcialmente procedente.
Tal infração tem como pena detenção de três meses a um ano e multa ao sujeito ativo,
no caso o fornecedor. A cobrança é considerada consumada quando o credor efetivamente
utiliza métodos constrangedores, humilhantes, ameaçadores ou coercitivos na tentativa de obter
o pagamento da dívida e se trata de um crime doloso, visto que o credor age de forma
intencional ao utilizar métodos abusivos e ilegais para tentar obter o pagamento da dívida.
Quanto a sua tentativa ela ocorre quando, iniciada a execução, mas não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.
O sujeito passivo do crime é o consumidor uma vez que assim seja o sujeito
ativo seria o fornecedor, o bem jurídico protegido seria o produto que o sujeito ativo
está dificultando na relação de consumo, no caso, os dados.
Se uma empresa propositadamente impede o acesso do consumidor às
informações relevantes, com a intenção de enganar ou obter benefícios injustos, isso
seria considerado um comportamento doloso. A Consumação ocorre quando o ato de
impedir o acesso do consumidor à informação é efetivamente executado e resulta na
privação real e concreta do acesso às informações relevantes.
Já em seu artigo 73, o CDC, prevê a falta de correção de tais dados inexatos,
como outra infração penal. Ou seja, é direito do consumidor ter a correção dos seus
dados imediatamente após a observação do erro. Portanto, se o fornecedor se recursar
ou continuar em inércia, para não retificar as informações inexatas sobre o consumidor,
na hora que perceber realiza crime tipificado no CDC. Sendo penalizado com detenção
variável entre um a seis meses ou multa, de forma alternativa.
O sujeito ativo, assim como nos outros crimes, é o fornecedor do produto ou serviço, o
sujeito passivo é o fornecedor. O bem tutelado é o dado correto do consumidor para proteger a
relação de consumo, se atentando a vulnerabilidade do consumidor.
CONCURSO DE PESSOAS
AGRAVANTES
PENAS
O artigo 77 e artigo 78 do CDC, apresenta as regras para a aplicação das penas de multa
e de detenção reportando ao regramento do Código Penal. Observa-se ao ler a palavra
da lei:
O artigo 78, do CDC, destaca que a penalidade máxima que está exposto o fornecedor
na parte penal do CDC, é a pena privativa de liberdade de dois anos, o que de plano garante ao
infrator primeiramente, o direito à suspensão condicional da pena e segundo, caso indeferido o
pedido de sursis, o direito de cumprir a pena em regime semiaberto ou aberto.
Em seu inciso primeiro, o artigo afirma ser cabível a interdição de estabelecimento, cassação de
licença, dentre outras medidas. Já no inciso segundo, afirma que o custeio por parte do
fornecedor, da publicação das notícias sobre os fatos criminosos e a condenação do fornecedor
pela infração criminal praticada. E por último, em seu terceiro inciso o artigo destaca a
Prestação de serviços à comunidade, através de hospitais, escolas, asilos, dentre outros. Como
posteriormente citado:
FIANÇA
Com a leitura do penúltimo artigo do Título II. Do CDC. A respeito de pena, observa-se que
cabe o pagamento de fiança para o sujeito ativo. Nota-se que:
"Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que trata
este código, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade
que presidir o inquérito, entre cem e duzentas mil vezes
o valor do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou
índice equivalente que venha a substituí-lo.
Parágrafo único. Se assim recomendar a situação
econômica do indiciado ou réu, a fiança poderá ser:
a) reduzida até a metade do seu valor mínimo;
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes".
Diante do exposto artigo, inicialmente, todos os crimes elencados no CDC são passiveis de
fiança, que poderá ser variável entre 100 (cem) até 200.000 (duzentos mil) BTNS, hoje UFIRs.
Em seu Parágrafo único, destaca que a fiança poderá se adequar a situação econômica do réu,
no caso o fornecedor. O juiz pode adequar de duas formas:
i) aumentar até 20 (vinte) vezes o valor da multa ou
ii) reduzi-la pela metade do valor mínimo.
Além dos tipos penais apresentados no CDC, há ainda diversas
legislações esparsas no CP ou CC, que podem ser utilizadas para o amparo do consumidor,
diante das infrações de consumo, como por exemplo a Lei n° 6766/79 que trata do parcelamento
do solo urbano, a Lei da Ação Civil Pública - Lei n° 7437/85, a Lei n° . 7802/89 que trata sobre
a publicidade de produtos agrotóxicos.
MINISTEÉRIO PÚBLICO
E por último, o CDC afirma em seu artigo 80, havendo direitos individuais homogêneos ou
coletivos, a
Intervenção do Ministério Público se faz necessária, na tutela dos Interesses respectivos. Os
entes da Administração Publica direta ou indireta que atuem na defesa dos direitos dos
consumidores, assim como as associações legalmente constituídas com no mínimo 1 (um) Ano
de atuação na defesa e proteção dos consumidores podem atuar judicialmente, propondo ações
penais subsidiárias, diante da Inércia do Ministério Público.
"Art. 80. No processo penal atinente aos crimes
previstos neste código, bem como a outros crimes e
contravenções que envolvam relações de consumo,
poderão intervir, como assistentes do Ministério
Público, os legitimados indicados no art. 82, inciso III e
IV, aos quais também é facultado propor ação penal
subsidiária, se a denúncia não for oferecida no prazo
legal".
Como fica entendido na seguinte jurisprudência:
STJ – “HABEAS CORPUS N’ 5.194-GO (REG. N’ 96.0068309-3) RELATOR EXMO. SR. MINISTRO |
JOSÉ ARNALDO IMPETRANTE(S)
Relator
RELATŐRIO O SR. MINISTRO JOSÉ ARNALDO (RELATOR):- Impetra-se em favor de José Alves
Fernandes Filho ordem de habeas corpus.
Contra decisão do egrégio Tribunal de Justiça de Goids, assim ementado (fls. 64):
ANÚNCIO
AUTUAÇÃO – IMPTE : NATHANAEL LIMA LACERDA – IMPDO E GOIAS – PACTE: JOSE ALVES
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO FERNANDES FILHO
REFERÊNCIAS
FILOMENO, José Geraldo Brito. Manual de Direito do Consumidor, São Paulo: Editora
Atlas S. A, 2015, p. 365.