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Autores:
-Arthur Prado;
-Daniela Pascoal;
-Djeniffer Santos.
Data: 04/11/2022.
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Resumo
No trabalho 3, o objetivo é determinar a cafeína numa solução de café a partir do HPLC.
HPLC é uma técnica de separação e purificação das substâncias em uma mistura. Para
tal, demos seguimento ao procedimento preparando a nossa solução amostra, tendo já
as soluções padrão de cafeína prontas. A seguir a injeção, por ordem crescente, das
soluções padrão nomeadamente de concentração: 30, 60, 90, 120 e 150, e a preparação
da nossa amostra necessária a ser quantificada, injetamo-la no aparelho de HPLC, em
média 80 microlitros. Efetuamos a leitura das áreas dos respetivos picos, já tendo uma
estimativa do tempo de retenção da cafeína (Tr = 1.174min). Após esta sequência, deu-
se lugar aos cálculos, a fim de obtermos a concentração da cafeína da amostra. A partir
do cálculo da curva de calibração, encontrando os parâmetros “a” e “b” foi possível
obter o valor da concentração. Pudemos observar e concluir que a área é proporcional
á concentração, pois aumentando a concentração da cafeína também se obtinha
aumento da área (diretamente proporcional). E, por conseguinte, obtivemos a
quantidade de cafeína em gramas de café.
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Índice
Resumo ..............................................................................................................................2
1.Introdução ......................................................................................................................4
2.Procedimento experimental ..........................................................................................5
2.1. Equipamento Utilizado……………………...………………………………………………………………5
2.2.Reagentes……………………………………………………………………………………………………..……6
3.Resultados e discussão ..................................................................................................7
4.Conclusão .......................................................................................................................9
5.Bibliografia .......................................................................................................... ….……10
Índice de elementos
Fig.1 ...................................................................................................................................5
Tabela.1 .............................................................................................................................7
Gráfico.1 ...........................................................................................................................7
Gráfico.2 ................................................................................................................... ………8
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Introdução
Quantificar a cafeína no café é a proposta para o presente trabalho. Para tal foi utilizado
o método de separação de compostos químicos em solução- cromatografia líquida de
alta performance- HPLC (high performance liquid chromatography).
Os principais componentes da cromatografia líquida são: a bomba, que movimenta a
fase móvel e a amostra através da coluna; uma coluna, que contêm a fase estacionária,
geralmente formada por partículas de sílica, porosas, esféricas e diâmetro em torno de
35 μm, e um detetor que mostra os tempos de retenção das moléculas, sendo que o
tempo de retenção varia de acordo com as interações da amostra com as fases
estacionária e móvel.
Esta técnica consiste no bombeamento das soluções incluindo a fase móvel através de
uma coluna, onde encontra-se a fase estacionária. E a partir da interação das soluções
com estas duas fases, dá-se a separação dos componentes. Uma vez que cada composto
possui suas propriedades específicas, logo, é o responsável pelas diferentes interações.
E isto resulta na sua separação, onde cada composto sai da coluna (passando pelo
detetor) no seu tempo; denominado- tempo de retenção- o tempo que decorre entre o
momento da injeção e detenção.
Os resultados são apresentados no sistema de dados- um registrador. Onde é possível
verificar e apontar as áreas dos picos do componente em estudo, ignorando todos os
outros possíveis picos, estes são considerados interferências/lixo para a análise.
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Procedimento experimental
Equipamento utilizado: o cromatógrafo líquido utilizado no laboratório LQA-
Laboratório Química Analítica, trata-se de um HPLC Jasco Extreme equipado com
detetor UV-VIS e coluna Nucleosil C18 (150 mm x 4.60 mm) a operar nas seguintes
condições:
-Fase móvel: Acetonitrilo/Água (50:50 em volume);
-Caudal: 0.5 ml/min
-Comprimento de onda: 254 nm.
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eletromagnético. E por fim temos o sistema de aquisição de dados ou registrador que
basicamente regista e apresenta os resultados obtidos em todo o processo.
E é assim que com este aparelho consegue-se executar processos como separação e
purificação de compostos.
Reagentes:
- 5 soluções padrão de cafeína com as seguintes concentrações: 30, 60, 90, 120 e 150
mg/L.
Soluções que permitem a construção da curva de calibração e faz ser possível
determinar a concentração da cafeína da amostra.
- Solução de acetonitrilo/água (50:50), solvente da fase móvel
- Pó de café e água para preparar a amostra de café.
As soluções padrão já haviam sido previamente preparadas, ficou ao nosso cargo
preparar a amostra que seria estudada, com auxílio dos materiais do laboratório como
balança para medição da massa do café, goblés, micropipeta para a transferência da
solução, proveta, balão volumétrico, placa de aquecimento e barra de agitação (para
efetuar a mistura, dissolver o pó na água), também seringas e espátula. Após este
processo de preparação a nossa amostra estava pronta a ser injetada.
Tendo apto o equipamento, todos os reagentes necessários e fazendo uso da técnica de
HPLC, demos seguimento almejando os resultados.
Com uma seringa fomos introduzindo as soluções no aparelho através do injetor.
Rodando o injetor da posição “LOAD” para posição “inject” inicia-se automaticamente a
aquisição do espetro. Após momentos, com a análise já completa repetíamos o
procedimento. Assim deu-se a injeção de todas as soluções padrão por ordem crescente
de concentração e posterior a estes a amostra. A seguir a leitura dos resultados
apresentados no registrador efetuamos os cálculos. Calculamos a concentração da
amostra de café, regressão linear bem como o coeficiente de determinação e auxiliados
pela curva de calibração obtivemos o resultado da concentração de cafeína no café.
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Resultados e discussão
Resultados experimentais – Análise das soluções padrão de cafeína
60 1829947
90 2618742
120 3441829
150 4090201
Tabela.1
y = 26269x + 223043
R² = 0,9976 Curva de calibração
area Linear (area)
4500000
4000000
3500000
3000000
Área do pico
2500000
2000000
1500000
1000000
500000
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Concentrações (mg/L)
Gráfico.1
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uma noção da concentração do material: entre as concentrações [120,150]. E com todos
os dados já disponíveis devemos obter a concentração da cafeína.
Cálculo da calibração: Área=f (concentração)
Novo gráfico da área em função da concentração, incluindo dados da amostra:
Curva de calibração
4500000
4000000
3500000
3000000
2500000
2000000
1500000
1000000
500000
0
0 2 4 6 8 10
Gráfico.2
á𝑟𝑒𝑎 = 𝑎 ∗ 𝑐𝑐𝑎𝑓𝑒í𝑛𝑎 + 𝑏
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Conclusão
O presente trabalho tinha por objetivo quantificar ou determinar a quantidade de
cafeína presente numa amostra de café. Recorrendo a técnica de análise onde os
componentes de uma mistura são separados de compostos contidos numa fase móvel
líquida por interação com uma fase estacionária- HPLC “Hig-Performance Liquid
Chromatography”.
Esta separação dá-se fazendo uso da diferença de velocidades de migração com que os
componentes são transportados através de uma fase estacionária por uma fase líquida-
fase móvel, que no nosso caso é a acetonitrilo/água.
Se uma amostra contiver vários compostos, cada composto na amostra passará um
tempo diferente na coluna de acordo com a sua composição química, ou seja, cada um
terá um tempo de retenção diferente. Pudemos constatar que tempo de retenção é um
aspeto importante aquando da análise da área dos picos, é basicamente a quantidade
de tempo que um composto gasta na coluna depois de ter sido injetado. Afirmamos ser
um fator primordial para a identificação de um certo componente.
A partir da análise dos resultados obtidos pelo cromatograma, e cálculos conseguimos
o seguinte: a concentração da cafeína em mg/L da solução injetada = 124, (valor
correspondente á área do pico obtida); e sabendo a massa, em gramas, de café usada
na solução inicial = 0.49, expressamos o valor da concentração em mg de cafeína/g de
café = 50,61.
Embora os valores não estão em total concordância com valores tabelados devido a
erros experimentais, atingimos o objetivo teórico do trabalho, o que verifica a eficiência
do método utilizado- a técnica de cromatografia líquida de alta performance.
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Referências bibliográficas
[1] RIBEIRO, António, C4 Introdução aos métodos cromatográficos, IPB,2022;
[2] MARINHO, Vânia, “Sabe quanta cafeína tem o seu café?”, 27/02/17
[3] Centro de Soluções Analíticas – CSA, “Conceitos Básicos em Cromatografia Liquida
| HPLC”, 21/06/2019
[4] Autores desconhecidos, 1 mililitro de café em gramas (conversor-de-medidas.com),
(desde 2014).
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