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Enfª Anna Caroline Almeida

Unidade pediátrica

 Definição
 É o local destinado à
internação de crianças, cuja
idade pode variar de 0 a 15
anos, equipado para atender as
necessidades globais do
indivíduo nas diferentes faixas
etárias de crescimento, do
nascimento até a adolescência.
Objetivos

 Assistir a criança doente, para diagnóstico e
tratamento; Controlar situações já diagnosticadas;
Fazer acompanhamento pós – alta; Servir de centro
de pesquisa científica na área de saúde; Servir de
centro de orientação sanitária; Servir de campo de
ensino para diversos profissionais na área de
pediatria.
Unidade de Berçário

 Unidade destinada à
internação de recém nascido de 0
a 28 dias de vida, durante sua
permanência no hospital.
Objetivo: Possibilitar a função
respiratória, evitar infecções,
ministrar alimentação adequada
e manter temperatura.
Organização: Deve ser
subdividido em : sala de normais
, sala de prematuros, sala de
infectados e sala de observação (
RN suspeitos de infecção).
Estrutura física

 Arquitetura: todos os cantos e rodapés arredondados para
facilitar a limpeza; Vidros: para facilitar a supervisão do pessoal e
observação do RN; Pintura: deve ser a óleo e de cor suave; Teto:
principalmente da sala de prematuros deve ser de material que isole
ruídos; Piso: material lavável e as janelas providas de telas;
Ventilação e Umidade: ventilação adequada, temperatura e umidade
controladas, desde que as correntes de ar não alcancem os recém-
nascidos. A temperatura deve ser regulada por meio de instalação
termostática, os outros meios ao alcance da instituição; Estrutura
física continuação. Iluminação: fluorescente para ser aumentada ou
diminuída de acordo com a necessidade do recém – nascido.
Equipamentos: berços, incubadoras, armários para roupa limpa,
medicamentos e materiais, fita métrica, balança, pias com torneiras
manobradas por fotocélula, cotovelo ou pé, oxigênio, ar comprimido
e aspirador canalizados, estetoscópio para RN, termômetro,
otoscópio, etc.

 Normas: Antes de entrar no recinto do berçário, é necessário
retirar jóias, proceder à escovação das mãos e vestir o avental de uso
exclusivo no berçário. Na sala de isolamento deverá ser usado um
avental para cada recém-nascido. Essas normas dependem da
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de cada
instituição


 Local destinado à internação, diagnóstico e tratamento de
crianças, com idade que pode variar de 0 a 15 anos. Estrutura Física:
Sala de admissão; enfermarias conforme as patologias e idades;
refeitório e sala de recreação; banheiros com banheira, chuveiro,
sanitários para crianças; posto de enfermagem; isolamento; expurgo e
ambiente para mães. OBS: Em comparação com outras unidades, a
unidade pediátrica possui setores especiais, indispensáveis e deve ser
equipada adequadamente para atender as diversas faixas etárias.
Lactário



• Definição: Unidade do hospital destinada ao preparo e distribuição
do leite ou qualquer substituto do recém – nascido e/ou paciente da
pediatria.



Localização: Varia em função do tipo e tamanho do hospital; evitar
proximidade de áreas infectocontagiosas e de circulação de pessoal,
pacientes e visitantes; ter maior proteção contra a contaminação do
ar; ser o mais próximo possível do serviço de nutrição e dietética,
para facilitar a supervisão e abastecimento
• Estrutura Física – LACTÁRIO Ventilação: evitar que o ar
contaminado de outras áreas seja levado para dentro do lactário;
Iluminação: deve ser essencialmente sem sombras e de intensidade
adequada, para facilitar a eficiência do trabalho; Equipamentos:
devem ser de material durável, não corrosivos, inquebráveis e
construídos de maneira a facilitar a limpeza de todas as peças. Piso:
cerâmica dura ou ladrilho, ou qualquer outro material impermeável
e de fácil limpeza; Paredes: superfície dura, de cerâmica ou azulejos,
de fácil limpeza
REQUISITOS BÁSICOS PARA A ENFERMAGEM
PEDIÁTRICA


• Ter saúde física e mental;
• Ter capacidade de observação e paciência;
• Saber manter um humor agradável;
• Ter noções de higiene para poder transmitir para as crianças;
• Gostar de crianças;
• Ter responsabilidade.

Características do Hospital
Amigo da Criança

 O hospital amigo da criança é a instituição que segue os
dez passos determinados pela UNICEF ( Fundo das
Nações Unidas para Infância): 1) Ter uma norma escrita
sobre o aleitamento, que deverá ser rotineiramente
transmitida a toda a equipe se cuidados de saúde. 2)
Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-
a para implementar esta norma; 3) Informar todas as
gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento;
4) Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na primeira
meia hora após o nascimento; 5) Mostrar às mães como
amamentar e como manter a lactação, mesmo se forem
separadas dos filhos;
Características do Hospital
Amigo da Criança

 6) Evitar dar ao recém-nascido nenhum outro alimento o
bebida além do leite materno, a não ser que tal
procedimento seja indicado pelo médico.7) Praticar o
alojamento conjunto – permitir que as mães e bebês
permaneçam juntos 24 horas por dia;8) Encorajar o
aleitamento sob livre demanda;9) Evitar dar bicos
artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio;10)
Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao
aleitamento, para onde as mães deverão ser
encaminhadas, por ocasião da alta do hospital ou
ambulatório.

Vantagens para um Hospital Amigo da
Criança


 1) A otimização das condutas pró – aleitamento
natural resultará em: 2) Redução dos custos com
internação, medicamentos, material de consumo
hospitalar e pessoal, aumento do espaço físico com a
eliminação dos berçários, etc. 3) Redução em até 90%
das infecções clínicas do bebê e, consequentemente,
dos custos dela decorrentes.
A HOSPITALIZAÇÃO E SEUS EFEITOS SOBRE A CRIANÇA


 Normalmente, os problemas que a criança terá de
enfrentar ao adoecer e hospitalizar-se são:a) Perda
relativa de autonomia e competência, percepção de
fragilidade e de estar vulnerável;b) Quanto maior o
tempo de hospitalização, menores as oportunidades de
desenvolvimento normal para a criança.c) Se a
hospitalização implica em separação total ou parcial do
familiar significativo para a criança acima de 3 meses, e
esta não receber assistência psico-afetiva adequada, os
efeitos nocivos da hospitalização poderão ser severos, e
acima de cinco meses irreversíveis
RECÉM NASCIDOS E LACTENTES:


Estes apresentam aparência geral de infelicidade, apetite
indiferente e dificuldade de ganhar peso, choro freqüente,
apatia, respostas fracas aos estímulos, aceleração do trânsito
intestinal e sono agitado (hospitalismo)
Defesa: Não rejeita atenção; pode se apegar a alguém, mas se
ocorre troca constante de pessoal que a assiste, apega-se a
brinquedos ou a comida; o desapego é reação à perda. Aceita
sem protesto alimentos e brinquedos. Pode sorrir e ser
sociável. Aparentemente vai tudo bem. Quando a mãe visita
reage indiferença ou pode estar apática, rancorosa e
briguenta. Essa maneira de se desligar pode ser indicativo de
psicopatias
Assistência de enfermagem :


 Assistência de enfermagem :- Incluir e estimular a
mãe nos cuidados com a criança;- Evitar permitir que
a criança chore por períodos prolongados sem
providenciar conforto e tentar satisfazer suas
necessidades;- Desenvolver relacionamento com a
criança e com a mãe para evitar que a mesma não
tenha a sensação de abandono ou solidão; OBS: a
idade em que a hospitalização provoca maior
sofrimento para a criança é entre 18 meses e 5 anos.
CRIANÇAS DE DOIS A CINCO ANOS:


 Para criança separadas total ou parcialmente, do
familiar significativo, é comum a reação de
separação constituída de três fases (vivenciadas no
todo ou em parte). 1) Angústia ou protesto: O
sintoma dominante desta fase é a ansiedade aberta.
A criança se apresenta inquieta, recusa alimentação
ou aceita com avidez e vomita, chora muito, pede
pela mãe, tem dificuldade de dormir, aponta para
entradas e saídas dos enfermeiros.
Resignação ou depressão:


 Se persistir a privação, a criança se torna mais
tranqüila aparentemente adaptada à situação. Ela já
não acredita que possa mudar a situação. Sente que
seus esforços são inúteis. A expressão pode ser
resignada, triste ou indiferente. Não expressa medo e
carece de vitalidade e energia. Pode demonstrar
desespero à presença da mãe ou quando é deixada
por alguém com quem estabeleceu vinculação.
Assistência de enfermagem:

 Realizar procedimentos terapêuticos em forma de
brincadeira ( faz-de-conta)
 - Incentivar a criança a brincar e expressar sua reação
às experiências;
 Ordens e restrições podem precipitar raiva, rebeldia
e agressão.
CRIANÇAS DE SEIS A DEZ ANOS:


 Podem apresentar reações de ansiedade da separação,
sem as manifestações de pânico comuns a idade pré-
escolar. As fantasias de mutilação, ânsias de castração e
preocupações exageradas com a privacidade, moléstia e,
com a escola são frequentemente detectadas. Temor de
perder habilidades já adquiridas, depressão, apatia e
fobia ( medo do escuro, de pessoas e procedimentos
terapêuticos- Encorajar a criança a executar as atividades
do dia-a-dia e a participar dos procedimentos necessários
ao seu tratamento. - A criança deve ser adequadamente
preparada para as experiências terapêuticas, de maneira
clara e honesta; - De preferência, crianças do mesmo sexo
devem ficar na mesma enfermaria.
ADOLESCENTES

 As reações apresentadas nesta faixa etária são
ansiedade, insegurança, rejeição dos procedimentos,
inclusive os já aceitos, raiva, depressão, rejeição
afetiva, inclusive dos pais, masturbação, etc.
Assistência de enfermagem:- Proporcionar
privacidade;- Tentar desviar construtivamente as
manifestações de rebeldia ou agressividade.-
Oferecer, se possível, alguma forma de terapia
ocupacional.
ALGUMAS SEQUELAS DA
HOSPITALIZAÇÃO (Temporárias e/ou
Permanentes)

 Detenção ou regressão do desenvolvimento
emocional: retorno a dependência materna,
incapacidade de relacionamento; Distúrbios relativos
de conduta: hostilidade, agressividade,
destrutibilidade, desonestidade, delinqüência,
evasão da responsabilidade e passividade;
Comportamentos regressivos: erros de linguagem,
perda de controle esfincteriano, principalmente
vesical, masturbação, terror noturno, chupar dedo e
roer unha.
Comportamentos apresentados pela criança
internada sem a mãe

 1) Pertubações no relacionamento com a mãe:
Exagerado apego à mãe; Agressiva com a mãe;
Rejeita os cuidados com a mãe; Não atende ordens
dos pais; Apresenta-se exigente e ressentida 2)
Regressão Chupa o dedo; Alimenta-se com
mamadeira ( quando antes já havia deixado) Enurese
( urina na cama) Perturbação da fala e da
alimentação 3) Dependência Dorme com os pais
Quer colo Quer ser vestida e higienizada
OS PAIS DA CRIANÇA
HOSPITALIZADA

 Medo do realístico ou irrealístico da doença e do
desconhecido; Sentimentos de culpa e/ou de
ambivalência para com a criança. Insegurança e
ausência de controle sobre o ambiente hospitalar,
pessoas, rotinas, procedimentos e equipamentos;
Medo de perder o afeto do filho; Padrões
comportamentais solicitados aos pais, diferentes dos
habituais. Desta forma, trabalhar com crianças
implica em trabalhar com seus pais, especialmente
com sentimentos e atitudes.
EQUIPE ASSISTENCIAL HOSPITALAR


 Trabalhar com a criança e seus pais não é uma tarefa fácil.
Vários são os problemas que a equipe tende a enfrentar:
Ansiedade dos pais, que os torna inseguros, agressivos,
exigentes, com dificuldades de compreensão e
memorização. Ansiedade da criança, que se mostra
revoltada ou infeliz, tem dificuldade de cooperar com o
tratamento, responde mal à terapêutica. Atitudes dos
familiares : desconfiança, agressividade direta, ameaças
veladas, cobranças, resoluções imediatas. Estes problemas
e reações são previsíveis. A equipe deve estar preparada e
estruturada para tratar com os pais e crianças, realizando
um trabalho educativo, de apoio e curativo.
EQUIPE ASSISTENCIAL HOSPITALAR


 Trabalhar com a criança e seus pais não é uma tarefa
fácil. Vários são os problemas que a equipe tende a
enfrentar: Ansiedade dos pais, que os torna
inseguros, agressivos, exigentes, com dificuldades de
compreensão e memorização. Ansiedade da criança,
que se mostra revoltada ou infeliz, tem dificuldade
de cooperar com o tratamento, responde mal à
terapêutica.

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