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contrato administrativo
CAPÍTULO III “Dos contratos da Administração Pública”
Artigo 200.º “Espécies de contratos”
1 — Os órgãos da Administração Pública podem celebrar contratos administrativos, sujeitos a um
regime substantivo de direito administrativo, ou contratos submetidos a um regime de direito
privado.
2 — São contratos administrativos os que como tal são classificados no Código dos Contratos
Públicos ou em legislação especial.
3 — Na prossecução das suas atribuições ou dos seus fins, os órgãos da Administração Pública
podem celebrar quaisquer contratos administrativos, salvo se outra coisa resultar da lei ou da
natureza das relações a estabelecer (p. ex., as decisões sancionatórias).
1.1. Parte III do CCP – “Regime substantivo dos contratos administrativos” – artigos 278.º e segs.
Artigo 278.º Utilização do contrato administrativo
Na prossecução das suas atribuições ou dos seus fins, os contraentes públicos podem celebrar quaisquer
contratos administrativos, salvo se outra coisa resultar da lei ou da natureza das relações a estabelecer.
1.3.Contratos de cooperação: contratos em que dois (ou mais) entes públicos acordam na
realização de tarefas públicas de interesse comum, em função da identidade ou da
complementaridade das respectivas atribuições.
2. Critério da relação entre as partes
2.1.Contratos de subordinação, assim designados por, na respectiva execução,
se verificar um ascendente funcional da Administração sobre o co-
contratante, podendo ser:
i) Contratos de colaboração subordinada: a noção abrange os contratos de aquisição de
bens e serviços no mercado, os contratos de concessão translativa, que visam associar um
particular ao exercício de funções especificamente administrativas, destacando-se os que
implicam uma relação duradoura (concessões de obra ou serviço público, gestão de
estabelecimento público);
iii) Contratos de cooperação subordinada, celebrados entre entes públicos, mas em que
um deles se sujeita ao exercício de poderes de autoridade do outro (artigo 338.º, n.º 2, do
CCP).
2.2. Contratos de não subordinação, em que tal ascendente não se verifica, incluindo:
i) Os contratos de cooperação inter-administrativa paritária, em que dois entes públicos
contratam num plano de igualdade jurídica (no âmbito da descentralização administrativa, p.
ex., contratos de parceria entre o Estado e as autarquias locais para a exploração e gestão de
sistemas municipais de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais
urbanas e de gestão de resíduos urbanos);
ii) Os contratos de colaboração não subordinada em que o co-contratante privado
colabora no desempenho de uma tarefa pública, mas no exercício de uma liberdade ou
autonomia constitucionalmente consagrada (contratos de associação com escolas
privadas, contratos com Instituições Particulares de Solidariedade Social-IPSS);
3.2. Contratos com objecto próprio (ou exclusivo) de contrato administrativo (concessão
de obra pública, concessão exploração de jogos de fortuna ou azar)
Obrigado pela Vossa Atenção!
Licínio Lopes Martins