Você está na página 1de 4

Eric Wolf: a antropologia está se desmembrando (New York Times)

Final da década de 50 o paradigma teórico consistia de três vertentes:

(1) o funcionalismo estrutural britânico


(2) a antropologia cultural e psicocultural norte-americana
(3) a antropologia evolucionista norte-americana

Anos 60 inicia combinação de novas ideias e agressividade intelectual.

Antropologia Simbólica

Termo cunhado pelos opositores

Geertz: transformação da antropologia americana – cultura

Turner: transformação da antropologia britânica – sociedade

Conceito objetivo de cultura

GEERTZ: a cultura não é algo interno - é a internalização de símbolos


públicos/observáveis

VICTOR TURNER: conflito e contradição são regra. Os signos são operadores no


processo social. Os símbolos produzem transformações sociais.

“pragmática dos símbolos”

SÍMBOLOS: rituais de cura, práticas de caça

Crítica: ausência de uma sociologia sistemática / pouca ênfase política na criação


/ manutenção dos símbolos
Ecologia Cultural

A cultura se modifica e se ADAPTA de acordo com o ambiente

Influência da evolução biológica

O interior (cultura) internaliza o mundo exterior (ambiente)

Teoria dos sistemas: há um todo complexo maior do que as partes

Naim: qual o papel criativo do indivíduo? (Roy Wagner)

Estruturalismo

Lévi-Strauss - único paradigma verdadeiramente novo que se desenvolveu nos


anos 60

Busca entender regras e padrões complexos que sejam universais

A comparação é fundamental para se chegar a características universais/comuns

Entender uma cultura (seus padrões) levaria ao entendimento geral de outras


culturas

Teoria dos sistemas: crenças, mitos, símbolos não são aleatórios, fazem parte
de um grande conjunto sistêmico interligado
Antropologia na década de 1970

Preocupações do mundo real


(1) Contracultura
(2) Movimento antiguerra
(3) Movimento das mulheres

Crítica a tudo que fazia parte da ordem existente

Forte ligação com Marx

Marxismo Estrutural: crítica forte ao que se estava posto até o momento e


atribuição de papel central aos fenômenos culturais (crenças, valores,
classificações)

O marxismo estrutural tem forte ligação com os anos 60, mas injetou uma dose
saudável de sociologia no esquema de categorias anterior

Economia política: foco para sistemas políticos / econômicos regionais de


grande escala.

Pesquisa efeitos da penetração capitalista MACROECONOMIA em comunidades


específicas ou microrregiões.

A economia política se relaciona com a ecologia cultural ao dar forte


importância para forças externas.

CRÍTICA: fala-se muito de dinheiro/economia e pouco das suas imbricações,


quais sejam: dominação/manipulação e relações de poder
DÉCADA DE 80: ESTUDO DA PRÁXIS – PRÁTICA

Não é oposição a teoria dos sistemas, mas um complemento

Não é uma teoria nem um método – mas um símbolo – várias teorias/discussões


surgem daqui

Ação humana no sistema

De um lado o que a cultura mostra, faz e sente – de outro aquilo que ela inibe ver /
sentir e fazer

Atenção nos pequenos detalhes: trabalhar, comer, dormir e relaxar, interações


sociais

Considerações finais
Ortner se mostra favorável a uma antropologia crítica/da prática: penetrar no
funcionamento das relações sociais assimétricas é penetrar no coração de muito do
que está acontecendo em um determinado sistema.
É possível que outros autores escolhessem a “história” como símbolo dos anos 80
em detrimento da “prática”. Em torno deste termo agrupam-se noções de tempo,
processo, duração, reprodução, mudança, desenvolvimento, evolução,
transformação.

PRÁTICA PENSA O PASSADO – O PRESENTE E O FUTURO

Você também pode gostar