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- Lesões de cárie
Ativa x Inativa
Mancha branca ativa (MBA): poros isolados no esmalte que surgem
da desmineralização, passíveis de remineralização podendo inativar
a lesão, rugosa, opaca e branca.
Mancha branca inativa: lisa, brilhante, branca/acastanhada.
Cárie cavitada ativa: poros que se unem, úmida, brilhante
internamente, amolecida (úmida), de aspecto claro, com MBA na
margem.
Cárie cavitada inativa: seca, fosca, endurecida, de aspecto
escurecido
- Sítios de predileção: oclusal, proximal (mais cervical e vestibular do
contato) e cervical
- Progressão em uma cárie proximal costuma ser mais lenta devido os
prismas de esmalte (pirâmide com a ponta voltada para a dentina, afunila
e bactéria perde a capacidade)
- Cárie radicular
Comum em idosos
Dentina é mais porosa e agrega mais bactérias
Lesões próximas a JAC
Dentes mais afetados: molares inferiores
Dentes menos afetados: incisivos inferiores
- Cárie secundária: lesão recorrente que surge da falha do processo
restaurador e da limpeza, lesões em margens de restaurações
- Cárie oculta: oclusal aparenta estar íntegra mas devido os prismas de
esmalte serem em forma de pirâmide (ponta voltada para a dentina) a
progressão interior pode já estar alta.
Classificação de acordo com a profundidade
- Cárie incipiente: lesão restrita em esmalte, geralmente não possui
alteração radiográfica na oclusal, já na proximal por não ter tanta
sobreposição já pode apresentar alterações radiográficas.
*Lesão oclusal é mais visível em radiografias quando atinge dentina
- Cárie rasa: esmalte + JADE aprofundando em até 0,5 mm à dentina
- Cárie média: aprofundando em até 1 ou 2 mm da dentina
*Critério a partir da JADE
- Cárie profunda: está 1 mm a 7,5 mm da polpa
- Cárie muito profunda: está a < 0,5 mm da polpa
*Critério a partir da polpa
Métodos de diagnóstico
- Visual:
Coloração da lesão;
Presença ou ausência de cavidade;
Presença ou não de MBA nas bordas da lesão.
- Tátil
Consistência da lesão;
Rugosidade: lisa ou polida;
Consistência do fundo da cavidade: duro ou amolecido.
Diagnóstico diferencial
- MBA X Mancha branca hipoplásica X fluorose
Tipos de dentina
- Dentina primária: primeira a ser formada até a erupção dentária;
- Dentina secundária / fisiológica: dente no meio bucal que sofre
alterações (des-re), portanto essa dentina é formada durante toda a vida,
formada fisiologicamente dentro da câmara pulpar diminuindo-a;
- Dentina terciária / patológica: dentina formada na área acometida por
trauma, cárie, etc. Causando mineralização da polpa próxima à área
acometida.
Complexo dentinopulpar
- Mesma origem embrionária, célula em comum (odontoblastos com os
núcleos na polpa e prolongamentos na dentina), se comunicam
- Odontoblastos apresentam certa sintonia com o nervo que com a
presença de ácido movimenta os prolongamentos dentro dos túbulos
através de um fluxo de líquido formação de dentina terciária
- Amálgama em contato direto com os prolongamentos de odontoblastos
e quanto mais perto da polpa causa estímulo doloroso ao aquecer o
líquido presente na célula
- Choque galvânico
- Dentina profunda é mais permeável devido os túbulos serem grandes
- Dentina média apresenta menos túbulos e menores
- Dentina superficial apresenta os menores túbulos e em menor
quantidade
- Quanto mais raso menor é a permeabilidade da dentina e vice-versa
- Cavidade rasa e média não precisa usar cimento protetor
- Cimento protetor só é usado para cavidade profundas e muito
profundas a fim de proteger a polpa da chegada de elementos tóxicos e
propagação de calor na polpa
OZE (óxido de zinco e eugenol) já foi extremamente utiliza, atualmente
é usado basicamente como material restaurador provisório para
tratamento de canal e quando existe dor
- Isolante térmico e elétrico
- Eugenol tem propriedades anti-inflamatória e analgésica, entretanto em
excesso é tóxico
- Para manipular o OZE deve dosar o eugenol
- Eugenol estará em excesso/tóxico quando o produto final da
manipulação (mistura) fica brilhante e, por isso, não deve ser levado à
cavidade bucal gerando mais dor e inflamação (efeito contrário)
- OZE não pode ser usado com resina pois o Eugenol inibe a polimerização
da resina, ou seja, a resina não toma presa/não endurece
- OZE pode ser usado com amálgama
Materiais do tratamento
- Agente de limpeza: hidróxido de cálcio, ácido fosfórico, ácido poliacrílico
(contém no CIV). Podem ser desmineralizantes ou não.
Características ideais:
- Limpar as paredes da cavidade removendo a smear layer;
- Combater ou eliminar possíveis microrganismos patogênicos;
- Facilitar a ação dos agentes protetores (material que reaja bem
aos colocados por cima);
- Facilitar a adaptação ou adesão dos materiais restauradores;
- Não apresentar toxicidade.
Desmineralizantes
- Soluções ácidas: ácido fosfórico e poliacrílico, EDTA, ácido bórico
- Possuem alto potencial irritativo
- Promovem desmineralização do esmalte e dentina
- Removem a smear layer
Não desmineralizantes
- Remoção parcial dos resíduos por fricção das soluções
- Substâncias germicidas: água oxigenada e hipocloritos
- Soluções fluoretadas
- Soluções de clorexidina
- Substâncias detersivas
- Substâncias alcalinizantes: a base de hidróxido de cálcio (água de
cal) – mais usadas em cavidades profundas
- Agentes protetores
Características ideais
- Biocompatível
- Propriedades bactericidas ou bacteriostáticas
- Estimular as funções biológicas da polpa
- Selamento marginal
- Adesivo às estruturas dentárias
- Resistência mecânica – mastigação
- Isolante térmico e elétrico
- Insolúvel
São eles: verniz cavitário, sistemas adesivos, CIV, hidróxido de
cálcio, OZE, MTA.
Verniz cavitário: usado para forrar a cavidade e realizar o amálgama
por cima. Bom isolante elétrico (evita choque galvânico) e previne
manchamento do dente pelo amálgama. Não é isolante térmico,
apresenta baixa resistência mecânica, podendo fraturar durante a
condensação do amálgama. Aplicação na forma de duas camadas.
Substituído por sistemas adesivos.
Sistemas adesivos: realizar a adesão da resina composta e selar a
dentina (canalículos) quando tem sensibilidade (agente protetor –
isolante de superfície nas sensibilidades pós-operatórias), adesivo
às estruturas dentárias. Adesão mecânica.
- Condicionamento ácido: aumenta a permeabilidade da dentina,
aumentando a probabilidade de levar a toxicidade do material.
- Monômeros e materiais resinosos não polimerizado são
citotóxicos;
- Fotoativação gera calor que pode levar a uma injúria pulpar;
- Menos de 1 mm de dentina o adesivo pode alcançar a polpa.
Hidróxido de cálcio: em forma de pó / PA, solução / água de cal,
pasta e cimento (usado em casos em que não tem sangramento da
polpa)
* pó e pasta usados quando tem exposição pulpar e sangramento.
CIV
- Adesivo às estruturas dentais – adesão química
- Biocompatível
- Libera flúor
- Coeficiente de expansão térmica linear próxima ao dente
- Resistência mecânica suficiente
- Solúveis em meio bucal – vai ficando rugoso podendo realizar um
polimento a cada consulta
OZE
- Biocompatível
- Anódino (analgésico)
- Bactericida e bacteriostático
- Isolante térmico
- Bom vedamento da cavidade
- Eugenol em excesso irritação da polpa
- O eugenol prejudica a polimerização da resina composta
- Toma presa em contato com a água
*Óxido de zinco sem eugenol (Coltosol) usado para fechar a cavidade
(“curativo”).
MTA – Agregado de Trióxido Mineral
- Mais usado na Endodontia
- Capeamento pulpar direto
- Pulpotomia e curetagem pulpar
- Obturação retrógrada
- Perfurações radiculares
- Reabsorções internas
- Alternativa ao hidróxido de cálcio mas que não funciona
clinicamente na dentística pelo tempo de presa demorado (3 a 4
horas)
- Biocompatível
- Estimula a formação de dentina reparadora
- Propriedades mecânicas melhores em comparação ao Ca(OH)2
- Sua ação não é prejudicada pela umidade ou sangramento
- Barreira mineralizada com menos defeitos e mais túbulos
Técnicas – Protocolos
1. Proteção pulpar / capeamento pulpar indireta
- Diagnóstico: polpa não exposta, profundidade do preparo pode
ser variável.
- Objetivos: bloquear os estímulos térmicos, elétricos e químicos,
auxiliar na manutenção ou recuperação da polpa, evitar ou reduzir a
microinfiltração, melhorar as propriedades de selamente das
restaurações, dissipar as forças de condensação durante a inserção
de materiais restauradores.
- Passo a passo
Anestesia
Isolamento absoluto / relativo
Remoção da cárie (colheres de dentina principalmente ou brocas
esféricas em baixa rotação)
Limpeza da cavidade (selecionada de acordo com a profundidade
da cavidade); rasas ou médias – proteção pulpar com sistema
adesivo ou restauração definitiva; profunda – aplicar ácido
poliacrílico para limpeza, sistema adesivo (CIV), restauração
definitiva com resina; bastante profunda – lavagem com solução de
hidróxido de cálcio, aplicação de cimento de hidróxido de cálcio,
aplicação de CIV, restauração definitiva em resina composta.
*Proteger CIV com vaselina ou verniz fluoretado para evitar
sinérese/embebição
2. Tratamento expectante
- Diagnóstico: polpa não exposta, lesão cariosa aguda profunda,
polpa separada da cavidade por uma camada de dentina afetada.
- Objetivos: bloquear as agressões da lesão cariosa, vedar a
cavidade, inativar bactérias, remineralizar a dentina descalcificada
remanescente, hipermineralizar a dentina sadia, formação de
dentina esclerosada ou terciária.
- Não é indicado para pacientes com polpa muito fibrosa.
- Mais associado à pacientes jovens
- Passo a passo:
Anestesia (?)
Isolamento absoluto do campo operatório
Remoção da dentina infectada
Preservar a dentina afetada (única separando a cavidade da polpa)
Limpeza
Remoção da umidade
Aplicação da pasta ou pó de hidróxido de cálcio no assoalho da
cavidade / cimento
Vedamento com CIV
Realizar a restauração definitiva ou acompanhar o andamento
para depois restaurar
Aguardar para uma próxima sessão clínica
- Após 45 a 60 dias sem dor
- Teste de sensibilidade – dente não pode apresentar dor
espontânea, a menos que o estado pulpar seja reversível, deve
responder o teste
- Exame clínico
- Radiografia do dente – observar a formação da dentina terciária
- Reabrir e tratar como se fosse uma cavidade muito profunda (?):
remoção com cautela do tecido carioso amolecido remanescente,
inspeção / Rebaixar o CIV e restaurar
Sessão 2
- Após 45 a 60 dias
- Exame clínico – testes de sensibilidade
- Radiografia – observar a formação da dentina terciária
- Rebaixar o CIV e restaurar
- Reabrir (?)
Segunda sessão
- Mesma coisa
- Acompanhar a pulpotomia por 2 a 3 anos
Aula 3
- Cavidade patológica: causada pela lesão
- Cavidade terapêutica: remoção do tecido cariado e configuração para a
restauração dessa cavidade
Objetivos do preparo cavitário
- Remover parcialmente o tecido cariado
- Obter formas precisas (principalmente no caso do amálgama ou para
restaurações de cerâmicas, metálicas)
- Impedir fratura do dente e do material restaurador
- Impedir cárie secundária (recorrente)
Analisar a pressão entre os dentes com fio-dental, que caso seja muito
alta, usar uma lixa para diminuir a pressão.
Usar o fio-dental para ajudar a encaixar o lençol de borracha.
Técnica da amarria: amarrar dente a dente com fio-dental jogando o
lençol para dentro do sulco gengival. Facilitar a inversão da borracha no
sulco gengival.
Técnica da espátula suprafill: jogando o lençol de borracha para dentro
do sulco.
Anéis de elástico: alternativa para as amarrias.
Wedjets ou stop de borracha: usados para realizar uma divisão entre o
último dente isolado e o dente abaixo do lençol, sem necessidade de
utilizar grampo.
Amarrar o grampo: com fio dental no arco para evitar que o paciente
degluta o grampo.
Técnicas de isolamento
- Grampo sem asa: amarrar o grampo e posicionar, montar o lençol no
arco já perfurado e vestir o grampo que já está posicionado.
- Técnica de Ingraham: levar o grampo preso com o lençol para a boca e
depois posicionar o arco, quando ocorre dificuldade de acesso. Asa serve
para segurar o grampo no lençol.
- Técnica conjunto: levar à boca o grampo com o arco e lençol.
Aula: Amálgama
Utilizado na odontologia desde 1895 (formulação publicada por Black).
Ainda é um dos melhores materiais restauradores diretos.
- Maior durabilidade
- Mais acessível
- Material direto
Vantagens
- Baixa sensibilidade à técnica
- Facilidade de manipulação
- Material “auto selante” – produtos da corrosão se depositam nas
possíveis fendas
- Baixo custo
- Resistência ao desgaste – alto módulo de elasticidade
- Experiência clínica alta
- Fácil remoção
Indicações: restauração classe I e II em dentes posteriores e algumas
classes V, pacientes com alto risco de cárie pela característica “auto
selante” do amálgama.
Limitações
- Estética – não é indicado em áreas estéticas
- Presença de mercúrio – composição líquida do amálgama, sendo um
material altamente tóxico, sendo mais relevante no processo de
descarte e confecção do que na cavidade do paciente.
- Ausência de união à estrutura dentária – o preparo cavitário deve
seguir regras para que a restauração fique retida.
- Sujeito à corrosão – libera os componentes na cavidade oral, tendo
contato com o mercúrio por exemplo, pode causar a tatuagem por
amálgama um manchamento nos tecidos moles (por classe V,
principalmente).
- Ação galvânica – provocando choque e dor em contato com outros
metais.
- Falta de resistência nas bordas – friável.
Composição
- Composição líquida: Hg – mercúrio, permite a formação de uma
massa coesa e plástica, facilita a amalgamação mais rápida; amálgamas
com menor quantidade de mercúrio, geralmente apresentam melhores
propriedades e a quantidade insuficiente causa contração.
- Composição do pó:
- Ag (prata) está em maior quantidade (40 a 70%), aumenta a
resistência mecânica; aumenta a resistência à corrosão; diminui o
escoamento (creep – escoamento a pressão, que quanto mais baixo
escoa menos); diminui o tempo de presa; aumenta a expansão de
presa sendo um ponto negativo, pois o esmalte não é muito flexível
podendo causar dor e fraturar o dente.
- Sn (estanho): de 25 a 27%, reduz a expansão de presa controlando
a expansão da prata; melhora a amalgamação (mistura); em excesso
(acima de 27%) diminui a resistência e dureza, aumenta a contração
(podendo criar espaços entre dente e restauração) e aumenta o
escoamento (creep), sendo pontos negativos.
- Cu (cobre): < de 6% ou entre 13 a 30% (quantidade varia),
aumenta a resistência mecânica; aumenta a dureza; diminui o
escoamento (creep); diminui a corrosão; aumenta a expansão da prata
e em excesso aumenta a tendência ao escurecimento, o que são
pontos negativos.
- Zn (zinco): pode ou não estar presente, auxilia no processo de
fabricação, reduz a oxidação de outros componentes, reage
rapidamente com o oxigênio; em qualquer quantidade se entrar em
contato com a umidade, provoca expansão tardia. Nos amálgamas que
contenham zinco sempre deve ser feito o isolamento absoluto.
Classificação
1. Formato da partícula (de pó)
- Partículas irregulares (limalhas): formato irregular, maior
quantidade de Hg (50%) para alcançar toda a superfície da partícula,
necessita de maior pressão de condensação que ocorre na cavidade
através dos instrumentais, granulosas durante a escultura,
propriedades inferiores, entretanto os contatos proximais são
obtidos facilmente.
- Partículas esféricas: formato regular das partículas, demanda
menor quantidade de Hg (42%) sendo preferível, menor pressão de
condensação, fáceis de esculpir, melhores propriedades, entretanto
ocorre uma dificuldade em obtenção de contatos proximais.
- Mistura de limalhas e esferas (misto): incorpora as diferentes
características, precisa de menor quantidade de mercúrio, pressão
de condensação moderada não afetando muito nos pontos de
contatos e consegue esculpir melhor.
- Condensadores de Black: usados para condensar o amálgama na
cavidade. Usar o maior condensador possível compatível com o tamanho
da cavidade e uso de material com partículas esféricas, já com a liga de
formato irregular e mista deve começar a condensação com o menor
condensador, pressionando contra paredes e ângulos e à medida que
chega à superfície pode aumentar o tamanho do condensador.
- Ligas de fase única: partículas convencionais em forma de limalha ou
partículas esféricas. Cu presente de 9 a 20%/
- Ligas de fase dispersa: combinação de partículas convencionais e
partículas esféricas (amálgama misto). Cu presente de 13 a 30%.
2. Conteúdo de cobre
2.1. Baixo teor de cobre: corresponde às ligas de
limalha/convencionais, < 6% de Cu em peso.
Formação da fase ƴ2 (gama 2): maior corrosão, diminuição da
resistência e aumento do creep.
*Creep: deixa amálgama em espessura fina, o que leva a fratura e
formação de espaços entre restauração e dente e microinfiltração.
Reação de cristalização
3. Presença de zinco
- Age como antioxidante
- Em contato com a saliva na cavidade, durante a condensação, libera
gases de hidrogênio e sofre expansão tardia, por isso, deve ser colocado
sob isolamento absoluto.
Zn + H20 ZnO + H2 (gás, faz a expansão tardia do amálgama)
- Expansão tardia: ocorre de 3 a 4 dias após a restauração e pode causar
dor intensa, de 10 a 12 dias após a restauração. Tratamento deve ser feito
através da remoção, pois ultrapassa as margens do preparo.
3.1. Ligas sem zinco: menor ou igual 0,01% em peso de Zn, são mais
frágeis, menor plasticidade durante a condensação;
3.2. Ligas com zinco: mais que 0,01% em peso de Zn, são menos
frágeis e melhor plasticidade durante a condensação.
Propriedades (restauração)
- Alta resistência à compressão
- Baixa resistência à tração – deve ser compensado através do preparo
mais retentivo possível
- Frágil – não recebe deformação plástica fraturando, deve ser
compensado através de uma boa espessura do amálgama (pelo menos 1
mm)
- Rigidez semelhante à do esmalte – módulo de elasticidade
- Creep – pode ser mais alto (baixo teor de Cu) ou menos alto (alto teor de
Cu)
- Corrosão – sofre menos corrosão os amálgamas de alto teor de cobre,
entretanto, os produtos da corrosão realizam o vedamento
marginal/auto-selante; pode causar manchamento do dente e/ou tecido
mole (tatuagem por amálgama), principalmente o de baixo teor de cobre.
- Bom condutor térmico e elétrico – podendo causar choque galvânico e
não se pode restaurar cavidades profundas com amálgama direto,
necessitando de um forro de CIV.
- Galvanismo
Restauração de amálgama
- Proporção Hg/liga: técnica do mercúrio mínimo (Eames) – limalha = 50%
em peso de Hg e esférica = 42% em peso de Hg.
- Técnicas de proporção
- Liga (pó) + mercúrio (líquido)
- Cápsula
- Cápsula pré-dosada – já vem com o material preparado
- Amalgamadores: aperta a cápsula e posiciona no amalgamador, possui
um garfo que prende a cápsula, e vai realizar a trituração.
- Trituração: processo de misturar o pó-líquido, podendo realizar um
sobretriturado (muito misturado, com aparência mais brilhosa), um
amálgama ideal ou um subtriturado (pouco misturado, com aparência
craquelada).
- Subtrituração: aumenta o tempo de trabalho, corrosão, expansão,
porosidade e chance de fratura. Diminui a resistência, polimento e
facilidade de escultura.
- Supertrituração: aumenta a contração, lisura e resistência. Diminui
porosidades, irregularidades e tempo de trabalho.
Toxicidade e alergia
- Nível sanguíneo de Hg em uma pessoa com restauração de amálgama =
0,7 ng/ml
- Nível sanguíneo de Hg em uma pessoa sem restauração de amálgama =
0,3 ng/ml
- Nível sanguíneo de Hg em uma pessoa que faz ingestão semanal de
frutos do mar = 2,3 a 5,1 ng/ml
- Cuidados:
- Verificar o selamento da cápsula durante a amalgamação, e se
apertou até o final;
- Usar EPI completo sempre;
- Não tocar no amálgama, recolhendo com algodão/gaze;
- Guardar todo o restante de amálgama em água contendo sulfato
de sódio e todos os materiais descartáveis que entraram em contato
com o amálgama;
- Evitar trabalhar com o amálgama no calor;
- Usar refrigeração e sucção durante acabamento e polimento;
- Realizar testes de nível de mercúrio o dentista que trabalha muito
com o amálgama.
- Pode causar dermatite de contato que afeta 1% da população, podendo
realizar um teste alérgico antes de fazer uma restauração no paciente.