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Sabe-se, pela prática, que alunos que frequentam a recuperação paralela interessam-se pelas
aulas, permanecem nelas e são bem-sucedidos na aprendizagem, outros nem tanto, desistem
mostrando indiferença à aquisição desses conhecimentos, sendo assim, torna-se pertinente
conhecer o que propulsiona esses alunos em direcção ao saber, compreender que relação
estabelecem com o saber escolar e como a escola organiza o trabalho didáctico pedagógico de
recuperação para accioná-los nesse sentido.
Desse modo, o desejo de aprendizagem do aluno com atraso de conteúdos perpassa pela
mediação do professor; cabe à escola e ao professor o bom trabalho na mediação entre o
conhecimento e o aluno, de modo que mobilize a criança a uma actividade intelectual
direccionada à aprendizagem, à apropriação de novos conhecimentos.
Independentemente do sentido atribuído à palavra aprender, nas escolas há alunos que não
conseguem apropriar-se dos conhecimentos elementares dos anos iniciais, como leitura, escrita e
operações matemáticas básicas; nas aulas de recuperação paralela, não são assíduos, apresentam
baixo desempenho e, por consequência, desencadeiam sentimentos desagradáveis nos
professores.
Mas é recorrente na voz de professores queixas de que a escola acaba por trabalhar a educação
solitariamente, que muitos pais não participam da vida escolar das crianças, distanciando-se e
deixando para os docentes toda a responsabilidade que caberia, em parte, à família.
Assim, os educadores atribuem para alguns casos de fracasso a falta de participação dos
responsáveis durante o processo de escolarização dos filhos, ou ao meio social de onde se
originam. Reincide sobre esses argumentos um grande peso pela não aprendizagem, e vê-se
novamente, como há décadas, os alunos, seus familiares e suas condições sociais apontados
como os responsáveis por tal fato. Se por um lado essas queixas ocasionam sentimento de
desmotivação ao trabalho dos professores, que alegam ter de dar conta de uma formação que está
além dos conteúdos escolares, por outro, existem, por parte dos alunos, o baixo desempenho e a
desvalorização da cultura escolar à sua formação. Instala-se um círculo que necessita ser
rompido.
Mas, qual a relação entre condição social da criança, envolvimento da família na sua vida escolar
com o prazer de estudar, com sua dificuldade, ou com seu não aprendizado escolar? Por que
essas dificuldades aparecem mais nas classes sociais menos favorecidas? Seriam os menos
favorecidos socialmente predestinados às notas baixas, à recuperação escolar, ao fracasso?
Era uma vês, um menino chamado sofrimento, Inconformado com a morte do pai, sofrimento
decidiu sair de casa para conhecer outros lugares, para buscar aventuras e tentar resgatar a alegria
que não encontrava mais na própria casa.
Então, enquanto todos dormiam, o menino preparou alguns lanches e, acompanhado pela
saudade e pela esperança de realizar seus objectivos, seguiu sua jornada.
Valeu a pena abandonar sua cidade, sua família para se aventurar no mundo até então
desconhecido?