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REPUBLÍCA DE ANGOLA

MINISTERIO DO ENSINO SUPERIOR CIENCIA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


UNIVERSIDADE RAINHA NJINGA MBANDI
INSTITUTO DE TECNOLOGIA AGRO-ALIMENTAR

BIOQUÍMICA GERAL

BIOMOLÉCULAS - GLÚCIDOS

Docente: Anastácia Paulino Chipepe Miguel (MSc) - anastaciachipepemiguelm@gmail.com


1ª CONFERÊNCIA

TEMA: GLÚCIDOS

 Sumário:
 Introdução;
 Isomeria dos glúcidos;
 Classificação, Estrutura química dos
glucídios.
OBJECTIVOS

 Conhecer os glúcidos, sua


distribuição na natureza, bem
como sua importância nos
organismos vivos.

 Descrever as características e a
classificação dos glúcidos,
analisando as suas estruturas.
INTRODUÇÃO
Os glúcidos, também chamados de
carbohidratos, hidratos de carbono e
açúcares, são nutrientes mas
abundantes e mas consumidos pelos
homens. Em alguns paises
constituem 50-80% da dieta do povo
(Asia).
No reino vegetal são mas variados e
mas abundante que no reino animal
a sua sintesis é pela fotossínteses.

Ex:
INTRODUÇÃO – CONCEITO GERAL

Carbohidratos são moléculas orgânicas constituídas


por C, H e O2, sendo produzidas pelas plantas
durante a fotossíntese, e é utilizado pelas células
animais e vegetais como principal fonte de energia.

Os hidr. de carbono são compostos que pertencem a 2 grandes


grupos funcionais: aldeidos e cetonas, por isso possuem função mista:
poliálcool-aldeído (poli-hidroxialdeido) ou poliálcool-cetona (poli-
hidroxicetona), ou ainda são compostos que por hidrólise,
transformam-se num composto poli-hidroálcool ou poli-hidroxiácido.
DISTRIBUIÇÂO NA NATUREZA

Os hidratos de carbono estão presentes na natureza

Animais Plantas Microrganismos


As plantas sintetizam os hidratos de carbono através da fotossíntese, armazenando-os
sob a forma de amido, quitina, celulosa, hemicelulosa e glucogeno.

glucidos
IMPORTÂNCIA
Suas moléculas desempenham uma ampla variedade de
funções, dentre elas:

 Fonte de energia
Participa no metabolismo: movimento.

 Reserva energética
Amido, sacarose, glucosa isto é nas plantas; glucogeno - nos
músculo e fígado dos animais.

 Estrutural
Quitina - nos animais, esqueleto externo de insectos e
crustáceos e celulosa, hemicelulosa, pectina (frutos citrícos,
polpa de beterraba, maçã, tomate e batata) nas plantas essas
são fibras dietéticas.

glúcidos
IMPORTÂNCIA

 Funções biológicas
Melhoram a utilização das proteínas e das gorduras no
corpo humano e participam nas reações de desintoxicação
(alcóol etilico no sangue – dextrose a 50%).

 Matéria prima
Para a biossíntese de outras
biomoléculas (suas moléculas ao
reagirem se com diversas substancias
de nitrogeneo, formam aminoácidos,
ácidos nucleicos, etc.).

Repercutem no sabor, viscosidade,


estrutura e cor dos alimentos.

glucidos
CARACTERISTICAS FÍSICO-QUÍMICA DOS
CARBOIDRATOS

Geralmente são brancos e


cristalinos, soluvéis em água e
com um sabor doce, e é a
principal fonte de energia para o
homem.

Os carbohidratos foram Para muitos carboidratos, a


designados para representar uma fórmula geral é: [C(H2O)]n,
família de compostos que contem onde n ≥ 3, daí o nome
C, H e O este dois últimos « H , "carboidrato", ou "hidratos de
O » na proporção da água. carbono" .
NOMENCLATURA DE OSES OU OSAS

Os glúcidos liberam osas por hidrólisis química ou enzimática.

1) O nome de uma ose deve começar por ald ou cet,


conforme ela possuir em sua estrutura o grupo aldeído ou
cetona.

2) Em seguida indica-se o número de carbonos da cadeia


pelos infixos: tri, tret, pent ou hex.

3) A esses infixos junta-se o sufixo ose.

4) Não há separação entre as partes do nome, a menos que o


prefixo seja hex.
10
Para descrever a fórmula estrutural de uma ose podemos lançar
mão da seguinte simplificação:

1. A cadeia carbônica é substituída por uma linha vertical.


2. Os grupos hidroxila, -OH, são representados por traços
horizontais, à direita ou à esquerda da linha vertical.
3. O carbono que possuir ligação com os dois hidrogênios
(carbonos da extremidade da cadeia) terá um traço horizontal
em ambos os lados.
4. Os grupos aldeído e cetona são representados por círculos.
5. O grupo cetona é ligado à linha vertical por dois traços e o
grupo aldeído, por apenas um traço.

11
Exemplo de nomenclatura

12
[C(H2O)]n
Varias estruturas com igual fórmula geral
apresentam nomes diferentes e portanto são
compostos diferentes.

Compostos que só se diferenciam em disposição de seus átomos no


espaço. Possuem mesma formula estrutural e configuração espacial
diferente.

Com Excepção da di-hidroxiacetona, todos os glúcidos têm pelo menos 1 centro quiral.
Tipos de
Estereoisómeros.

ENANTIÓMEROS DIASTEREOISÓMEROS

Inversão de uma Estrutura Se a inversão ocorrer em apenas um C


para outra em todos C assimétricos assimetrico.

Os diastereoisômeros que se diferem um dos outros


na configuração em somente um carbono quiral são
chamados de epìmero.
É uma molécula "espelhada", simetricamente igual a original, e tem
capacidade de desviar a luz para a esquerda (enantiômero levógiro) ou para a
direita (enantiômero dextrógiro).
espelho

O O
C

------------------------------------------------------------
C
H H • São reflexões ou
H C OH HO C H imágens especulares
um do outro.
HO C H H C OH

H C OH HO C H não são
sobrepostos
H C OH HO C H

CH2OH CH2OH

D (+) Glucose L (-) Glucose


enatiómero

MÃO ESQUERDA E MÃO DIREITA


S
P
E
L MÃO ESQUERDA E DIREITA NÃO SE
H SOBREPÕEM-SE
O
espelho

Configuração D
OH a direita

Configuração L
OH a esquerda

D (+) L (-)

Todos os açúcares da serie D são dextrógiros, e os da serie L são levógiros.


Ex: D (+) gliceraldehído e L (-) gliceraldehído
A maioria dos glúcidos naturais pertencem a serie D.
O •Cíclica
C
H •O anel se fecha por reacção
H C OH intramolecular do grupo OH do
C5 (piranósica) ou do C4 (furanósica),
C H com o grupo carbonilo (C1).
HO

H C OH •As estruturas que se formam


são hemiacetálicas.
H C OH
•A ciclização cria um novo
CH2OH carbono quiral em C1, originando-se
dois diastereóisomeros, conhecidos
D (+) glucosa como ANÓMEROS  e .

glucidos
Equilibrio entre a molécula de
glucose aberta e as formas
hemiacetálicas cíclicas , que
ocorre apenas em estruturas com
5 ou mais actomo de carbono.

glucidos
ou

glucidos
A CICLIZAÇÃO

São compostos heterocíclicos que possuem 5 a 6 átomos de carbono um


dos quais é o 02. A forma piranósica é a mais estável que a furanósica,
quanto a hidrolise.

2 FURANÓSICAS – estas são formadas pela


interacção do oxigênio do C1 - (carbono
anómero) e o grupo OH do C4. Ambas
estruturas são diastereómeros entre sí, e recebem
o nome de anómeros  e .
As formas cíclicas são
quatro 2 PIRANÓSICAS - formadas pela interacção do
oxigênio do C1 - (carbono anómero) e o grupo OH
do C5. As 2 estructuras Piranósicas, são os
anómeros  e .
CICLIZAÇÃO
1 1
HO C H H C OH

H C OH H C OH

HO C H O HO C H O

H C OH H C OH
O
H 5 C H
5
C C
H
CH2OH H C OH CH2OH
- D (+) glucopiranose - D(+) glucopiranose
HO C H

H C OH
1 1
HO C H
H OH
H C OH
C
H C OH H C OH
CH2OH
HO C H O O
HO C H
D-glucosa
H C4 H C 4
H C OH H C OH
CH2OH CH2OH
-D (+) glucofuranose -D(+) glucofuranose
CICLIZAÇÃO

24
CICLIZAÇÃO
Unhum….. vamos
a CLASSIFICAÇÃO
QUANTO A QUANTIDADE DE UNIDADE DE AÇÚCAR QUE O
CONFORMAM:

MONOSSACÁRIDOS: Não podem ser hidrolisados a compostos


mais simples, possuem 1 unidade de
açúcar.

OLIGOSSACÁRIDOS: Por hidrólisis dão 2 a 20 unidades de


monossacáridos.

Por hidrólisis produzem mais de 20 unidades de


POLISSACÁRIDOS: Monossacáridos, e em quase todos tecidos animais
e vegetais é o mais abundante de todos).
Segundo o número Segundo o tipo de
de átomos de C grupo carbonilo.
presente na
molécula.

Aldosas
Cetosas
Triosas (3) Segundo a posição do
Tetrosas (4) grupo hidroxila.
Pentosas (5)
Hexosas (6)
Heptosa (7) Cis
Trans
Família das D-aldosas
Família das D-Cetosa

D-Cetosas:
CETHEPTOSAS

A sedoheptulosa tem a mesma estrutura que a frutosa, mas


com um carbono adicional e se encontra na cenoura. A
manoheptulosa é um ceto açucar de 7 carbonos que possue a
configuração da manosa e se encontra nos abacates.
ALDOPENTOSA CETOHEXOSA

O 1 CH2OH
1
C H 1rio
2rio
Grupo
2 C O
2 C (H, OH) CARBONILO
3 C(H, OH)
3
C(H, OH) 4
C(H, OH)
4
C (H, OH) 5
C (H, OH)
5
CH2OH 6 CH2OH
Segundo a posição do grupo carbonilo - aldosa

2,3,4,5,6 pentahidroxihexanal
O
O O C
C C H
H H
OH 2 H C OH
H C HO C H
3
C H
3 HO 3 C H
HO HO C H
4
H C OH OH HO C H
H C

H C OH H C OH H C OH

CH2OH CH2OH CH2OH

GLUCOSA MANOSA GALACTOSA


 MONOSSACARÍDEOS MAIS SIMPLES

DIIDROXIACETONA
GLICERALDEÍDO

 MONOSSACARÍDEOS MAIS ABUNDANTES NA NATUREZA

HEXOSES
HEXOSAS
Estruturas que tenhem configurações opostas
somente em um grupo hidroxilo, como a
glucosa e a manosa, se chamam epímeros. A
glucosa, tambem chamada dextrosa, é o açúcar
mas predominante nas plantas e nos animais, e
é o açucar presente no sangue.

Grande maioria das hexoses naturais são em


configuração D.
 Monossacarídeos Epímeros - São monossacarídeos que
diferem entre si na posição de apenas uma hidroxila.
Ex: Glicose e Galactose são epímeros em C4.

 Glicose e Manose são epímeros em C2.


 Manose: (C6H12O6)

Origem: albumina do ovo, algumas proteínas animais,


nozes, cerejas, etc.

O
C
H
HO C H

HO C H

H C OH

H C OH

CH2OH
 Galactose: (C6H12O6)

Não se encontra livre na natureza, é resultado da hidrólise


de outros glicídios.
Origem: principalmente no cérebro, tecido nervoso, etc.

O
C
H
H C OH

HO C H

HO C H

H C OH

CH2OH
 Frutose ou Levulose: (C6H12O6)

É características dos Propriedades: é uma ceto-


frutos e tem fórmula hexose. Tem dificuldade de
molecular igual a glicose. cristalização, propriedade que
a faz manter-se com aspecto
xaroposo.

 Glicose
 Xilose
 Arabinose
Os monossacarídeos pentoses (5 carbonos)
e hexoses (6 carbonos) são os mais frequentes nos
organismos vivos.
Dentre os monossacarídeos de importância biológica,
encontram-se as pentoses: arabinose, a xilose e a ribose
(matérias-primas necessárias à produção de RNA e
DNA, respectivamente), e as hexoses: glicose, frutose e
galactose e a manose.
HEXOSES DE IMPORTÂNCIA FISIOLÓGICA

A isomerização de um monossacarídeo, catalizada por uma base ou enzima, pode


dar origem a uma aldose ou uma cetose, isto, envolvendo o grupo hidroxila e o
grupo carbonilo mais próximo. Assim a glicose pode transformar-se em manose
ou frutose.
CAROS COLEGAS……...
VAMOS COMEÇAR COM A
AULA?
Obrigado…………….
OLIGOSSACÁRIDO (2 – 20 UNIDADE DE
AÇÚCAR)
Dissacáridos : são o resultado da união entre dois monossacarídeos por meio de uma
ligação denominada glicosídica, com liberação de uma molécula de água - processo
este conhecido como “síntese por desidratação”.
Sacarose (glicose + frutose);
Lactose (glicose + galactose);
Maltose (glicose + glicose) são as mais conhecidas.
Trissacárido: rafinosa, etc.
Rafinosa = D-galatose+D-glucose+D-frutose.

Tetra e pentassacárido: estaquiosa, verbascosa, etc.


Estaquiosa = α-D-galactopiranosil- (1-6)-O- α-D-galactopiranosil-(1-6)-O-α-D-
glicopiranosil-β -D-frutofuranosídeo.
Um açúcar com um grupo hidroxila (R – OH) ligado a um
carbono anomérico pode reagir com outro hidroxila, de outro
açúcar, para formar uma ligação glicosídica (R` - O - R).

Um carbono hemiacetal pode reagir com álcool para gerar um


acetal completo ou um glicosido. A nova ligação formada é chamada
de ligação glicosídica. Esta ligação é mais fácil ser rompida em meio
ácido que alcalino.

Obs: As ligações glicosídicas entre unidades monossacarídicas são a


base para a formação de oligossacaridos e polissacaridos.
Hemiacetal- é quando um desses oxigênios está ligado a
um hidrogênio, podendo ainda reagir novamente, o que o
torna um grupo redutor (estrutura da linear para ciclica).

Acetal - os grupos hidroxilas de 2 monossacáridos podem


reagir para unir 2 moléculas de monossacáridos e liberar
uma molécula de água.
As ligações glicosidicas podem ter várias formas: o
carbono anomérico de um açúcar pode estar ligado a
qualquer um dos grupos OH em um segundo açúcar para
formar uma ligação α ou β-glicosídica.

α(1 – 2)
A notação para a ligação glicosidica entre dois
açucares, especifica quais átomos de carbono dos dois
açúcares estão ligados.
Ex: duas moléculas de α-D-glicose podem ser ligadas
de duas maneiras: α(1 – 4) e α(1 – 6).

α(1 – 6)
Uma outra possibilidade de ligação glicosídica, é entre duas
moléculas de β-D-glicose, é uma ligação α,α (1-1); β,β(1 – 1). As
formas anoméricas dos dois carbonos C – 1 devem ser indicadas,
porque a ligação ocorre entre dois carbonos anoméricos.

α,α (1-1)
NOTA: Quando oligossacárido e polissacárido são formados
como resultado de ligações glicosídicas, suas naturezas químicas
depedem de quais monossacáridos estão reunidos e também da
ligação glicosídica formada.
A configuração dos anômeros α são mais suscetíveis a hidrolise
que os β.
Obs: Da mesma maneira que a perda de uma molécula de água
(desidratação) une os monossacarídeos, a adição de H2O
(hidrólise) separa os monossacarídeos constituintes de uma
molécula grande.
DISSACARÍDEOS
DISSACARÍDEOS MAS COMUM

50
 SACAROSE
Dissacárido constituido por: α-D-glicose e a D-
frutose. Unidos por uma ligação glicosídica que tem a
notação α,β (1 – 2).
SACAROSE (C12H22O11)

Cana-de-açucar
(Sacharum officinarum)

Beterraba
(Beta vulgaris)
Da cana-de-açúcar ao açúcar
FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO
A MALTOSE
É um dissacárido obtido da hidrólise do amido. Ela consiste de dois
residuos da D-glicose em uma ligação α,(1 – 4), αβ(1-4) .

glucidos
MALTOSE
 A CELOBIOSE
Não é encontrada livre na natureza. Um dissacárido obtido da
hidrólise da celulose e lignina, ligados em uma ligação β(1-4).

Obs: A celobiose difere-se da maltose na ligação glicosídica.

glucidos
LACTOSE - (C12H22O11)
Dissacárido constituído por: β-D-galactose e D-glicose.
Unidos por ligação glicosídica com a notação β,α(1 – 4).

Encontrada no leite e seus derivados. É isômero da


sacarose. Por hidrólise fornece uma molécula de galactose
e outra da glicose.
Lactose
Em alguns adultos, a deficiência da enzima lactase, presente
nas microvilosidades intestinais, provoca o aumento dos
níveis deste açúcar quando ingeridos alimentos lácteos.
Nestas situações, a lactose passa a ser digerida pela lactase
bacteriana presente na flora intestinal, produzindo
hidrogênio, dióxido de carbono e ácidos orgânicos, causando
inchaço e diarreia.
Polissacáridos o que são?
Compostos constituidos por várias
unidades de monossacáridos
e que se mantêm unidas por
ligações glicosídicas

São considerados polímeros naturais


pelo seu tamanho e
características estruturais

São considerados homoglicano (celulosa e


amido) e heteroglicanos (gomas)

SÃO HETEROGENEOS
Clasificação

De reserva: Estruturais Biologica

•Amido •Celulose

•Glucogenio •Quitina
O amido é o carbohidrato mais abundante da dieta humana,
seguido por sacarose e lactose. Consequentemente, o principal
produto da digestão dos carbohidratos é a glicose, seguida por
pequenas quantidades de frutose e galactose.
• Estrutura macromolecular cristalina, (é a
principal reserva alimenticia encontrados no
interior de pequenos grânulos em vegetais, podem
ser observados por microscopia com luz
polarizadas ou ordinária e difração de raio X).
•Composta por:
moléculas de D(+) glucose unidas por
ligação 1-4 e ligação 1-6

Formada por duas frações

Amilose Amilopectina
Fração insoluvel em água (25%) Fração soluvel em água (75%) e
e 17-30% estruturalmente, com 83-73% estruturalmente
excepção do milho que pode
chegar a 75%.

glucidos
Proporção de amido nos a
FONTES DE AMIDO Teor (%)
Ervilha 30
Milho 25
Trigo 24
Banana 21
Batata rena e doce 18
Mandioca 18
Arroz 16
A estrutura do amido pode conter 60 000 a 1 000 000 de unidades de glicose.
característica

Constituída por 350-1000 moléculas de α-D- glicose unidas por


ligação glicosídicas (α-D-(1-4)). É a região cristalina do amido.

•É linear e adopta uma conformação


helicoidal em solução.

•Forma complexos de inclusão com


a molécula de Iodo (de cor azul
escura), com ácidos e hidrocarbonetos.

•A molécula de Iodo ocupa os espaços


livres na espiral

•Grande massa molar (de 150,000 - 600,000)


Estrutura helicoidal da amilosa

α - amilosa
glucidos
característica

•Estrutura mais complexa


que a da amilose.

•Polímero altamente ramifi-


cado com massa molecular de
1,000,000 a 6,000,000.

•Formada por unidades de


glucose que se unem
mediante ligações 1-4 mas
com ramificações de
ligação 1-6
•Se encontra uma ligação -D-(1-6) por cada
15-30 ligações glicosídicas
CARACTERISTICAS GERAIS DA
AMILOPECTINA

 Uma das extremidades da amilopectina é denominada


redutora, por conter o resíduo de glicose com o carbono 1 (do
grupo aldeído, redutor) livre, enquanto as inúmeras
extremidades restantes são denominadas não redutoras, uma
vez que os resíduos de glicose com o carbono 1 estão
comprometidos em ligações glicosídicas α-1,4.

 É a região amorfa do amido e é soluvel em água quente,


entretanto, é responsavel em parte pelo enchimento dos
grânulos de amido, por isso não retrogradam.
Estrutura da amilopectina

• ramificações cada 15-30 unidade de glucosa, 20-25 glucosa de


intervalo.
• peso molecular superior a 1milh-200milh dalton.
• + iodo = vermelho violaceo.

glucidos
FONTES DE AMIDO NA
ALIMENTAÇÃO

O amido é a principal fonte de armazenamento de energia nas plantas,


por isso, está presente em raízes, frutos, tubérculos e sementes. Entre
as principais fontes de amido na alimentação estão batatas, mandioca,
trigo, ervilhas, feijões, arroz e milho. Na industria alimentar, tem fim
tecnológico, nutricional, funcional, sensorial e estético.

Além de ser usado na alimentação, também é utilizado na fabricação de


glicose, álcool etílico, pó para a pele, entre outros.
MECANISMO DE PRODUÇÃO DA GLICOSE
APARTIR DO AMIDO

sofre hidrólise Amilase

Amido

Saliva e estômago

Presença de ácido C6H10O5


Glicose

glicogênio
Amido de reserva

Desse modo, quando o organismo precisa de energia, o glicogênio é novamente decomposto em


glicose, que é transportada pelo sangue até aos tecidos, onde é oxidada, liberando energia.
característica

É o composto orgánico mais abundante na


natureza, apresenta região amorfa e
cristalina.

Constituinte muito importante da


parede celular de vegetais superior
que serve como elemento de suporte

É uma homoglicana - polímero de glucose

Residuos de glucose unidos por ligações  (1-4)

As cadeias de celulose são essencialmente lineais,


ou seja, sem ramificações, cujas cadeias são D-
glucopiranose com um número que varia de 100-
200 unidades de açúcar. glucidos
Estrutura da celulosa

A celulose, conhecida vulgarmente por fibra dietética, encontra-se


apenas em plantas, sendo um constituinte das paredes celulares. Os
mamíferos são incapazes de digerir a celulose mas esta é uma
importante parte da dieta humana, ao ajudar à limpeza do tracto
intestinal. Ela é insolúvel em água e hidrolisada somente por enzima
(celulases).
 Fazem parte das fibras dietéticas e são moléculas menores que
a celulose, formadas principalmente por unidades de D- xilose,
L-arabinose, D-Galactose, D-manose e L-ramnose. Junto com a
pectina, forma uma matriz amorfa em torno das fibras de
celulose.

 Em pães e bolo produzidos com farinha


integral, auxiliam na capacidade de absorção de
agua pela farinha, promovem a mistura e
auxiliam na incorporação da proteína, além de
aumentar o volume.
característica

É semenhante a celulose em estrutura e em


função

• Todos os resíduos ligados por ligações 


(1-4)

•Difere da celulose no monómero que o constitui.

Na celulose o monómero é a -D-Glucose.

Na quitina o monómero é a N-acetil--D-Glucosamina.

glucidos
Amido animal Músculo e fígado

Propriedades físico-
Polímero de D-
químicas

glucose altamente
ramificado
GLUCÓGENO
caracteristica

SEGÚNDO SUA FUNÇÃO BIOLOGICA

Interactuam fortemente com as proteínas no sistema biológico


determinando muitas funções celulares:

1) - Polisacáridos de reserva.

Sua hidrólisis da lugar a monosacáridos que se usam em processos de


obtenção de ernergía, apresentam enlaces α-glicosídicos, que se
hidrolizam e envolvem-se a constituir-se más fácilmente.

Ex: Glicogénio – músculo e fígado (animais)

Amido – cereais, tubérculos ou raízes, em algumas frutas (banana)


etc. (vegetais)
2) - POLISSACARIDIOS ESTRUTURAIS

Celulosa - madeira e algodão, etc. (constituem


paredes de tecidos vegetais - as fibras
dietéticas).
Quitina – esqueletos externo de insectos e crustáceos

 Conferem rigidez nos tecidos.

 Apresentam enlaces β-glicosídicos,


que são mas difícil de romper.
CONSUMO DIÁRIO DE CARBOHIDRATOS
Para manter uma dieta equilibrada devemos comer alimentos com
carbohidratos varias vezes por dia, procurando entretanto reduzir ao máximo
assimilação rápida. O consumo diário de carbohidratos pode ser o seguinte, em
função das características de cada pessoa:
•100 grama de arroz ou pasta integral
•40 gramas pão integral
•2 - 4 peças de fruta fresca
•50 gramas de fruta seca.

Requerimento diário de uma dieta equilibrada:


Alimentos ricos em carbohidratos 55%, grasas 30% e proteínas
15%.
AÇUCARES DERIVADOS

Carboxilados – Têm
uma carboxila na
estrutura

Fosfatados – Têm um
fosfato na estrutura
Aminados – tem um
grupamento amina na
estrutura.

Acido N-Acetil – murâmico

Acido N-Acetil - neuraminico


(acido siálico).
• NOTA: A oxidação dos açúcares fornece a energia
necessária pelos organismos para a realização de
seus processos vitais, sendo o rendimento mais alto
de energia aquele obtido pela completa oxidação dos
açúcares em CO2 e H2O, nos processos aeróbios. Na
fotossíntese, acontece o oposto da oxidação
completa: a redução de CO2 e H2O para formação de
açúcares.
Por qual motivo a celulose não pode ser digerida
pelos seres humanos?

Seres humanos não conseguem hidrolisar a celulose


em glicose por não apresentarem em seu trato
digestório as enzimas celulases, responsáveis por
quebrar as ligações βentre glicoses, comuns em
polímeros estruturais.
A ligação αentre glicoses, digeridas pelos animais, é
uma característica dos polímeros que armazenam
energia, como o amido.
Bibliográfia
1) Badui, D. S. (2006). Química de los alimentos. 4ª edición. Ed. Pearson, México;

2) Campos, L. S. (2002). Entender a Bioquímica. Lisboa, 3ª Edição;

3) Campos, L. S. (2002). Entender a Bioquímica. Lisboa, 4ª Edição;

4) Campos, L. S. (2006). Entender a Bioquímica. Lisboa, 5ª Edição;

5) Campbell, M. K. e Farrell, S. O. (2006). Bioquímica. Brasil 5ª Edição;

6) Eliana, P. R & Elisena, A. G. Seravalli. (2007). Química de alimentos. 2º edição.


Editora BLUCHER;

7) Juan, A. Ordóñez P. (2007). Tecnologia de alimentos. Componentes dos alimentos e


processo. Vol. 1. Editora Artmed;

8) Paula, L. B. (2017). Bioquímica. P324b. ISBN 978-85-8482-804-3. CDD 572.


Londrina. Editora e Distribuidora Educacional S.A. 136 p.

9) Quintas, A. et al. (2008). Bioquímica. Organização Molecular da Vida. Lisboa.


27/04/2021 19:30 Xuxu o seu Professor! 91

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