Pluralidade e o feminino

O poder de ser mulher Samanta Nunes

Psicóloga
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A mulher na história...
Pré-história (há 2,5 milhões de anos
até 12 mil anos atrás)
Papel central – sociedade matriarcal
“Grande Deusa” - representada com uma proporção
exagerada nos seios, vulva, quadris, nádegas e ventre,
enfatizando o seu papel na geração, nutrição, sexualidade e
“o mistério da vida” inerente à figura feminina.
Relação íntima com a natureza e os ciclos lunares, de
agricultura, colheita e caça. A fecundidade da mulher era
associada à fecundidade da terra que fornecia alimentos e
água, necessários para manutenção da vida.
Entre séculos XII e XVIII
Igreja: a mulher era considerada um ninho de pecados, O
corpo era espaço de expiação e por isso deveria ser
reprimido. (sociedade patriarcal).
Mulher como traiçoeira e venenosa, aquela que derramou
sobre a terra o pecado, a infelicidade e a morte. Lilith,
Dalila, Cleópatra, Salomé, Eva ou Helena (de Tróia),
tentadora ou devassa, degoladora ou castradora, todas elas
incorporaram os mais variados estereótipos na mente deste
ou daquele homem das letras, entendida sempre como o
instrumento diabólico do infortúnio masculino.
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A mulher na história...
Pós-modernidade – A partir do Século XIX
Patriarcado ainda exerce influência na sociedade e corpo
(constrangimento ao tocar em assuntos femininos).
Capitalismo e corpo.
Continua desigualdade, mas com início de movimento.
O avanço tecnológico e científico - sociedade consumista e
imediatista, com padrões de beleza e consciência corporal
deturpada, sedimentados na juventude e na fertilidade, que
podem se reverter em baixa autoestima e influenciar
diretamente em todos os aspectos da sua vida.
Perseguições às mulheres continuam, que lembram a idade
média, com seus manuais de inquisição das bruxas. A
mulher muda, agrada, acolhe e, sem querer, acaba dando ao
homem a sensação de invasão.
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A busca pelo corpo perfeito
Brasil é o 2º país que mais realiza cirurgia
plástica no mundo (lipo, aumento de mama).
Por trás de um discurso construído sobre a saúde
se esconde a faceta das variáveis e expressões de
poder da forma, tanto daqueles que podem pagar
para exibir a "perfeição" de seus corpos, como
para aqueles que manipulam a metamorfose
(cirurgiões plásticos) para atingi-la.
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Cobrança diária e exaustiva por um corpo perfeito (padrões ocidentais – magro, musculoso, com formas,
etc)→ Renúncia de nossa beleza natural e alimento de um sentimento de desprazer, desgosto e até ódio de si
mesma.

Atualmente, 91% das mulheres odeiam seus corpos.

Resultado: negligenciamos, não tocamos no corpo, não olhamos no espelho, não conhecemos e muito menos
amamos nossa parte do corpo “fora do padrão ilusório”.

“Nos apertamos, engessamos, comprimimos, enchemos, cortamos, quebramos, sugamos, esticamos,

encurtamos, alisamos, pintamos, embranquecemos, escurecemos todo nosso ser, somente para caber em uma
caixinha que é um só padrão de beleza, dentre milhares possíveis”. (LEOCÁDIO, 2019).

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As partes que não se encaixam no “padrão” → reprimidas, esquecidas, odiadas (Corpo Sombrio).

Corpo Sombrio também possui elementos positivos e aspectos saudáveis da psique → simbolizadas como
negativas e reprimidas. Ex: jovem com vergonha de ir à praia, mulher que não usa saia por julgar pernas finas,
sexo no escuro.
Aceitação desprende uma quantidade grande de energia → ego tende a resistir e rejeitar o que é considerado
inadequado e inferior.

Autoconhecimento e autoaceitação são imprescindíveis.

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Aceitar nosso corpo como ele é nos possibilita autonomia e segurança em nossos papéis no mundo.

Ao entrarmos em contato com nosso corpo enquanto mulheres, aceitando nossas condições biológicas,
hormonais e estéticas, estaremos mais perto de entrar em contato com o real papel do feminino em nossas
vidas e na sociedade.

Desafio atual: retomar individualmente a nossa “Deusa interior”, independente da “roupagem do corpo físico”.

Valorizar o feminino, suas potências.

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O poder do
feminino
Parar de ignorar nossa
natureza feminina;
Libertação das amarras da
sociedade patriarcal;
Parar de negar nosso corpo;

Parar de permitir uma Aceitação do feminino em

castração de nossa alma; suas realidades plurais.

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OBRIGADA!