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Ricardo de Camargo
Introdução
Ao lermos e falarmos sobre o basquetebol nas escolas, podemos perceber que esta
ainda é uma área onde poucos estudos são encontrados sobre o tema, pois a
literatura na maioria dos casos cita o basquetebol em sua forma competitiva e
profissional, dando pouco ênfase ao caráter lúdico e a espontaneidade no ensino
desta modalidade principalmente no que diz respeito às escolas.
Objetivos
Ao término do estudo deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
1.1 A essência do basquetebol
1.2 Capacidades motoras e habilidades motoras
1.3 Metodologias aplicadas ao ensino do basquetebol
1.3.1 Princípios metodológicos atuais
1.4 Os fundamentos do jogo
1.5 Considerações Finais
A força pode ser dividida em: força de salto (utilizada em arremessos do tipo jump ou
bandeja, ou para rebotes); força de resistência (pré-requisito físico para manter a
qualidade dos gestos técnicos durante o jogo); e força de sprint (para acelerações,
saídas rápidas e mudanças de direções).
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Percepção espaço-temporal;
Seleção imagem-campo;
Coordenação multimembros;
Coordenação óculo-manual;
Destreza manual;
Estabilidade braço-mão;
Precisão.
Com base nas características estudadas até aqui, podemos concluir que o
basquetebol se constitui de uma variedade de habilidades físicas, desde as formas
mais básicas do movimento corporal humano – como andar, correr saltar –, até as
mais complexas capacidades motoras – como deslocamento em várias direções,
saltar para ter a posse de bola no rebote, executar um arremesso para a cesta ou
passar a bola para um companheiro em movimento. Isso significa que são necessários
conhecimentos amplos e integrações contínuas com a preparação física, tática,
técnica e psicológica, fazendo com que as instituições que o administram estejam
constantemente preocupadas em mantê-lo dinâmico e atrativo, permitindo que haja
uma evolução gradual das suas diferentes formas de manifestação.
Embora seu objetivo fosse compreender, de forma simples, certas influências relativas
ao ensino esportivo, a perspectiva de construção do gesto técnico pelo jogador era
tida como fundamental em seu processo de aprendizagem esportiva. Dessa forma,
sua principal tese mostrava a necessidade de o jogador compreender melhor os
movimentos executados e valorizar sua essência individual. Isso significa transcender
a aprendizagem de uma técnica preestabelecida e permitir a manifestação original de
novas formas de movimento, de modo que valorize mais a intenção do arremesso, por
exemplo, do que sua técnica. Mais do que qualquer outra coisa, é preciso entender as
possíveis metodologias aplicadas ao ensino do basquetebol para que a cobrança seja
menor, ao passo que a permissão seja maior. Sob essa perspectiva, existem dois
principais métodos de ensino que podem ser aplicados: o método analítico-sintético e
o método global-funcional.
Ao longo dos anos, muitas teorias tentaram ser mais efetivas no processo de ensino
do esporte. Alguns dos primeiros trabalhos foram feitos nos anos 1960 com os
princípios analíticos-sintéticos, que partiam da ideia central de ensinar as habilidades e
os fundamentos de uma determinada modalidade mediante a repetição de exercícios
separados do contexto do jogo formal. Neste caso, o método foi desenvolvido para
que pudesse possibilitar mais rapidamente o êxito na execução de determinados
fundamentos, pois favorece a identificação de possíveis falhas e, posteriormente, a
correção de uma técnica. Mas, além de não garantir o mesmo êxito no momento de
aplicar o fundamento numa situação de jogo, muitos professores passaram a retardar
a abordagem do jogo.
Com uma das mãos: realizado sem salto, é tilizado na cobrança dos lances-
livres;
Jump: similar ao arremesso com uma das mãos apenas com a inclusão do
salto, é utilizado para médias e longas distâncias;
Bandeja: caracterizado por dois tempos rítmicos ou passo com uma perna, é
utilizado nos contra-ataques e nas infiltrações após aproximação da cesta;
De gancho: arremesso em que o braço que lança a bola realiza trajetória
similar a de um ganho, é utilizado pelos pivôs;
Enterrada: caracterizada pelo jogador “prensar” a bola para dentro da cesta, é
utilizada por jogadores altos ou com grande impulsão.
Por fim, temos o rebote é o ato de recuperar a bola após uma tentativa de arremesso
não convertido, podendo ser defensivo, caso a equipe que não realizou o arremesso
recupere a posse da bola, ou ofensivo, caso a equipe que realizou o arremesso
recupere a posse da bola. Quando a recuperação acontece através de um rebote
defensivo, a equipe terá uma grande chance de realizar contra-ataques. Contudo, ao
se recuperar a bola através de um rebote ofensivo, a equipe conta com duas
oportunidades: fazer a cesta ou ainda, em determinadas situações do jogo, contar com
um novo período de posse de bola. Isso se deve ao fato de que, para um rebote
efetivo, o jogador deve acompanhar visualmente a trajetória da bola arremessada para
a cesta. A partir disso, a equipe pode criar as maiores oportunidades de consignar
pontos a seu favor, fazendo com que um bom trabalho de rebote contará com uma
grande possibilidade de êxito na maioria dos jogos disputados.
Negando tal divisão, acreditamos que a relação do ensino dos fundamentos básicos
do basquetebol com as necessidades do aluno proporcionará a aprendizagem através
da alegria, da espontaneidade e da liberdade que a criança apresenta ao se relacionar
com aquilo que ela reconhece como nato.
A principal abordagem deste capítulo está em dar todo o suporte te aos procedimentos
muitas vezes utilizados nas aulas de Educação Física no que tange ao oferecimento
da prática do Basquetebol para alunos em fase de iniciação. Neles, percebemos a
prioridade concedida ao movimento corporal em todos os níveis, o que, infelizmente,
acaba por favorecer os alunos mais aptos, fato que faz da Educação Física uma
disciplina mergulhada num processo de exclusão e afunilamento.
Resumo
Por conseguinte, será possível, por esse processo de ensino aprendizagem, preparar
nossas crianças, que se maravilham no ambiente de jogos, para que se tornem
adultos integrados com o mundo e, principalmente, consigo mesmos, construindo suas
histórias de vida e enfrentando os obstáculos em sua formação durante a infância e a
adolescência.
Referências