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Fichamento de conteúdo
QUIJANO, Anibal. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências
sociais. Perspectivas latino-americanas: Colonialidade do poder,
eurocentrismo e América Latina. CLACSO, Consejo Latinoamericano de
Ciencias Sociales, 2001.
Capital e capitalismo
- Reciprocidade, escravidão, servidão e produção mercantil: vistas como pré
capital e incompatíveis com o capital no ponto de vista eurocêntrico; No
entando, dá-se o exemplo da escravidão como uma organização de
mercadoria e necessidade do capitalismo, além da servidão, cujo há os
mesmos fins: produção de mercadoria para o mercado mundial; Assim como
todas formas de trabalhado e de controle do trabalho da América articuladas
para o mercado mundial a fim de configurar um novo sistema: capitalismo;
- O capital é mais antigo que a América mas não estava estruturalmente
articulado antes dela; apenas com ela transformou-se no modo de produção
dominante e global; Nesse momento, ele continua existindo como eixo central
do capitalismo;
Evolucionismo e dualismo
- Mito fundacional da versão eurocêntrica da modernidade; associado a
classificação racial da população do mundo; Perspectiva eurocêntrica
evolucionista; Produção de uma visão do evolucionismo e dualismo -
expressão do exacerbado etnocentrismo da Europa;
- Redução de identidades de povos diferentes a uma única: índios; Identidades
históricas usurpadas e tornadas em uma nova identidade racial, colonial e
negativa;
- América como primeira identidade geocultural moderna, Europa como
consequência; Pois foi a partir do trabalho e tecnologia avançada de índios,
negros e mestiços que a Europa foi forjada numa base sólida;
Homogeneidade/continuidade e heterogeneidade/descontinuidade
- O padrão de poder mundial, o capitalismo, é uma estrutura de elementos
heterogêneos, tais elementos se relacionam de forma conflitiva cujas relações
também possuem uma estrutura heterogênea; Essa heterogeneidade não é
estrutural já que foram articuladas em uma única estrutura de poder;
O novo dualismo
- Relação entre corpo e não corpo na perspectiva eurocêntrica;
- Diferenciação entre “corpo” e “não-corpo” como universal e comum a todas
culturas;
- Separação entre “razão/sujeito” e “corpo” em Descartes; secularização da
idéia de “alma” no sentido teológico e mutação numa nova identidade; ser
humano dotado de “razão”; na racionalidade eurocêntrica o corpo é objeto de
conhecimento fora do sujeito-razão;
- A partir dessa objetivação do corpo, se teoriza “cientificamente” o problema
da raça;
- Idéias mitificadas de progresso - como se não-europeus pudessem se
“europeizar” ou “modernizar”;