Você está na página 1de 17

BIOFILME MICROBIANO: formação, prevenção e

prejuízos na indústria de alimentos

Elenildes Simoes¹
Mônica M. Perny ¹
Rebeca M. Souza¹
Ms. Isac R.R. Rodrigues²

1. INTRODUÇÃO

O trabalho objetivou o estudo de controle de biofilmes microbianos em alimentos. A


pesquisa mostra-se relevante para a Biomedicina afim de melhor entendimento no
controle biotecnológico no desenvolvimento microbiano em alimentos.

Palavras-chave: Controle – Biofilme - Microrganismos - Alimentos

2. MATERIAL E MÉTODOS

Este paper é um estudo exploratório, descritivo e documental baseado em


levantamento de artigos disponíveis no banco de dados LILACS, MEDLINE,
PUBMED, SCIELO, ANVISA e Google Acadêmico; além da consulta em livros, no
período de 2000 a 2022. O levantamento abrangeu a literatura brasileira e estrangeira,
tendo sido selecionados artigos somente originais gratuitos e disponíveis na íntegra,
utilizando-se os seguintes descritores: biofilmes, microbianos, controle,
microrganismos; alimentos.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Microbiologia

Define-se Microbiologia como ciência, estuda os seres microscópicos que


envolvem organismos procarióticos (bactérias, archaeas), eucarióticos (algas,
protozoários, fungos) e também seres acelulares (vírus) (LENZI e NETO, 2012; EEEP,
2012).
A microbiologia dos alimentos é o ramo da microbiologia que estuda os
2

processos nos quais microrganismos têm a capacidade de influenciar nas características


dos produtos de consumo alimentício humano ou animal. Sendo assim, este braço da
microbiologia “engloba aspectos da ecologia microbiana e de biotecnologia para a
produção dos alimentos” (EEED, 2012, p. 8).

3.2 Conceito de Biofilme Microbiano


As principais fontes de contaminação dos alimentos são: a água, o solo e as
plantas, utensílios utilizados como recipientes, os manipuladores dos alimentos a ração
e a pele dos animais, o ar, a poeira, a água entre outros (FRANCO e LANDGRAF,
2008; LINK, 2019).
Os Microrganismos ao encontrar uma superfície biótica ou abiótica, com
condições ideais, fixam-se e multiplicam-se como uma comunidade estruturada,
formando biofilmes. Superfícies ásperas são áreas mais propicias para colonização, pois
protegem as bactérias da remoção mecânica (TRABULSI e ALTERTHUM, 2015;
FORSYTHE, 2013).
O biofilme também é conhecido, por “camada limosa”, devido à densidade da
camada de substâncias poliméricas extracelulares (EPS) que faz com que os
microrganismos se mantenham unidos (FORSYTHE, 2013). Assim as células de
biofilme tornam-se mais resistentes aos agentes antimicrobianos do que as bactérias
planctônicas, devido a barreira que impede ou diminui o contato com agentes
antimicrobianos (SILVA et al, 2020).

3.3 Formação e Desenvolvimento do Biofilmes Microbiano nos alimentos


A formação do biofilme se inicia com o processo de absorção das moléculas
orgânicas, vindas dos próprios alimentos manipulados. Há certos substratos ajudam no
seu desenvolvimento como aço inox, vidro, polipropileno, ferro, entre outros. Há outros
fatores que contribuem para sua formação com uso inadequado do sanitizante, locais de
acumulo de bactérias, falhas no acabamento sanitário, locais que não tem uma
higienização adequada (BARBOSA, 2020).
De acordo com Breyers e Ratner (2004) os microrganismos, quando entram em
contato com uma superfície, são capazes de desenvolver uma estrutura complexa por
meio de interações célula-célula. Biofilme pode ser definido como uma “capa” de

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
3

microrganismos viáveis ou não, ancorados em uma determinada superfície através de


substâncias poliméricas que lhes conferem capacidade de adesão.
Em geral, nenhuma superfície está livre do desenvolvimento de biofilmes, como
por exemplo:
plástico, vidro, metal, madeira e produtos alimentícios. A textura da
superfície (áspera ou lisa), a carga da superfície, a hidrofobicidade, o pH,
temperatura e a composição nutricional da solução são propriedades que
determinam a aderência dos micro-organismos à superfície (DONLAN
2002).

De acordo com Barbosa (2020), o desenvolvimento do biofilme ocorre com


frequência nas indústrias alimentícias, já que ela reduz o tempo de validade do alimento.
Assim os biofilmes tornaram-se uma grande preocupação microbiológica ambiental na
indústria de alimentos nas últimas décadas.  Por falta de higienização adequada elas
crescem se espalhando e adquirindo resistência aos processos sanitizantes, que faz uso
de produtos químicos fortes, que acabam danificando os equipamentos como corrosão
das maquinas, e assim trazendo transtornos como aumento na jornada de trabalho dos
funcionários e na qualidade final do produto.
Seu desenvolvimento pode ser afetado por fatores como:
força específica da bactéria propriedades materiais da superfície, pH,
quantidade de nutrientes e temperatura. Superfícies mal higienizadas podem
prover o contato inicial necessário para a adesão microbiana devido à
presença de um substrato (OLIVEIRA 2006).

A aparência dos biofilmes em vários ambientes é diferente, mas se originam da


mesma sequência de eventos, ocorre em 5 etapas:
Adesão inicial e quando gera um acumulo de nutrientes na superfície, que sofre
alterações físico-químicas que favorecem a colonização e o acumulo de
microrganismos, que ocorrem no local (BARBOSA, 2020).
Adesão irreversível com o passar do tempo essa adesão inicial se torna
irreversível devido a certas interações e ligações mais fortes, contendo as substancias
previamente acumuladas na superfície (BARBOSA, 2020).
Já o desenvolvimento do biofilme, as bactérias formam colônias, se
multiplicando e formando matrizes de exopolissacarideos que defendem a colônias de
ações externas. A criação dos exopolissacarideos ajudam para o fortalecimento da
ligação entre bactérias e o substrato, concedendo o desenvolvimento da arquitetura do
biofilme (BARBOSA, 2020).

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
4

A maturação ocorre uma formação de estruturas planas ou cônicas que vão se


acumulando na fonte de nutrientes disponíveis (BARBOSA, 2020).
Na dispersão depois de um tempo o biofilme libera partículas de biomassa que
podem contaminar os alimentos de forma não homogênea, que pode dar início a
formação de um novo biofilme na linha de produção (BARBOSA, 2020).
Gráfico 1 - Produção de biomassa

Fonte: MEDONLINE, 2016

O gráfico representa Biomassa de biofilme bacteriano nas superfícies de aço


inoxidável e polipropileno. Quanto à produção de biomassa, P. aeruginosa apresentou-
se superioras demais espécies bacterianas deste estudo, exibindo leitura de 1.48 D. O
para aço e 1.54 D. O para polipropileno, confirmado dados da literatura que descrevem
essa bactéria como uma forte formadora de biofilme. S. enteritidis, S. aureus e L.
monocytogenes produziram respectivamente, 0.072, D.O 0.094 D.O e 0.075 D. O para
aço e 0.099, 0.077 e 0.104 para polipropileno. Sendo assim, as demais bactérias
produziram pouca biomassa, sendo essas significativamente inferiores em comparação a
P. aeruginosa, como pode ser observado no gráfico 1. (MEDONLINE, 2016).

3.4 Prevenção na Formação e Crescimento de Biofilme nos Alimentos

Sabendo-se que o crescimento de microrganismos nos alimentos, ocorre quando


as condições são favoráveis e que após o início da multiplicação e crescimento ocorre
uma série de etapas sucessivas; métodos de conservação de alimentos torna-se de suma
importância a fim de prolongar ao máximo a fase de latência das bactérias. Portanto
formação e crescimento de biofilmes em alimentos está diretamente ligada à
manutenção de condições higiênico-sanitárias; uma vez que os biofilmes são capazes de
aderir a uma diversidade de substratos com composições bióticas e abióticas distintas.
1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina
2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
5

Assim o processo de prevenção na formação do biofilme tem início através de medidas


que inibam a adesão bacteriana, pelo controle físico e químico entre outros (FRANCO e
LANDGRAF, 2008; SREY et al 2018; CARVALHO et al, 2019).
De acordo com Srey et al (2018) afim de evitar o crescimento de
microrganismos, tanto equipamentos como superfícies devem ser projetados para
evitar quaisquer áreas onde os biofilmes possam se abrigar e crescer, como juntas,
fendas e áreas mortas. A presença de resíduos orgânicos resultantes da inadequada
higienização, além de fornecerem nutrientes para o crescimento de microrganismos,
dificulta a ação dos sanificantes químicos.

Na indústria alimentícia os principais métodos de controle de microrganismos


são os processos de limpeza e desinfecção combinados ao uso de detergentes e
desinfetantes (SREY et al, 2018).
O processo de higienização é a primeira etapa. Deve ser realizada através de
ações químicas e mecânicas, com uso de detergentes específicos, água, escovas,
esponjas e raspados (SILVA et al, 2020). Segundo Carvalho et al (2019) a “higienização
deve ser capaz de penetrar na matriz de exopolissacarídeos e ganhar acesso às células
microbianas promovendo a inativação e a remoção do mesmo”.
O detergente alcalino elimina os resíduos de detergentes ácidos orgânicos e
inorgânicos das superfícies, enquanto o uso de desinfetantes tem por objetivo reduzir os
microrganismos deteriorantes e diminuem ou eliminam os patógenos a níveis seguros
(SREY, 2018). Os detergentes enzimáticos substituíram os detergentes alcalinos e
ácidos tradicionais, porque as enzimas (proteases, lipases, amilases) podem eliminar
biofilmes na indústria alimentícia.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através da portaria n° 15,
de 23 de agosto de 1988 define sanitizantes ou desinfetantes como formulações que têm
na sua composição substâncias microbicidas que apresentam efeito letal sobre
microrganismos não esporulados.
A segunda etapa é a desinfecção que tem por objetivo “eliminar as bactérias que
sobrevivem durante o processo de limpeza e se desenvolvem durante o processamento
dos alimentos” (SILVA et al, 2020).
No Brasil desinfetantes que predominam nas indústrias de alimentos, são aqueles
que possuem princípios ativos dos grupos: quaternários de amônio, compostos

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
6

inorgânicos liberadores de cloro ativo, compostos orgânicos liberadores de cloro ativo,


compostos químicos à base de ácido peracético, iodo e derivados (SREY et al, 2018).
O hipoclorito de sódio (NaOCI) é um dos desinfetantes mais utilizados na
indústria alimentícia. Esta substancia produz tanto o ácido hipocloroso (HOCl) quanto
o íon hipoclorito (-OCl), que são fortes agentes oxidantes que eliminam as células por
sua capacidade de atravessar a membrana celular e de oxidar os grupos sulfidrila de
certas enzimas que participam da via glicolítica. O ácido peracético é considerado como
o desinfetante mais eficaz contra biofilmes porque é um forte agente oxidante que não
interage com resíduos de matéria orgânica (SREY et al, 2018).
Múltiplas técnicas são aplicadas e novas tecnologias são testadas para o controle
de biofilmes na indústria de alimentos.
Entre os produtos utilizados pelas indústrias de alimentos tem-se ainda:
Óleos essenciais para serem utilizados no controle de biofilmes microbianos,
pois eles possuem atividade antimicrobiana que despertam grande interesse, e
podem ser utilizados como princípios ativos de sanitizantes. Estes são
metabólitos secundários de vegetais que atuam na bicamada lipídica da
membrana citoplasmática (SILVA et al, 2020).

Na prevenção na formação de biofilmes nas diversas superfícies, várias medidas


necessitam, de atenção, tais como:
Um projeto adequado dos equipamentos, a implementação de técnicas mais
efetivas de monitorização de biofilmes, a inspeção visual constante da
acumulação de biofilme, o desenvolvimento de novos desinfetantes e de
protocolos de desinfeção mais eficientes, o desenvolvimento de superfícies
com uma maior capacidade antimicrobiana através da modificação das suas
propriedades superficiais como a hidrofobicidade e/ou a rugosidade e a
incorporação de produtos antimicrobianos nas próprias superfícies
(RODRIGUES; MARTINIS; TEIXEIRA, 2012).

O estudo da prevenção do crescimento e desenvolvimento de microrganismos


nos alimentos estão diretamente ligados a fatores extrínsecos e intrínsecos descritos na
tabela abaixo.

Figura 1

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
7

Fonte: FORSYTHE, 2013.

Além dos fatores apresentados na tabela anterior, os micro-organismos


apresentam alta capacidade de adaptação e especialização para crescimento, de acordo
com a disponibilidade de água, acidez do meio, composição química, potencial de
oxirredução e temperatura.
Na prevenção na formação e crescimento de biofilme nos alimentos há uma
diversidade de métodos tais como: remoção mecânica dos microrganismos (ex.
filtragem); uso de altas e baixas temperaturas; remoção de água dos alimentos; uso de
conservantes químicos; aplicação de irradiação no alimento; aumento da acidez do
alimento; destruição mecânica de microrganismos com uso de altas pressões; a adição
de sais; entre outros. Em geral, nas indústrias alimentícias são aplicados de dois ou mais
métodos citados. (CARVALHO, 2010; FRANCO E LANDGRAF; 2008;
CHIARELLI, 2018).
Os métodos de tratamento térmico pelo calor buscam destruir os microrganismos
mais prejudiciais e prevenir o crescimento dos sobreviventes. Os métodos pelo calor
aplicados aos alimentos, envolvem processos controlados tais como: pasteurização,
esterilização, tindalização, branqueamento, cozimento, fritura e outros (BRINQUES,
2015).
Temperaturas baixas também têm capacidade de retardar ou eliminar o
crescimento de microrganismos. Segundo Brinques (2015, p 88) “os alimentos têm um
número diferenciado de bactérias, leveduras e mofos, que poderão provocar alterações,
conforme as condições adequadas de crescimento”. Cada microrganismo possui uma
faixa favorável de temperatura para crescimento, ou seja, quanto mais baixa a
temperatura menor suas capacidades metabólicas. Portanto a temperatura influência nas
reações enzimáticas e bioquímicas, na fluidez da membrana e enovelamento do DNA,
RNA e ribossomos e consequentemente, suas condições de sobrevivência.
Dos fatores extrínsecos a temperatura é a que mais afeta a multiplicação de
microrganismos nos alimentos.
Os microrganismos psicrófilos e psicotrófilos multiplicam-se bem nos alimentos
refrigerados sendo os principais responsáveis pela deterioração de carnes, pescados,
ovos e frangos. Fungos e leveduras também se multiplicam em ambientes refrigerados,

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
8

porém leveduras preferem as faixas mesófila e psicrófilas. (FRANCO e LANDGRAF,


2008; LINK, 2019).

Gráfico 2 - Categorias de microrganismos, de acordo com a temperatura para


crescimento

Fonte: LINK, 2019.

O método de desidratação visa aumentar a vida útil de vários alimentos. Sendo a


atividade de água (Aw) a quantidade de água disponível para crescimento microbiano,
geralmente a maioria das bactérias deterioradoras não cresce bem em Aw inferior a
0,91(FRANCO e LANDGRAF, 2008; CHIARELLI, 2018).

Fonte: FORSYTHE, 2013

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
9

Portanto planejamento e execução de um programa de limpeza e desinfecção


para evitar a formação e crescimento de biofilme mostra-se essencial ao se projetar
adequadamente a higiene de equipamentos, superfícies e dispositivos (SREY et al,
2018).

3.5 Principais Problemas Causados pela Contaminação de Biofilme nos Alimentos

A capacidade de resistência ao estresse torna o biofilme resistente, a antibióticos


e desinfetante. A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2012), alerta para o fato de que
as bactérias estão criando mecanismo de resistências a novas substâncias superior ao
desenvolvimento desse mecanismo.
Outro problema é a proliferação em superfície, ele se caracteriza por acumulo de
matérias orgânicas e inorgânicas desenvolvendo comunidades protagonizando
contaminação dos alimentos e danificação de equipamentos, também há corrosão desses
equipamentos trazem grandes prejuízos as empresas de alimentos lácteo e também de
processamento de carnes principalmente a moagem no caso de linguiças independente
de ser bovina, mista ou de aves a salmonela tem sido motivo de contaminação por conta
do ato de moer além da exposição de temperatura ambiente que causa uma situação
propicio a contaminação da bactéria (DOUGER et al 2011). A contaminação pode
viajar o mundo trazendo grandes transtornos as indústrias alimentícias e a população
tanto humana quanto de animais.
Entre os malefícios do biofilme o que ressalta é preocupação da contaminação
de lotes inteiros de uma produção de indústria alimentícia já que uma vez as células
aderidas aos equipamentos e prolifera desordenadamente.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nas últimas décadas muitos estudos vêm sendo feitos para reduzir a formação de
biofilme nas superfícies da indústria alimentícia, mas esses trabalhos se basearam
principalmente em novos desinfetantes com diferentes eficácias. A maioria dos
trabalhos de pesquisa se concentrou no biofilme bacteriológico.

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
10

Nas pesquisas bibliográficas realizadas, foram encontradas diversidade de


trabalhos referentes a formação de biofilmes por Staphylococcus ssp. e coliformes
termotolerantes, no qual 90% de Escherichia coli correspondem a este grupo.
Dentre as 67 amostras analisadas por Dias et al (2008), 8,9% apresentaram
presença de Salmonella e outras seis (8,9%) ultrapassaram os limites aceitáveis para
contagem de coliformes termotolerantes. Dos seis isolados de Salmonella testados
quanto à sensibilidade aos antimicrobianos, 100% (6) dos isolados foram sensíveis à
norfloxacina e à ampicilina; 50% (3) isolados foram sensíveis à tetraciclina, 50% (3) ao
cloranfenicol e 33,3% (2) ao ácido nalidíxico. A pesquisa mostra a baixa qualidade
higiênico-sanitária dos produtos analisados assim como os riscos que os consumos
desses alimentos representam.
Spricigo et al (2008) identificou que Salmonela ssp. esteve presente em 16
(12,8%) das um total das 125 amostras coletadas. Quatorze diferentes antimicrobianos
foram testados e a maioria das amostras, 81,2% apresentaram resistência a sulfonamida
e tetraciclina e 50% eram resistentes a pelo menos quatro antimicrobianos, sendo
consideradas multirresistentes. O alto nível de resistência aos antimicrobianos
apresentados gerar preocupação para o risco de transmissão de cepas resistentes através
dos alimentos.
Daguer et al (2011) analisou 131 amostras de produtos cárneos, das quais 3,82%
apresentaram-se contaminadas por Salmonella ssp. e 2,3% contaminadas por
coliformes fecais. Os autores sublinham a importância do aumento da intensificação da
fiscalização a fim de melhor atender os requisitos regulamentares da qualidade dos
produtos analisados.
Das 50 amostras de produtos elaborados com leite de búfala analisadas por de
Friedriczewski et al (2018), 20 (40%) estavam contaminadas por Staphylococus aureus.
Destes 20 isolados, 2 foram classificados como fortes formadores de biofilme, 7 como
moderados formadores, 10 como fracos formadores e 1 não formou biofilme. Os
autores também pesquisaram a ação dos sanitizantes hipoclorito de sódio e iodo foi
avaliada frente às cepas de S. aureus fortemente formadoras de biofilme e a não
formadora. O estudo concluiu que, isolados formadores de biofilme não sejam mais
resistentes aos sanitizantes hipoclorito de sódio e iodo do que os não formadores, eles
atingem maiores concentrações no biofilme, o que resulta em maiores populações
bacterianas remanescentes após a aplicação dos sanitizantes.
1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina
2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
11

O estudo apresentado por Souza et al (2014), revelou que das 40 amostras


coletadas, 15% havia presença de Salmonella spp. e 100% das amostras presença de
coliformes termotolerantes, identificando as inadequadas condições higiênico-sanitárias
na produção das amostras.
Verma et al (2018), das 520 amostras de vegetais/frutas frescas, analisadas,
identificaram que dos 73 isolados de E. coli, 45 (61,6%) a maioria dos isolados de E.
coli apresentou resistência ou multirresistência aos 29 antimicrobianos testados. Os
resultados do teste de suscetibilidade antimicrobiana dos isolados de Salmonella
mostraram que apenas 10 (38,5%) dos 26 isolados de Salmonella foram resistentes aos
antimicrobianos testados. A resistência ao ampicilina foi mais prevalente (11,5%). Este
estudo expõe o potencial da E. coli e da Salmonella para formar biofilme, resistir a
antibióticos, sendo uma ameaça significativa para a segurança alimentar e saúde
pública.
Bergamo e seus colaboradores publicaram em 2018 resultados do estudo em 89
amostras de produtos cárneos. O estudo constatou a presença de Salmonella spp. em 17
(19,1%) das amostras avaliadas e, dos isolados obtidos, 40% mostraram resistência a
pelo menos um dos agentes antimicrobianos testados e 33,3% manifestaram-se
multirresistentes. Apenas o antimicrobiano amicacina (30 µg) foi eficaz na inibição de
todos os isolados testados. Para os autores, os resultados podem estar relacionados a
precária higiene no abate do animal, que poderia ter propiciado a contaminação da
matéria-prima, ou a problemas higiênicos durante a fabricação e venda do produto.

O gráfico 3 apresenta o resultado dos estudos desta pesquisa. De um total de


1.022 (100%) amostras coletadas em indústrias de alimentos, 93 (9,10%) mostraram
presença de Salmonella spp. e 119 (11,60%) das amostras presença de coliformes
termotolerantes.

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
12

Fonte: O autor.

O gráfico 4 mostra que dos 93 (100%) isolados de Salmonella spp, foram


identificados de 66 (71%) amostras eram resistentes a pelo menos um antibiótico e que
19 (20,4%) eram multirresistente.

Fonte: O autor.

As evidências destes estudos sugerem uma variedade de fatores relativos ao


número de isolados de Salmonella spp.
A manipulação incorreta e as inadequadas condições higiênico-sanitárias na
produção de alimentos assim como a falta de procedimentos adequados durante a
fabricação, são capazes de gerar contaminação de origem fecal e oferecer riscos à saúde
da população.
O alto número de isolados de Salmonella spp. multirresistentes a antibióticos
encontrado nas amostras é preocupante pois aponta que esses microrganismos estão se
tornando resistentes a vários tipos de substâncias antibióticas disponíveis no mercado
para tratamento de infecções.

Tendo em vista o que foi mencionado, leva a crer que a associação de múltiplos
antibióticos se torna mais potentes no combate aos biofilmes, do que a monoterapia.

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
13

Mas de contrapartida, esta prática poderá induzir maior resistência bacteriana,


favorecendo a formação de biofilmes cada vez mais resistentes.

5. CONCLUSÃO

O crescente processo de automação nas indústrias de alimentos e o


desenvolvimento de equipamentos complexos favorecem a presença de microrganismos
sésseis

Atualmente medidas de limpeza e desinfecção são comprovadamente eficazes no


combate as bactérias, assim como o uso de detergentes tem sido a melhor opção de uso
na prevenção da formação e crescimento de biofilme na indústria de alimentos, devido a
baixa toxicidade e biodegradabilidade destes produtos.

O alto nível de resistência aos antimicrobianos e falta de medidas higiênico-


sanitárias alertam para a transmissão de cepas resistentes através dos alimentos.

O conhecimento da legislação é indispensável às boas práticas na indústria do


alimento. Contudo, empresas devem fortalecer investimentos numa equipe
multidisciplinar a fim de implementar programas e protocolos que estejam em
consonância com as legislações; investir no treinamento e qualificação de seus
colaboradores; avaliar periodicamente o fluxograma da produção e higienização
ambiental e nos equipamentos; tornam-se imprescindíveis para manter a segurança e
qualidade na cadeia produtiva do alimento assim como do consumidor.

Com o uso indiscriminado de antibióticos nas instituições de saúde, pela


população e em práticas agropecuárias promove um processo de seleção: enquanto as
bactérias sensíveis à droga são eliminadas as resistentes permanecem e se multiplicam,
surgindo assim as chamadas “superbactérias”. Nos hospitais, diante as dificuldades para
de diagnóstico microbiológico rápido, frequentemente aplica-se o tratamento com
antibiótico empírico. A automedicação e o uso inadequado de antibióticos pela
população também um ponto crítico. Práticas agropecuárias também vêm contribuído
para o aumento da resistência aos antibióticos, como por exemplo o uso do antibiótico
para promover o crescimento em aves e suínos, que acabam sendo ingeridos pelos seres
humanos no consumo de carnes, em ovos e leite. A precariedade de sistemas de

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
14

saneamento eficientes, permitem o lançamento de esgoto de hospitais e domicílios, sem


o tratamento adequado, no meio ambiente.

Destarte a resistência antimicrobiana gera o aumento dos custos de tratamentos,


na permanência dos pacientes nos hospitais e nos índices de mortalidade.

Em virtude dos fatos mencionados, é imprescindível que todos se conscientizem


de que medidas como: lavagem das mãos com água corrente e sabão; criterioso uso
e prescrição de antibióticos, assim como o descarte desses fármacos e o saneamento
básico; fomentará para diminuir a produção de superbactérias.

6. REFERÊNCIAS

BARBOSA, Juliana. Biofilmes nas indústrias de alimentos: o que são e como se


formam. FOOD SAFETY BRAZIL. 17 ago. 2020. Disponível em:
https://foodsafetybrazil.org/biofilmes-o-que-sao-e-como-se-formam/ Acesso em 10
set.2022.
BRASIL. Portaria nº 15 de 23 de agosto de 1988 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Determina que o registro de produtos saneantes domissanitários com
finalidade antimicrobiana seja procedido de acordo com as normas
regulamentares. Diário oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 05
set. 1988..
BRASIL. Resolução-RDC nº 216/2004 de 15/09/04 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária- Anvisa. Cartilha sobre Boas Práticas para Serviços de Alimentação. 3a
Edição. Brasília, 2004.
BRINQUES, Graziela Brusch (Org,). Microbiologia dos alimentos. Pearson
Education do Brasil, São Paulo: 2015.
Bryers J.D.; Ratner, B.D. 2004. Bioinspired implant materials befuddle bacteria.
ASM News; v.70, 2004. p. 232–237. Disponível em:
https://www.semanticscholar.org/paper/Bioinspired-implant-materials-befuddle-
bacteria-Bryers-Ratner/f3bcbd8336487a2a42e0fcddd3ba57d1c477844c Acesso em 20
set.2022.
CARVALHO, A. C.; RIBEIRO, R. A.; ZAGO, S.; BONNAS, D.. Formação e
resistência do biofilme microbiano em indústrias processadoras de
alimentos. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, [S. l.], v. 16, n. 30, 2019. Disponível em:
https://conhecer.org.br/ojs/index.php/biosfera/article/view/127 Acesso em 10 set. 2022.
CARVALHO, Irineide Teixeira. Microbiologia dos alimentos. Recife: EDUERPE,
2010.

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
15

CHIARELLI, Graciella. Microbiologia, higiene e segurança. Indaial: UNIASSELVI,


2018.

DAGUER, H.; SILVA, H.D.; HIGASHIYAMA, E.T.; ZANETTE, C.M.; BERSOT,


L.S. Qualidade de produtos cárneos fabricados sob inspeção federal no Estado do
Paraná. CIÊNCIA ANIMAL BRASILEIRA. vol.12, n.2, p. 359-364, abr./jun. 2011
Goiânia, 2011. Disponível em: https://revistas.ufg.br/vet/article/view/8136/9264
Acesso em 15 set.2022.
DONLAN RM. Biofilme: Vida Microbiana em Alimentos. Desinfecção Emergente.
2002 p. 881-890. Disponível em: http://www.rasbran.com.br Acesso em 04 de out
2022.
DIAS,P.A.; CONCEIÇÃO, R.C.S. da; COELHO, F.J.O.; TEJADA,T.S.; SEGATTO
M.; TIMM, C.D. Qualidade higiênico-sanitária de carne bovina moída e de
embutidos frescais comercializados no sul do rio grande do sul, Brasil. Arq. Inst.
Biol., São Paulo, v.75, n.3, p.359-363, jul./set., 2008. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/aib/a/NVJnRbdtQ3M6RfMQhHk4bWb/?format=pdf&lang=pt
Acesso em 15 set 2022.
ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EEED. Microbiologia de
Alimentos. SEDUC – Fortaleza: 2012. Disponível em: https://www.seduc.ce.gov.br/wp-
content/uploads/sites/37/2011/10/nutricao_e_dietetica_microbiologia_de_alimentos.pdf
Acesso em 27 ago. 2022.

ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EEED. Microbiologia de


Alimentos. SEDUC – Fortaleza: 2012. Disponível em:
https://www.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/37/2011/10/nutricao_e_dietetica_
microbiologia_de_alimentos.pdf Acesso em 27 ago. 2022.

FORSYTHE, S. J. Microbiologia da segurança dos alimentos. Porto Alegre: Artmed,


2013.

FRANCO, B.D.G.M; LANDGRAF, M. Microbiologia dos alimentos. São Paulo:


Atheneu, 2008.

FRIEDRICZEWSKI, Anelise Bravo; GANDRA, Eliezer Ávila; CONCEIÇÃO, Rita de


Cássia dos Santos da; CERESER, Natacha Deboni; MOREIRA,Lauren Machado;
Timm, Cláudio Dias. Formação de biofilme por Staphylococcus aureus isolados de
queijo mussarela elaborado com leite de búfala e seu efeito sobre a sensibilidade a
sanitizantes. Disponível em:
https://pdfs.semanticscholar.org/fbf4/d66f497d25bc11031f71f74df6c7470e8c81.pdf
Acesso em 14 set 2022.
LENZI, M. R.; NETO, J.R. Microbiologia. Indaial: Uniasselvi, 2012.

LINK, Jade Varaschim. Ciência dos alimentos. Indaial: UNIASSELVI, 2019.

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
16

MEDONLINE. Medicina Online. Biofilme: um velho problema, uma nova batalha.


Revista Virtual de Medicina. Disponível em: http://www.medonline.com.br/ Acesso
em:19 jan. 2016.
OLIVEIRA LAT, Franco RM, Carvalho JCAP, Goncalves PMR. Biofilme na indústria
de alimentos. Hig Alim 2006, p. 33-35. Disponível em: http://www.rasbran.com.br
Acesso em 04 de out 2022.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS. A crescente ameaça da resistência
antimicrobiana. Suiça, Genebra; 2012. Disponível em:
http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/75389/OMS_IERPSP_2012.2_por.pdf;js
essionid=4109B350D35018FD05CBCEA931457F67?sequence=3 Acesso em:15
set.2022.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS. A crescente ameaça da resistência
antimicrobiana. Suiça, Genebra; 2012. Disponível em:
http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/75389/OMS_IERPSP_2012.2_por.pdf;js
essionid=4109B350D35018FD05CBCEA931457F67?sequence=3 Acesso em:15
set.2022.

RODRIGUES, D.; de MARTINIS, E.; TEIXEIRA, P. 18. Biofilmes na indústria


alimentar. In Azevedo NF, Cerca N (ed.), BIOFILMES - NA SAÚDE, NO
AMBIENTE, NA INDÚSTRIA, Porto, Portugal: Publindustria Lda, 2012., p.173-187.
Disponível em: https://hdl.handle.net/1822/58846 Acesso em: 10 set.2022.

SILVA, M. V.; RAIMUNDO, I. T.; FALCOCHIO, M. C.; SOUZA, B. M. S. Dinâmica


da carga microbiana de uma unidade de beneficiamento de carne e produtos
cárneos. ARS VETERINARIA, Jaboticabal, SP, v.36, n.2, p. 72-77, 2020. Disponível
em: http://dx.doi.org/10.15361/2175-0106.2020v36n2p72-77 Acesso em 10 set.2022.
SIQUEIRA, I. N. de.; LIMEIRA, C. H.; CAVALCANTI, A. A.; SOUZA, J. G. de.;
AZEVEDO, S. S.; MELO, M. A. de.; FREIRE, D. H.. Bactérias Formadoras de
Biofilmes na Indústria de Laticínios: uma breve revisão. ENSAIOS E CIÊNCIAS
v.25, n.4, 2021, p.491-500. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.17921/1415-
6938.2021v25n4p491-500. Acesso em 10 set.2022.
SOUZA, M..; TEIXEIRA, L. J..; ROCHA, C..; FERREIRA, G..; LIMA FILHO, T.
EMPREGO DO FRIO NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS. ENCICLOPÉDIA
BIOSFERA, [S. l.], v. 9, n. 16, 2013. Disponível em:
https://conhecer.org.br/ojs/index.php/biosfera/article/view/3427 Acesso em: 14 set.
2022.
SPRICIGO, D.A; MATSUMOTO, S. ; ESPÍNDOLA, M.L; VAZ, E.K; FERRAZ, S.M.
Prevalência e perfil de resistência a antimicrobianos de sorovares de Salmonella
isolados de linguiças suínas tipo frescal em Lages, SC. Arquivo Brasileiro de
Medicina Veterinária e Zootecnia. 2008;60(2):517–20. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/abmvz/a/tfjwR5MNnLtYsZgT5rV3rfq/?format=pdf&lang=pt
Acesso em 15 set 2022.
SREY, S.; JAHID, I.K.; HÁ, S.D. Biofilm formation in food industries: A food safety
concern. FOOD CONTROL, v. 31, p.572-585, 2018. Disponível em

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022
17

https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0956713512006536 Acesso em
13 set.2022.
TRABULSI, Luiz Rachid; ALTERTHUM, Flavio. Microbiologia. São Paulo: Atheneu,
2015.

VERMA, P.; SAHARAN, V.V.; NIMESH, S.; SINGH, A.P. Phenotypic and virulence
traits of E. coli and Salmonella strains isolated from vegetables and fruits from
India. J. Appl Microbiol. 2018. Disponível em :
https://sfamjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/pdfdirect/10.1111/jam.13754 Acesso
em 17 set. 2022.

1 Acadêmicas do 4º Período do curso de Biomedicina


2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC8752BBI) –- 09/12/2022

Você também pode gostar