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ROBERT BALES (1916-2004)

Robert Freed Bales (9 de março de 1916 - 16 de junho de 2004) foi


um psicólogo social americano. Professor de Relações Sociais, nasceu em
Ellington, Missouri pouco tempo depois a sua família mudou-se para o
nordeste do Oregon. Estudou na Universidade de Oregon, onde, obteve
posteriormente o grau de Mestre em Sociologia em 1940. Concluiu o
Doutoramento em Harvard em1945, tendo passado pela Universidade de
Yale como investigador associado aos estudos do álcool. Foi convidado a
gerir o recém-criado Departamento de Relações Sociais.

PRINCIPAL FOCO INTERAÇÃO INTERPESSOAL E PEQUENOS GRUPOS:

A teoria de Bales enfatize-se mais o próprio grupo e não nos indivíduos,


seguindo a partir de um esquema com series de observações da interação
de cada um dos elementos do grupo.

Bales diferencia as açoes que levam o grupo a solucionar seus problemas


das ações que não favorecem exatamente nesse sentimento de não
solucionar seus problemas como um grupo.

PRINCIPAL CONTRIBUIÇÃO:

A principal contribuição de. Bales é um esquema observacional é que


principalmente caracterizado pelo processo de Interação (Analise do
processo de Interação-API) que é utilizado para analisar o comportamento
do grupo, essa análise irá desenvolver 4 problemas que os grupos
enfrentam, sendo eles: A adaptação, o controle instrumental, a expressão
e a administração de sentimentos e desenvolvimento e manutenção de
integração.

A teoria de Robert F. Bales enfatizou mais o grupo e menos o indivíduo,


seguindo um esquema de observação da interação dos elementos no
grupo.
PARA BALES SE UMA TAREFA DEVE SER EXECUTADA, TEM, EM PRIMEIRO
LUGAR, DE SER COMUNICADA; DEPOIS DEVERÁ SER AVALIADA, COM AS
SUGESTÕES DE CONTROLE DE SOLUÇÃO:

FASE INICIAL: fatos e informações.

FASE MÉDIA: problemas de avaliação.

FASE FINAL: problemas de controle e decisão, sugestões.

QUAL SERIA UM PANORAMA ÚTIL DE COMPORTAMENTO DE UM


MEMBRO DE GRUPO, QUAL A IMPORTÂNCIA:

As análises dos perfis de todos os grupos podem servir de base tanto para
retratar o equilíbrio entre tipos de atos comunicativos, que caracterizam os
grupos de solução de problemas, como para localizar perturbações no
grupo.

Um retrato útil de comportamento de um membro de grupo, uma


distribuição eficiente daria uma média de: Reações positivas (25%),
respostas (56%), perguntas (07%), reações negativas (12%).

A Análise do Processo de Integração (API) no grupo, proposta por Bales,


destina-se a satisfazer às exigências de uma boa técnica de observação do
desempenho de um grupo, interacionando.

(NECESSARIO COLOCAR AS TABELAS COM AS INFORMAÇOES)


Cada contribuição - verbal ou não verbal - dos elementos que participam
do grupo é registrada em termos de uma ou mais categorias, bem como a
quem se dirige o participante, se ao grupo ou a outro componente do
grupo.

NO ESQUEMA DE ANÁLISE DE INTERAÇÃO DE BALES, CADA CONTRIBUIÇÃO


DADA DURANTE UMA DISCUSSÃO É REGISTRADA EM TERMOS DE UMA OU
MAIS DAS CATEGORIAS:

1. REAÇÕES POSITIVAS: Demonstra solidariedade, demonstra alívio de


tensão e demonstra acordo.

2. RESPOSTAS: Faz sugestões, emite opiniões, dá informações.

3. PERGUNTAS: Pede informações, solicita opinião, solicita sugestão.

4. REAÇÕES NEGATIVAS: Demonstra desacordo, demonstra tensão,


demonstra antagonismo.

ANÁLISE DE PROCESSO DE INTERAÇÃO (IPA)

PRINCIPAIS CATEGORIAS SUBCATEGORIAS COMPORTAMENTO OU


DEMONSTRAÇÕES ILUSTRATIVAS
A. REAÇÕES a. Demostra Faz piada, ajuda os outros. É
POSITIVAS solidariedade amistoso.
A b. Demostra alívio Ri, demonstra satisfação, sente-se
de tensão aliviado.
c. Demonstra Aceita passivamente,
acordo compreende, concorre, cumpre.
RESPOSTAS a. Faz sugestões Dirige, sugere, conduz os outros à
b. Emite opiniões autonomia.
B c. Dá informações Avalia, analisa, expressa
sentimento ou desejo.
Orienta, repete, esclarece,
confronta.
PERGUNTAS a. Pede informações Solicita orientação, repetição,
b. Solicita opinião confirmação.
C c. Solicita sugestão Solicita avaliação, analise ,
expressão de sentimento ou
desejo.
Solicita direção, maneiras
possíveis de ação.
REAÇÕES a. Demonstra Rejeita passivamente, recorre à
NEGATIVAS D desacordo formalidade, não dá auxilio
b. Demonstra Solicita auxílio, encolhe-se,
tensão devaneia.
c. Demonstra Deprecia o status dos outros,
antagonismo defende-se ou impõe-se.
É hostil

QUEM SÃO OS JURADOS:

Os jurados são designados pelos respectivos números, os quais


correspondem à ordem que ocupam a mesa, exceto Davis (jurado n.8), para
que a compreensão se torne mais clara. Procurouse descrever a profissão e
alguma característica de personalidade.

Jurado n.1 – relator, treinador esportivo. Tenta exercer uma liderança


democrática, procurando centrar-se na tarefa.

Jurado n.2 - mostra-se tímido, inseguro, interessado, mas pouco


familiarizado com a situação; sua profissão não é mencionada.

Jurado n.3 – possui um “serviço de recados”, declara-se familiarizado com


o fato de ser jurado, criticando a perda de tempo e dinheiro do sistema
judiciário; mostra-se agressivo e autoritário, com muita necessidade de
poder.

Jurado n.4 - corretor da bolsa de valores; homem comedido, sério, lógico.

Jurado n.5 – homem timido, que no decorrer do filme conta sua infância
simples, tendo sido criado em um cortiço.

Jurado n.6 – pintor de paredes, mostra-se afetivo, mas impulsivo,


procurando defender os mais fracos.
Jurado n.7 - vendedor, muito preocupado em não perder a partida de
futebol para a qual tinha ingressos, colocando-se sempre de forma evasiva,
preconceituosa e ansiosa.

Jurado n.8 – Davis (nosso protagonista), arquiteto, homem reflexivo e


determinado.

Jurado n.9 – senhor com mais de 70 anos, observador, atento.

Jurado n.10 – senhor agressivo e preconceituoso, que disputa a liderança


com o jurado n.3 e com Davis.

Jurado n.11 – relojoeiro, imigrante; homem lúcido, de pensamento claro.

Jurado n.12 – publicitário, não tem uma opinião definida, falando por
evasivas e jargões do seu meio profissional.

BALES ACREDITAVA NA VISÃO COMO FORMA DE GESTÃO, MAS SOBRE


TUDO NA EQUIDADE E NA NECESSIDADE DE ENTENDER OUTROS, COM
PONTOS DE VISTA DISTINTOS, CRIANDO ASSIM UM MODO
DEMOCRATICO DE GESTÃO E ISSO PODE SER ANALISADO NO FILME EM
DIVERSOS MOMENTOS:

1. Algumas patologias da comunicação puderam ser identificadas,


como: a desqualificação, ao se invalidar a própria comunicação ou a
do outro, por meio de incoerências, contradições, evasivas,
mudanças de assunto, interpretações literais ou errôneas; as
relações simétricas e complementares que acabam ocasionando
aumento da tensão, a desconfirmação dos conteúdos e relações,
expressas por diferentes jurados, em diferentes momentos.

2. A forma de superação desses obstáculos foi sendo possível por meio


do diálogo, do feedback, da recursividade, da conotação positiva das
ideais, das legitimizações, da ressignificação dos fatos e de sua
recontextualização.

3. Não existia um mediador, mas no decorrer da história, vários


personagens, ao se tornarem protagonistas exerceram essa função,
fizeram colocações panorâmicas ou sintéticas, possibilitando o
crescimento emocional e social do grupo, em busca de sua verdade
e autenticidade.
4. A função de mediador pode ser observada nos momentos em que a
qualidade das comunicações entre os membros foi pontuada,
visando minimizar o efeito da palavra de cada um sobre os demais,
facilitando assim a recursividade; quando as percepções e
observações foram indagadas, possibilitando a recontextualização da
situação conflitiva e uma maior aproximação à realidade; quando os
questionamentos foram realizados visando diminuir as distorções e
ampliar o campo da consciência; quando o protagonismo dos
membros foi estimulado; quando se efetuou a focalização na
situação e não na relação competitiva de alguns membros; quando
se priorizou a focalização dos interesses em comum que auxiliassem
na manutenção da ordem, preservando a integridade física e
emocional das partes. Essa função facilitadora viabilizou a criação de
contextos alternativos e o exercício de ser um agente transformador,
fazendo a diferença.

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