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ENTREVISTA DEVOLUTIVA

Profa. Dra Natália Costa Simões


Capítulo 13
ENTREVISTA DEVOLUTIVA
Um dos momentos mais importantes do processo
Integração e síntese dos resultados
Anteriormente => foco no indivíduo e queixas
Agora => não só uma quadro NOSOLÓGICO, mas
funcionalidades e perspectiva de futuro
ENTREVISTA DEVOLUTIVA

Síntese do Organização da Geral para o


avaliador devolução específico

Deixar o
Funcionalidade
avaliando
s
FALAR
ENTREVISTA DEVOLUTIVA

Foco no que falar vai depender da TEORIA

História de vida, aspectos familiares e organização psíquica

SINTOMA => O que faço com ele?


TÉCNICAS DA DEVOLUÇÃO
Quem irá participar?
Algumas informações já foram discutidas?
Documentação?
Escuta ativa
Gráfico, vídeo, síntese...
Contextualizar
INDICAÇÕES E PROGNÓSTICO

Encaminhamento além da PSICOLOGIA

Alterações na rotina e sugestões de atividades

Caráter preventivo
PSICODIAGNÓSTICO
A utilização do brincar como técnica de avaliação psicológica.
Etapas do psicodiagnóstico: Observação Lúdica
Estimativa de que 75% dos casos de transtornos
mentais costumam ter início na infância ou
adolescência

Problemas de saúde mental afetam entre 10 e 20% de


crianças e adolescentes no mundo (2011)

90% desta população vive em países de baixa e


média renda, apenas 10% das investigações em
saúde mental provêm de tais países
- MEDO
- RESPOSTAS AGRESSIVAS
- MEMÓRIA*
- CULPA
- ATENÇÃO
- COMPORTAMENTO PSICO
- ORIENTAÇÃO ESPACIAL

*Não a técnicas coercitivas


PROCESSO AVALIATIVO EM
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
CFP(2003) – Avaliação Psicológica é um processo técnico-científico de
coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito de
fenômenos e características psicológicas (cognição, emoção,
personalidade...)

Principais solicitações – mapeamento dos principais domínios/descrição de


perfil
-Indicação de déficits ou super
-Diagnóstico diferencial
PREPARAÇÃO E CUIDADOS A SEREM
TOMADOS
Interrupções
Habilidade motora
Higienização
Questões fisiológicas, motivacionais e de atenção – tempo das
sessões*
Sentar-se na mesma altura e linguajar
Setting – segurança psicológica e conforto físico
ENTREVISTA CLÍNICA E
ANAMNESE
Informações Desenvolviment
Demanda
gerais o

Características
Vida Escolar Histórico
marcantes
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS
*6 MESES PARA REAPLICAÇÕES*

Tarefas Tarefas mais


Tarefas simples
desafiadoras simplificadas
SESSÃO LIVRE E DE
ATIVIDADE LÚDICA

Ambiente calmo, seguro e


uma postura incentivadora
Regras de boa
convivência
Sessão
Lúdic
a modo de brincar, como a criança escolhe
os materiais, estrutura a brincadeira, se
faz cálculos, se faz brincadeiras criativas,
se faz distinção dos brinquedos..
Não há regras rígidas
sobre o que se deve ter
dentro de uma caixa de
brinquedos
DESENVOLVIMENTO
EMOCIONAL
3 anos => esperado habilidade de “disfarce” dos seus sentimentos.
Regulação emocional continua a se desenvolver por toda a adolescência
2 a 5 => Processamento empático

Competência emocional => Competência SOCIAL


ENTREVISTA LÚDICA
DIAGNÓSTICA
- Uma das principais práticas profissionais.
Técnica Lúdica => Brincadeiras podem ser consideradas repetições de tudo o que
na vida lhe causou profunda impressão.
MEDIADOR de comunicações => 1ª etapa com a criança ou adolescente
Avaliar? Ponto de vista evolutivo (adequação a idade), ponto de vista patológico
(defesas) ou ponto de vista comportamental\sistêmico e conflito atual (O QUE?
PARA QUÊ? POR QUE?)

Estrutura física => Material => Aplicação


TÉCNICAS E
QUESTIONAMENTOS
Materiais Materiais não
Quem a criança gostaria que participasse estruturados estruturados
do processo?
Quantidade e duração dos encontros
Estabelecimento de regras
Evitar muitos estímulos
Predileções e Caixa/Gaveta
Evitar introdução de objetos reais no início
trazer de casa das Memórias
Atividades individuais X COLETIVAS
Biológico Sociais Psicológica

• “Herança” • Regras • Personalidade


• Histórico Familiares? • Autoconceito
médico Hierarquia? • Resiliência
• Uso de • Suporte • Pensamento
medicações percebido?
• Desenvolviment • Interferência
o (ex:
desemprego)?
• Rede social?
Pioneira na técnica de Entendimento simbólico
crianças dos brinquedos

O brincar, a
manifestação dos
Aparelho psíquico* conteúdos inconscientes
e diminuição da
ansiedade

Brinquedo similar ao
Técnicas que pudessem
sonho => ação é mais
transpor a barreira da
primitiva que o
linguagem
pensamento e a palavra
Outra dimensão do
Cuidado entre a
brincar:
discriminação da
CONTEÚDO da
fantasia-realidade
brincadeira

Objeto transicional
Jogo da espátula e Transcionalidade e
jogo do rabisco o encontro de si
mesmo

Dependência =>
Absoluta, relativa
e ruma a
independência
*não haja indução ou objetivo
específico para o brincar*
Água, cola, papéis, tintas,
tesouras, alguns bonecos e outros
componentes provocavam as mais
diversas reações nas crianças

Caixa
“Klein sugere que os materiais
Lúdica
sejam pequenos, permitindo que a os jogos e os brinquedos que
criança os manipule, ou seja, possuem finalidade específica
tenha controle sobre os mesmos, (adivinhação e competição, por
mas não tão pequenos que exemplo)* perdem a essência
possam colocar sua vida em
risco.”
Cuidados
ao
elaborar
objetos que não ofereçam
risco à saúde do analisando

tempo disponível e da idade


da criança

objetos que permitam emergir


a expressividade dos conflitos
emocionais e a potencialidade
dos processos criativos
Cuidado
s ao
elaborar
uma caixa lúdica diferente para cada criança e outros que
trabalham com uma caixa em comum para todas elas

A maioria das caixas lúdicas são feitas de papel, madeira ou plástico e,


de uma forma geral, os principais itens encontrados em seus interiores
são: papeis sulfite (brancos e coloridos), papel kraft, lápis, lápis de cor,
aquarela, apontador, giz de cera, massinha, retalhos, perflex, cola
(bastão e/ou líquida), fita adesiva, barbante, jogos (como damas,
dominó, jogo do mico ou pega varetas) e brinquedos (como fazendinha,
família terapêutica, carrinhos, casinhas, conjunto de cozinha, telefone).
Observar...
REFERÊNCIA
Hutz, C.S., BANDEIRA, D.R., TRENTINI, C.M. & KRUG, J.S. (2016) Psicodiagnótico. Porto
Alegre: Artmed.
HUTZ, C.S; BANDEIRA, D.R. & TRENTINI, C.M. (2018). Avaliação Psicológica da Inteligência e
da Personalidade. Porto Alegre: Artmed.
LINS, M.R.C. & BORSA, J.C. (2017). Avaliação Psicológica: aspectos teóricos e práticos.
Petrópolis, RJ: Editora Vozes.
Aberastury, A. (1982). Psicanálise da criança: teoria e técnica. Porto Alegre: Artes Médicas.
Leite, R. F. (2016). Caixa lúdica e novas tecnologias. Estudos de Psicanálise, Belo Horizonte-MG, n. 45, pp. 145–148,
julho/2016.
Paula, L. de (2017). Psicanálise infantil: uma intersecção entre a teoria e a prática. Secretaria de Estado da Saúde. São
Paulo.
Reghelin, M. M. (2008). O uso da caixa de brinquedos na clínica psicanalítica de crianças. Contemporânea – Psicanálise
e Transdisciplinaridade, Porto Alegre, n.05, Jan/Fev/Mar 2008, pp. 167-179.
Trapiá, A.; Tagliapietra, C.; Usui, E.; Hammoud, M. & Coelho, T. L. (2012). O psicoterapeuta e a escolha do material no
processo de ludodiagnóstico. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, Londrina, v. 3, n. 2, p. 233-240, dez. 2012.
Winnicott, D. W. (1975). O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago.
Zimerman, D. E. (2004). Manual de técnica psicanalítica: uma revisão. Porto Alegre: Artmed.

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