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OPIOIDES
QUESTÃO COMENTADA
DICAS DO PORTAL
• Indicamos que sempre que você olhe o gabarito para saber se teve êxito, que
você leia o comentário referente a questão. Muitas vezes é através dessa
ferramenta que conseguimos fixar alguns conceitos fundamentais.
• Por último, lembre-se que sempre é póssível que algumas questões caiam
novamente nas provas.
PERGUNTAS
1. Um fármaco que é um antagonista opioide puro é:
A) Butorfanol
B) Levalorfano
C) Naloxona
D) Neostigmina
E) Edrofônio
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Anestesia
5. Cetorolaco 60 mg e morfina 10 mg produzem magnitudes aproximadamente equiva-
lentes de qual dos seguintes efeitos depois da injeção intramuscular?
A) Náusea
B) Sedação
C) Depressão ventilatória
D) Analgesia
E) Dor abdominal
8. Um paciente dependente de heroína injeta seis doses da droga por dia. Após ter sido
envolvido em um acidente de moto, que resultou em uma fratura da tíbia, ele é levado
para o pronto socorro. Qual dos seguintes analgésicos tem mais probabilidade de ser
eficaz e é menos propenso a precipitar uma síndrome de abstinência aguda ou causar
toxicidade significativa?
A) Meperidina
B) Nalbufina
C) Buprenorfina
D) Butorfanol
E) Fentanil
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Anestesia
9. A ligação estereoespecífica de um agonista ao receptor µ-opioide produz todos os se-
guintes efeitos, EXCETO:
A) Euforia
B) Supressão da tosse
C) Sedação
D) Constipação
E) Analgesia
10. Qual dos seguintes opioides é ineficaz como analgésico em uma fração significativa
da população decorrente de um polimorfismo genético?
A) Codeína
B) Hidromorfona
C) Meperidina
D) Metadona
E) Oxicodona
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12. Considerando o gráfico que representa a relação dose/efeito de três opioides, assina-
le na tabela a correlação apropriada:
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Anestesia
15. Em relação à farmacocinética do alfentanil é correto afirmar que:
A) é mais lipossolúvel que o fentanil
B) não atravessa a barreira hematoencefálica
C) é excretado em sua forma não modificada pela urina
D) em pH fisiológico sua maior parte está na forma não-ionizada
E) apresenta curta meia vida de eliminação em função do rápido clearance
16. Em relação ao uso de opioides em paciente com insuficiência renal crônica (IRC) é
correto afirmar que:
A) a biodisponibilidade do fentanil está alterada
B) a fração livre do alfentanil está diminuída
C) o sufentanil apresenta menor eficácia analgésica
D) a duração de ação do remifentanil está aumentada
E) o acúmulo de morfina-6-glucoronídeo (M6G) correlaciona-se ao grau de IRC
17. Dentre os opioides abaixo relacionados, assinale aquele que possui ação cronotrópi-
ca positiva:
A) remifentanil
B) meperidina
C) sulfentanil
D) alfentanil
E) morfina
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19. Efeito(s) intracelular(es) da estimulação dos receptores opioides:
A) estimulação da enzima adenilciclase
B) aumento da síntese de monofosfato de adenosina cíclico (AMPc)
C) fechamento dos canais de potássio
D) redução das correntes de cálcio através dos canais voltagem dependentes
E) NDA
22. O remifentanil:
A) pode ser usado por via peridural ou subaracnoidea
B) não proporciona analgesia residual pós-operatória
C) é contraindicado em pacientes com insuficiência hepática ou renal
D) é contraindicado em infusão contínua prolongada
E) tem meia-vida de eliminação dependente do tempo de infusão
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Anestesia
23. Quais os fármacos utilizados no tratamento da dor crônica que aumentam a corren-
te de K+ e reduzem o AMP cíclico e a corrente de Ca++?
A) Opioides.
B) Antiepilépticos.
C) Antidepressivos.
D) Agonistas serotoninérgicos.
E) Anti-inflamatórios não hormonais.
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27. Mulher de 85 anos e 45 kg apresenta dosagem de creatinina plasmática pé-operató-
ria de 1,3 mg.dL-1. A combinação de opioides que possui o melhor perfil farmacocinético
para uso na anestesia e na analgesia pós-operatória, respectivamente, é:
A) remifentanil – codeína
B) alfentanil – meperidina
C) fentanil – morfina
D) sufentanil – metadona
E) NDA
28. O opioide que pode ser administrado com segurança em pacientes que usam inibi-
dores da monoaminoxidase é o(a):
A) morfina
B) tramadol
C) metadona
D) meperidina
E) NDA
29. O mecanismo responsável pela ocorrência de depressão respiratória após uma dose
de morfina subaracnoidea é o (a):
A) bloqueio das aferências periféricas à medula
B) redução da resposta do centro respiratório ao CO2
C) maior dispersão rostral devido à grande lipossolubilidade
D) redução da frequência respiratória após absorção sistêmica
E) NDA
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Anestesia
30. Homem de 37 anos será submetido a fixação de fratura da mandíbula. Está em tra-
tamento para o abuso de álcool e faz uso de dissulfiram e naltrexona. No pós-operatório
imediato, foi proposta analgesia venosa controlada pelo paciente com morfina e a nal-
trexona foi suspensa. Qual é a explicação para a suspensão da naltrexona?
A) antagoniza o efeito opioide
B) maior incidência de vômitos
C) maior risco de depressão respiratória
D) está associada a dor crônica pós-operatória
E) NDA
32. Durante a anestesia geral em paciente com dor crônica, medicado com opioides,
deve-se considerar:
A) maior sensibilidade às drogas anestésicas
B) menor risco de abstinência após o uso de agonistas-antagonistas de opioides
C) maior risco de aspiração de conteúdo gástrico
D) maior tolerância à dor pós-operatória
E) resistência ao uso de anti-inflamatórios não esteroidais.
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33. Homem, 68 anos, 70 Kg e 1,70 m foi submetido à correção de hérnia inguinal sob
anestesia subaracnóidea com 12,5 mg de bupivacaína pesada e 200 μg de morfina. Ao tér-
mino da cirurgia, já sem nenhum bloqueio motor, apresenta FR de 8 irpm e SpO2 de 89%
com máscara facial de oxigênio. Após receber 10 mg de nalbufina venosa, a FR aumen-
tou para 12 irpm, porém o paciente manteve-se apático. O mecanismo que justifica este
efeito é:
A) agonismo nos receptores kappa (κ)
B) antagonismo nos receptores kappa (κ)
C) antagonismos nos receptores kappa (κ) e mu (μ)
D) agonismo não competitivo nos receptores mu (μ)
E) NDA
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OPIOIDES
OPIOIDES
RESPOSTAS
Questão 1:
Resposta C
A naloxona é um antagonista opioide puro, o que significa que o fármaco não possui efeito
opioide por si próprio. Butorfanol e levalofano são agonistas-antagonistas opioides mistos.
Neostigmina e edrofônio são inibidores da colinesterase. ATENÇÃO: nas provas, respon-
da que a naloxona é um antagonista puro, embora do ponto de vista farmacodinâmico isto
não seja exatamente assim! A naloxona é um agonista opioide com alta afinidade e baixa
atividade intrínseca, o que significa que ela tem prioridade na ligação com o receptor, des-
locando o opioide que esteja exercendo seu efeito, mas como tem praticamente nenhuma
atividade ela funciona, na prática, como um antagonista.
Referência:
Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC, eds. Goodman and Gilman’s The Pharmacologi-
cal Basis of Therapeutics, 12th ed. New York: McGraw-Hill, 2011. 483-4.
Questão 2:
Resposta D
O controle da dor pós-operatória com metadona requer algum tempo para obter níveis
estáveis. Embora baixas doses únicas (< 10 mg) possam ter uma duração de ação inferior a
1 hora decorrente da redistribuição, a duração de ação de doses maiores é muito mais pro-
longada. A metadona é geralmente administrada 2 vezes ao dia e pode deprimir a respira-
ção. A dose oral é cerca de 80-90% mais eficiente do que a mesma dose parenteral.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 718.
Questão 3:
Resposta A
O butorfanol é um opiode agonista-antagonista misto, assim como a nalbufina. É um ago-
nista de receptores k e antagonista de receptores m. A naloxona é um antagonista opioide
puro, o metoexital é um barbitúrico de curta duração, o midazolam é um benzodiazepínico
e a bleomicina é um fármaco utilizado na quimioterapia.
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Anestesia
Referência:
Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC, eds. Goodman and Gilman’s The Pharmacologi-
cal Basis of Therapeutics, 12th ed. New York: McGraw-Hill, 2011. 509-11.
Questão 4:
Resposta D
Os opioides geralmente produzem inconsciência em altas doses, porém é importante re-
conhecer que a inconsciência não é absoluta e nem previsível. As pupilas estão contraídas
(a meperidina pode provocar midríase). Os opioides não produzem amnésia confiável, e a
náusea e o vômito observados são mediados por um conjunto de fatores: estímulo do SNC
na zona de gatilho quimiorreceptora, retardo do esvaziamento gástrico por atonia de sua
musculatura lisa e por hipertonia do piloro. Estímulos adicionais na área postrema, como
deambulação, aumentam o risco de náuseas já que os opioides aumentam a sensibilidade
vestibular.
Referência:
Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC, eds. Goodman and Gilman’s The Pharmacologi-
cal Basis of Therapeutics, 12th ed. New York: McGraw-Hill, 2011. 488-490.
SAESP
Questão 5:
Resposta D
O cetorolaco é um inibidor da COX que possui alta eficácia como analgésico. Seu principal
efeito adverso é o desconforto epigástrico. Apresenta uma probabilidade muito menor que
a morfina de causar sedação, depressão ventilatória ou náusea.
Referência:
Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC, eds. Goodman and Gilman’s The Pharmacologi-
cal Basis of Therapeutics, 12th ed. New York: McGraw-Hill, 2011. 973, 986.
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 1304.
Questão 6:
Resposta D
A clonidina é um inibidor simpático de ação central e pode suprimir alguns sintomas de
abstinência. A clorpromazina é ineficaz para essa indicação. O butorfanol e a nalbufina são
agonistas-antagonistas opioides prováveis de precipitar a abstinência. O flumazenil é um
antagonista dos receptores benzodiazepínicos. Na mesma linha de raciocínio, a dexmede-
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tomidina tem sido empregada para auxiliar no controle dos sintomas da síndrome de absti-
nência. Os benzodiazepínicos continuam os fármacos de primeira linha para este tratamen-
to.
Referência:
Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC, eds. Goodman and Gilman’s The Pharmacologi-
cal Basis of Therapeutics, 12th ed. New York: McGraw-Hill, 2011. 468, 497, 661.
Questão 7:
Resposta B
A naloxona pode reverter os efeitos de opioides agonistas, como fentanil e o butorfanol.
A naloxona reverte os efeitos produzidos pelo estímulo em todos os receptores opioides,
exceto o ORL-1, embora seja mais efetiva na reversão de sintomas provocados por estímulo
em receptores m. Desta forma, reverte os efeitos do butorfanol, um agonista-antagonista
misto dos receptores opioides; e o flumazenil pode reverter os efeitos de um benzodiazepí-
nico, como o midazolam. Não existe um antagonista específico para os efeitos hipnóticos
do propofol, tiopental ou etomidato. O único antagonista específico para BNM esteroides é
o sugammadex, uma γ-ciclodextrina que encapsula as moléculas de rocurônio e vecurônio,
removendo o fármaco da junção neuromuscular.
Referência:
Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC, eds. Goodman and Gilman’s The Pharmacologi-
cal Basis of Therapeutics, 12th ed. New York: McGraw-Hill, 2011. 1059.
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 507.
Questão 8:
Resposta E
Dos medicamentos listados, apenas o fentanil e a meperidina são agonistas totais no recep-
tor µ-opioide. Uma vez que o paciente possa ter uma tolerância significativa, que exige uma
grande dose do agonista, a meperidina não seria uma boa escolha, pois tem um metabólito
ativo que pode causar excitação do SNC, resultando em convulsões e na inibição da recap-
tação de serotonina, que podem causar síndrome serotonérgica. A nalbufina e o butorfa-
nol têm atividade antagônica µ-opioide, enquanto a buprenorfina é um agonista parcial µ
-opioide, apresentando efeito-teto; cada um desses três medicamentos pode produzir absti-
nência se dado a uma pessoa tolerante a opioides.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 715-6;
722-4.
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Questão 9:
Resposta B
Ainda que todos os agonistas µ-opioides utilizados com analgésicos tenham atividade an-
titussígena, este efeito não é decorrente da ligação estereoespecífica ao receptor µ-opioide.
Todos esses agonistas µ-opioides são L-isômeros. Os isômeros D destes medicamentos são
desprovidos de efeitos analgésicos e não se ligam ao receptor µ-opioide, no entanto, eles
mantêm a atividade de inibição da tosse. Tal medicamento é o dextrometorfano.
Referência:
Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC, eds. Goodman and Gilman’s The Pharmacologi-
cal Basis of Therapeutics, 12th ed. New York: McGraw-Hill, 2011. 491-5; 512-3.
Questão 10:
Resposta A
A codeína é uma pró-droga e requer metabolismo por CYP2D6 em morfina para atividade
analgésica. Cerca de 7 a 10% dos caucasianos e 1 a 2% dos afro-americanos são deficientes
em CYP2D6.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 650.
Questão 11:
Resposta B
Heroína é diacetilmorfina. Um ou ambos os grupos acetil podem ser removidos por hidró-
lise, produzindo acetilmorfina e morfina, respectivamente.
Referência:
Brunton LL, Chabner BA, Knollmann BC, eds. Goodman and Gilman’s The Pharmacologi-
cal Basis of Therapeutics, 12th ed. New York: McGraw-Hill, 2011. 499-501.
Questão 12:
Resposta C
Os opioides I e II são agonistas completos (máxima eficácia), sendo que I é o mais potente
(menor dose para o mesmo efeito). A eficácia de II é menor, caracterizando um agonista
parcial. Portanto I, II e III são fentanila, buprenorfina e morfina, respectivamente.
Referências:
Fernandes F, Ismael PC, Oliveira S et al. – Conceitos Farmacodinâmicos Fundamentais,
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Anestesia
em: Cangiani L, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São
Paulo, Atheneu, 2006; 219- 220
Coda BA – Opioids, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 5th Ed,
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;353-383
Questão 13:
Resposta A
A maioria das drogas usadas em anestesia são metabolizadas no fígado através de biotrans-
formação, geralmente os metabólitos gerados são inativos (etomidato, alfentanil, dexme-
detomidina). Algumas drogas apresentam metabólitos tão ativos quanto a droga original
(morfina, diazepam). Outros medicamentos são hidrolizados no plasma e tecidos por este-
rases (remifentanil, succinilcolina, esmolol).
A morfina sofre metabolismo hepático e excreção renal. Ocorre desmetilação e conjugação,
principalmente com ácido glucurônico, imediatamente após a entrada na corrente san-
guínea. A conjugação dá origem aos metabólitos ativos morfina-6-glucuronídeo (M6G) e
morfina-3-glucuronídeo (M3G), respectivamente na proporção 6:1. Pode haver glucuroni-
dação extra-hepática e conversão de morfina em codeína e hidromorfona. M3G é inativo,
mas M6G é mais potente que a própria morfina e pode cusar depressão em pacientes com
insufciência renal, já que este metabólito é eliminado pelos rins.
Referências:
Shafer SL, Flood P, Schwinn DA- Basic Principles of pharmacology, em: Miller RD, Eriks-
son LI, Fleisher LA, Wiener- Kronish JP, Young WL - Miller’s Anesthesia, 7th Ed, Philadel-
phia, 2010; 479-513. ( pp 482)
Reves JC, Glass P, Lubarsky DA, McEnvoy MD, Martinez-Ruiz R- Intravenous anesthetics,
em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener- Kronish JP, Young WL - Miller’s Anesthe-
sia, 7th Ed, Philadelphia, 2010; 719-768.
SAESP
Questão 14:
Resposta E
A correta ordem para a solubilidade lipídica dos opioides é sufentanil > fentanil > alfentanil
> morfina. Para ficar fácil a memorização, lembre-se que lipossolubilidade guarda estreita
relação com potência.
Referência:
Stoelting RK - Clinical Anesthesia. 3rd Ed, Philadelphia,Lippincott-Raven, 1997; 385
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Questão 15:
Resposta D
O alfentanil é lipossolúvel com boa penetração na barreira hemato-encefálica, no entanto,
é menos solúvel que o fentanil. Em pH fisiológico encontra-se na sua forma não ionizada
(90%), promovendo uma rápida passagem nas barreiras celulares. O alfentanil é rapida-
mente metabolizado pelo fígado. O clearance do alfentanil é mais lento que o do fentanil.
Entretanto, o pequeno volume de distribuição limita a distribuição da droga e acúmulo nos
tecidos, sendo o maior responsável pela curta meia-vida de eliminação.
Referências:
Bailey PL, Egan TD, Stanley TH - Intravenous opioid anesthetics, em: Miller RD, Cucchiara
RF, Miller ED et al - Anesthesia. 5th edition, Philadelphia, Churchill Livingstone, 2000;314-
319.
Coda BA - Opioids, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting K - Clinical Anesthesia. Fourth
Edition, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2000;361-364.
Questão 16:
Resposta E
A fração livre do alfentanil está aumentada nos pacientes urêmicos, sendo que a disponibi-
lidade do fentanil não se encontra alterada. A farmacocinética do remifentanil não se altera
na IRC. Ocorre o acúmulo do M6G, podendo causar sedação, e depressão respiratória em
função da evolução da patologia. Ver comentário da questão 13.
Referências:
Bailey PL, Egan TD, Stanley TH - Intravenous opioid anesthetics, em: Miller RD, Cucchiara
RF, Miller ED et al - Anesthesia. 5th edition, Philadelphia, Churchill Livingstone, 2000;325-
327.
Questão 17:
Resposta B
A meperidina possui estrutura similar à da atropina, fato que lhe confere ação cronotrópica
positiva, principalmente quando utilizada por via venosa. Este fato explica a possibilidade
de taquicardia e midríase com uso de meperidina. Os demais opioides possuem ação cro-
notrópica negativa.
Referências:
Gutstein HB, Akil H - Opioid Analgesics, em: Gilman GA, Hardman JG, Limbird LE
Goodman & Gilman s The Pharmacological basis of Therapeutics, 10aEd., New York, Mc-
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Anestesia
Graw-Hill, 2001;592
Vianna PTG - Novos Opioides e Opções de uso, em: Yamashita AM, Takaoka F - Atualiza-
ção em Anestesiologia, Vol. V, Org. SAESP, 1a.Ed., São Paulo, Office Editora,2000;73.
Questão 18:
Resposta B
O alfentanil é menos lipossolúvel que o fentanil e, no pH fisiológico, 90% do alfentanil
encontram-se na forma não ionizada (pka 6.5), permitindo rápida penetração cerebral. A
hidrólise do remifentanil, em seu grupo metil-ester propiônico, produz um metabólito de
ácido carboxílico (GR 90291). A T 1⁄2 desse metabólito é mais longa do que a do remifen-
tanil, variando entre 88 e 137 min. Esse metabólito é cerca de 4.600 vezes menos potente
que o remifentanil, quando avaliado pelas alterações eletroencefalográficas induzidas por
opioide com atividade μ, não contribuindo, dessa forma, para o prolongamento da ativida-
de farmacológica do remifentanil. O volume de distribuição do fentanil (3,2-5,9 L.kg-1) é
maior do que o do sulfentanil (2,86 L.kg-1).
Referências:
Durval Neto GF - Anestésicos Venosos, em: Manica J - Anestesiologia: Princípios e Técni-
cas. 3a Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;560-597
Rosow C - Pharmacology of Opioid Analgesic Agents, em: Rogers MC, Tinker JH, Covino
BG et al Principles and Practice of Anesthesiology, St. Louis, Mosby. 1993;1170-1171
Questão 19:
Resposta D
Os receptores opioides pertencem, farmacologicamente, à família dos receptores acopla-
dos à proteína G. Especificamente, atuam através da proteína inibitória (Gi), apresentando
como efeitos secundários intracelulares: inibição da enzima adenilciclase e da síntese de
AMPc; abertura dos canais de potássio e hiperpolarização celular; e redução das correntes
de cálcio, voltagem dependente, reduzindo o nível intracelular de cálcio.
Referências:
Portella AAV, Santos EJA - Fentanil, em: Cavalcanti IL, Cantinho FAF, Vinagre RCO Anes-
tesia Venosa, 1a
Ed, Rio de Janeiro, Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro, 2004;162
Stoelting RK - Opioid Agonists and Antagonists, em: Stoelting RK - Pharmacology and
Physiology in Anesthetic Practice, 3rd Ed, Philadelphia, Lippincott-Raven, 1999;77-78.
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Questão 20:
Resposta C
A retenção urinária decorrente da utilização de opioide no neuroeixo é mais frequente no
jovem, não é dose dependente, ocorre por relaxamento do músculo detrusor da bexiga,
envolve inibição do sistema nervoso parassimpático e é revertida pela naloxona.
Referências:
Ganem EM, Hamaji A, Neves JFNP – Adjuvantes e Aditivos de Fármacos Introduzidos no
Neuroeixo, em: Duarte NM, Bagatini A, Anzoategui LC – Curso de Educação à Distância
em Anestesiologia, São Paulo, Segmento Farma, 2005:51-63
Stoelting RK, Hillier SC – Opioid Agonists and Antagonists, em: Stoelting RK, Hillier
SC - Pharmacology & Physiology in Anesthetic Practice, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott
Williams & Wilkins, 2006:87-126
Questão 21:
Resposta E
O equilíbrio rápido com o sítio efetor apresentado pelo alfentanil é resultado do seu baixo
pKa. Como consequência, cerca de 90% deste fármaco encontra-se sob a forma não ioniza-
da no pH fisiológico. Esta e é a forma que atravessa a barreira hematoencefálica rapidamen-
te.
Referências:
Stoelting RK, Hillier SC – Opioid Agonists and Antagonists, em: Stoelting RK, Hillier SC,
Pharmacology & Physiology in Anesthetic Practice, 4th Ed, Lippincott Williams & Wilkins,
2006; 87-126
Coda AB – Opioids, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK. Clinical Anesthesia, 5th Ed,
Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 354-383
Questão 22:
Resposta B
O remifentanil é contraindicado em administrações peridural ou subaracnoidea por conter
glicina. Não apresenta analgesia residual no pós-operatório e é mandatória a analgesia pós-
-operatória antes do término do procedimento. O uso clínico de remifentanil nos pacientes
com insuficiência hepática ou renal é muito seguro, pois sua depuração é órgão indepen-
dente. Pode ser usado em infusão contínua independente do tempo da infusão, pois sua
meia-vida de eliminação independe de contexto.
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Anestesia
Referências:
Martins CEC, Albuquerque MAC, Simoni RF – Remifentanil, em: Bagatini A, Carrareto
AR, Vianna PTG – Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, Volume VII, São
Paulo, Segmento Farma, 2007; 125- 146
Durval Neto GF – Anestésicos Venosos, em Manica JT – Anestesiologia: Princípios e Téc-
nicas, 3a Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004; 560-597
Questão 23:
Resposta A
Os fármacos utilizados no tratamento da dor crônica, cujo mecanismo de ação baseia-se na
redução do AMP cíclico, redução da corrente de Ca++ e aumento da corrente de K+, são os
opioides.
Os anitepiléticos atuam em diversos sistemas, mas principalmente nos receptores GABA,
promovendo diminuição dos disparos neuronais e, por isso, são muito empregados em dor
neuropática.
Os antidepressivos também exercem efeito analgésico por mecanismos múltiplos, mas o
principal é a inibição da receptação de noradrenalina e serotonina nas vias descendentes de
controle da dor (mecanismo de portão), de forma a potencializar a inibição da entrada do
estímulo doloroso no corno dorsal da medula.
Os agonistas serotonérgicos agem de forma semelhante aos antidepressivos.
Os anti-inflamatórios não hormonais inibem a ciclo-oxigenase e diminuem a produção de
prostaglandinas, o que diminui a hipersensibilização periférica. Alguns podem exercer este
efeito centralmente.
Referências:
Rowlingson JC – Chronic Pain, em: Miller RD – Miller’s Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia,
Elsevier, 2005;2763-2786
Questão 24:
Resposta E
A metadona é um opioide racêmico sintético, sendo que apenas o isômero R(-) tem ação
agonista no receptor opioide µ. Em concentrações clínicas, inibe os receptores NMDA por
mecanismo não competitivo. É altamente lipossolúvel, sofre metabolização hepática e, em
altas doses, pode aumentar o intervalo QT.
Referências:
Lauretti G – Opioides e Antagonistas, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al – Tra-
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Anestesia
tado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Editora Atheneu, 2006;351-358
Huntoon MA – Medical Management of Chronic Pain, em: Longnecker DE, Brown DL,
Newman MF et al – Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw Hill, 2008; 2042-2071
Questão 25:
Resposta A
Considerando-se a potência da morfina igual a 1, a potência analgésica da buprenorfina é
25 vezes maior.
Referências:
Rosow CE, Dershwitz M – Pharmacology of Opioid Analgesic Agents, em: Longnecker DE,
Brown DL, Newman MF et al – Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw Hill, 2008;869-
897.
Questão 26:
Resposta C
Propriedades farmacocinéticas e físico-químicas dos opioides:
Referência:
Fukuda K – Opioids em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young
WL – Miller’s Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 769-824
Questão 27:
Resposta D
Nessa paciente, segundo a fórmula de Cockcroft-Gault, a taxa de filtração glomerular é
estimada em 22,48 mL.min-1. A morfina é metabolizada no fígado a morfina 3-glicuroní-
deo-M3G (55%), morfina 6-glicuronídeo-M6G (10%) e normorfina (4%), com, aproxima-
damente, 10% do composto original excretado por via renal em pacientes com função renal
normal. M6G alcança elevados níveis plasmáticos em pacientes com disfunção renal e seus
efeitos sobre o sistema nervoso central se prolongam. A codeína é metabolizada também a
M6G e apresenta relatos de depressão respiratória relacionada a esse metabólito. Em pa-
cientes com insuficiência renal, a via de eliminação da metadona é alterada com eliminação
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Anestesia
nas fezes do composto principal sem metabolização. Os metabólitos da metadona são inati-
vos. A eliminação do sufentanil não se altera em pacientes com insuficiência renal.
Referências:
Sousa AM, Slullitel A, Vanetti TK, et al. Agonistas e Antagonistas Opioides, em: Cangiani
LM, Slullitel A, Potério GMB, et al. Tratado de Anestesiologia SAESP. 7a Ed. São Paulo.
Atheneu, 2011;639-56.
Garwood S. Renal disease, em: Hines RL, Marschall KE, et al. Stoeltings Anesthesia and
Co-existing Disease. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2008;323-47.
Questão 28:
Resposta A
Inibidores da monoaminoxidase (iMAO) podem apresentar interação com opioides ad-
ministrados no período peroperatório. Os iMAO formam complexo com a enzima mono-
aminoxidase responsável pela deaminação de monoaminas, como serotonina, dopamina,
noradrenalina e adrenalina, de forma que a concentração dessas monoaminas aumenta no
sistema nervoso central. A administração de opioides fenilpiperidínicos, como meperidina,
tramadol e metadona, pode levar a respostas excitatórias secundarias à inibição da recapta-
ção de serotonina. Morfina, codeína, oxicodona e buprenorfina não inibem a recaptação de
serotonina e não precipitam toxicidade em pacientes tratados com iMAO.
Referência:
Fukuda K, Points K. Opioids, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, et al. Miller’s Anes-
thesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2010;769-824.
Questão 29:
Resposta B
A depressão respiratória após uma dose intratecal de morfina se deve à redução da resposta
do centro respiratório ao CO2.
Referência:
Coda BA. Opioids, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK, et al. Clinical Anesthesia. 6th
Ed. Philadelphia. Lippincott Williams & Wilkins, 2009;465-97.
Questão 30:
Resposta A
A naltrexona é um antagonista opioide puro. Os pacientes que fazem uso terapêutico da
naltrexona terão grande aumento da necessidade de opioides. A duração da ação da nal-
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Anestesia
trexona é de cerca de 24 horas, devendo ser interrompida durante a internação para permi-
tir melhor controle da dor com opioides.
A naltrexona é um antagonista opioide ativo por via oral. Sua duuração de efeito é longa e é
usada no tratamento de usuários crônicos de opioides e como adjuvante no tratamento do
alcoolismo.
O mecanismo proposto para a eficácia na dependência de álcool é o antagonismo dos
opioides endógenos (encefalinas e endorfinas) liberados com a ingestão de álcool. A ativi-
dade excitatória destes opioides endógenos induz a sensação prazerosa do álcool, mediadas
pela liberação de dopamina no núcleo acumbens (mecanismo de recompensa).
Referência
Rosow C, Dershwitz M. Pharmacology of Opioid Analgesics, em: Longnecker DE, Brown
DL, Newman MF, et al. Anesthesiology. 2nd Ed, New York, McGraw-Hill Medical,
2012;703-24.
SAESP
Questão 31:
Resposta D
A incidência de prurido como efeito colateral da administração de opioides no neuroeixo,
é de 30 a 100%. No seu mecanismo parece estar envolvida a inibição de vias inibitórias e
ativação dos receptores 5-HT3. A histamina não é liberada. As áreas faciais inervadas pelo
trigêmio são as predominantemente afetadas; o núcleo espinhal do nervo trigêmio é rico
em receptores opioides. O tempo de duração do prurido se correlaciona com o efeito anal-
gésico.
Referências:
Szarvas S, Harmon D, Murphy D – Neuraxial opioid-induced pruritus: a review. J Clin
Anesth, 2003;15:234239.
McDonald SB – Side Effects of Neuroaxial Opioids, em: Atlee JL - Complications in Anes-
thesia, 2nd Ed, Philadelphia, Saunders Elsevier, 2007;262-263.
Questão 32:
Resposta C
Pacientes que são opioides-dependentes desenvolvem tolerância cruzada às drogas anesté-
sicas em virtude da estimulação crônica de receptores. Nesses pacientes, o uso de antago-
nistas ou de agonistas-antagonistas de opioides precipita síndrome de abstinência aguda. O
tempo de esvaziamento gástrico está aumentado e a motilidade intestinal está diminuída,
fatores que concorrem para maior risco de aspiração de conteúdo gástrico. No pós-opera-
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Anestesia
tório, apresentam menor tolerância à dor secundariamente à menor produção de opioides
endógenos. A analgesia sistêmica com drogas não-opioides é uma opção e o uso de anti-in-
flamatórios não esteroidais é recomendado, salvo nos pacientes que apresentem contraindi-
cações.
Referências:
Brill S, Ginosar Y, Davidson EM - Perioperative management of chronic pain patients with
opioid dependency. Curr Opin Anaesthesiol, 2006;19:325-331.
Hernandez M, Birnbach DJ, Van Zundert AAJ - Anesthetic management of the illicit-subs-
tance-using patient. Curr Opin Anaesthesiol, 2005;18:315-324
Questão 33:
Resposta A
A nalbufina é um agonista-antagonista opioide com ação agonista em receptores kappa e
antagonista em receptores mu. Possui potência analgésica semelhante à da morfina. No
caso da questão o paciente apresentava depressão respiratória secundária ao agonismo da
morfina em receptores mu, efeito que foi revertido pela nalbufina. Entretanto, devido ao
agonismo kappa, o paciente manteve quadro de sedação.
Referências:
Fukuda, K. Opioid Analgesics. In: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, et al. Miller’s Anes-
thesia. 8th Ed. Philadelfia. Churchill Livingstone, 2015; 864 – 910
Questão 34:
Resposta D
Justificativa: A meia vida contexto-sensitiva do sufentanil é, na verdade, menor do que a do
alfentanil para infusões contínuas de até 8 horas de duração. A meia vida contexto-sensitiva
mais curta pode ser explicada em parte pelo grande volume de distribuição de sufentanil
em comparação com o alfentanil. Após o término de uma infusão de sufentanil, a diminui-
ção da concentração plasmática deste fármaco é acelerada não só pelo metabolismo, mas
também pela redistribuição contínua do sufentanil nos compartimentos dos tecidos peri-
féricos. Em comparação com o alfentanil, o sufentanil pode ter um perfil de recuperação
mais favorável quando utilizado durante um período de tempo mais longo.
Referências:
Opioids Agonists e Antagonists, em Stoelting RK, Hillier SC. Stoelting’s Pharmacology and
Physiology in Anesthetic Practice. 4a Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins,
2006; 87-126.
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Anestesia
Questao 35:
Resposta D
Os pacientes que no pós-operatórios receberam infusões de remifentanil podem ter uma
maior incidência de hiperalgesia e necessitam de doses maiores de morfina para o controle
pós-operatório do que os pacientes que receberam anestesia não baseada em remifentanil.
Embora dados animais e humanos indiquem que todos os opioides podem causar hiperal-
gesia parece haver uma diferença gradual na prevalência, com a maior observação de hipe-
ralgesia após tratamento com remifentanil. Essa alta incidência de hiperalgesia após infusão
de remifentanil pode estar relacionada ao seu rápido desaparecimento da analgesia. A fim
de evitar a dor severa após anestesia baseada em remifentanil, é aconselhável a administra-
ção de morfina (0,1 a 0,25 mg/kg) 45 a 60 minutos antes do final da cirurgia e a adição de
infusão de cetamina em baixa dose pode prevenir o desenvolvimento da hiperalgesia com
doses: 10 a 30 mg/h) devido às propriedades antagonistas de NMDA da cetamina.
Referências:
A, Niesters M, Olofsen E et al - Opioids, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK et al. -
Clinical Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2013; 501 -522.
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